O período áureo da colonização particular em Mato Grosso teve início em meados da década de 1970 e
prosseguiu até o final da década de 1980, quando empresários das regiões Sul e Sudeste, aproveitando-se das
vantagens financeiras e das facilidades de acesso à terra oferecidas pelos “programas especiais de
desenvolvimento regional”, e da infraestrutura física implantada pelos governos federal e estadual,
adquiriram grandes extensões de terras públicas ou de terceiros, e investiram na implantação de projetos de
colonização ou agropecuários. Durante esse período, foram registradas no Incra-MT 33 empresas privadas
que implantaram no Estado 88 projetos de colonização particular, a grande maioria procedente da região Sul
do país. [...]. A colonização particular deu origem a muitas cidades, cujos núcleos urbanos, implantados na
Selva ou no Cerrado, possibilitaram a apropriação capitalista do campo e a aceleração da reestruturação
espacial do território mato-grossense. A maior parte dos projetos foi implantada na região norte do estado,
conhecida como “Nortão”, como exemplo da empresa Integração, Desenvolvimento e Colonização (Indeco),
que deu origem a vários municípios nesse período de apogeu.
(MORENO, Gislaine. Geografia de Mato Grosso: território, sociedade, ambiente. Cuiabá: Entrelinhas, 2005. Adaptado.)
Colonizado com o propósito de ser referência na região norte, atraindo muitos agricultores do Sul do país,
passou por vários ciclos econômicos, extração mineral e vegetal, agricultura em larga escala (principalmente
produção de soja), indústrias de beneficiamento de madeira que atuam com produtos oriundos de projetos de
reflorestamento (obtendo certificação para exportação) e na atualidade é um município referência na
pecuária de corte. Tem uma localização estratégica, se encontra próximo à rodovia BR-163 com acesso aos
portos de Santarém e Miritituba.
O texto faz referência ao município de