Questões de Concurso
Para engenheiro de segurança do trabalho
Foram encontradas 9.309 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
TEXTO I
[...]
Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.
Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.
[...]
FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>
TEXTO I
[...]
Tenho fama de ser bom “dedicador” de livros. Amigos pedem-me conselhos quando se sentem embaraçados com a folha em branco e a necessidade de escrever nela algumas linhas para que o presente fique, por assim dizer, mais personalizado. Creio mesmo que esta minha pequena glória não seja imerecida e, para mantê-la, tenho minhas regras e truques. Revelo aqui apenas um: em desespero, grito por socorro – por exemplo, adaptei para uso próprio, muitas vezes, aquela dedicatória feita por meu pai, “Para você, o amor nos tempos do... amor”. Mas, para minha danação eterna, tendo à verborragia quando Cupido entra em cena. Há alguns anos, quando aquela que desorganizou o que estava organizado entrou em minha vida, passei a dar-lhe dezenas de livros, todos com longas e digressivas dedicatórias. Em troca, ganhava dela livros e presentes com cartões — quando havia algum cartão — com poucas linhas, geralmente algo direto do tipo “Para Marcelo” ou “Feliz aniversário”, e essa concisão, comparada com os meus cartapácios, me roubava noites de sono. Não gosto de pensar que meu caos interno tenha ficado preservado em dezenas de dedicatórias amontoadas em estantes alheias (há aí, percebo agora, uma sutil e freudiana forma de poder na relação entre um verborrágico e uma comedida). Contudo, noutras vezes acertei, ainda que também estivesse confuso: a uma mulher especial que meus transtornos não permitiram que fôssemos além, digamos, de uma espécie de modus vivendi sentimental, dei “Amor em Veneza”, de Andrea di Robilant, e, aproveitando o próprio título impresso na folha de rosto, escrevi: “Para B., AMOR EM VENEZA – e também em Goiânia”.
Em “O Complexo de Portnoy”, de Philip Roth, estruturado como se fosse uma longa sessão de análise, apenas repeti a única frase que o psicanalista diz a Portnoy depois de mais de duzentos e cinquenta páginas de reclamações do seu paciente (talvez, imagino, como reconhecimento da minha própria tagarelice): “Para B.: agora a gente pode começar?”. Tenho o consolo de pensar que ela, daqui a muitos anos, possa dar de cara por acaso, numa tarde preguiçosa ou numa noite insone, com esses livros perdidos nas estantes e, lendo o que escrevi, sinta condescendência pela minha desorganização sentimental, ternura pelo pouco que tivemos e uma vaga decepção pelas promessas não cumpridas dessas dedicatórias.
[...]
FRANCO, Marcelo. Revista Bula. Disponível em:<http://twixar.me/S5n3>
Analise as afirmativas a seguir.
I. O autor do texto reconhece que o romance vivido com B. foi desastroso para sua vida.
II. Embora reconhecido como bom dedicador de livros, o autor assume que nem sempre desempenha bem essa tarefa.
III. É possível depreender, pelos relatos do autor, que sua ex-namorada não o amava.
De acordo com o texto, estão incorretas as afirmativas:
COLUNA I 1. 1º princípio – Os projetos são dimensionados para a média da população 2. 2º princípio – Os projetos são dimensionados para um dos extremos da população 3. 3º princípio – Os projetos são dimensionados para as faixas da população 4. 4º princípio – Os projetos apresentam dimensões reguláveis 5. 5º princípio – Os projetos são adaptados ao indivíduo.
COLUNA II ( ) Proporciona melhor adaptação entre o produto e o usuário, mas é mais oneroso. Do ponto de vista industrial, só se justifica em casos de extrema necessidade ou quando as consequências de uma falha podem ser tão elevadas que as considerações de custo são desconsideradas. ( ) É aplicado em produtos de uso coletivo, que devem servir a diversos usuários, para um percentil de 50%. ( ) Não abrange o produto como um todo, mas apenas algumas variáveis consideradas críticas para o desempenho do trabalhador. ( ) A maioria dos produtos industrializados é dimensionada para acomodar até 95% da população, por uma questão econômica. ( ) Alguns produtos são fabricados em diversos tamanhos, de modo que cada um acomode uma determinada parcela da população. Embora as medidas da população obedeçam às distribuições contínuas, esses produtos são fabricados em tamanhos discretos, para tentar aumentar o conforto e, ao mesmo tempo, não aumentar os custos de fabricação.
Assinale a sequência correta.
COLUNA I 1. Grupo I 2. Grupo II 3. Grupo III
COLUNA II ( ) Alto risco ( ) Médio risco ( ) Baixo risco
Assinale a sequência correta.
COLUNA I 1. Câmara de trabalho 2. Câmara de recompressão 3. Campânula
COLUNA II ( ) É uma câmara que é usada para tratamento de indivíduos que adquirem doença descompressiva ou embolia e é diretamente supervisionada por médico qualificado. ( ) É o espaço ou compartimento sob ar comprimido, no interior do qual o trabalho está sendo realizado. ( ) É uma câmara por meio da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara do tubulão, e vice-versa.
Assinale a sequência correta.
COLUNA I 1. Estática 2. Dinâmica 3. Funcional
COLUNA II ( ) Os movimentos de cada parte do corpo são medidos mantendo-se o resto do corpo imóvel. ( ) Cada parte do corpo não se move isoladamente, mas há uma conjunção de diversos movimentos para realizar a execução de tarefas específicas. ( ) As medidas se referem ao corpo parado ou com poucos movimentos, e as medições realizam-se entre pontos anatômicos claramente identificados.
Assinale a sequência correta.