Questões de Concurso Para técnico em arquivo

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Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761488 Arquivologia

A Arquivística é uma disciplina que compreende uma série de princípios que norteiam seu desenvolvimento teórico-metodológico. Nas afirmativas a seguir, quais dizem respeito a esses princípios.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761487 Arquivologia

A microfilmagem é uma importante ferramenta para a racionalização do espaço físico e da acumulação dos documentos de arquivo. Processo profundamente utilizado nos Estados Unidos da América nos anos de 1950 e 1960. Na legislação brasileira, compete a que profissional a preparação dos documentos para microfilmagem e sua utilização?

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761486 Arquivologia

Os documentos arquivísticos historicamente sempre estiveram relacionados às atividades de controle e manutenção nas ações jurídicas, administrativas, técnicas, etc. Assim, um dos conjuntos de atividades mais primordiais, no que se refere a documentos públicos, está relacionado ao controle da produção e destinação dos documentos. Como se denominam essas atividades?

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761485 Arquivologia

A classe profissional dos arquivistas e técnicos de arquivo não possui conselho profissional institucionalizado. Porém, trata-se de profissões estabelecidas e regulamentadas em decreto e lei. De acordo com a Lei n° 6.546, de 4 de julho de 1978, são atribuições dos técnicos de Arquivo:


I - recebimento, registro e distribuição dos documentos, bem como controle de sua movimentação;

II - classificação, arranjo, descrição e execução de demais tarefas necessárias à guarda e conservação dos documentos, assim como prestação de informações relativas aos mesmos; 20

III - orientação quanto à classificação, arranjo e descrição de documentos;

IV - preparação de documentos de arquivo para processamento eletrônico de dados.

V- planejamento, orientação e direção das atividades de identificação das espécies documentais e participação no planejamento de novos documentos e controle de multicópias;

Assinale quais afirmações estão CORRETAS.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761484 Arquivologia

Qual é o órgão historicamente responsável pela guarda dos documentos permanentes do Governo do Estado do Pará?

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Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761483 Arquivologia

Na administração pública, um dos principais setores responsáveis pela produção, controle e gestão documental é denominado serviço de comunicação e/ou protocolo. O percurso de um processo entre os setores de uma instituição pública até o cumprimento de sua função administrativa é denominado:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761480 Legislação Federal

O Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) estabeleceu, por meio de resolução, a adoção de símbolos de norma ISO – InternationalOrganization for Standardization, nas sinaléticas a serem utilizadas no processo de microfilmagem de documentos arquivísticos. Qual é a norma ISO em questão?

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Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761479 Arquivologia

A literatura arquivística tradicionalmente associa a teoria das três idades ao ciclo vital dos documentos, devido a:

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Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761478 Arquivologia

A microfilmagem trata de uma técnica utilizada com certa frequência nas instituições público-privadas. Isso se deve ao fato de a legislação dar sustentação a mesma. Nesse sentido, quais foram os respectivos anos da lei que estabelece e do decreto que regulamenta a microfilmagem de documentos públicos no Brasil?

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Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761472 Direito Constitucional

Leia o fragmento de notícia abaixo que trata do processo de impeachment:


ASDBrasília - O governo entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação do processo de impeachment contra a presidente [...], em um movimento indicando que o Palácio do Planalto não tem os votos necessários para barrar o impedimento na votação marcada para domingo na Câmara dos Deputados.

ASDA Advocacia Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira que entrou com a ação no Supremo porque o processo contém "vícios" que impedem sua continuidade, o que foi prontamente rebatido pela oposição.

SDA"Nós cumprimos as regras estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal diante da lei do impeachment e também do regimento interno da Câmara e da Constituição", acrescentou [um deputado da oposição]. (Fonte: Adaptado de PARAGUASSU, Lisandra. Governo aciona Supremo para anular processo de impeachment. Disponível em . Notícia de 16/04/2016, acesso em 07/11/2016.


