Questões de Concurso
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I. O estudo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada com 91 profissionais, que atuam no ensino particular, com a finalidade de discutir as perspectivas a respeito das especificidades da profissão docente em âmbito privado e abordar temas relacionados a essa profissão no Brasil.
II. Apresentando as mesmas características dos textos anteriores, seu foco principal foi contextualizar a temática “citando pesquisas prévias” e apresentando diferentes abordagens teóricas, priorizando confrontar essas abordagens e problematizá-las.
III. A análise dos estudos de caso evidenciou que a atividade laboral, bem como outras atividades envolve uma percepção dos processos discursivos e interacionais na construção de sentidos e comprovando a importância do estudo do funcionamento da linguagem no trabalho com textos.
Encontra-se nas passagens em análise falta de
Tem-se, ainda, desse ponto de vista, que toda e qualquer ação individual de produção de linguagem está implicada em uma atividade, assim como a linguagem – capacidade humana de simbolizar e de realizar ações simbólicas – é regulada nas interações sociais.
[Tem-se, ainda, desse ponto de vista, que toda e qualquer ação individual de produção de linguagem está implicada em uma atividade, assim como a linguagem, [capacidade humana de simbolizar e de realizar ações simbólicas], é regulada nas interações sociais.
Considere o texto seguinte, retirado uma notícia jornalística.
Em discurso nesse domingo, o candidato defendeu a equiparação salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função [1]. O Projeto de Lei (PLC 130/2011) estabelece “multa para combater a diferença de remuneração verificada entre homens e mulheres no Brasil” [2].
Nesse excerto, há o entrecruzamento de vozes que ocorre da seguinte forma:
Aposto que você já atinou para o problemão pré-histórico que isto representa: as pessoas que os europeus encontraram ao ancorar seus navios em Porto Seguro 517 anos atrás, por mais morenas que fossem, não tinham nada de africanas. Sua aparência – em especial o formato do crânio e os olhos que popularmente descreveríamos como “puxados” – lembra muito mais a de gente do nordeste da Ásia. [LOPES, Reinaldo José. 1499: o Brasil antes de Cabral. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2017. P.40]
Na passagem em análise, as aspas têm a seguinte função:
Considere o texto que segue:
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem focar na mensuração da qualidade do gasto público, bem como identificar os impactos da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Podem ser utilizados diversos indicadores para análise fiscal. Esses indicadores se relacionam entre si, pois os estoques são formados por meio dos fluxos. [BRASIL. Ministério da Economia. Sobre política fiscal. Disponível em https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/estatisticas-fiscais-e-planejamento/sobre-politica-fiscal Adaptado]
Qual é a fórmula contida no texto?
“Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer ‘desapareceu’? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais.”
Considere as sentenças a seguir em que se verifica o uso do pronome cujo e suas flexões.
I. A opção pela expressão Círculo dá-se em virtude de sua tradicional utilização na referência a um grupo de pensadores russos cujo encontro está ligado à cidade russa de Niével.
II. Um exemplo de controle do texto encontra-se em uma redação do vestibular Unicamp de 2000 cujo tema estava relacionado aos 500 anos do descobrimento do Brasil.
III. Os autores são escritores cujo o texto é, usualmente, considerado “correto” do ponto de vista da norma linguística.
Tendo em vista as regras da gramática normativa, estão CORRETAS as sentenças:
Línguas mudam Sírio Possenti
Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança linguística: a variação. Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. Qualquer exemplo de mudança serve para ilustrar o fato: tomemos “igreja”, derivado de “ecclesia”. São mudanças gerais na passagem do latim ao português. As mais óbvias são a sonorização do ‘c’ (k), uma surda que se torna sonora (g) entre vogais; o ‘e’ que se eleva e se torna ‘i’. Fixemo-nos neste caso, para ilustrar a tese mencionada acima: a grafia “egreja” é atestada, o que significa que a pronúncia com ‘e’ inicial esteve em variação com outra, com ‘i’.
O que quer dizer [que determinada forma] “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente. De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.).
Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe: desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de uso corrente.
Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo “jogai por nós”. Apesar de utilizada em torcidas de times de futebol, em especial a do Corinthians, a segunda pessoa do plural tende a desaparecer, ficando limitada a situações muito específicas.
Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida do latim. Os ‘vocativos’ são títulos de Nossa Senhora: Arca da Aliança, Torre de Marfim etc. A cada invocação, os fiéis respondem “rogai por nós”. “Jogai por nós” é uma fórmula inspirada em outra fórmula, típica dessa oração.
Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem “Recuai, Wendel”, “Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love”, “Tite, fazei Malcolm treinar finalizações” e, quando chateados, gritassem “Como sois burro!”. Espero que nenhum colunista sustente que isso ocorre…
O uso eventual de uma forma não significa que ela está viva; significa que resiste em certos casos, os mais óbvios sendo os textos antigos ou muito formais, como alguns dos religiosos. Sempre cito a Carta de Caminha para mostrar mudanças, das quais ninguém reclama, aliás. Caminha pede a Sua Alteza que traga seu cunhado de volta do exílio, e lhe diz que “será de mim mui(to) bem servida”. Mesmo quando a Carta é atualizada, estas formas permanecem.
[POSSENTI, Sírio. Línguas mudam. Ciência Hoje. Coluna Palavreado. 2015. Adaptado]
O texto de Sírio Possenti apresenta argumentos sobre as mudanças das línguas. Tendo em vista essa afirmação, analise as alternativas que se seguem.
I. O artigo permite entrever variação, na escrita e na fala, da palavra ‘você’, pois encontra-se a forma ‘cê’ tanto em textos escritos em redes sociais quanto em textos falados cotidianamente.
II. Itens lexicais podem sofrer alterações fonéticas, morfológicas, semânticas e discursivas.
III. O pronome cujo tem sido usado em situações bastante formais, indicando posse e concordando com a palavra posterior a ele.
Está CORRETO o que se afirma em:
Tendo em vista esses conceitos, leia cada uma das sentenças abaixo e marque a que possui CORRETA análise dos ELEMENTOS ENDOFÓRICOS:
Minhas parcas experiências com a escrita já me convenceram de algumas coisas – e gostaria que ajudassem a convencer outros, o que não é fácil. De todos os passos do processo que vai do batucar das teclas a um escrito que circula, um dos que mais aprendi a apreciar e respeitar é o da revisão. [...] A maior vantagem da profissão é ganhar uma grana lendo. A maior desvantagem é que um revisor deve ler de tudo e, por isso, deve ler para caçar impropriedades. (POSSENTI, S. A dupla face das revisões. Malcomportadas línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.]
Quanto ao registro linguístico utilizado pelo autor do excerto anterior, pode-se dizer que
Considere o excerto a seguir:
Lembro que, quando tudo começou, era escuro. E hoje, depois de todos esses anos de labirinto, todos esses anos em que avanço pela neblina empunhando a caneta adiante do meu peito, percebo que o escuro era uma ausência. Uma ausência de palavras. Essa escuridão é minha pré-história. Eu antes da história, eu antes das palavras. Eu caos.
[BRUM, Eliane. Meus desacontecimentos: a história da minha vida com palavras. 2 ed. Porto Alegra: Arquipélago Editorial, 2017. p. 9]
Quanto à regência do verbo ‘lembrar’, vale dizer que ele pode ser usado como verbo transitivo direto ou como verbo transitivo indireto. No excerto anterior, há a presença do verbo “lembrar” como transitivo direto em “Lembro [...] que era escuro”.
A única alternativa em que a regência do verbo “lembrar” está INCORRETA é:
( ) Um texto se realiza a partir de vozes que são oriundas de discursos distintos. Por exemplo, podemos encontrar em um romance vozes originadas do senso comum, da ciência e da religião.
( ) Haverá sempre uma voz que predomina em um dado texto. Por exemplo, no texto bíblico, a voz divina terá essa predominância.
( ) Um texto apropriado é aquele cuja voz predominante é a que segue as regras gramaticais da variedade padrão da língua.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:
Considere o texto a seguir para responder ao que se pede:
Para se compreender melhor o fenômeno da produção de textos escritos, importa entender previamente o que caracteriza o texto, escrito ou oral, unidade linguística comunicativa básica, já que o que as pessoas têm para dizer umas às outras não são palavras nem frases isoladas, são textos. Pode-se definir texto ou discurso como ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. Antes de mais nada, um texto é uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sociocomunicativa.
(VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 2016. p. 3-4)
( ) A sequência textual é elaborada sob a forma de um conceito. ( ) A variedade linguística técnica é empregada. ( ) A enunciação em 3ª pessoa apaga a presença do enunciador.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
Considere o texto a seguir para responder ao que se pede:
Para se compreender melhor o fenômeno da produção de textos escritos, importa entender previamente o que caracteriza o texto, escrito ou oral, unidade linguística comunicativa básica, já que o que as pessoas têm para dizer umas às outras não são palavras nem frases isoladas, são textos. Pode-se definir texto ou discurso como ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. Antes de mais nada, um texto é uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sociocomunicativa.
(VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 2016. p. 3-4)
I. Nas diversas interações sociais, as pessoas produzem textos para fins comunicativos específicos e não frases ou palavras isoladas, que são materialidades linguísticas de um dado texto.
II. Produzir textos significa dizer algo a alguém, com um determinado objetivo, de uma determinada forma, construindo uma unidade de sentido diante de uma situação comunicativa específica.
III. Texto pode ser entendido como uma manifestação linguística das ideias de um autor, que serão interpretadas pelo leitor de acordo com seus conhecimentos semânticos e formais.
Estão CORRETAS: