Questões de Concurso
Para técnico de farmácia
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Em relação à configuração do sistema operacional Windows, assinale a alternativa CORRETA:
Qual é a melhor estratégia de backup de dados para garantir a segurança das informações em caso de perda ou corrupção de arquivos?
Ao navegar na internet, frequentemente diversos sites oferecem a possibilidade de aceitar cookies. De que se tratam esses cookies?
Considere as afirmações a seguir sobre cloud computing:
I- O cloud computing é sempre mais caro do que o uso de recursos de TI locais.
II- O cloud computing é inerentemente menos seguro do que o uso de recursos de TI locais.
III- O cloud computing permite que empresas e indivíduos acessem recursos de TI, como servidores, armazenamento e software, sob demanda pela internet.
Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) afirmação(ões):
Considere as afirmações a seguir sobre armazenamento de dados na nuvem:
I- O armazenamento de dados na nuvem permite o acesso aos dados em qualquer lugar com conexão à internet.
II- O armazenamento de dados na nuvem é sempre gratuito.
III- O armazenamento de dados na nuvem pode ser mais seguro do que o armazenamento local.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmação(ões):
O que é hardware em um computador?
Qual das seguintes tecnologias é usada por navegadores de internet para melhorar a velocidade de carregamento de páginas web?
Qual é a finalidade da autenticação em dois fatores?
Leia o excerto de Fiquei afásica, artigo de divulgação científica, publicado na Roseta (em 2022), revista de popularização da ciência, e responda às questões de 10 a 15.
Texto 4:
Fiquei afásica
O cérebro de uma pessoa afásica trabalha de forma diferente de uma pessoa não afásica, o que afeta, na maioria das vezes, o uso linguístico.
Lou-Ann Kleppa
Perdi as palavras de um dia
pro outro
Não uso mais “enfim”, “sabe?”
Entendo o que me dizem, mas
se tento falar
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Perdi o controle da escolha
Só me resta o gesto
Não uso mais “obrigado”, “até”
O som que sai não é sequer uma palavra
dessa língua
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Depois do AVC
minha vida para/pa-ra-li-sou
Sou paciente, passiva, sujeito sem ação
Quero voltar pra mim
inventar nova comunicação
Por enquanto só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Você já tentou passar um dia inteiro sem dizer qualquer palavra? A não ser que você esteja socialmente isolado ou tenha feito voto de silêncio, se você conseguir desenvolver suas atividades rotineiras sem dizer uma palavra ao longo de 24h, então isso foi uma opção e provavelmente não uma imposição. Agora imagine uma pessoa que, da noite pro dia, não seja mais capaz de usar as palavras da sua língua materna.
Para preservar a identidade da pessoa afásica, chamaremos de Liliane uma moça que, aos 33 anos de idade, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC, popularmente conhecido como derrame). Este episódio neurológico fez com que um pedacinho do hemisfério esquerdo do cérebro de Liliane parasse de receber fluxo de sangue. E isto deixou duas sequelas marcantes nela: os membros do lado direito do corpo perderam força e mobilidade e a linguagem dela foi afetada.
A perna direita arrastava na caminhada e a mão direita não segurava mais objetos (escrever com caneta ou lápis deixou de ser possível), mas isso não a impedia de digitar no celular. Perceba que Liliane conseguiu se adaptar a uma limitação do seu corpo digitando no celular com a mão esquerda.
A princípio, sua linguagem falada se reduzia a um automatismo: espontaneamente (quando não lia ou repetia palavras), ela só produzia TISSA (TÁ). Chegaram até a chamá-la de Ticiane, tão característico tinha virado o TISSA dela. “Oi, tudo bem?” “TISSA.” “Aceita mais uma fatia de bolo?” “TISSA”, Liliane procurou tratamento fonoaudiológico e entendeu que sua dificuldade não era mecânica: era a linguagem dela que estava afetada.
Gestos como descascar frutas, cortar alimentos ou desenhar algo podem estar preservados. O problema não é articulatório (localizado na boca ou na mão), mas afeta as funções da linguagem no cérebro.
Liliane procurou um grupo de extensão universitária e foi acolhida num grupo interdisciplinar em que atuavam fonoterapeutas, terapeutas ocupacionais e linguistas. Lá ela conheceu pessoas com os mais diversos tipos de afasias e seus acompanhantes. Alino grupo, ela entendeu que a afasia é uma decorrência de lesão cerebral. [...]
Há casos de pessoas com afasia que acompanham um grupo como esses por 10 anos, por exemplo. Voltar não só para a linguagem, mas para as atividades linguageiras e se sentir aceito na sociedade novamente demanda tempo e paciência. [...]
Do ponto de vista sintático-semântico, o Texto 4 funciona em um contínuo formado por diversos complexos oracionais. No que diz respeito a esses complexos, analise:
“A perna direita arrastava na caminhada e a mão direita não segurava mais objetos (escrever com caneta ou lápis deixou de ser possível), mas isso não a impedia de digitar no celular.”.
Assinale a alternativa com a CLASSIFICAÇÃO CORRETA para a oração destacada:
Leia o excerto de Fiquei afásica, artigo de divulgação científica, publicado na Roseta (em 2022), revista de popularização da ciência, e responda às questões de 10 a 15.
Texto 4:
Fiquei afásica
O cérebro de uma pessoa afásica trabalha de forma diferente de uma pessoa não afásica, o que afeta, na maioria das vezes, o uso linguístico.
Lou-Ann Kleppa
Perdi as palavras de um dia
pro outro
Não uso mais “enfim”, “sabe?”
Entendo o que me dizem, mas
se tento falar
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Perdi o controle da escolha
Só me resta o gesto
Não uso mais “obrigado”, “até”
O som que sai não é sequer uma palavra
dessa língua
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Depois do AVC
minha vida para/pa-ra-li-sou
Sou paciente, passiva, sujeito sem ação
Quero voltar pra mim
inventar nova comunicação
Por enquanto só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Você já tentou passar um dia inteiro sem dizer qualquer palavra? A não ser que você esteja socialmente isolado ou tenha feito voto de silêncio, se você conseguir desenvolver suas atividades rotineiras sem dizer uma palavra ao longo de 24h, então isso foi uma opção e provavelmente não uma imposição. Agora imagine uma pessoa que, da noite pro dia, não seja mais capaz de usar as palavras da sua língua materna.
Para preservar a identidade da pessoa afásica, chamaremos de Liliane uma moça que, aos 33 anos de idade, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC, popularmente conhecido como derrame). Este episódio neurológico fez com que um pedacinho do hemisfério esquerdo do cérebro de Liliane parasse de receber fluxo de sangue. E isto deixou duas sequelas marcantes nela: os membros do lado direito do corpo perderam força e mobilidade e a linguagem dela foi afetada.
A perna direita arrastava na caminhada e a mão direita não segurava mais objetos (escrever com caneta ou lápis deixou de ser possível), mas isso não a impedia de digitar no celular. Perceba que Liliane conseguiu se adaptar a uma limitação do seu corpo digitando no celular com a mão esquerda.
A princípio, sua linguagem falada se reduzia a um automatismo: espontaneamente (quando não lia ou repetia palavras), ela só produzia TISSA (TÁ). Chegaram até a chamá-la de Ticiane, tão característico tinha virado o TISSA dela. “Oi, tudo bem?” “TISSA.” “Aceita mais uma fatia de bolo?” “TISSA”, Liliane procurou tratamento fonoaudiológico e entendeu que sua dificuldade não era mecânica: era a linguagem dela que estava afetada.
Gestos como descascar frutas, cortar alimentos ou desenhar algo podem estar preservados. O problema não é articulatório (localizado na boca ou na mão), mas afeta as funções da linguagem no cérebro.
Liliane procurou um grupo de extensão universitária e foi acolhida num grupo interdisciplinar em que atuavam fonoterapeutas, terapeutas ocupacionais e linguistas. Lá ela conheceu pessoas com os mais diversos tipos de afasias e seus acompanhantes. Alino grupo, ela entendeu que a afasia é uma decorrência de lesão cerebral. [...]
Há casos de pessoas com afasia que acompanham um grupo como esses por 10 anos, por exemplo. Voltar não só para a linguagem, mas para as atividades linguageiras e se sentir aceito na sociedade novamente demanda tempo e paciência. [...]
Avalie as proposições que apresentam uma análise sintática, semântica e pragmática de: “Ali no grupo, ela entendeu que a afasia é uma decorrência de lesão cerebral.”.