ASDA partir da notícia e de seus conhecimentos sobre a estrutura política do Estado brasileiro, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761471 Atualidades

Matriz de Energia Elétrica brasileira

Fonte

Total (%)

Biomassa

8,97

Eólica

6,17

Fóssil

17,06

Hídrica

61,31

Nuclear

1,26

Solar

0,01

Importação

5,19

Total

99,97


De acordo com os dados da tabela e com seus conhecimentos, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2016 - IF-PA - Técnico em Arquivo |
Q2761456 Raciocínio Lógico

O Pará é conhecido por sua culinária peculiar e seus temperos inigualáveis que atraem muitos turistas. Dentre essas iguarias, destacam-se o Tacacá, a Maniçoba e o Pato no Tucupi. Em uma pesquisa para saber qual prato regional é considerado o mais saboroso, foram consultados 420 turistas. A tabela a seguir mostra a resposta dos entrevistados.


Pratos regionais

Número de Pessoas

Tacacá

266

Maniçoba

232

Pato no Tucupi

242

Tacacá e Maniçoba

128

Maniçoba e Pato no Tucupi

115

Tacacá e Pato no Tucupi

160

Tacacá, Maniçoba e Pato no Tucupi

83



Considerando que todos os turistas entrevistados gostaram de pelo menos um prato, a alternativa CORRETA que indica quantas pessoas gostaram APENAS de Maniçoba é:

Alternativas
Q2741059 Noções de Informática

Dada a seguinte planilha do Excel 2016:



A

B

C

1

3

2

7

2

4

3

5

3

4

9

2

4

5

7

6

5




6


4


7




Assinale a alternativa que contém a fórmula que calcula o resultado da célula B6:

Alternativas
Q2741045 Português

Leia o texto para responder às questões de 01 a 07.


SOBRE CAFÉS E LIVROS


O que é que eu fui fazer na livraria? Eu estava procurando um livro. Como era desses códices que a gente tem vontade de rabiscar, anotar, comentar, marcar, resolvi ter o livro, bonito, impresso, original. Não encontrei em lugar nenhum, mas o que importa é o percurso desta minha busca.


Passei por duas livrarias dessas enormes, com escadarias, segundo andar, rede de lojas por toda a cidade. Também passei por duas livrarias médias, dessas que têm tradição e são cercadas de lendas urbanas. As outras quatro eram livrarias cult, dessas que servem café e bolos. Pedi um capuchino e até fiquei um tempo ouvindo a moça que cantava ao vivo num palco. Mas então me lembrei de que tinha uma meta: procurar um livro e fui em busca dele. Mexi e remexi em todas as prateleiras, mapeei a loja, fui nas estantes que ficavam sob a placa da categoria em que eu imaginava encontrar meu livrinho. Observei, me aproximei, espirrei a poeira dos livros guardados, chamei o vendedor, pedi informação à menina do caixa e saí de lá com as mãos abanando.


Em Belo Horizonte, e em vários outros lugares, você pode ir a uma livraria sem ter a menor vontade de comprar ou ver um livro. Impressionante a limpeza do balcão, a voz da cantora, a estante de periódicos, o uniforme dos garçons, a agilidade do caixa, o cheirinho do café. Mas na livraria, o vendedor não sabia me informar sobre livros, e as estantes estavam empoeiradas em completa desorganização. Era impossível inferir, sem ajuda urgentíssima, o critério de disposição daquelas obras todas. No meio dos dicionários de línguas, estava o dicionário de palavrões do Glauco Mattoso. No meio dos livros de botânica, estava o Raízes do Brasil, do Sérgio Buarque. O livro que eu procurava devia estar em algum lugar daquele universo indistinto. Talvez na prateleira da cozinha, junto com as colheres de pau.


O que eu procuro quando vou a uma livraria? Em geral, procuro por um livro. Também posso chegar à loja procurando por um tema, sem ter a ideia exata de que livro levar. Eu sinto a necessidade de encontrar ajuda numa espécie de consumidor, alguém que saiba sobre o objeto que vende. Não um vendedor treinado para me dizer “bom dia”. Daí que faço as perguntas e ele deve me responder com alguma dose de precisão, além da simpatia. Também pode ser que ele me dê uma sugestão, o que será delicioso. E se a sugestão for bem sucedida, serei fiel à livraria.


