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“Pedra da morte”: Relíquia centenária aparece
rachada e assusta japoneses
A cidade de Nasu, no Japão, recebe turistas diariamente
em suas montanhas vulcânicas, muitos querendo ver o que
é chamado de “a pedra da morte” – sessho-seki em japonês.
No sábado (05.03.2022), visitantes encontraram a famosa
rocha partida em dois pedaços e, diante da cena e do nome
pouco amigável do objeto, surgiu o medo de que alguma “força maligna” tenha escapado de lá, teoria sustentada pela mitologia local.
Segundo a lenda, a sessho-seki é o corpo transformado
de Tamamo-no-Mae, mulher que participou de uma conspiração para matar Toba, imperador de 1107 a 1123. Ela teria
sido uma das cortesãs de Toba e usou artifícios para deixá-lo
doente.
Mais tarde, um astrólogo expôs o que considera a verdadeira identidade de Tamamo-no-Mae: um espírito na forma de
uma raposa de sete caudas. Em outros períodos da história,
o mesmo espírito já teria se aproximado de outros líderes japoneses para prejudicá-los. Após ser vítima da raposa, Toba
enviou homens para matá-la, mas ela encontrou refúgio se
incrustando na pedra em Nasu.
Desde então, diz a mitologia, a rocha passou a liberar um
gás venenoso que matava tudo o que tocava. Outra parte da
lenda diz que um monge budista a exorcizou e destruiu, mas
muitos japoneses não consideram esse trecho da história,
por isso a “pedra da morte” nas montanhas Nasu é considerada o objeto real da lenda.
Ao conhecer a história, fica mais fácil entender o frenesi
causado pela imagem da rocha partida. Muitos acreditam que
o espírito da raposa se libertou e está novamente vagando
pelo Japão.
https://noticias.uol.com.br/internacional, 09.03.2022. Adaptado)