I. A estrutura linguística exposta é uma frase declarativa, usada em função de um ato comunicativo.
II. O período simples contém duas frases declarativas.
III. O período é composto por duas orações coordenadas assindéticas.
IV. O período apresenta oração subordinada objetiva indireta.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
Leia o excerto de Fiquei afásica, artigo de divulgação científica, publicado na Roseta (em 2022), revista de popularização da ciência, e responda às questões de 10 a 15.
Texto 4:
Fiquei afásica
O cérebro de uma pessoa afásica trabalha de forma diferente de uma pessoa não afásica, o que afeta, na maioria das vezes, o uso linguístico.
Lou-Ann Kleppa
Perdi as palavras de um dia
pro outro
Não uso mais “enfim”, “sabe?”
Entendo o que me dizem, mas
se tento falar
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Perdi o controle da escolha
Só me resta o gesto
Não uso mais “obrigado”, “até”
O som que sai não é sequer uma palavra
dessa língua
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Depois do AVC
minha vida para/pa-ra-li-sou
Sou paciente, passiva, sujeito sem ação
Quero voltar pra mim
inventar nova comunicação
Por enquanto só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Você já tentou passar um dia inteiro sem dizer qualquer palavra? A não ser que você esteja socialmente isolado ou tenha feito voto de silêncio, se você conseguir desenvolver suas atividades rotineiras sem dizer uma palavra ao longo de 24h, então isso foi uma opção e provavelmente não uma imposição. Agora imagine uma pessoa que, da noite pro dia, não seja mais capaz de usar as palavras da sua língua materna.
Para preservar a identidade da pessoa afásica, chamaremos de Liliane uma moça que, aos 33 anos de idade, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC, popularmente conhecido como derrame). Este episódio neurológico fez com que um pedacinho do hemisfério esquerdo do cérebro de Liliane parasse de receber fluxo de sangue. E isto deixou duas sequelas marcantes nela: os membros do lado direito do corpo perderam força e mobilidade e a linguagem dela foi afetada.
A perna direita arrastava na caminhada e a mão direita não segurava mais objetos (escrever com caneta ou lápis deixou de ser possível), mas isso não a impedia de digitar no celular. Perceba que Liliane conseguiu se adaptar a uma limitação do seu corpo digitando no celular com a mão esquerda.
A princípio, sua linguagem falada se reduzia a um automatismo: espontaneamente (quando não lia ou repetia palavras), ela só produzia TISSA (TÁ). Chegaram até a chamá-la de Ticiane, tão característico tinha virado o TISSA dela. “Oi, tudo bem?” “TISSA.” “Aceita mais uma fatia de bolo?” “TISSA”, Liliane procurou tratamento fonoaudiológico e entendeu que sua dificuldade não era mecânica: era a linguagem dela que estava afetada.
Gestos como descascar frutas, cortar alimentos ou desenhar algo podem estar preservados. O problema não é articulatório (localizado na boca ou na mão), mas afeta as funções da linguagem no cérebro.
Liliane procurou um grupo de extensão universitária e foi acolhida num grupo interdisciplinar em que atuavam fonoterapeutas, terapeutas ocupacionais e linguistas. Lá ela conheceu pessoas com os mais diversos tipos de afasias e seus acompanhantes. Alino grupo, ela entendeu que a afasia é uma decorrência de lesão cerebral. [...]
Há casos de pessoas com afasia que acompanham um grupo como esses por 10 anos, por exemplo. Voltar não só para a linguagem, mas para as atividades linguageiras e se sentir aceito na sociedade novamente demanda tempo e paciência. [...]
Ao saber que, conforme o regime dos verbos ou dos nomes, os termos regentes e os regidos estabelecem entre si relações de dependência, relacione, no seguinte quadro, a correspondência entre os termos em destaque e a descrição da regência empregada.
( ) “dizer qualquer palavra” |
1. Regência de um constituinte locativo abstrato, encabeçado pela preposição em. |
( ) “arrastava na caminhada” |
2. Regência de um objeto direto. |
( ) “se adaptar a uma limitação” |
3. Regência nominal. |
( ) “aceito na sociedade” |
4. Regência de um objeto indireto. |
Marque a alternativa com a sequência CORRETA.
Leia o excerto de Fiquei afásica, artigo de divulgação científica, publicado na Roseta (em 2022), revista de popularização da ciência, e responda às questões de 10 a 15.
Texto 4:
Fiquei afásica
O cérebro de uma pessoa afásica trabalha de forma diferente de uma pessoa não afásica, o que afeta, na maioria das vezes, o uso linguístico.
