Questões de Concurso Para técnico - cartografia

Foram encontradas 91 questões

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Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: IDAF-ES
Q1205287 Português
Fala, amendoeira
Este ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza – essa natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma safira impecável se não houvesse a longa barra de névoa a toldar a linha entre céu e chão – névoa baixa e seca, hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino.
Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela encosta sua barraca, e, ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco. Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore madura e magra, que já viu muita chuva, muito cortejo de casamento, muitos enterros, e serve há longos anos à necessidade de sombra que têm os amantes de rua, e mesmo a outras precisões mais humildes de cãezinhos transeuntes.
Todas estavam ainda verdes, mas essa ostentava algumas folhas amarelas e outras já estriadas de vermelho, numa gradação fantasista que chegava mesmo até o marrom – cor final de decomposição, depois da qual as folhas caem. Pequenas amêndoas atestavam o seu esforço, e também elas se preparavam para ganhar coloração dourada e, por sua vez, completado o ciclo, tombar sobre o meio-fio, se não as colhe algum moleque apreciador do seu azedinho. E como o cronista lhe perguntasse – fala, amendoeira – por que fugia ao rito de suas irmãs, adotando vestes assim particulares, a árvore pareceu explicar-lhe:
– Não vês? Começo a outonear. É 21 de março, data em que as folhinhas assinalam o equinócio do outono. Cumpro meu dever de árvore, embora minhas irmãs não respeitem as estações.
– E vais outoneando sozinha?
– Na medida do possível. Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.
– Somos todos assim.
– Os homens, não. Em ti, por exemplo, o outono é manifesto e exclusivo. Acho-te bem outonal, meu filho, e teu trabalho é exatamente o que os autores chamam de outonada: são frutos colhidos numa hora da vida que já não é clara, mas ainda não se dilui em treva. Repara que o outono é mais estação da alma que da natureza.
– Não me entristeças.
– Não, querido, sou tua árvore da guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonizes com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves... Outoniza-te com dignidade, meu velho.
(Carlos Drummond de Andrade)
Na última frase do texto, o verbo foi empregado no:
Alternativas
Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: IDAF-ES
Q1205254 Português
Fala, amendoeira
Este ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza – essa natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma safira impecável se não houvesse a longa barra de névoa a toldar a linha entre céu e chão – névoa baixa e seca, hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino.
Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela encosta sua barraca, e, ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco. Nenhum desses incômodos lhe afeta a placidez de árvore madura e magra, que já viu muita chuva, muito cortejo de casamento, muitos enterros, e serve há longos anos à necessidade de sombra que têm os amantes de rua, e mesmo a outras precisões mais humildes de cãezinhos transeuntes.
Todas estavam ainda verdes, mas essa ostentava algumas folhas amarelas e outras já estriadas de vermelho, numa gradação fantasista que chegava mesmo até o marrom – cor final de decomposição, depois da qual as folhas caem. Pequenas amêndoas atestavam o seu esforço, e também elas se preparavam para ganhar coloração dourada e, por sua vez, completado o ciclo, tombar sobre o meio-fio, se não as colhe algum moleque apreciador do seu azedinho. E como o cronista lhe perguntasse – fala, amendoeira – por que fugia ao rito de suas irmãs, adotando vestes assim particulares, a árvore pareceu explicar-lhe:
– Não vês? Começo a outonear. É 21 de março, data em que as folhinhas assinalam o equinócio do outono. Cumpro meu dever de árvore, embora minhas irmãs não respeitem as estações.
– E vais outoneando sozinha?
– Na medida do possível. Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.
– Somos todos assim.
– Os homens, não. Em ti, por exemplo, o outono é manifesto e exclusivo. Acho-te bem outonal, meu filho, e teu trabalho é exatamente o que os autores chamam de outonada: são frutos colhidos numa hora da vida que já não é clara, mas ainda não se dilui em treva. Repara que o outono é mais estação da alma que da natureza.
– Não me entristeças.
– Não, querido, sou tua árvore da guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonizes com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves... Outoniza-te com dignidade, meu velho.
(Carlos Drummond de Andrade)
Por que o “outono é mais estação da alma que da natureza”?
Alternativas
Q198272 Legislação Estadual
A legislação fundiária, através da Lei Estadual n° 6.557/2001, estabelece que são de domínio do estado do Espírito Santo, as terras públicas:
Alternativas
Q198271 Geografia
Um trecho de uma rodovia com extensão de 5km e 180m de desnível total deverá ser representado em perfil topográfico utilizando-se uma folha no formato A4 (297mmx 210mm).Quais as escalas horizontal (EH) e vertical (EV) adequadas para a representação?
Alternativas
Q198270 Engenharia Cartográfica
Ao se determinar a direção do norte, em uma área no Espírito Santo, comuso de uma bússola, o técnico deverá girar o instrumento em qual direção e com qual valor para definir a direção do norte verdadeiro?
Alternativas
Q198269 Engenharia Cartográfica
As projeções cartográficas podem ser classificadas segundo suas propriedades geométricas. Assinale a opção que apresenta projeções segundo esta propriedade.
Alternativas
Q198268 Geografia
A escolha da escala em um trabalho de Geoprocessamento deve possibilitar a integração e o relacionamento de dados de diferentes naturezas, visando a finalidade do estudo a ser realizado.Neste sentido, o uso da escala 1/1.000 é recomendável para trabalhos comaplicação em:
Alternativas
Q198267 Engenharia Cartográfica
Em um SIG, o geocódigo é:
Alternativas
Q198266 Engenharia Cartográfica
Uma das formas de representar dados espaciais em um SIG é a Matricial. Assinale a opção que representa uma das características desta estrutura.
Alternativas
Q198265 Engenharia Cartográfica
Os elementos de contraste, tonalidade, forma e textura de uma imagem de uma fotografia aérea permitem extrair informações sobre a área imageada. Assinale a opção que apresenta a afirmativa correta.
Alternativas
Q198264 Geografia
Comrelação ao sistema UTM é correto afirmar que:
Alternativas
Q198263 Geografia
.Um determinado alinhamento de 1.000,0 metros medidos no elipsoide e ao longo do meridiano central será representado no plano UTMcomvalor igual a:
Alternativas
Q198262 Engenharia Cartográfica
Para a regularização de um imóvel, o INCRA exige, dentre outros documentos, a apresentação do Memorial Descritivo do mesmo. Esta peça técnica descreve:
Alternativas
Q198261 Geografia
O erro máximo admissível na elaboração de desenho topográfico para lançamento de pontos e traçado de linhas é de 0,2mm, equivalente a duas vezes a acuidade visual de uma pessoa.Assim, no caso da elaboração de uma carta topográfica na escala 1/25.000 esse erro corresponderá a uma dimensão no terreno de:
Alternativas
Q198260 Geografia
Durante a construção de obras de engenharia, tai s como, bar ragens e es t radas , é frequentemente necessário obter terra para uso na obra.As áreas onde se obtémestematerial são chamadas de:
Alternativas
Q198259 Engenharia Cartográfica
Uma determinada rampa possui declividade de 100%. Este valor corresponde a uma inclinação emrelação ao plano do horizonte de:
Alternativas
Q198258 Engenharia Cartográfica
A medição de um ângulo horizontal pelo método das reiterações consiste em:
Alternativas
Q198257 Geografia
Os vértices V1 e V2 formam a base para a realização de um levantamento topográfico. Com a finalidade de determinar as coordenadas planas do ponto P, o topógrafo mediu o ângulo a identificado na figura e a distância horizontal para o ponto P

