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As questões de 1 a 10 desta prova são baseadas no texto a seguir.
ABORTO, ASSUNTO DE HOMENS
Conrado Hübner Mendes
Doutor em Direito e professor da USP
1º Dias atrás, a Irlanda promoveu histórico referendo para legalização do aborto no país. O resultado teve apoio de 66% dos eleitores. Foi o ponto culminante de uma longa história de luta por direitos e igualdade, num país em que convicções religiosas sustentavam uma das leis mais restritivas à autonomia da mulher.
2º Há dois meses, o Instituto Guttmacher lançou um profundo relatório sobre a situação do aborto ao redor do mundo (Abortion worldwide 2017: uneven progress and unequal access). Entre os achados da pesquisa, apontou que as taxas de aborto caem em países desenvolvidos e se mantêm estáveis nos países em desenvolvimento; que a América Latina é a região com mais alta taxa anual de aborto (44 a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva) e com a mais alta taxa de gravidez indesejada (96 a cada 100 mulheres). Mostrou também que a taxa de aborto é similar entre os países que legalizaram e os que continuam proibindo a prática. Em suas palavras: "Restrições jurídicas não eliminam o aborto. Em vez disso, aumentam as chances de abortos inseguros, pois mulheres são compelidas a buscar a via clandestina".
3º Nem sempre o direito ao aborto é conquistado pela via legislativa ou pela do voto popular. Em muitos países, como Estados Unidos e Alemanha, foram tribunais de cúpula que deram esse passo. No Brasil, o episódio mais recente dessa longa história está no STF, no qual tramita ação que questiona a criminalização do aborto pelo Código Penal (Art. 124 e 126). Alega-se a violação de direitos fundamentais como dignidade, liberdade e igualdade, assim como a desproporcionalidade da medida. A ministra Rosa Weber, relatora do processo, convocou audiência pública para discutir o caso com a sociedade em breve. Os participantes serão selecionados por critérios de representatividade, expertise técnica e pluralidade.
4º Duas comissões da Câmara e uma do Senado se anteciparam ao STF e coorganizaram um seminário para debater o caso. O seminário ocorre enquanto escrevo este texto (30 de maio). Não poderei estar lá para opinar sobre os argumentos e símbolos ali presentes, mas uma olhada no perfil dos participantes dá indícios de como o assunto é tratado. O requerimento foi feito por 16 parlamentares, apenas uma mulher. Na programação, dos 24 participantes na mesa, apenas seis mulheres. Do ponto de vista profissional, uma mistura de políticos, representantes religiosos e alguns juristas. Nenhum especialista em política pública de saúde, nenhum cientista. O seminário tem lado único, e esse não é o do debate franco, que a audiência do STF promete realizar.
5º Dos minutos a que pude assistir, um participante dizia algo assim: "A criança dentro ou fora do útero tem o mesmo valor! Descriminalizado o aborto, teremos um cemitério de criancinhas!". Não duvido que ele esteja sinceramente preocupado com o valor da vida. Mas tem a responsabilidade de informar-se melhor sobre a principal lei social do aborto: na qual se criminaliza e se estigmatiza, a taxa de gravidez indesejada não s e altera, a mulher permanece no escuro e o número de abortos só faz aumentar. A criminalização do aborto não dissuade mulheres. Orientação e cuidado, talvez.
6º Há infinitas posições morais e jurídicas em relação ao aborto e múltiplos arranjos institucionais para enfrentar o tema com respeito e competência. O debate público, contudo, não resiste ao contraste binário entre os pró e os contra, sem saber exatamente ao quê.
7º Quem descriminaliza não necessariamente legaliza. Quem legaliza não expressa aprovação moral. Quem aprova legalmente não incentiva nem está menos preocupado com a vida. Todos os países que descriminalizaram o aborto no mundo o fizeram por meio de políticas públicas complexas que não celebram o aborto, não subestimam a dimensão trágica da escolha nem ignoram a sacralidade da vida. Pelo contrário: tiraram o tema da esfera do crime e da punição e o trataram por meio de orientação, prevenção, acolhimento e procedimentos médicos seguros. Conseguiram reduzir, sem exceção, o número de abortos e de mortalidade materna. Como melhor proteger a vida?
MENDES, Conrado Hübner. Aborto, assunto de homens. Época. São Paulo, Editora Globo, nº 1040, Jun. 2018. [Adaptado]
A linguagem empregada no texto é
As questões de 1 a 10 desta prova são baseadas no texto a seguir.
ABORTO, ASSUNTO DE HOMENS
Conrado Hübner Mendes
Doutor em Direito e professor da USP
1º Dias atrás, a Irlanda promoveu histórico referendo para legalização do aborto no país. O resultado teve apoio de 66% dos eleitores. Foi o ponto culminante de uma longa história de luta por direitos e igualdade, num país em que convicções religiosas sustentavam uma das leis mais restritivas à autonomia da mulher.
2º Há dois meses, o Instituto Guttmacher lançou um profundo relatório sobre a situação do aborto ao redor do mundo (Abortion worldwide 2017: uneven progress and unequal access). Entre os achados da pesquisa, apontou que as taxas de aborto caem em países desenvolvidos e se mantêm estáveis nos países em desenvolvimento; que a América Latina é a região com mais alta taxa anual de aborto (44 a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva) e com a mais alta taxa de gravidez indesejada (96 a cada 100 mulheres). Mostrou também que a taxa de aborto é similar entre os países que legalizaram e os que continuam proibindo a prática. Em suas palavras: "Restrições jurídicas não eliminam o aborto. Em vez disso, aumentam as chances de abortos inseguros, pois mulheres são compelidas a buscar a via clandestina".
3º Nem sempre o direito ao aborto é conquistado pela via legislativa ou pela do voto popular. Em muitos países, como Estados Unidos e Alemanha, foram tribunais de cúpula que deram esse passo. No Brasil, o episódio mais recente dessa longa história está no STF, no qual tramita ação que questiona a criminalização do aborto pelo Código Penal (Art. 124 e 126). Alega-se a violação de direitos fundamentais como dignidade, liberdade e igualdade, assim como a desproporcionalidade da medida. A ministra Rosa Weber, relatora do processo, convocou audiência pública para discutir o caso com a sociedade em breve. Os participantes serão selecionados por critérios de representatividade, expertise técnica e pluralidade.
4º Duas comissões da Câmara e uma do Senado se anteciparam ao STF e coorganizaram um seminário para debater o caso. O seminário ocorre enquanto escrevo este texto (30 de maio). Não poderei estar lá para opinar sobre os argumentos e símbolos ali presentes, mas uma olhada no perfil dos participantes dá indícios de como o assunto é tratado. O requerimento foi feito por 16 parlamentares, apenas uma mulher. Na programação, dos 24 participantes na mesa, apenas seis mulheres. Do ponto de vista profissional, uma mistura de políticos, representantes religiosos e alguns juristas. Nenhum especialista em política pública de saúde, nenhum cientista. O seminário tem lado único, e esse não é o do debate franco, que a audiência do STF promete realizar.
5º Dos minutos a que pude assistir, um participante dizia algo assim: "A criança dentro ou fora do útero tem o mesmo valor! Descriminalizado o aborto, teremos um cemitério de criancinhas!". Não duvido que ele esteja sinceramente preocupado com o valor da vida. Mas tem a responsabilidade de informar-se melhor sobre a principal lei social do aborto: na qual se criminaliza e se estigmatiza, a taxa de gravidez indesejada não s e altera, a mulher permanece no escuro e o número de abortos só faz aumentar. A criminalização do aborto não dissuade mulheres. Orientação e cuidado, talvez.
6º Há infinitas posições morais e jurídicas em relação ao aborto e múltiplos arranjos institucionais para enfrentar o tema com respeito e competência. O debate público, contudo, não resiste ao contraste binário entre os pró e os contra, sem saber exatamente ao quê.
7º Quem descriminaliza não necessariamente legaliza. Quem legaliza não expressa aprovação moral. Quem aprova legalmente não incentiva nem está menos preocupado com a vida. Todos os países que descriminalizaram o aborto no mundo o fizeram por meio de políticas públicas complexas que não celebram o aborto, não subestimam a dimensão trágica da escolha nem ignoram a sacralidade da vida. Pelo contrário: tiraram o tema da esfera do crime e da punição e o trataram por meio de orientação, prevenção, acolhimento e procedimentos médicos seguros. Conseguiram reduzir, sem exceção, o número de abortos e de mortalidade materna. Como melhor proteger a vida?
MENDES, Conrado Hübner. Aborto, assunto de homens. Época. São Paulo, Editora Globo, nº 1040, Jun. 2018. [Adaptado]
O texto compõe-se dominantemente por
As questões de 1 a 10 desta prova são baseadas no texto a seguir.
ABORTO, ASSUNTO DE HOMENS
Conrado Hübner Mendes
Doutor em Direito e professor da USP
1º Dias atrás, a Irlanda promoveu histórico referendo para legalização do aborto no país. O resultado teve apoio de 66% dos eleitores. Foi o ponto culminante de uma longa história de luta por direitos e igualdade, num país em que convicções religiosas sustentavam uma das leis mais restritivas à autonomia da mulher.
2º Há dois meses, o Instituto Guttmacher lançou um profundo relatório sobre a situação do aborto ao redor do mundo (Abortion worldwide 2017: uneven progress and unequal access). Entre os achados da pesquisa, apontou que as taxas de aborto caem em países desenvolvidos e se mantêm estáveis nos países em desenvolvimento; que a América Latina é a região com mais alta taxa anual de aborto (44 a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva) e com a mais alta taxa de gravidez indesejada (96 a cada 100 mulheres). Mostrou também que a taxa de aborto é similar entre os países que legalizaram e os que continuam proibindo a prática. Em suas palavras: "Restrições jurídicas não eliminam o aborto. Em vez disso, aumentam as chances de abortos inseguros, pois mulheres são compelidas a buscar a via clandestina".
3º Nem sempre o direito ao aborto é conquistado pela via legislativa ou pela do voto popular. Em muitos países, como Estados Unidos e Alemanha, foram tribunais de cúpula que deram esse passo. No Brasil, o episódio mais recente dessa longa história está no STF, no qual tramita ação que questiona a criminalização do aborto pelo Código Penal (Art. 124 e 126). Alega-se a violação de direitos fundamentais como dignidade, liberdade e igualdade, assim como a desproporcionalidade da medida. A ministra Rosa Weber, relatora do processo, convocou audiência pública para discutir o caso com a sociedade em breve. Os participantes serão selecionados por critérios de representatividade, expertise técnica e pluralidade.
4º Duas comissões da Câmara e uma do Senado se anteciparam ao STF e coorganizaram um seminário para debater o caso. O seminário ocorre enquanto escrevo este texto (30 de maio). Não poderei estar lá para opinar sobre os argumentos e símbolos ali presentes, mas uma olhada no perfil dos participantes dá indícios de como o assunto é tratado. O requerimento foi feito por 16 parlamentares, apenas uma mulher. Na programação, dos 24 participantes na mesa, apenas seis mulheres. Do ponto de vista profissional, uma mistura de políticos, representantes religiosos e alguns juristas. Nenhum especialista em política pública de saúde, nenhum cientista. O seminário tem lado único, e esse não é o do debate franco, que a audiência do STF promete realizar.
5º Dos minutos a que pude assistir, um participante dizia algo assim: "A criança dentro ou fora do útero tem o mesmo valor! Descriminalizado o aborto, teremos um cemitério de criancinhas!". Não duvido que ele esteja sinceramente preocupado com o valor da vida. Mas tem a responsabilidade de informar-se melhor sobre a principal lei social do aborto: na qual se criminaliza e se estigmatiza, a taxa de gravidez indesejada não s e altera, a mulher permanece no escuro e o número de abortos só faz aumentar. A criminalização do aborto não dissuade mulheres. Orientação e cuidado, talvez.
6º Há infinitas posições morais e jurídicas em relação ao aborto e múltiplos arranjos institucionais para enfrentar o tema com respeito e competência. O debate público, contudo, não resiste ao contraste binário entre os pró e os contra, sem saber exatamente ao quê.
7º Quem descriminaliza não necessariamente legaliza. Quem legaliza não expressa aprovação moral. Quem aprova legalmente não incentiva nem está menos preocupado com a vida. Todos os países que descriminalizaram o aborto no mundo o fizeram por meio de políticas públicas complexas que não celebram o aborto, não subestimam a dimensão trágica da escolha nem ignoram a sacralidade da vida. Pelo contrário: tiraram o tema da esfera do crime e da punição e o trataram por meio de orientação, prevenção, acolhimento e procedimentos médicos seguros. Conseguiram reduzir, sem exceção, o número de abortos e de mortalidade materna. Como melhor proteger a vida?
MENDES, Conrado Hübner. Aborto, assunto de homens. Época. São Paulo, Editora Globo, nº 1040, Jun. 2018. [Adaptado]
Com base na leitura do texto, infere-se que
As questões de 1 a 10 desta prova são baseadas no texto a seguir.