Lou-Ann Kleppa
Perdi as palavras de um dia
pro outro
Não uso mais “enfim”, “sabe?”
Entendo o que me dizem, mas
se tento falar
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Perdi o controle da escolha
Só me resta o gesto
Não uso mais “obrigado”, “até”
O som que sai não é sequer uma palavra
dessa língua
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Depois do AVC
minha vida para/pa-ra-li-sou
Sou paciente, passiva, sujeito sem ação
Quero voltar pra mim
inventar nova comunicação
Por enquanto só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Você já tentou passar um dia inteiro sem dizer qualquer palavra? A não ser que você esteja socialmente isolado ou tenha feito voto de silêncio, se você conseguir desenvolver suas atividades rotineiras sem dizer uma palavra ao longo de 24h, então isso foi uma opção e provavelmente não uma imposição. Agora imagine uma pessoa que, da noite pro dia, não seja mais capaz de usar as palavras da sua língua materna.
Para preservar a identidade da pessoa afásica, chamaremos de Liliane uma moça que, aos 33 anos de idade, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC, popularmente conhecido como derrame). Este episódio neurológico fez com que um pedacinho do hemisfério esquerdo do cérebro de Liliane parasse de receber fluxo de sangue. E isto deixou duas sequelas marcantes nela: os membros do lado direito do corpo perderam força e mobilidade e a linguagem dela foi afetada.
A perna direita arrastava na caminhada e a mão direita não segurava mais objetos (escrever com caneta ou lápis deixou de ser possível), mas isso não a impedia de digitar no celular. Perceba que Liliane conseguiu se adaptar a uma limitação do seu corpo digitando no celular com a mão esquerda.
A princípio, sua linguagem falada se reduzia a um automatismo: espontaneamente (quando não lia ou repetia palavras), ela só produzia TISSA (TÁ). Chegaram até a chamá-la de Ticiane, tão característico tinha virado o TISSA dela. “Oi, tudo bem?” “TISSA.” “Aceita mais uma fatia de bolo?” “TISSA”, Liliane procurou tratamento fonoaudiológico e entendeu que sua dificuldade não era mecânica: era a linguagem dela que estava afetada.
Gestos como descascar frutas, cortar alimentos ou desenhar algo podem estar preservados. O problema não é articulatório (localizado na boca ou na mão), mas afeta as funções da linguagem no cérebro.
Liliane procurou um grupo de extensão universitária e foi acolhida num grupo interdisciplinar em que atuavam fonoterapeutas, terapeutas ocupacionais e linguistas. Lá ela conheceu pessoas com os mais diversos tipos de afasias e seus acompanhantes. Alino grupo, ela entendeu que a afasia é uma decorrência de lesão cerebral. [...]
Há casos de pessoas com afasia que acompanham um grupo como esses por 10 anos, por exemplo. Voltar não só para a linguagem, mas para as atividades linguageiras e se sentir aceito na sociedade novamente demanda tempo e paciência. [...]
Ao saber que neologismos são palavras formadas, sobremodo, a partir das necessidades culturais, analise a formação das palavras no poema exposto no Texto 4. Assinale a alternativa com a análise CORRETA.
Leia o excerto de Fiquei afásica, artigo de divulgação científica, publicado na Roseta (em 2022), revista de popularização da ciência, e responda às questões de 10 a 15.
Texto 4:
Fiquei afásica
O cérebro de uma pessoa afásica trabalha de forma diferente de uma pessoa não afásica, o que afeta, na maioria das vezes, o uso linguístico.
Lou-Ann Kleppa
Perdi as palavras de um dia
pro outro
Não uso mais “enfim”, “sabe?”
Entendo o que me dizem, mas
se tento falar
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Perdi o controle da escolha
Só me resta o gesto
Não uso mais “obrigado”, “até”
O som que sai não é sequer uma palavra
dessa língua
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Depois do AVC
minha vida para/pa-ra-li-sou
Sou paciente, passiva, sujeito sem ação
Quero voltar pra mim
inventar nova comunicação
Por enquanto só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Você já tentou passar um dia inteiro sem dizer qualquer palavra? A não ser que você esteja socialmente isolado ou tenha feito voto de silêncio, se você conseguir desenvolver suas atividades rotineiras sem dizer uma palavra ao longo de 24h, então isso foi uma opção e provavelmente não uma imposição. Agora imagine uma pessoa que, da noite pro dia, não seja mais capaz de usar as palavras da sua língua materna.
