Questões de Concurso Para analista ministerial - área jurídica
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Leia o texto abaixo para responder a questão.
Medeias modernas
Você fecha o livro, chocada. Absolutamente chocada. Medeia, a tragédia de Eurípedes, é uma das obras literárias mais crueis de todos os tempos.
Vamos à história: Medeia jamais mediu esforços para favorecer seu amado, Jasão. Após uma série de aventuras, eles se estabelecem em Corinto e, para espanto de Medeia, Jasão, com a cara-de-pau que Deus lhe deu, desposa a filha do rei Creonte.
Então a peça começa: ao saber da traição do esposo, Medeia não levanta a fronte, não tira os olhos do chão, não se alimenta, se abandona à dor, se consome em lágrimas e ouve as consolações dos amigos dura como um rochedo. “Aquele que era tudo para mim, meu esposo, se tornou o mais pérfido dos homens.”
Jasão jura de pés juntos à Medeia que seu objetivo, ao se casar com a filha do rei, é dar irmãos reais aos seus filhos (seus dois filhos com Medeia) e, assim, protegê-los quanto ao futuro incerto. Verdade ou não, ela está por demais ferida para ser razoável. E decide se vingar.
Qual a vingança de Medeia? Matar o rei? Matar a nova companheira de Jasão? Sim, ela faz isso. Envenena uma coroa, um vestido e manda de presente para a noiva. Ao tocar nas peças, a moça morre vítima de terríveis padecimentos. O rei Creonte igualmente perece ao tentar ajudar a filha. Mas esse não é o cerne da vingança de Medeia: suas intenções são bem mais terríveis.
Cega de rancor de mulher rejeitada, Medeia usa um punhal e assassina os próprios filhos, indiferente aos seus gritos infantis. Por fim, exibe, de longe, seus corpinhos inertes para um Jasão em desespero. Ele implora para abraçar os filhos uma última vez e os sepultar, mas Medeia, no arremate de sua vingança, não permite e vai embora.
Você lê essa história e pensa: “Criatura vil e louca, impossível uma mãe chegar a esse extremo.” Será? Será mesmo? O que você diria de formas metafóricas de matar os próprios filhos? O que você diria sobre as Medeias modernas?
As Medeias modernas usam as crianças como instrumentos de ataque ao ex-marido. Elas insuflam seus filhos contra ele. Elas envenenam consciências infantis com tormentos que pertencem apenas à história de duas pessoas adultas. Não raro, elas conseguem exterminar ou reduzir drasticamente o convívio das crianças com o pai. Essas atitudes, frequentemente justificadas como proteção, irão cobrar seu preço no futuro. E que preço alto será!
Em seu supremo egoismo, as Medeias modernas se disfarçam atrás da natural preocupação que mães tem com seus filhos: 'Estou fazendo isso pelo bem deles!'. A não ser que o ex-marido em questão seja um pedófilo ou alguém com pós-graduação em violência, elas não estão pensando no bem das crianças coisa nenhuma. As Medeias modernas estão fazendo isso por vingança...
Stella Florence, O diabo que te carregue!
Com relação à tipologia textual é correto afirmar que o texto acima é:
Leia o texto abaixo para responder a questão.
Medeias modernas
Você fecha o livro, chocada. Absolutamente chocada. Medeia, a tragédia de Eurípedes, é uma das obras literárias mais crueis de todos os tempos.
Vamos à história: Medeia jamais mediu esforços para favorecer seu amado, Jasão. Após uma série de aventuras, eles se estabelecem em Corinto e, para espanto de Medeia, Jasão, com a cara-de-pau que Deus lhe deu, desposa a filha do rei Creonte.
Então a peça começa: ao saber da traição do esposo, Medeia não levanta a fronte, não tira os olhos do chão, não se alimenta, se abandona à dor, se consome em lágrimas e ouve as consolações dos amigos dura como um rochedo. “Aquele que era tudo para mim, meu esposo, se tornou o mais pérfido dos homens.”