Imagem 009.jpg

Os valoresmedidos emcampo foram:
a = 33° 25'
distância horizontal V1-P= 150,0m

Sabendo-se que as coordenadas planas de V1 e o azimute da direção V1-V2 são:
V1 (N= 8.350.550,0 ; E = 344.300,0) Az(V1-V2) = 56° 35'

Pode-se afirmar que as coordenadas planas do ponto P são:

Alternativas
Q198256 Engenharia Cartográfica
O terreno representado na figura a seguir possui uma forma trapezoidal e está desenhado na escala 1/2.000. Foram efetuadas as medidas e anotadas junto de cada umdos lados.

Imagem 008.jpg

Ovalor correspondente a área real do terreno é de:
Alternativas
Q198255 Engenharia Cartográfica
Um levantamento topográfico adotará como amarração à rede geodésica os vértices denominados M1 e M2 cujas coordenadas UTM são:

M1 (E = 639.400,0 ;N= 6.957.500,0)
M2 (E = 639.200,0 ;N= 6.957.500,0)

Os elementos da base M1 - M2, azimute plano e distância horizontal, são respectivamente:
Alternativas
Respostas
41: C
42: D
43: E
44: C
45: A
46: B
47: A
48: C
49: E
50: A
51: B
52: B
53: D
54: A
55: E
56: C
57: B
58: D
59: C
60: D