Questões de Concurso Para psicólogo escolar

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Q3061234 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

A árvore do desconhecimento – uma fábula

    No princípio Deus criou as letras e os números. Não satisfeito, no segundo dia criou as palavras e as contas, não aquelas que chegam no fim do mês, pelo correio, mas as de somar e multiplicar, coisa simples ainda. No terceiro dia, Deus criou os verbos, os pronomes e, claro, a regra de três. No quarto dia surgiram as frases e as equações, as sentenças e os números primos. Foi só no quinto dia que Deus se lembrou do palavrão, do Pi e da taxa de juros. Já estava quase tudo pronto. No sexto dia da criação Deus pensou: que adianta tudo isso se não tenho como usar, como mostrar para os outros? Então, à sua imagem e semelhança, Deus criou o Lápis. E no sábado foi descansar. O Lápis era a pura perfeição, forjado no grafite do mais nobre carbono (o mesmo do diamante) e embalado na madeira do melhor cipreste. Apesar disso tudo, no entanto, o Lápis sentiu-se só. Então, para fazer-lhe companhia, Deus criou a Folha de Papel. [...]

(RENOVATO, Jurandir. A árvore do desconhecimento – uma fábula. Fragmento.)
As figuras de linguagem são recursos expressivos utilizados para ampliar as possibilidades de sentido e exploração criativa da língua. Sobre isso, considere o trecho a seguir: “No princípio Deus criou as letras e os números. Não satisfeito, no segundo dia criou as palavras e as contas, não aquelas que chegam no fim do mês, pelo correio, mas as de somar e multiplicar, coisa simples ainda. No terceiro dia, Deus criou os verbos, os pronomes e, claro, a regra de três. No quarto dia surgiram as frases e as equações, as sentenças e os números primos.” Na construção do trecho, predomina o uso da figura de linguagem:
Alternativas
Q3061233 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

A árvore do desconhecimento – uma fábula

    No princípio Deus criou as letras e os números. Não satisfeito, no segundo dia criou as palavras e as contas, não aquelas que chegam no fim do mês, pelo correio, mas as de somar e multiplicar, coisa simples ainda. No terceiro dia, Deus criou os verbos, os pronomes e, claro, a regra de três. No quarto dia surgiram as frases e as equações, as sentenças e os números primos. Foi só no quinto dia que Deus se lembrou do palavrão, do Pi e da taxa de juros. Já estava quase tudo pronto. No sexto dia da criação Deus pensou: que adianta tudo isso se não tenho como usar, como mostrar para os outros? Então, à sua imagem e semelhança, Deus criou o Lápis. E no sábado foi descansar. O Lápis era a pura perfeição, forjado no grafite do mais nobre carbono (o mesmo do diamante) e embalado na madeira do melhor cipreste. Apesar disso tudo, no entanto, o Lápis sentiu-se só. Então, para fazer-lhe companhia, Deus criou a Folha de Papel. [...]

(RENOVATO, Jurandir. A árvore do desconhecimento – uma fábula. Fragmento.)
Nessa fábula, o autor recorre à intertextualidade para construir a narrativa. Esse recurso é constituído pela presença de elementos que remetem ao texto bíblico do Gênesis e, por isso, trata-se de uma
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Q3061232 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Capítulo I – de como Itaguaí ganhou uma casa de orates

     As crônicas da Vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.
    – A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo. Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas.
    Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um Juiz de Fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas – únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
   D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. Ao cabo desse tempo fez um estudo profundo da matéria, releu todos os escritores árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou consultas às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconselhar à mulher um regímen alimentício especial. A ilustre dama, nutrida exclusivamente com a bela carne de porco de Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua resistência, – explicável, mas inqualificável – devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.

(ASSIS, Machado. O alienista. Fragmento.)
“A ilustre dama, nutrida exclusivamente com a bela carne de porco de Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua resistência, – explicável, mas inqualificável, – devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.” (4º§) A pontuação cumpre funções sintático-semânticas na organização das ideias do texto, para criar determinados efeitos de sentido. Desse modo, no trecho anterior, os travessões foram empregados para
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Q3061231 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Capítulo I – de como Itaguaí ganhou uma casa de orates

     As crônicas da Vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.
    – A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo. Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas.
    Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um Juiz de Fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas – únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
   D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. Ao cabo desse tempo fez um estudo profundo da matéria, releu todos os escritores árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou consultas às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconselhar à mulher um regímen alimentício especial. A ilustre dama, nutrida exclusivamente com a bela carne de porco de Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua resistência, – explicável, mas inqualificável – devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.

(ASSIS, Machado. O alienista. Fragmento.)
Toda história é contada a partir do ponto de vista daquele que narra, ou seja, do foco narrativo adotado pelo narrador. Nesse sentido, considerando as características estilísticas do fragmento do conto “O Alienista”, verifica-se a caracterização de um
Alternativas
Q2889184 Psicologia

O papel do psicólogo escolar na ultima década tem sido revisado. Assinale a alternativa que aponta mudanças para esse papel.

Alternativas
Respostas
36: A
37: D
38: D
39: D
40: C