ABORTO, ASSUNTO DE HOMENS
Conrado Hübner Mendes
Doutor em Direito e professor da USP
1º Dias atrás, a Irlanda promoveu histórico referendo para legalização do aborto no país. O resultado teve apoio de 66% dos eleitores. Foi o ponto culminante de uma longa história de luta por direitos e igualdade, num país em que convicções religiosas sustentavam uma das leis mais restritivas à autonomia da mulher.
2º Há dois meses, o Instituto Guttmacher lançou um profundo relatório sobre a situação do aborto ao redor do mundo (Abortion worldwide 2017: uneven progress and unequal access). Entre os achados da pesquisa, apontou que as taxas de aborto caem em países desenvolvidos e se mantêm estáveis nos países em desenvolvimento; que a América Latina é a região com mais alta taxa anual de aborto (44 a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva) e com a mais alta taxa de gravidez indesejada (96 a cada 100 mulheres). Mostrou também que a taxa de aborto é similar entre os países que legalizaram e os que continuam proibindo a prática. Em suas palavras: "Restrições jurídicas não eliminam o aborto. Em vez disso, aumentam as chances de abortos inseguros, pois mulheres são compelidas a buscar a via clandestina".
3º Nem sempre o direito ao aborto é conquistado pela via legislativa ou pela do voto popular. Em muitos países, como Estados Unidos e Alemanha, foram tribunais de cúpula que deram esse passo. No Brasil, o episódio mais recente dessa longa história está no STF, no qual tramita ação que questiona a criminalização do aborto pelo Código Penal (Art. 124 e 126). Alega-se a violação de direitos fundamentais como dignidade, liberdade e igualdade, assim como a desproporcionalidade da medida. A ministra Rosa Weber, relatora do processo, convocou audiência pública para discutir o caso com a sociedade em breve. Os participantes serão selecionados por critérios de representatividade, expertise técnica e pluralidade.
4º Duas comissões da Câmara e uma do Senado se anteciparam ao STF e coorganizaram um seminário para debater o caso. O seminário ocorre enquanto escrevo este texto (30 de maio). Não poderei estar lá para opinar sobre os argumentos e símbolos ali presentes, mas uma olhada no perfil dos participantes dá indícios de como o assunto é tratado. O requerimento foi feito por 16 parlamentares, apenas uma mulher. Na programação, dos 24 participantes na mesa, apenas seis mulheres. Do ponto de vista profissional, uma mistura de políticos, representantes religiosos e alguns juristas. Nenhum especialista em política pública de saúde, nenhum cientista. O seminário tem lado único, e esse não é o do debate franco, que a audiência do STF promete realizar.
5º Dos minutos a que pude assistir, um participante dizia algo assim: "A criança dentro ou fora do útero tem o mesmo valor! Descriminalizado o aborto, teremos um cemitério de criancinhas!". Não duvido que ele esteja sinceramente preocupado com o valor da vida. Mas tem a responsabilidade de informar-se melhor sobre a principal lei social do aborto: na qual se criminaliza e se estigmatiza, a taxa de gravidez indesejada não s e altera, a mulher permanece no escuro e o número de abortos só faz aumentar. A criminalização do aborto não dissuade mulheres. Orientação e cuidado, talvez.
6º Há infinitas posições morais e jurídicas em relação ao aborto e múltiplos arranjos institucionais para enfrentar o tema com respeito e competência. O debate público, contudo, não resiste ao contraste binário entre os pró e os contra, sem saber exatamente ao quê.
7º Quem descriminaliza não necessariamente legaliza. Quem legaliza não expressa aprovação moral. Quem aprova legalmente não incentiva nem está menos preocupado com a vida. Todos os países que descriminalizaram o aborto no mundo o fizeram por meio de políticas públicas complexas que não celebram o aborto, não subestimam a dimensão trágica da escolha nem ignoram a sacralidade da vida. Pelo contrário: tiraram o tema da esfera do crime e da punição e o trataram por meio de orientação, prevenção, acolhimento e procedimentos médicos seguros. Conseguiram reduzir, sem exceção, o número de abortos e de mortalidade materna. Como melhor proteger a vida?
MENDES, Conrado Hübner. Aborto, assunto de homens. Época. São Paulo, Editora Globo, nº 1040, Jun. 2018. [Adaptado]
O título do texto
As questões de 1 a 10 desta prova são baseadas no texto a seguir.
ABORTO, ASSUNTO DE HOMENS
Conrado Hübner Mendes
Doutor em Direito e professor da USP
1º Dias atrás, a Irlanda promoveu histórico referendo para legalização do aborto no país. O resultado teve apoio de 66% dos eleitores. Foi o ponto culminante de uma longa história de luta por direitos e igualdade, num país em que convicções religiosas sustentavam uma das leis mais restritivas à autonomia da mulher.
