Questões de Concurso
Para professor - matemática
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TEXTO I
Quartetos
Como nos tempos d’antanho já dis: merci
beaucoup
obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado
porque posso carregar fantasmas a tiracolo
E dizer: eu tenho o mundo.
Na verdade, o tempo e a miséria eu tenho
e a mágoa de ter nascido ó minha mãe!
Quantas vezes, meu Deus, desci aos infernos
para tirar de lá apenas um poema e nada
mais...
Nos pensamentos enormes
somente o voo do pássaro é que importa
mas eu bendigo a dor de ter sofrido
para colher a rosa da esperança, a tênue rosa
O poetas do romantismo
vós vos matáveis por amor
porém nós, poetas do modernismo,
temos amor e não nos matamos.
Se me perguntassem (quem ousaria?)
qual o maior poeta do mundo
o que sofreu na carne a dor da poesia
responderia apenas: infelizmente, eu!
Que dissolução nos sentidos
à hora morta do sono sem remédio.
O verso é como o acalanto
mas a criança não dorme há muitos anos...
E dormir é viver, é sonhar
e desperta quem há de achar
a palavra – a simples palavra
(Mulher) e o que engrandece?
( Antônio Girão Barroso Rev. Acad. Cear. Let. N° 35 – 1971)
A realidade adversa, tantas vezes reiterada no poema, encontra abrigo ainda na seguinte colocação:
TEXTO I
Quartetos
Como nos tempos d’antanho já dis: merci
beaucoup
obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado
porque posso carregar fantasmas a tiracolo
E dizer: eu tenho o mundo.
Na verdade, o tempo e a miséria eu tenho
e a mágoa de ter nascido ó minha mãe!
Quantas vezes, meu Deus, desci aos infernos
para tirar de lá apenas um poema e nada
mais...
Nos pensamentos enormes
somente o voo do pássaro é que importa
mas eu bendigo a dor de ter sofrido
para colher a rosa da esperança, a tênue rosa
O poetas do romantismo
vós vos matáveis por amor
porém nós, poetas do modernismo,
temos amor e não nos matamos.
Se me perguntassem (quem ousaria?)
qual o maior poeta do mundo
o que sofreu na carne a dor da poesia
responderia apenas: infelizmente, eu!
Que dissolução nos sentidos
à hora morta do sono sem remédio.
O verso é como o acalanto
mas a criança não dorme há muitos anos...
E dormir é viver, é sonhar
e desperta quem há de achar
a palavra – a simples palavra
(Mulher) e o que engrandece?
( Antônio Girão Barroso Rev. Acad. Cear. Let. N° 35 – 1971)
De acordo com as ideias apresentadas no texto, dentro de uma perspectiva metapoética, o maior poeta é aquele que:
TEXTO I
Quartetos
Como nos tempos d’antanho já dis: merci
beaucoup
obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado
porque posso carregar fantasmas a tiracolo
E dizer: eu tenho o mundo.
Na verdade, o tempo e a miséria eu tenho
e a mágoa de ter nascido ó minha mãe!
Quantas vezes, meu Deus, desci aos infernos
para tirar de lá apenas um poema e nada
mais...
Nos pensamentos enormes
somente o voo do pássaro é que importa
mas eu bendigo a dor de ter sofrido
para colher a rosa da esperança, a tênue rosa
O poetas do romantismo
vós vos matáveis por amor
porém nós, poetas do modernismo,
temos amor e não nos matamos.
Se me perguntassem (quem ousaria?)
qual o maior poeta do mundo
o que sofreu na carne a dor da poesia
responderia apenas: infelizmente, eu!
Que dissolução nos sentidos
à hora morta do sono sem remédio.
O verso é como o acalanto
mas a criança não dorme há muitos anos...
E dormir é viver, é sonhar
e desperta quem há de achar
a palavra – a simples palavra
(Mulher) e o que engrandece?
( Antônio Girão Barroso Rev. Acad. Cear. Let. N° 35 – 1971)
O último verso da terceira estrofe se caracteriza por enfatizar metaforicamente um aspecto peculiar da arte poética, que é:
TEXTO I
Quartetos
Como nos tempos d’antanho já dis: merci
beaucoup
obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado
porque posso carregar fantasmas a tiracolo
E dizer: eu tenho o mundo.
Na verdade, o tempo e a miséria eu tenho
e a mágoa de ter nascido ó minha mãe!
Quantas vezes, meu Deus, desci aos infernos
para tirar de lá apenas um poema e nada
mais...
Nos pensamentos enormes
somente o voo do pássaro é que importa
mas eu bendigo a dor de ter sofrido
para colher a rosa da esperança, a tênue rosa
O poetas do romantismo
vós vos matáveis por amor
porém nós, poetas do modernismo,
temos amor e não nos matamos.
Se me perguntassem (quem ousaria?)
qual o maior poeta do mundo
o que sofreu na carne a dor da poesia
responderia apenas: infelizmente, eu!
Que dissolução nos sentidos
à hora morta do sono sem remédio.
O verso é como o acalanto
mas a criança não dorme há muitos anos...
E dormir é viver, é sonhar
e desperta quem há de achar
a palavra – a simples palavra
(Mulher) e o que engrandece?
( Antônio Girão Barroso Rev. Acad. Cear. Let. N° 35 – 1971)
No verso: “porque posso carregar fantasmas a tiracolo” a imagem criada dá a ideia de que, através da poesia, o eu lírico...
TEXTO I
Quartetos
Como nos tempos d’antanho já dis: merci
beaucoup
obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado
porque posso carregar fantasmas a tiracolo
E dizer: eu tenho o mundo.
Na verdade, o tempo e a miséria eu tenho
e a mágoa de ter nascido ó minha mãe!
Quantas vezes, meu Deus, desci aos infernos
para tirar de lá apenas um poema e nada
mais...
Nos pensamentos enormes
somente o voo do pássaro é que importa
mas eu bendigo a dor de ter sofrido
para colher a rosa da esperança, a tênue rosa
O poetas do romantismo
vós vos matáveis por amor
porém nós, poetas do modernismo,
temos amor e não nos matamos.
Se me perguntassem (quem ousaria?)
qual o maior poeta do mundo
o que sofreu na carne a dor da poesia
responderia apenas: infelizmente, eu!
Que dissolução nos sentidos
à hora morta do sono sem remédio.
O verso é como o acalanto
mas a criança não dorme há muitos anos...
E dormir é viver, é sonhar
e desperta quem há de achar
a palavra – a simples palavra
(Mulher) e o que engrandece?
( Antônio Girão Barroso Rev. Acad. Cear. Let. N° 35 – 1971)
No segundo verso da primeira estrofe temos um recurso poético utilizado pelo eu lírico e que aqui se encontra destacado. A tal recurso, denominamos:
“obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado”