Questões de Concurso
Para analista cultural - música
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I. Trítono é o intervalo entre duas notas separadas por um intervalo de quarta aumentada ou de quinta diminuta. Este intervalo resulta em uma dissonância que caracteriza o som preparatório nos acordes de sétima.
II. Durante algum tempo os trítonos eram proibidos pela igreja ocidental por causarem demasiado efeito de tensão e movimento. III. Uma das características de um acorde de sétima dominante é o trítono formado entre a terça maior e a sétima maior. IV. Uma das características de um acorde de sétima diminuta é a presença de dois trítonos em sua construção
Ele deve utilizar a função:
Sustentabilidade ou responsabilidade social empresarial? Mas por que apenas social? Não deveria ser responsabilidade socioambiental? E onde foi parar o desenvolvimento sustentável? Essas e outras perguntas parecidas têm rondado as conversas e os pensamentos de muita gente, sinalizando uma perigosa confusão. Cada um desses conceitos tem um importante valor, e o que significam vai muito além dos modismos de gestão ou de comunicação.
É fácil errar quando uma empresa ou seus dirigentes não têm clareza sobre o que de fato significam as bonitas palavras que estão em suas missões e valores ou em seus relatórios e peças de marketing. Infelizmente, não passa um dia sem vermos claros sintomas de confusão. O que dizer de uma empresa que mal começou a praticar coleta seletiva e já sai por aí se intitulando “sustentável”? Ou da que anuncia sua “responsabilidade social” divulgando em caros anúncios os trocados que doou a uma creche ou campanha de solidariedade? Na melhor das hipóteses, elas não entenderam o significado desses conceitos. Ou, se formos um pouco mais críticos, diremos tratar-se de oportunismo irresponsável, que não só prejudica a imagem da empresa mas — principalmente — mina a credibilidade de algo muito sério e importante. Banaliza conceitos vitais para a humanidade, reduzindo-os a expressões efêmeras, vazias.
Hoje, vejo empresas criando áreas de “sustentabilidade” em paralelo com seus departamentos de “responsabilidade social” ou simplesmente rebatizando as áreas que já tinham. Vejo tratarem “responsabilidade social” como uma ideia fora de moda, envelhecida frente à atualíssima “sustentabilidade”. Isso já seria grave pela confusão que cria entre seus funcionários. Porém, ainda mais grave é a dúvida transmitida ao mercado e aos demais stakeholders: qual o real compromisso da empresa? É com a construção de um mundo socialmente justo, ecologicamente viável e economicamente próspero? Ou é com seu desejo de parecer atualizada e sintonizada com as prioridades de momento?
A questão não é a precisão técnica das palavras utilizadas: é o que a maneira de usá-las revela sobre quem realmente somos e sobre o que de fato desejamos.
É bom que as empresas queiram ser sustentáveis e socialmente responsáveis. É ótimo que comecem a fazer algo nesse sentido. Mas é péssimo quando, ao tentar fazer isso, elas reforçam os argumentos de quem deseja jogar a responsabilidade social empresarial na vala comum das espertezas marqueteiras.
Para concluir, um lembrete prático: sustentabilidade é a qualidade do que é sustentável, ou seja, da situação que pode se manter continuamente, pois não exaure os recursos de que necessita. É a situação que a humanidade almeja para não correr o risco de sua autoextinção. Desenvolvimento sustentável é o modelo de progresso econômico e social que permitirá que todos os seres humanos atinjam boas condições de vida — sem comprometer nossa sustentabilidade. Finalmente, ter responsabilidade social empresarial (ou corporativa) é conduzir uma empresa de forma que ela contribua para o desenvolvimento sustentável (incluindo assim tanto os aspectos ligados ao meio ambiente como os ligados às condições sociais e às relações saudáveis com consumidores, trabalhadores e demais stakeholders).
Em suma, não são modas novas versus antigas ou conceitos que se substituem indiscriminadamente: são faces de um mesmo processo. Peças do mesmo quebra-cabeça que —juntos — estamos aprendendo a montar.
BELINKY, Aron. . O poder das palavras Guia Exame de Sustentabilidade. São Paulo:Abril, 2008.
stakeholders: designa pessoas e grupos mais importantes para um planejamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas.