Para preservar a identidade da pessoa afásica, chamaremos de Liliane uma moça que, aos 33 anos de idade, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC, popularmente conhecido como derrame). Este episódio neurológico fez com que um pedacinho do hemisfério esquerdo do cérebro de Liliane parasse de receber fluxo de sangue. E isto deixou duas sequelas marcantes nela: os membros do lado direito do corpo perderam força e mobilidade e a linguagem dela foi afetada.
A perna direita arrastava na caminhada e a mão direita não segurava mais objetos (escrever com caneta ou lápis deixou de ser possível), mas isso não a impedia de digitar no celular. Perceba que Liliane conseguiu se adaptar a uma limitação do seu corpo digitando no celular com a mão esquerda.
A princípio, sua linguagem falada se reduzia a um automatismo: espontaneamente (quando não lia ou repetia palavras), ela só produzia TISSA (TÁ). Chegaram até a chamá-la de Ticiane, tão característico tinha virado o TISSA dela. “Oi, tudo bem?” “TISSA.” “Aceita mais uma fatia de bolo?” “TISSA”, Liliane procurou tratamento fonoaudiológico e entendeu que sua dificuldade não era mecânica: era a linguagem dela que estava afetada.
Gestos como descascar frutas, cortar alimentos ou desenhar algo podem estar preservados. O problema não é articulatório (localizado na boca ou na mão), mas afeta as funções da linguagem no cérebro.
Liliane procurou um grupo de extensão universitária e foi acolhida num grupo interdisciplinar em que atuavam fonoterapeutas, terapeutas ocupacionais e linguistas. Lá ela conheceu pessoas com os mais diversos tipos de afasias e seus acompanhantes. Alino grupo, ela entendeu que a afasia é uma decorrência de lesão cerebral. [...]
Há casos de pessoas com afasia que acompanham um grupo como esses por 10 anos, por exemplo. Voltar não só para a linguagem, mas para as atividades linguageiras e se sentir aceito na sociedade novamente demanda tempo e paciência. [...]
Dado que o Texto 4 é um artigo de divulgação científica, é a CORRETO firmar que:
Leia o excerto de Fiquei afásica, artigo de divulgação científica, publicado na Roseta (em 2022), revista de popularização da ciência, e responda às questões de 10 a 15.
Texto 4:
Fiquei afásica
O cérebro de uma pessoa afásica trabalha de forma diferente de uma pessoa não afásica, o que afeta, na maioria das vezes, o uso linguístico.
Lou-Ann Kleppa
Perdi as palavras de um dia
pro outro
Não uso mais “enfim”, “sabe?”
Entendo o que me dizem, mas
se tento falar
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Perdi o controle da escolha
Só me resta o gesto
Não uso mais “obrigado”, “até”
O som que sai não é sequer uma palavra
dessa língua
Só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Depois do AVC
minha vida para/pa-ra-li-sou
Sou paciente, passiva, sujeito sem ação
Quero voltar pra mim
inventar nova comunicação
Por enquanto só sai TISSA TISSA TISSA TÁ
Fiquei afásica
Você já tentou passar um dia inteiro sem dizer qualquer palavra? A não ser que você esteja socialmente isolado ou tenha feito voto de silêncio, se você conseguir desenvolver suas atividades rotineiras sem dizer uma palavra ao longo de 24h, então isso foi uma opção e provavelmente não uma imposição. Agora imagine uma pessoa que, da noite pro dia, não seja mais capaz de usar as palavras da sua língua materna.
Para preservar a identidade da pessoa afásica, chamaremos de Liliane uma moça que, aos 33 anos de idade, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC, popularmente conhecido como derrame). Este episódio neurológico fez com que um pedacinho do hemisfério esquerdo do cérebro de Liliane parasse de receber fluxo de sangue. E isto deixou duas sequelas marcantes nela: os membros do lado direito do corpo perderam força e mobilidade e a linguagem dela foi afetada.
A perna direita arrastava na caminhada e a mão direita não segurava mais objetos (escrever com caneta ou lápis deixou de ser possível), mas isso não a impedia de digitar no celular. Perceba que Liliane conseguiu se adaptar a uma limitação do seu corpo digitando no celular com a mão esquerda.
A princípio, sua linguagem falada se reduzia a um automatismo: espontaneamente (quando não lia ou repetia palavras), ela só produzia TISSA (TÁ). Chegaram até a chamá-la de Ticiane, tão característico tinha virado o TISSA dela. “Oi, tudo bem?” “TISSA.” “Aceita mais uma fatia de bolo?” “TISSA”, Liliane procurou tratamento fonoaudiológico e entendeu que sua dificuldade não era mecânica: era a linguagem dela que estava afetada.
Gestos como descascar frutas, cortar alimentos ou desenhar algo podem estar preservados. O problema não é articulatório (localizado na boca ou na mão), mas afeta as funções da linguagem no cérebro.
Liliane procurou um grupo de extensão universitária e foi acolhida num grupo interdisciplinar em que atuavam fonoterapeutas, terapeutas ocupacionais e linguistas. Lá ela conheceu pessoas com os mais diversos tipos de afasias e seus acompanhantes. Alino grupo, ela entendeu que a afasia é uma decorrência de lesão cerebral. [...]
Há casos de pessoas com afasia que acompanham um grupo como esses por 10 anos, por exemplo. Voltar não só para a linguagem, mas para as atividades linguageiras e se sentir aceito na sociedade novamente demanda tempo e paciência. [...]
A partir da significação linguística do título “Fiquei afásica”, assinale a alternativa com a análise INCORRETA:
Responda às questões 8 e 9, a partir do texto que se apresenta na sequência:
Texto 3:
Estudante cria talher para pacientes com Mal de Parkinson
O projeto foi desenvolvido pelo Centro Universitário de Brasília (CEUB) e impede que o alimento caia durante o tremor nas mãos dos pacientes.
23 de janeiro de 2023
“Mesmo com os tremores, 2 o alimento se mantém no talher”
Davi Mogrovejo, aluno do curso de engenharia elétrica do Centro Universitário de Brasília (CEUB), desenvolveu um talher eletrônico com o objetivo de ajudar pessoas com Mal de Parkinson. O equipamento impede que o alimento caia em função dos tremores nas mãos dos pacientes.
Mesmo com os tremores, o alimento se mantém no talher. Foram utilizados sensores e o equipamento foi testado em vários pacientes. Muito além da tecnologia, em si, o objetivo é que o aparelho seja acessível. Atualmente, no mercado, aparelhos com o mesmo objetivo são vendidos por cerca de R$ 3 mil. Existem várias outras pesquisas e protótipos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com a doença.
Leia mais em: https://forbes.com.br/forbessaude/2023/01/estudantes-criam-talher-para-pacientes-com-mal-de-parkinson/
Coma análise de “Mesmo com os tremores, o alimento se mantém no talher. ”, assinale a opção CORRETA para “mesmo."
Responda às questões 8 e 9, a partir do texto que se apresenta na sequência:
Texto 3:
Estudante cria talher para pacientes com Mal de Parkinson
O projeto foi desenvolvido pelo Centro Universitário de Brasília (CEUB) e impede que o alimento caia durante o tremor nas mãos dos pacientes.
23 de janeiro de 2023
“Mesmo com os tremores, 2 o alimento se mantém no talher”
Davi Mogrovejo, aluno do curso de engenharia elétrica do Centro Universitário de Brasília (CEUB), desenvolveu um talher eletrônico com o objetivo de ajudar pessoas com Mal de Parkinson. O equipamento impede que o alimento caia em função dos tremores nas mãos dos pacientes.
Mesmo com os tremores, o alimento se mantém no talher. Foram utilizados sensores e o equipamento foi testado em vários pacientes. Muito além da tecnologia, em si, o objetivo é que o aparelho seja acessível. Atualmente, no mercado, aparelhos com o mesmo objetivo são vendidos por cerca de R$ 3 mil. Existem várias outras pesquisas e protótipos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com a doença.
Leia mais em: https://forbes.com.br/forbessaude/2023/01/estudantes-criam-talher-para-pacientes-com-mal-de-parkinson/
Acerca das características (dos fatores) de textualidade na matéria “Estudante cria talher para pacientes com Mal de Parkinson”, assinale a alternativa ERRADA.
Segue um trecho de um artigo de divulgação científica, publicado em Superinteressante (13 mar. 2023), a partir do qual devem ser respondidas as questões de 4 a 7.