2º Há dois meses, o Instituto Guttmacher lançou um profundo relatório sobre a situação do aborto ao redor do mundo (Abortion worldwide 2017: uneven progress and unequal access). Entre os achados da pesquisa, apontou que as taxas de aborto caem em países desenvolvidos e se mantêm estáveis nos países em desenvolvimento; que a América Latina é a região com mais alta taxa anual de aborto (44 a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva) e com a mais alta taxa de gravidez indesejada (96 a cada 100 mulheres). Mostrou também que a taxa de aborto é similar entre os países que legalizaram e os que continuam proibindo a prática. Em suas palavras: "Restrições jurídicas não eliminam o aborto. Em vez disso, aumentam as chances de abortos inseguros, pois mulheres são compelidas a buscar a via clandestina".
3º Nem sempre o direito ao aborto é conquistado pela via legislativa ou pela do voto popular. Em muitos países, como Estados Unidos e Alemanha, foram tribunais de cúpula que deram esse passo. No Brasil, o episódio mais recente dessa longa história está no STF, no qual tramita ação que questiona a criminalização do aborto pelo Código Penal (Art. 124 e 126). Alega-se a violação de direitos fundamentais como dignidade, liberdade e igualdade, assim como a desproporcionalidade da medida. A ministra Rosa Weber, relatora do processo, convocou audiência pública para discutir o caso com a sociedade em breve. Os participantes serão selecionados por critérios de representatividade, expertise técnica e pluralidade.
4º Duas comissões da Câmara e uma do Senado se anteciparam ao STF e coorganizaram um seminário para debater o caso. O seminário ocorre enquanto escrevo este texto (30 de maio). Não poderei estar lá para opinar sobre os argumentos e símbolos ali presentes, mas uma olhada no perfil dos participantes dá indícios de como o assunto é tratado. O requerimento foi feito por 16 parlamentares, apenas uma mulher. Na programação, dos 24 participantes na mesa, apenas seis mulheres. Do ponto de vista profissional, uma mistura de políticos, representantes religiosos e alguns juristas. Nenhum especialista em política pública de saúde, nenhum cientista. O seminário tem lado único, e esse não é o do debate franco, que a audiência do STF promete realizar.
5º Dos minutos a que pude assistir, um participante dizia algo assim: "A criança dentro ou fora do útero tem o mesmo valor! Descriminalizado o aborto, teremos um cemitério de criancinhas!". Não duvido que ele esteja sinceramente preocupado com o valor da vida. Mas tem a responsabilidade de informar-se melhor sobre a principal lei social do aborto: na qual se criminaliza e se estigmatiza, a taxa de gravidez indesejada não s e altera, a mulher permanece no escuro e o número de abortos só faz aumentar. A criminalização do aborto não dissuade mulheres. Orientação e cuidado, talvez.
6º Há infinitas posições morais e jurídicas em relação ao aborto e múltiplos arranjos institucionais para enfrentar o tema com respeito e competência. O debate público, contudo, não resiste ao contraste binário entre os pró e os contra, sem saber exatamente ao quê.
7º Quem descriminaliza não necessariamente legaliza. Quem legaliza não expressa aprovação moral. Quem aprova legalmente não incentiva nem está menos preocupado com a vida. Todos os países que descriminalizaram o aborto no mundo o fizeram por meio de políticas públicas complexas que não celebram o aborto, não subestimam a dimensão trágica da escolha nem ignoram a sacralidade da vida. Pelo contrário: tiraram o tema da esfera do crime e da punição e o trataram por meio de orientação, prevenção, acolhimento e procedimentos médicos seguros. Conseguiram reduzir, sem exceção, o número de abortos e de mortalidade materna. Como melhor proteger a vida?
MENDES, Conrado Hübner. Aborto, assunto de homens. Época. São Paulo, Editora Globo, nº 1040, Jun. 2018. [Adaptado]
Prioritariamente, o texto objetiva
Texto para as questões de 36 a 40
Como se desenvolve a autoestima?
(Adaptado. Fonte: https://bit.ly/3C1ALH9)
As crianças não nascem com mais ou menos autoestima, esta vai sendo construída ao longo da vida. E começa logo nos primeiros anos, com as primeiras experiências a que o bebé é exposto.
A autoestima começa a construir-se a partir das primeiras relações, do ambiente familiar, dos modelos educativos, das expectativas que os familiares têm e comunicam às crianças, das imagens e mensagens que os pais transmitem, direta e indiretamente, aos filhos. É neste contexto de conhecimento mútuo, atenção, amor e interação pais-filhos, que a criança começa a se conhecer, a se sentir competente e bem consigo mesma. Assim, se a criança se sentir aceita, valorizada e apreciada terá uma melhor base para a construção da sua autoestima.
A forma como pensamos sobre nós é essencial e vai-se tornando mais complexa e diversificada com o tempo. No início, as crianças começam por ganhar consciência do próprio corpo, de que são um indivíduo separado dos outros. Depois, pensam que são aquilo que são capazes de fazer, bem como aquilo que os outros dizem, desde o nome que lhes dão, à forma como as descrevem.
Começam também a integrar na sua autoimagem as memórias que os outros partilham delas, das histórias sobre a infância, sobre como eram e o que faziam. Mais tarde, na adolescência, a forma como se pensam é revista em função das experiências e mudanças vividas nesta fase, em que frequentemente aumenta a necessidade de autoestima, de se sentir valorizado, reconhecido e aceito. Ter uma boa autoestima é um dos recursos mais importantes para um adolescente. Nesta fase, é essencial o papel da família, mas também dos amigos e pares, e do ambiente escolar.
Leia o texto 'Como se desenvolve a autoestima?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Ter uma boa autoestima é um dos recursos mais importantes para um adolescente, afirma o texto, pois nesta fase é essencial o papel da família, dos amigos e pares e do ambiente escolar.
II. O texto apresenta ao leitor a ideia de que as crianças apenas começam a adquirir consciência de quem são e a desenvolver os próprios traços de personalidade após os dezesseis anos de idade.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para as questões de 36 a 40
Como se desenvolve a autoestima?
(Adaptado. Fonte: https://bit.ly/3C1ALH9)
As crianças não nascem com mais ou menos autoestima, esta vai sendo construída ao longo da vida. E começa logo nos primeiros anos, com as primeiras experiências a que o bebé é exposto.
A autoestima começa a construir-se a partir das primeiras relações, do ambiente familiar, dos modelos educativos, das expectativas que os familiares têm e comunicam às crianças, das imagens e mensagens que os pais transmitem, direta e indiretamente, aos filhos. É neste contexto de conhecimento mútuo, atenção, amor e interação pais-filhos, que a criança começa a se conhecer, a se sentir competente e bem consigo mesma. Assim, se a criança se sentir aceita, valorizada e apreciada terá uma melhor base para a construção da sua autoestima.
A forma como pensamos sobre nós é essencial e vai-se tornando mais complexa e diversificada com o tempo. No início, as crianças começam por ganhar consciência do próprio corpo, de que são um indivíduo separado dos outros. Depois, pensam que são aquilo que são capazes de fazer, bem como aquilo que os outros dizem, desde o nome que lhes dão, à forma como as descrevem.
Começam também a integrar na sua autoimagem as memórias que os outros partilham delas, das histórias sobre a infância, sobre como eram e o que faziam. Mais tarde, na adolescência, a forma como se pensam é revista em função das experiências e mudanças vividas nesta fase, em que frequentemente aumenta a necessidade de autoestima, de se sentir valorizado, reconhecido e aceito. Ter uma boa autoestima é um dos recursos mais importantes para um adolescente. Nesta fase, é essencial o papel da família, mas também dos amigos e pares, e do ambiente escolar.
Leia o texto 'Como se desenvolve a autoestima?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. A autoestima começa a construir-se a partir das primeiras relações da criança com o ambiente escolar, não sendo afetada por questões familiares, conforme afirma o texto.
II. Aos oito anos de idade, as crianças começam a integrar na sua autoimagem as memórias que os outros partilham delas e, assim, passam a ter a autoestima reduzida, de acordo com os dados do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para as questões de 36 a 40
Como se desenvolve a autoestima?
(Adaptado. Fonte: https://bit.ly/3C1ALH9)
As crianças não nascem com mais ou menos autoestima, esta vai sendo construída ao longo da vida. E começa logo nos primeiros anos, com as primeiras experiências a que o bebé é exposto.
A autoestima começa a construir-se a partir das primeiras relações, do ambiente familiar, dos modelos educativos, das expectativas que os familiares têm e comunicam às crianças, das imagens e mensagens que os pais transmitem, direta e indiretamente, aos filhos. É neste contexto de conhecimento mútuo, atenção, amor e interação pais-filhos, que a criança começa a se conhecer, a se sentir competente e bem consigo mesma. Assim, se a criança se sentir aceita, valorizada e apreciada terá uma melhor base para a construção da sua autoestima.
A forma como pensamos sobre nós é essencial e vai-se tornando mais complexa e diversificada com o tempo. No início, as crianças começam por ganhar consciência do próprio corpo, de que são um indivíduo separado dos outros. Depois, pensam que são aquilo que são capazes de fazer, bem como aquilo que os outros dizem, desde o nome que lhes dão, à forma como as descrevem.
Começam também a integrar na sua autoimagem as memórias que os outros partilham delas, das histórias sobre a infância, sobre como eram e o que faziam. Mais tarde, na adolescência, a forma como se pensam é revista em função das experiências e mudanças vividas nesta fase, em que frequentemente aumenta a necessidade de autoestima, de se sentir valorizado, reconhecido e aceito. Ter uma boa autoestima é um dos recursos mais importantes para um adolescente. Nesta fase, é essencial o papel da família, mas também dos amigos e pares, e do ambiente escolar.
Leia o texto 'Como se desenvolve a autoestima?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. É em um contexto de conhecimento mútuo, atenção, amor e de interação dos pais com os filhos, que a criança começa a se conhecer e, assim, sua autoestima é tolhida logo nos primeiros anos, de acordo com as informações do texto.
II. Se a criança se sentir aceita, valorizada e apreciada terá uma melhor base para a construção da sua autoestima, de acordo com as informações disponíveis no texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para as questões de 36 a 40
Como se desenvolve a autoestima?
(Adaptado. Fonte: https://bit.ly/3C1ALH9)
As crianças não nascem com mais ou menos autoestima, esta vai sendo construída ao longo da vida. E começa logo nos primeiros anos, com as primeiras experiências a que o bebé é exposto.
A autoestima começa a construir-se a partir das primeiras relações, do ambiente familiar, dos modelos educativos, das expectativas que os familiares têm e comunicam às crianças, das imagens e mensagens que os pais transmitem, direta e indiretamente, aos filhos. É neste contexto de conhecimento mútuo, atenção, amor e interação pais-filhos, que a criança começa a se conhecer, a se sentir competente e bem consigo mesma. Assim, se a criança se sentir aceita, valorizada e apreciada terá uma melhor base para a construção da sua autoestima.
A forma como pensamos sobre nós é essencial e vai-se tornando mais complexa e diversificada com o tempo. No início, as crianças começam por ganhar consciência do próprio corpo, de que são um indivíduo separado dos outros. Depois, pensam que são aquilo que são capazes de fazer, bem como aquilo que os outros dizem, desde o nome que lhes dão, à forma como as descrevem.
Começam também a integrar na sua autoimagem as memórias que os outros partilham delas, das histórias sobre a infância, sobre como eram e o que faziam. Mais tarde, na adolescência, a forma como se pensam é revista em função das experiências e mudanças vividas nesta fase, em que frequentemente aumenta a necessidade de autoestima, de se sentir valorizado, reconhecido e aceito. Ter uma boa autoestima é um dos recursos mais importantes para um adolescente. Nesta fase, é essencial o papel da família, mas também dos amigos e pares, e do ambiente escolar.
Leia o texto 'Como se desenvolve a autoestima?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Ainda jovens, afirma o texto, as crianças começam por ganhar consciência do próprio corpo, de que são um indivíduo separado dos outros.
II. Na adolescência, a forma como as pessoas se veem é revista em função das experiências e mudanças vividas nesta fase, em que frequentemente aumenta a necessidade de autoestima, como se pode perceber após ler o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto para as questões de 36 a 40
Como se desenvolve a autoestima?
(Adaptado. Fonte: https://bit.ly/3C1ALH9)
As crianças não nascem com mais ou menos autoestima, esta vai sendo construída ao longo da vida. E começa logo nos primeiros anos, com as primeiras experiências a que o bebé é exposto.
A autoestima começa a construir-se a partir das primeiras relações, do ambiente familiar, dos modelos educativos, das expectativas que os familiares têm e comunicam às crianças, das imagens e mensagens que os pais transmitem, direta e indiretamente, aos filhos. É neste contexto de conhecimento mútuo, atenção, amor e interação pais-filhos, que a criança começa a se conhecer, a se sentir competente e bem consigo mesma. Assim, se a criança se sentir aceita, valorizada e apreciada terá uma melhor base para a construção da sua autoestima.
A forma como pensamos sobre nós é essencial e vai-se tornando mais complexa e diversificada com o tempo. No início, as crianças começam por ganhar consciência do próprio corpo, de que são um indivíduo separado dos outros. Depois, pensam que são aquilo que são capazes de fazer, bem como aquilo que os outros dizem, desde o nome que lhes dão, à forma como as descrevem.
Começam também a integrar na sua autoimagem as memórias que os outros partilham delas, das histórias sobre a infância, sobre como eram e o que faziam. Mais tarde, na adolescência, a forma como se pensam é revista em função das experiências e mudanças vividas nesta fase, em que frequentemente aumenta a necessidade de autoestima, de se sentir valorizado, reconhecido e aceito. Ter uma boa autoestima é um dos recursos mais importantes para um adolescente. Nesta fase, é essencial o papel da família, mas também dos amigos e pares, e do ambiente escolar.
Leia o texto 'Como se desenvolve a autoestima?' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. O texto afirma que, nas crianças, a autoestima vai sendo construída ao longo da vida, tem início logo nos primeiros anos e se encerra aos nove anos de idade.
II. A forma como pensamos sobre nós vai-se tornando mais complexa e diversificada com o tempo, de acordo com as informações do autor no texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Analise as afirmativas a seguir:
I. No contexto da saúde e segurança no trabalho, o conceito de fonte de risco refere-se a um elemento material que não possui qualquer potencial de dar origem a um acidente ou a um dano à saúde.
II. Antes de usar um equipamento de limpeza como uma enceradeira elétrica, o servidor deve evitar verificar se a voltagem da rede de energia é compatível com a voltagem do equipamento.
Marque a alternativa CORRETA:
Analise as afirmativas a seguir:
I. A educação profissional técnica de Nível Médio, no Brasil, pode ser desenvolvida de forma articulada ao Ensino Médio ou de forma subsequente, destinada àqueles que já tenham concluído o Ensino Médio.
II. O termo “toxicidade” está relacionado ao potencial de uma substância de exercer um efeito danoso em humanos.
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Analise as afirmativas a seguir:
I. Nas áreas cobertas da instituição, se for necessária a limpeza seca, esta deve ser feita pelo profissional de limpeza, com o uso de vassouras e panos úmidos, exclusivamente.
II. O Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho é um documento elaborado pela Segurança do Trabalho com a finalidade de gerar informações relativas à presença de agentes nocivos no ambiente de trabalho.
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I. Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como um ruído, o calor e o frio excessivos.
II. As doenças do trabalho são aquelas que podem ser adquiridas ou desencadeadas pelas condições inadequadas em que o trabalho é realizado como, por exemplo, quando o trabalhador é exposto a agentes nocivos à sua saúde.
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I. Um programa de formação abrangente em cada local de trabalho pode ajudar os servidores públicos que ali atuam a avaliar as condições de trabalho deficientes que afetam a sua saúde e a sua segurança.
II. Um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) é o atestado emitido pelo médico, em virtude da consulta clínica, quer seja ela feita por motivo de admissão de um novo colaborador, para avaliação periódica, para mudança de função, por retorno ao trabalho ou por motivo de demissão.
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I. Na oferta de Educação Básica para a população rural brasileira, os sistemas de ensino regionais devem promover as adaptações necessárias às peculiaridades da vida dessa população.
II. De acordo com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o Ensino Fundamental deve ser exclusivamente realizado através de plataformas eletrônicas e digitais a distância.
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I. As condições de trabalho em uma instituição são determinadas, entre outros aspectos, pelos processos e materiais ali adotados para a realização do trabalho previsto.
II. O termo LER (Lesão por Esforço Repetitivo) refere-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores, atacam músculos, nervos e tendões, provocando irritações e inflamação.
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I. No Brasil, é vedada a vinculação entre a educação escolar (em qualquer nível), o trabalho e as práticas sociais, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
II. Uma área restrita é a área que pode ser usada para finalidades específicas, como o trabalho com substâncias perigosas aos humanos.
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I. A jornada escolar no Ensino Fundamental, no Brasil, deve incluir pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula.
II. No Brasil, a Educação Infantil apenas pode ser oferecida em creches para crianças de até 18 (dezoito) meses de idade.
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I. No Brasil, é vedado às instituições de ensino ofertar aulas ou cursos de ciências, de biologia ou de qualquer tema de caráter científico ou empírico, mesmo que como parte da carga horária complementar.
II. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, veda qualquer prática de promoção ou de valorização dos profissionais da educação escolar, ainda que sejam eles professores, profissionais de apoio ou mesmo da gestão da escola.
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