Considerando o contexto em que se produziu a colocação do pronome oblíquo, em “Banaliza conceitos vitais para a humanidade, reduzindo-os a expressões efêmeras, vazias.”, pode-se afirmar, corretamente, que foi assim realizada porque:
O favorecimento da criação cultural expressa-se por intermédio de ações que se aproximam de um trabalho especializado de verdadeira alfabetização, visto que se situam ao alcance da pessoa comum, do trabalhador e de seus familiares. Um exemplo a ser citado é a experiência do centro de formação de instrumentistas do SESI da Barra do Ceará.
Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre essa experiência.
( ) A Orquestra do SESI representou, em um só projeto, uma ação formativa para os instrumentistas, de formação de plateias, com concertos gratuitos, e de desenvolvimento do pensamento pedagógico, com novas experiências de ensino, institucionalizadas ou não.
( ) Como parte de suas ações de pesquisa e produção de conhecimento, o Projeto Espiral, implantado na década de 1970 por Marlos Nobre, dedicou-se, dentre outros assuntos, ao desenvolvimento de um pensamento em torno da interpretação musical.
( ) A iniciativa pioneira começou em 1973 com a criação de uma banda de música. Em 1975, o SESI ofereceu aos seus usuários o aprendizado de instrumentos de cordas, através de um projeto liderado pelos professores Alberto Jaffé e Daisy de Luca.
( ) A proposta do Método Coletivo era tocar
em conjunto desde o primeiro instante, de
modo que ao mesmo tempo em que o
aluno aprendia a técnica, também
desenvolvia habilidades de percepção
rítmica, melódica e harmônica.
O Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura – PROCULTURA – surge em resposta às flagrantes distorções na utilização irrestrita de recursos tanto por instituições ligadas a órgãos públicos quanto por patrocinadores. Em ambos os casos, elas utilizavam aproximadamente trinta por cento dos recursos disponíveis, embora representassem apenas dois por cento do universo de proponentes. Considerando a justificativa de mudança no ordenamento legal da Lei Rouanet (Lei Nº 8.313/1991), assinale a afirmação FALSA.
Atente para o seguinte enunciado: “Ora, os projetos culturais, exatamente pela sua complexidade, demandam um conhecimento profundo dos arranjos produtivos das artes e da cultura, da lógica própria dos bens e serviços culturais, enfim, é tarefa para experts, indivíduos capazes de compreender as relações entre cultura e mercado, as contribuições do marketing cultural, a gestão administrativo-financeira, de pessoas etc.”.
Plano Estadual de Cultura 2003-2006, Secretaria de Cultura do Governo de Estado do Ceará.
No texto encontra-se uma crítica àqueles que pensam
que
No Dicionário critico de política cultural organizado por Teixeira Coelho, esforço único feito no Brasil de elaboração de um amplo quadro conceitual na área, a política cultural pode ser entendida como:
“[...] um programa de intervenções realizadas pelo Estado, entidades privadas ou grupos comunitários com o objetivo de satisfazer as necessidades culturais da população e promover o desenvolvimento de suas representações simbólicas. Sob este entendimento imediato, a política cultural apresenta-se assim como um conjunto de iniciativas, tomadas por esses agentes, visando promover a produção, distribuição e o uso da cultura, a preservação e a divulgação do patrimônio histórico e o ordenamento do aparelho burocrático por elas responsável”.
COELHO, T. Dicionário crítico de política cultural: cultura e imaginário. São Paulo: Ed. Iluminuras, 1997, p.203.
O sociólogo Alexandre Barbalho, no entanto, critica a forma proposta,
I. porque estaria muito próxima do conceito de gestão cultural. Para o autor, a política cultural é o pensamento da estratégia, e a gestão é o cuidado na sua execução.
II. porque se refere ao conjunto de técnicas, de instrumentos — oriundo dos saberes administrativos, gerenciais — aplicado ao setor da cultura.
III. porque qualquer política cultural
necessariamente implica lutas institucionais e
relações de poder na produção e circulação de
bens simbólicos.
Leia atentamente o seguinte excerto: “O tema da mediação cultural readquiriu, nas três últimas décadas, muita relevância nos discursos políticos e programáticos que apelam à formação e atração de públicos para as artes e a cultura. Esse apelo, muito associado ainda aos princípios da ‘democratização cultural’, traduz igualmente as preocupações de sustentabilidade sentidas por agentes e instituições culturais, em um contexto em que o poder público tende a desvincular-se do financiamento à cultura”.
