Questões de Concurso Para auxiliar administrativo

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Q2591882 Pedagogia

“É um conjunto de orientações que deverá nortear a (re)elaboração dos currículos de referência das escolas das redes públicas e privadas de ensino de todo o Brasil. Este conjunto trará os conhecimentos essenciais, as competências, as habilidades e as aprendizagens pretendidas para crianças e jovens em cada etapa da educação básica.” As informações se referem a:

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Q2591881 Atualidades

A historiadora e antropóloga Lilia Katri Moritz Schwartz foi eleita nesta quinta-feira (7) como nova integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela vai ocupar a cadeira de número 9, que pertencia ao também historiador Alberto da Costa e Silva, morto em novembro de 2023.


(Agência Brasil. Edição de: 07/03/2024.)


Assinale, a seguir, a opção que informa o objetivo da Academia Brasileira de Letras.

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Q2591880 Atualidades

As mudanças climáticas irão aumentar a frequência de dias mais quentes no Rio de Janeiro, nos próximos anos, e isso tem o potencial de ampliação da população de mosquitos no estado. A conclusão é de estudo realizado pelos pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).


(Agência Brasil. Edição de 13/02/2024.)


São considerados vírus transmitidos por mosquitos:

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Q2591879 Atualidades

“A Avenida Paulista tornou-se roxa e verde no dia 08 de março deste ano, com a manifestação de movimentos sociais pelo Dia Internacional da Mulher. Mulheres, homens e pessoas não-binárias participaram da marcha para cobrar direitos, como o acesso a serviços gratuitos e de qualidade na área da educação e da saúde, água e legalização do aborto. O roxo e o lilás representam a luta do movimento feminista. Já o verde remete à onda que identifica os países onde o aborto foi totalmente descriminalizado. Os manifestantes também denunciaram a violência de gênero, que aparece tanto em índices elevados de feminicídio nos últimos anos quanto de maneira mais cotidiana, na forma de discriminação e iniquidade no mercado de trabalho.” Defina corretamente o termo “feminicídio”.

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Q2591878 Atualidades

A repercussão dos ataques direcionados ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol no último domingo (21), mostra que este não é um fato isolado. Nos últimos anos, foram vários os casos contra atletas brasileiros no futebol europeu, dentro e fora de campo, mas que não se limitam ao Velho Continente. Eles também avançaram no Brasil.


(Agência Brasil. Edição de 24/05/2023.)


Qual atitude discriminatória o jogador brasileiro Vinicius Junior sofreu?

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Q2591877 Geografia

Os biomas vêm sofrendo uma série de impactos ambientais.


Imagem associada para resolução da questão


Em relação ao bioma, o município de Nova Iguaçu pertence à qual unidade?

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Q2591876 História

A partir da década de 1940 surgiu o processo de emancipação do Município de Nova Iguaçu. Na década citada, perdeu Caxias, Nilópolis e São João de Meriti. Nos anos 1990, foi a vez de perder Belford Roxo, Queimados, Japeri e a seguinte cidade:

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Q2591874 Atualidades

A economia brasileira cresceu três vezes o resultado previsto no início do ano passado e fechou 2023 em R$ 10,9 trilhões. No primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9%, informou nesta sexta-feira (01/03/24) o IBGE. A economia foi puxada principalmente pelo desempenho do agronegócio, que teve expansão recorde.


(Jornal O Globo. Edição de 02/03/2024.)


Assinale, a seguir, a opção que define corretamente o termo PIB:

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Q2591872 Noções de Informática

Cookies são arquivos de texto com pequenos fragmentos de dados – como nome de usuário e senha – que são usados para identificar o computador enquanto se usa uma rede. Por mais que esteja muito presente na internet, diversos usuários desconhecem as funcionalidades do componente. Sobre os Cookies da web, assinale a afirmativa correta.

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Q2591871 Noções de Informática

O Excel é um programa abrangente, requerendo amplo domínio de diversas funcionalidades, como fórmulas, formatações e layouts. Embora seja comum cometer erros ao utilizá-lo, muitos deles são simples de corrigir. Considerando as mensagens de erro ao digitar uma fórmula no MS-Excel, relacione adequadamente as colunas a seguir.


1. #NOME?

2. #REF!

3. #VALOR!

4. #NUM!


( ) O erro mostra quando uma fórmula se refere a uma célula que não é válida. Isso geralmente ocorre quando células que foram referenciadas por fórmulas são excluídas ou algo é colado sobre elas.

( ) Geralmente acontece quando é inserido um valor numérico usando um tipo de dados ou um formato de número que não é suportado na seção de argumento da fórmula.

( ) Aparece quando há um erro de digitação na fórmula.

( ) Acontece devido a um erro de sintaxe ou de referência às células.


A sequência está correta em

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Q2591870 Noções de Informática

Muitas vezes, os usuários dedicam bastante tempo à formatação de documentos no Word. No entanto, ao utilizar a ferramenta Estilos, é possível reduzir consideravelmente esse tempo, podendo aplicar facilmente formatações consistentes em todo documento. Sobre o uso dessa ferramenta, trata-se dos três tipos de estilos que podem ser criados e modificados no Microsoft Word:

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Q2591869 Noções de Informática

Hardware muito comum em residências e empresas; é responsável por encaminhar a comunicação de dados entre diferentes dispositivos, simultaneamente.” Tal definição se refere a:

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Q2591868 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

Considere o fragmento: “O homem estava em casa; [...]” (1º§). Encontra-se no mesmo tempo e modo verbal a seguinte ação verbal destacada:

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Q2591867 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

No trecho “– O menino está... morto?” (3º§), podemos afirmar que as reticências foram empregadas para:

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Q2591866 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

Em “Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta.” (1º§), a palavra “última” é acentuada pelo mesmo motivo que a seguinte expressão em destaque:

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Q2591865 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

Considerando a estrutura textual apresentada, é possível afirmar que a crônica tem como objetivo:

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Q2591864 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

Assinale a alternativa em que o termo grifado NÃO pertence à classe gramatical dos demais.

Alternativas
Q2591863 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

O fragmento “[...] tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.” (4º§) indica:

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Q2591862 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

A alternativa em que a palavra destacada tem seu significado INDEVIDAMENTE indicado é:

Alternativas
Q2591861 Português

Impotência


Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.


(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)

Preposição é classe das palavras que ligam duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas relações de sentido e de dependência. Isoladas de um contexto, as preposições não apresentam nenhum sentido lógico, mas quando colocadas na frase, podem indicar diversas relações de significado. Assinale, a seguir, o excerto no qual a preposição estabelece relação de lugar.

Alternativas
Respostas
1461: D
1462: B
1463: D
1464: B
1465: A
1466: D
1467: A
1468: B
1469: C
1470: B
1471: A
1472: D
1473: B
1474: A
1475: D
1476: D
1477: D
1478: D
1479: B
1480: C