Texto 2:
Ciência
As abelhas dançam para se comunicar. Mas precisam de aulas de dança
Você não nasceu sambando - e nem as abelhas. No caso delas, a dança é vital para a comunicação e um passo em falso pode prejudicar uma colega.
Por Leo Caparroz
(Scott Spakowski/Getty Images)
A dança das abelhas é um tipo singular de comunicação. Elas usam seu gingado para avisar as companheiras de colmeia sobre a localização das melhores flores, com mais néctar. Através dos seus passinhos, as colegas sabem a distância, direção e qualidade do alimento que a mensageira encontrou.
Porém, assim como nós precisamos treinar nosso molejo, as abelhas não nascem pés de valsa. Cientistas descobriram que, durante a juventude, elas aprimoram esses movimentos ao tocar suas antenas nos corpos das dançarinas mais experientes — se não o fizerem, suas danças terão mais erros e suas direções não serão tão precisas.
Essa dança comunicativa é difícil de executar, e um passo errado pode mandar uma abelha para um lugar diferente do desejado. Quando as operárias mais velhas retornam à colmeia e executam a dança, as novatas observam com atenção e, com isso, aprendem a dançar de um jeito que gere melhores mapas.
[...]
A pesquisa serve para demonstrar que a dança das abelhas não é completamente inata, mas que tem influência de seu meio, sendo parcialmente moldada pelo aprendizado social e compartilhamento de técnicas. No fim das contas, todas elas eram capazes de dançar; porém, as que tiveram “professores” mais experientes dançavam muito melhor.
Leia mais em: https://super.abril.com.br/ciencia/as-abelhas-dancam-para-se-comunicar-mas-precisam-de-aulas-de-danca/
Acerca das relações de (in)dependência sintática entre as orações deste período:
“No caso delas, a dança é vital para a comunicação e um passo em falso pode prejudicar uma colega”
É CORRETO o que se afirma em:
Segue um trecho de um artigo de divulgação científica, publicado em Superinteressante (13 mar. 2023), a partir do qual devem ser respondidas as questões de 4 a 7.
Texto 2:
Ciência
As abelhas dançam para se comunicar. Mas precisam de aulas de dança
Você não nasceu sambando - e nem as abelhas. No caso delas, a dança é vital para a comunicação e um passo em falso pode prejudicar uma colega.
Por Leo Caparroz
(Scott Spakowski/Getty Images)
A dança das abelhas é um tipo singular de comunicação. Elas usam seu gingado para avisar as companheiras de colmeia sobre a localização das melhores flores, com mais néctar. Através dos seus passinhos, as colegas sabem a distância, direção e qualidade do alimento que a mensageira encontrou.
Porém, assim como nós precisamos treinar nosso molejo, as abelhas não nascem pés de valsa. Cientistas descobriram que, durante a juventude, elas aprimoram esses movimentos ao tocar suas antenas nos corpos das dançarinas mais experientes — se não o fizerem, suas danças terão mais erros e suas direções não serão tão precisas.
Essa dança comunicativa é difícil de executar, e um passo errado pode mandar uma abelha para um lugar diferente do desejado. Quando as operárias mais velhas retornam à colmeia e executam a dança, as novatas observam com atenção e, com isso, aprendem a dançar de um jeito que gere melhores mapas.
[...]
A pesquisa serve para demonstrar que a dança das abelhas não é completamente inata, mas que tem influência de seu meio, sendo parcialmente moldada pelo aprendizado social e compartilhamento de técnicas. No fim das contas, todas elas eram capazes de dançar; porém, as que tiveram “professores” mais experientes dançavam muito melhor.
Leia mais em: https://super.abril.com.br/ciencia/as-abelhas-dancam-para-se-comunicar-mas-precisam-de-aulas-de-danca/
Analise o comportamento sintático do verbo nas seguintes orações:
“A dança das abelhas é um tipo singular de comunicação.”
“Essa dança comunicativa é difícil de executar”
“No fim das contas, todas elas eram capazes de dançar”
Assinale a alternativa CORRETA acerca desse comportamento:
Segue um trecho de um artigo de divulgação científica, publicado em Superinteressante (13 mar. 2023), a partir do qual devem ser respondidas as questões de 4 a 7.
Texto 2:
Ciência
As abelhas dançam para se comunicar. Mas precisam de aulas de dança
Você não nasceu sambando - e nem as abelhas. No caso delas, a dança é vital para a comunicação e um passo em falso pode prejudicar uma colega.
Por Leo Caparroz
(Scott Spakowski/Getty Images)
A dança das abelhas é um tipo singular de comunicação. Elas usam seu gingado para avisar as companheiras de colmeia sobre a localização das melhores flores, com mais néctar. Através dos seus passinhos, as colegas sabem a distância, direção e qualidade do alimento que a mensageira encontrou.
Porém, assim como nós precisamos treinar nosso molejo, as abelhas não nascem pés de valsa. Cientistas descobriram que, durante a juventude, elas aprimoram esses movimentos ao tocar suas antenas nos corpos das dançarinas mais experientes — se não o fizerem, suas danças terão mais erros e suas direções não serão tão precisas.
Essa dança comunicativa é difícil de executar, e um passo errado pode mandar uma abelha para um lugar diferente do desejado. Quando as operárias mais velhas retornam à colmeia e executam a dança, as novatas observam com atenção e, com isso, aprendem a dançar de um jeito que gere melhores mapas.
[...]
A pesquisa serve para demonstrar que a dança das abelhas não é completamente inata, mas que tem influência de seu meio, sendo parcialmente moldada pelo aprendizado social e compartilhamento de técnicas. No fim das contas, todas elas eram capazes de dançar; porém, as que tiveram “professores” mais experientes dançavam muito melhor.
Leia mais em: https://super.abril.com.br/ciencia/as-abelhas-dancam-para-se-comunicar-mas-precisam-de-aulas-de-danca/
Avalie as classes de palavras neste fragmento textual: “Elas usam seu gingado para avisar as companheiras de colmeia”. Assinale a alternativa coma sequência CORRETA referente a essas classes.
Segue um trecho de um artigo de divulgação científica, publicado em Superinteressante (13 mar. 2023), a partir do qual devem ser respondidas as questões de 4 a 7.
Texto 2:
Ciência
As abelhas dançam para se comunicar. Mas precisam de aulas de dança
Você não nasceu sambando - e nem as abelhas. No caso delas, a dança é vital para a comunicação e um passo em falso pode prejudicar uma colega.
Por Leo Caparroz
(Scott Spakowski/Getty Images)
A dança das abelhas é um tipo singular de comunicação. Elas usam seu gingado para avisar as companheiras de colmeia sobre a localização das melhores flores, com mais néctar. Através dos seus passinhos, as colegas sabem a distância, direção e qualidade do alimento que a mensageira encontrou.
Porém, assim como nós precisamos treinar nosso molejo, as abelhas não nascem pés de valsa. Cientistas descobriram que, durante a juventude, elas aprimoram esses movimentos ao tocar suas antenas nos corpos das dançarinas mais experientes — se não o fizerem, suas danças terão mais erros e suas direções não serão tão precisas.
Essa dança comunicativa é difícil de executar, e um passo errado pode mandar uma abelha para um lugar diferente do desejado. Quando as operárias mais velhas retornam à colmeia e executam a dança, as novatas observam com atenção e, com isso, aprendem a dançar de um jeito que gere melhores mapas.
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A pesquisa serve para demonstrar que a dança das abelhas não é completamente inata, mas que tem influência de seu meio, sendo parcialmente moldada pelo aprendizado social e compartilhamento de técnicas. No fim das contas, todas elas eram capazes de dançar; porém, as que tiveram “professores” mais experientes dançavam muito melhor.
Leia mais em: https://super.abril.com.br/ciencia/as-abelhas-dancam-para-se-comunicar-mas-precisam-de-aulas-de-danca/
O texto em questão tem seu sentido construído em um contexto sócio-histórico de circulação, em que funciona como uma peça comunicativa. Com base nisso, avalie as sentenças abaixo e coloque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) O Texto 2 é composto por elementos verbais e multimodais que integram a relação título-texto estabelecida.
( ) Os léxicos “dança”, “comunicação”, “gingado”, “molejo”, “valsa”, “dançarinas” e “mapas” representam um contexto social, o qual faz parte da coerência do texto e do seu funcionamento comunicativo.
( ) O uso da construção “Você não nasceu sambando” é incoerente no Texto 2, porque este é sobre a comunicação das abelhas e não sobre uma dança de uma pessoa específica.
( ) O uso de Porém, conjunção coordenativa aditiva e operador argumentativo, no início do segundo parágrafo, soma a favor da conclusão sobre a comunicação inata das abelhas.
Assinale a alternativa com a sequência CORRETA.