Questões de Concurso
Para especialista educacional
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TEXTO I
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Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.
Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.
[...]
FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>
Analise as afirmativas a seguir.
I. O autor do texto reconhece que o romance vivido com B. foi desastroso para sua vida.
II. Embora reconhecido como bom dedicador de livros, o autor assume que nem sempre desempenha bem essa tarefa.
III. É possível depreender, pelos relatos do autor, que sua ex-namorada não o amava.
De acordo com o texto, estão incorretas as afirmativas:
Estão corretas as afirmativas
( ) Ao ser propiciada orientação e direção pelos adultos em ambientes integrados, são desenvolvidas atitudes positivas com relação aos alunos com deficiência. ( ) No ensino regular, a simples inclusão de alunos com deficiências em sala de aula beneficiam a aprendizagem. ( ) Um dos benefícios do ensino inclusivo para os professores é a melhoria de suas habilidades profissionais por meio da colaboração e a consulta aos colegas. ( ) Sobre a compreensão das deficiências, evidencia-se um deslocamento da perspectiva do grupo minoritário para a das limitações funcionais em relação aos serviços de educação especial e ao modo como são oferecidos.
Assinale a sequência correta.
Estão corretas as afirmativas
( ) A “pedagogia brasílica” foi uma pedagogia formulada e praticada sob medida para as condições encontradas pelos jesuítas nas terras descobertas pelos portugueses no ocidente, sendo superada pelo Ratio Studiorum. ( ) Em 1932, o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova” deu visibilidade aos educadores católicos, fortalecendo a ideia da educação não laica. ( ) No método intuitivo, os alunos mais adiantados eram aproveitados como auxiliares do professor no ensino de classes numerosas. ( ) No séc. XVIII, com as reformas pombalinas, foram introduzidas as “aulas régias”, ou seja, disciplinas avulsas ministradas por um professor nomeado e pago pela coroa portuguesa com recursos do “subsídio literário”.
Assinale a sequência correta.