Mas parece que, nesta cidade, as livrarias já não têm mais a missão de vender livros. Têm tantas outras que essa se confunde com o pó do capuchino industrializado. Estão lá garçons que vendem livros e cantoras que interpretam poetas que não se encontram mais nas prateleiras. A menina do caixa nunca lê as capas das obras que vende. Atrás dela está pendurado um painel com uma cena de Dom Quixote. Ela pensa que é o esboço de um desenho animado Disney. E então eu sei que não encontrarei o livro que eu quero porque ele deve estar perdido na desordem da loja. Não poderei contar com o vendedor porque ele também não sabe do que eu estou falando. E não poderei fazer outra coisa ali que não seja degustar um café e ler sobre vinhos chilenos com nomes interessantes.


Eu não fui com a intenção de conhecer vinhos andinos. Nem cheguei lá pensando em paquerar. Também não queria ouvir música ao vivo, já que nem tinha dinheiro para pagar o couvert artístico. Não imaginava que seria atendida por um garçom e não queria que o vendedor ficasse constrangido em me dizer que nunca ouvira falar daquele livro antes. Eu queria uma obra que infesta as referências dos meus pares. E onde será que eles a encontram?


Depois de percorrer a cidade em busca do meu livro e não encontrar, entrei na internet e achei. Pedi, paguei frete e o terei em casa sem pedir ao garçom e sem sentir cheiro de café. Não há nada de mal em tomar capuchino na livraria. O que deve estar fora do lugar é a ênfase. Se eu entrasse numa cafeteria e perguntasse por um livro, talvez o garçom se desse conta de que eu é que estava no lugar errado.


RIBEIRO, Ana Elisa. Meus Segredos com Capitu. 2 ed. Natal: Jovens Escribas, 2015. (adaptado)

No tocante às relações de referência intratextual, à articulação oracional e ao estatuto morfossintático e semântico de itens lexicais, analise as proposições seguintes:


I - A expressão “No meio dos dicionários de línguas [...]” (3º parágrafo) funciona como uma expressão indicativa de lugar, exercendo, pois, a função de adjunto adverbial de lugar.

II - O conectivo se no período “E se a sugestão for bem sucedida, serei fiel à livraria.” (4º parágrafo) corresponde a uma conjunção que expressa a condição necessária para que o fato apresentado na oração principal aconteça.

III - Os pronomes essa e outras no período “Têm tantas outras que essa se confunde com o pó do capuchino industrializado”(5º parágrafo) estabelecem relações referenciais anafóricas e retomam expressões apresentadas no texto, evitando repetição desnecessária e estabelecendo a coesão textual.


É CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q2741044 Português

Leia o texto para responder às questões de 01 a 07.


SOBRE CAFÉS E LIVROS


O que é que eu fui fazer na livraria? Eu estava procurando um livro. Como era desses códices que a gente tem vontade de rabiscar, anotar, comentar, marcar, resolvi ter o livro, bonito, impresso, original. Não encontrei em lugar nenhum, mas o que importa é o percurso desta minha busca.


Passei por duas livrarias dessas enormes, com escadarias, segundo andar, rede de lojas por toda a cidade. Também passei por duas livrarias médias, dessas que têm tradição e são cercadas de lendas urbanas. As outras quatro eram livrarias cult, dessas que servem café e bolos. Pedi um capuchino e até fiquei um tempo ouvindo a moça que cantava ao vivo num palco. Mas então me lembrei de que tinha uma meta: procurar um livro e fui em busca dele. Mexi e remexi em todas as prateleiras, mapeei a loja, fui nas estantes que ficavam sob a placa da categoria em que eu imaginava encontrar meu livrinho. Observei, me aproximei, espirrei a poeira dos livros guardados, chamei o vendedor, pedi informação à menina do caixa e saí de lá com as mãos abanando.


Em Belo Horizonte, e em vários outros lugares, você pode ir a uma livraria sem ter a menor vontade de comprar ou ver um livro. Impressionante a limpeza do balcão, a voz da cantora, a estante de periódicos, o uniforme dos garçons, a agilidade do caixa, o cheirinho do café. Mas na livraria, o vendedor não sabia me informar sobre livros, e as estantes estavam empoeiradas em completa desorganização. Era impossível inferir, sem ajuda urgentíssima, o critério de disposição daquelas obras todas. No meio dos dicionários de línguas, estava o dicionário de palavrões do Glauco Mattoso. No meio dos livros de botânica, estava o Raízes do Brasil, do Sérgio Buarque. O livro que eu procurava devia estar em algum lugar daquele universo indistinto. Talvez na prateleira da cozinha, junto com as colheres de pau.


O que eu procuro quando vou a uma livraria? Em geral, procuro por um livro. Também posso chegar à loja procurando por um tema, sem ter a ideia exata de que livro levar. Eu sinto a necessidade de encontrar ajuda numa espécie de consumidor, alguém que saiba sobre o objeto que vende. Não um vendedor treinado para me dizer “bom dia”. Daí que faço as perguntas e ele deve me responder com alguma dose de precisão, além da simpatia. Também pode ser que ele me dê uma sugestão, o que será delicioso. E se a sugestão for bem sucedida, serei fiel à livraria.


Mas parece que, nesta cidade, as livrarias já não têm mais a missão de vender livros. Têm tantas outras que essa se confunde com o pó do capuchino industrializado. Estão lá garçons que vendem livros e cantoras que interpretam poetas que não se encontram mais nas prateleiras. A menina do caixa nunca lê as capas das obras que vende. Atrás dela está pendurado um painel com uma cena de Dom Quixote. Ela pensa que é o esboço de um desenho animado Disney. E então eu sei que não encontrarei o livro que eu quero porque ele deve estar perdido na desordem da loja. Não poderei contar com o vendedor porque ele também não sabe do que eu estou falando. E não poderei fazer outra coisa ali que não seja degustar um café e ler sobre vinhos chilenos com nomes interessantes.


Eu não fui com a intenção de conhecer vinhos andinos. Nem cheguei lá pensando em paquerar. Também não queria ouvir música ao vivo, já que nem tinha dinheiro para pagar o couvert artístico. Não imaginava que seria atendida por um garçom e não queria que o vendedor ficasse constrangido em me dizer que nunca ouvira falar daquele livro antes. Eu queria uma obra que infesta as referências dos meus pares. E onde será que eles a encontram?


Depois de percorrer a cidade em busca do meu livro e não encontrar, entrei na internet e achei. Pedi, paguei frete e o terei em casa sem pedir ao garçom e sem sentir cheiro de café. Não há nada de mal em tomar capuchino na livraria. O que deve estar fora do lugar é a ênfase. Se eu entrasse numa cafeteria e perguntasse por um livro, talvez o garçom se desse conta de que eu é que estava no lugar errado.


RIBEIRO, Ana Elisa. Meus Segredos com Capitu. 2 ed. Natal: Jovens Escribas, 2015. (adaptado)

Sobre os recursos linguísticos que marcam os sentidos expressos e a seleção vocabular do texto, analise as proposições e marque aquela que apresenta expressões de sentido conotativo:

Alternativas
Q2741043 Português

Leia o texto para responder às questões de 01 a 07.


SOBRE CAFÉS E LIVROS


O que é que eu fui fazer na livraria? Eu estava procurando um livro. Como era desses códices que a gente tem vontade de rabiscar, anotar, comentar, marcar, resolvi ter o livro, bonito, impresso, original. Não encontrei em lugar nenhum, mas o que importa é o percurso desta minha busca.


Passei por duas livrarias dessas enormes, com escadarias, segundo andar, rede de lojas por toda a cidade. Também passei por duas livrarias médias, dessas que têm tradição e são cercadas de lendas urbanas. As outras quatro eram livrarias cult, dessas que servem café e bolos. Pedi um capuchino e até fiquei um tempo ouvindo a moça que cantava ao vivo num palco. Mas então me lembrei de que tinha uma meta: procurar um livro e fui em busca dele. Mexi e remexi em todas as prateleiras, mapeei a loja, fui nas estantes que ficavam sob a placa da categoria em que eu imaginava encontrar meu livrinho. Observei, me aproximei, espirrei a poeira dos livros guardados, chamei o vendedor, pedi informação à menina do caixa e saí de lá com as mãos abanando.


Em Belo Horizonte, e em vários outros lugares, você pode ir a uma livraria sem ter a menor vontade de comprar ou ver um livro. Impressionante a limpeza do balcão, a voz da cantora, a estante de periódicos, o uniforme dos garçons, a agilidade do caixa, o cheirinho do café. Mas na livraria, o vendedor não sabia me informar sobre livros, e as estantes estavam empoeiradas em completa desorganização. Era impossível inferir, sem ajuda urgentíssima, o critério de disposição daquelas obras todas. No meio dos dicionários de línguas, estava o dicionário de palavrões do Glauco Mattoso. No meio dos livros de botânica, estava o Raízes do Brasil, do Sérgio Buarque. O livro que eu procurava devia estar em algum lugar daquele universo indistinto. Talvez na prateleira da cozinha, junto com as colheres de pau.


O que eu procuro quando vou a uma livraria? Em geral, procuro por um livro. Também posso chegar à loja procurando por um tema, sem ter a ideia exata de que livro levar. Eu sinto a necessidade de encontrar ajuda numa espécie de consumidor, alguém que saiba sobre o objeto que vende. Não um vendedor treinado para me dizer “bom dia”. Daí que faço as perguntas e ele deve me responder com alguma dose de precisão, além da simpatia. Também pode ser que ele me dê uma sugestão, o que será delicioso. E se a sugestão for bem sucedida, serei fiel à livraria.


Mas parece que, nesta cidade, as livrarias já não têm mais a missão de vender livros. Têm tantas outras que essa se confunde com o pó do capuchino industrializado. Estão lá garçons que vendem livros e cantoras que interpretam poetas que não se encontram mais nas prateleiras. A menina do caixa nunca lê as capas das obras que vende. Atrás dela está pendurado um painel com uma cena de Dom Quixote. Ela pensa que é o esboço de um desenho animado Disney. E então eu sei que não encontrarei o livro que eu quero porque ele deve estar perdido na desordem da loja. Não poderei contar com o vendedor porque ele também não sabe do que eu estou falando. E não poderei fazer outra coisa ali que não seja degustar um café e ler sobre vinhos chilenos com nomes interessantes.


Eu não fui com a intenção de conhecer vinhos andinos. Nem cheguei lá pensando em paquerar. Também não queria ouvir música ao vivo, já que nem tinha dinheiro para pagar o couvert artístico. Não imaginava que seria atendida por um garçom e não queria que o vendedor ficasse constrangido em me dizer que nunca ouvira falar daquele livro antes. Eu queria uma obra que infesta as referências dos meus pares. E onde será que eles a encontram?


Depois de percorrer a cidade em busca do meu livro e não encontrar, entrei na internet e achei. Pedi, paguei frete e o terei em casa sem pedir ao garçom e sem sentir cheiro de café. Não há nada de mal em tomar capuchino na livraria. O que deve estar fora do lugar é a ênfase. Se eu entrasse numa cafeteria e perguntasse por um livro, talvez o garçom se desse conta de que eu é que estava no lugar errado.


RIBEIRO, Ana Elisa. Meus Segredos com Capitu. 2 ed. Natal: Jovens Escribas, 2015. (adaptado)

O propósito do texto está coerentemente apresentado em:

Alternativas
Q2741042 Português

Leia o texto para responder às questões de 01 a 07.


SOBRE CAFÉS E LIVROS


O que é que eu fui fazer na livraria? Eu estava procurando um livro. Como era desses códices que a gente tem vontade de rabiscar, anotar, comentar, marcar, resolvi ter o livro, bonito, impresso, original. Não encontrei em lugar nenhum, mas o que importa é o percurso desta minha busca.


Passei por duas livrarias dessas enormes, com escadarias, segundo andar, rede de lojas por toda a cidade. Também passei por duas livrarias médias, dessas que têm tradição e são cercadas de lendas urbanas. As outras quatro eram livrarias cult, dessas que servem café e bolos. Pedi um capuchino e até fiquei um tempo ouvindo a moça que cantava ao vivo num palco. Mas então me lembrei de que tinha uma meta: procurar um livro e fui em busca dele. Mexi e remexi em todas as prateleiras, mapeei a loja, fui nas estantes que ficavam sob a placa da categoria em que eu imaginava encontrar meu livrinho. Observei, me aproximei, espirrei a poeira dos livros guardados, chamei o vendedor, pedi informação à menina do caixa e saí de lá com as mãos abanando.