Théberge, Paul (2004). The Network Studio: Historical and technological paths to a new ideal in music making. Social Studies of Science, 34/5, 759-781.
Considerando os mecanismos de mediação cultural, na generalidade dos programas de divulgação e formação de públicos para a cultura, propostos pelas organizações culturais, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir:
( ) O recital didático, desde que contenha um repertório diversificado e ações pedagógico-musicais complementares, é um mecanismo eficaz para ampliar o acesso à diversidade musical e, por consequência, promover a escuta musical ativa.
( ) No concerto didático, a apreciação musical está associada a atividades de manipulação de materiais sonoros, expressão e forma, aliadas à literatura e a transformação de valores atribuídos à música.
( ) A atividade musical básica na formação de plateia é a apreciação musical orientada, onde a interação entre público e músicos pode acontecer de diversas formas, tornando a plateia mais consciente e capaz de compreender os diversos estilos musicais.
( ) Em workshops, o papel da tecnologia tem-se
mostrado um elemento-chave no
processo de intermediação cultural, que
possibilita a determinados segmentos da
população o acesso a momentos de
criação, produção e fruição musical.
Por ideologias estatais entendemos as diferentes maneiras pelas quais os objetivos políticos subordinam as políticas culturais. Quando examinamos as políticas de identidade e patrimônio ou de regulação e intervenção econômica, essas diferenças não existem ou não são muito marcadas. Quando tratamos de políticas de difusão e produção cultural predominam as ideologias do liberalismo e as diferentes modalidade da socialdemocracia.
No Ceará, a criação da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho – ORCEC –, em 1996, representou um importante avanço na implantação de políticas públicas na área de música de concerto no estado. Considerando as ideologias dominantes acima referidas, analise as seguintes afirmações:
I. As políticas vinculadas à perspectiva liberal baseiam-se majoritariamente na concessão de isenção tributária, por meio da qual doadores privados não apenas deduzem os seus impostos como definem o destino do financiamento, exercendo um poder discricionário sobre o que será subsidiado: Exemplo: Lei Jereissati.
II. As políticas culturais vinculadas à ideologia política socialdemocrata seguem a perspectiva da garantia de direitos por meio da criação de programas e ações estatais, apresentando-se classicamente por meio da ação direta do Estado nas decisões acerca do direcionamento das políticas a serem tomadas por burocratas e gestores vinculados aos órgãos públicos. Exemplo: Secretaria da Cultura.
III. As decisões concernentes ao destino do
financiamento nesse tipo de ideologia política
socialdemocrata cabem a um conselho ou
comissão de especialistas, em um modelo de
gestão conhecido como administração à
distância (arm’s length), havendo variações
quanto ao grau de intervenção do Estado na
indicação dos mesmos. Exemplo: Editais
públicos.
Os pensamentos de Mário de Andrade e Gilberto Freyre foram determinantes na elaboração da música Armorial que, na década de 1970, buscou construir um universo imagético com base em manifestações rurais nordestinas. A apologia da música armorial à mestiçagem cultural ibérica, pelas alegadas contribuições de mouros, judeus e cristãos e por seu vínculo ancestral com a cultura sertaneja nordestina, determinou que os compositores hibridizassem matrizes nordestinas, ibéricas, indígenas e negras.
AMARAL, C. Premissas estéticas e ideológicas da música armorial. Rio de Janeiro, 2013. Adaptado.
Analise as proposições a seguir, a respeito do fragmento do texto de Carlos Amaral.
I. Na década de 1990, o movimento Manguebeat emergiu em reação aos que apenas usavam a cultura popular sem desenvolvê-la, usando suas formas sem retribuir de algum modo através de políticas culturais limitadas e sem ousadia.
II. Recriar uma arte musical erudita a partir do
romanceiro popular nordestino trazia um
contrassenso natural que era tomar a música
do movimento Armorial por música folclórica,
quando a primeira se baseia na segunda.
Relacione corretamente os itens da Coluna I às suas respectivas atribuições, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I.
Coluna I
1. Lauro Maia
2. Trio Nagô
3. Orquestra Henrique Jorge
4. Luiz Assunção
Coluna II
( ) Orlando Leite, Nabor Pires e Mozart Brandão
( ) “Trem de Ferro” regravada por João Gilberto (1961)
( ) Samba “Adeus praia de Iracema”
( ) Evaldo Gouveia, Mário Alves e Epaminondas de Souza
A sequência correta, de cima para baixo, é: