Questões de Concurso
Para analista cultural - música
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A desagregação da polifonia e o surgimento de um novo gênero musical revela-nos um processo inteiramente novo de mundanização e laicização da música. O clima novo cultural elegeu uma nova prerrogativa: a esfera da psique humana, dos sentimentos e das emoções. Suscitar emoções ou estimular os “afetos” eram novas exigências. Do embate feroz entre aqueles que defendiam a primazia da poesia sobre a música, aqui chamados de modernos, em confronto com os opositores que faziam prevalecer as razões da música sobre as razões da palavra, aqui chamados de antigos, nasceu um novo gênero musical e novas formas musicais.
Assinale com V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre o período, o gênero musical e as formas musicais às quais se faz alusão no texto acima.
( ) No decurso da baixa Renascença, o melodrama depôs a complicada textura polifônica vocal de sua posição proeminente no cenário musical – respaldada, então, pelas tradições medievais –, e reivindicou à monodia acompanhada o papel principal dentro do universo expressivo florescente.
( ) Em absoluta sintonia com as preocupações do homem do século XVIII em busca da percepção de si próprio e do mundo ao seu redor, a monodia buscou, na simplicidade, a única e verdadeira forma de expressar as paixões e os afetos da alma.
( ) No lastro de uma nova estética musical humanista, vimos surgir, no início do século XVII, a invenção de novas formas e de novas configurações musicais, dentre elas a ópera, a forma sonata e o gênero sinfônico.
( ) As mudanças de gosto e estilo faziam-se
sentir em todas as artes no período Pré-Clássico.
Esses estilos eram chamados de
estilo galante francês, estilo sensível ou
Empfindsamkeit alemão, e o estilo
protorromântico Sturm und Drang no final
da década de 1760.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
Escreva V ou F conforme sejam verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações.
( ) Santo Agostinho foi o primeiro filósofo a sintetizar o pensamento clássico e revive-lo em conformidade com o novo contexto cristão. Desde os primórdios do cristianismo, a música – ao mesmo tempo em que se reconhecia profundamente em débito com as concepções pitagóricas e platônicas e sua intrínseca relação como o mundo pagão –, oscilava entre duas atitudes incompatíveis: de um lado era entendida como fonte de corrupção, de outro, de ascese espiritual.
( ) Sabemos que a doutrina pitagórica foi muito além do aspecto matemático, ensejava fortes aspectos moralista, metafísico e político-pedagógico. Segundo os pitagóricos, a música, sendo ela capaz de imitar a virtude, era capaz de erradicar o vício e purificar a alma – exercendo, assim, uma função catártica – e restabelecer a harmonia da alma. A dimensão ética e pedagógica da música foi um terreno fecundo para a filosofia antiga e manteve-se fortemente presente durante o primeiro milênio da Era Cristã.
( ) Apenas ao final do primeiro milênio surge uma nova atitude no pensamento musical. Os escritos sobre música deixavam de ser abstratos e ocupavam-se, cada vez mais, de assuntos concretos. O ensino da música concreta demandava novas exigências educacionais, na medida em que se via surgir uma nova tomada de consciência das diferenças de estilos musicais entre a tradição gregoriana e a práxis polifônica. Pouco a pouco vemos a antiga visão teológico-cosmológica da música ceder espaço para uma vertente que levará ao surgimento da estética musical.
( ) Schopenhauer partilha da visão da
inefabilidade da música, tema recorrente
que sempre retorna com mais vigor. Só
podemos falar da música por metáforas,
visto que ela se constitui como uma
linguagem absoluta e intraduzível. Daí
somente ela, enquanto linguagem inefável,
ser capaz de significar as dimensões
inefáveis do mundo. Para ele, a música é a
fonte suprema do conhecimento, revelando
o sentido a priori das coisas, antes mesmo
delas serem significadas pela linguagem
comum. O conteúdo de verdade da música
está no fato de ela não ser representação
e sim expressão.
Fonte: CALABRE, Lia. Políticas culturais no Brasil: balanço & perspectivas. In: BARBALHO, A.; RUBIM, A. (org) Políticas culturais no Brasil. Salvador: Ufba, 2007.
Diante do exposto, é correto afirmar que
A partir dessas definições, é correto afirmar que