Em Belo Horizonte, e em vários outros lugares, você pode ir a uma livraria sem ter a menor vontade de comprar ou ver um livro. Impressionante a limpeza do balcão, a voz da cantora, a estante de periódicos, o uniforme dos garçons, a agilidade do caixa, o cheirinho do café. Mas na livraria, o vendedor não sabia me informar sobre livros, e as estantes estavam empoeiradas em completa desorganização. Era impossível inferir, sem ajuda urgentíssima, o critério de disposição daquelas obras todas. No meio dos dicionários de línguas, estava o dicionário de palavrões do Glauco Mattoso. No meio dos livros de botânica, estava o Raízes do Brasil, do Sérgio Buarque. O livro que eu procurava devia estar em algum lugar daquele universo indistinto. Talvez na prateleira da cozinha, junto com as colheres de pau.


O que eu procuro quando vou a uma livraria? Em geral, procuro por um livro. Também posso chegar à loja procurando por um tema, sem ter a ideia exata de que livro levar. Eu sinto a necessidade de encontrar ajuda numa espécie de consumidor, alguém que saiba sobre o objeto que vende. Não um vendedor treinado para me dizer “bom dia”. Daí que faço as perguntas e ele deve me responder com alguma dose de precisão, além da simpatia. Também pode ser que ele me dê uma sugestão, o que será delicioso. E se a sugestão for bem sucedida, serei fiel à livraria.


Mas parece que, nesta cidade, as livrarias já não têm mais a missão de vender livros. Têm tantas outras que essa se confunde com o pó do capuchino industrializado. Estão lá garçons que vendem livros e cantoras que interpretam poetas que não se encontram mais nas prateleiras. A menina do caixa nunca lê as capas das obras que vende. Atrás dela está pendurado um painel com uma cena de Dom Quixote. Ela pensa que é o esboço de um desenho animado Disney. E então eu sei que não encontrarei o livro que eu quero porque ele deve estar perdido na desordem da loja. Não poderei contar com o vendedor porque ele também não sabe do que eu estou falando. E não poderei fazer outra coisa ali que não seja degustar um café e ler sobre vinhos chilenos com nomes interessantes.


Eu não fui com a intenção de conhecer vinhos andinos. Nem cheguei lá pensando em paquerar. Também não queria ouvir música ao vivo, já que nem tinha dinheiro para pagar o couvert artístico. Não imaginava que seria atendida por um garçom e não queria que o vendedor ficasse constrangido em me dizer que nunca ouvira falar daquele livro antes. Eu queria uma obra que infesta as referências dos meus pares. E onde será que eles a encontram?


Depois de percorrer a cidade em busca do meu livro e não encontrar, entrei na internet e achei. Pedi, paguei frete e o terei em casa sem pedir ao garçom e sem sentir cheiro de café. Não há nada de mal em tomar capuchino na livraria. O que deve estar fora do lugar é a ênfase. Se eu entrasse numa cafeteria e perguntasse por um livro, talvez o garçom se desse conta de que eu é que estava no lugar errado.


RIBEIRO, Ana Elisa. Meus Segredos com Capitu. 2 ed. Natal: Jovens Escribas, 2015. (adaptado)

De acordo com a estrutura e a organização linguística, o texto deve ser considerado predominantemente como:

Alternativas
Q2370435 Arquivologia
A Descrição Arquivística é o conjunto de procedimentos que, a partir de elementos formais e de conteúdo, permitem a identificação de conteúdo e a elaboração de instrumentos de pesquisa. O principal objetivo dessa função arquivística é: 
Alternativas
Q2370434 Arquivologia
A conservação é a atividade que se ocupa de prevenir e/ou retardar os processos de degradação a que os documentos estão sujeitos. Abaixo estão elencados procedimentos típicos da conservação preventiva, EXCETO: 
Alternativas
Q2370433 Arquivologia
Para uma adequada conservação e preservação dos documentos em suporte de papel, faz-se necessário observar os ambientes de guarda desses documentos. São fatores ambientais a serem controlados, EXCETO: 
Alternativas
Respostas
161: B
162: E
163: B
164: D
165: C
166: D
167: C
168: C
169: A
170: A
171: B
172: D
173: B
174: E
175: A
176: D
177: B
178: C
179: C
180: C