Jasão jura de pés juntos à Medeia que seu objetivo, ao se casar com a filha do rei, é dar irmãos reais aos seus filhos (seus dois filhos com Medeia) e, assim, protegê-los quanto ao futuro incerto. Verdade ou não, ela está por demais ferida para ser razoável. E decide se vingar.
Qual a vingança de Medeia? Matar o rei? Matar a nova companheira de Jasão? Sim, ela faz isso. Envenena uma coroa, um vestido e manda de presente para a noiva. Ao tocar nas peças, a moça morre vítima de terríveis padecimentos. O rei Creonte igualmente perece ao tentar ajudar a filha. Mas esse não é o cerne da vingança de Medeia: suas intenções são bem mais terríveis.
Cega de rancor de mulher rejeitada, Medeia usa um punhal e assassina os próprios filhos, indiferente aos seus gritos infantis. Por fim, exibe, de longe, seus corpinhos inertes para um Jasão em desespero. Ele implora para abraçar os filhos uma última vez e os sepultar, mas Medeia, no arremate de sua vingança, não permite e vai embora.
Você lê essa história e pensa: “Criatura vil e louca, impossível uma mãe chegar a esse extremo.” Será? Será mesmo? O que você diria de formas metafóricas de matar os próprios filhos? O que você diria sobre as Medeias modernas?
As Medeias modernas usam as crianças como instrumentos de ataque ao ex-marido. Elas insuflam seus filhos contra ele. Elas envenenam consciências infantis com tormentos que pertencem apenas à história de duas pessoas adultas. Não raro, elas conseguem exterminar ou reduzir drasticamente o convívio das crianças com o pai. Essas atitudes, frequentemente justificadas como proteção, irão cobrar seu preço no futuro. E que preço alto será!
Em seu supremo egoismo, as Medeias modernas se disfarçam atrás da natural preocupação que mães tem com seus filhos: 'Estou fazendo isso pelo bem deles!'. A não ser que o ex-marido em questão seja um pedófilo ou alguém com pós-graduação em violência, elas não estão pensando no bem das crianças coisa nenhuma. As Medeias modernas estão fazendo isso por vingança...
Stella Florence, O diabo que te carregue!
Leia os enunciados abaixo e responda à questão a seguir.
I. Depois de dar àqueles meninos tudo quanto necessitavam, acabei devendo-lhes alguma coisa. Devido à solidariedade de todas as famílias às quais interessam o bem-estar deles, fiquei em dúvida quanto à ação praticada por mim com tanto zelo.
II. Não basta ir a escolas, a aulas, a teatros, é preciso estar disposto a ouvir, a pensar, a questionar tudo quanto lhe deixe inseguro.
III. Dizia o poeta “Viajar é preciso, viver não é preciso”. Então
vamos viajar: iremos à Grécia, à Atenas, mas antes
devemos ir a Paris, a Madrid, à Roma Antiga.
IV. Sem dúvida, deveis dar atenção àquelas meninas, àqueles meninos que estão hospedados aqui. Às meninas deveis mostrar um carinho especial, mas sem afetação.
Assinale a alternativa em que não há erro quanto ao emprego
da crase:
Leia o texto abaixo para responder à questão.
amei em cheio
meio amei-o
meio não amei-o
Paulo Leminski, distraídos venceremos
No poema acima, podemos afirmar que:
I. no primeiro verso o poeta afirma que amou muito.
II. no segundo, o poeta repensa e afirma que amou mais ou menos.
III. no terceiro verso, o poeta assegura que quase não amou;
IV. o poema é apenas um jogo de aliteração que reforça a forma poética.
V. as palavras “meio” em “meio amei-o” e em “meio não amei-o” pertencem à classe dos advérbios de intensidade.
Pra dizer Adeus
Adeus,
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho.
Tão sozinho, amor,
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho.
Ah! Pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem, nem que seja só
Pra dizer adeus.
Edu Lobo - Torquato Neto