Questões de Concurso
Para técnico em química
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“O princípio da legalidade é certamente a diretriz básica da conduta dos agentes da Administração e implica subordinação completa do administrador à lei. Enquanto os indivíduos no campo privado podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza. Tal postulado, consagrado após séculos de evolução política, tem por origem mais próxima a criação do Estado de Direito, ou seja, do Estado que deve respeitar as próprias leis que edita.”
(Filho, 2009, p. 19).
Considerando o princípio da legalidade na Administração Pública, nos termos da Lei nº 9784/99, assinale a alternativa correta.
O texto adiante é um fragmento da cobertura jornalística, feita na Feira Literária Internacional de Parati (FLIP), da mesa que reuniu as escritoras Conceição Evaristo e Ana Maria Gonçalves, na 15ª edição do evento, realizada em 2017. Leia-o e responda à questão proposta a seguir.
“A escrevivência de Conceição Evaristo e a visibilidade negra na literatura
Atravessada por falas de afeto e resistência, Ana Maria perguntou a Conceição como amar em tempos tão difíceis, especialmente para os negros. ‘Tem um projeto histórico de nos apartarmos uns dos outros. […] Os laços afetivos nos permitem sobreviver nessa sociedade. Amamos e nos damos, nos damos e amamos.’
Em dado momento, pontuou a dificuldade das mulheres negras de publicar livros. ‘Nunca nos dão a competência da arte literária. Há um imaginário de que dançamos, cozinhamos, cuidamos bem de uma casa. Somos, sim, capazes de lavar, de passar, mas também de dar aula, de exercer a medicina, de sermos políticas, de sermos professoras, de sermos escritoras’, ressaltou ela, que inclusive trabalhou como educadora no bairro do Caju (RJ), na década de 1970.
Termo criado por Conceição, escrevivências define a escrita marcada por suas experiências como mulher negra. E acrescentou: ‘Quero escrever um texto que se aproxime o máximo possível de uma linguagem oralizada, aproximá-lo da língua viva do cotidiano’.”
O texto adiante é um fragmento da cobertura jornalística, feita na Feira Literária Internacional de Parati (FLIP), da mesa que reuniu as escritoras Conceição Evaristo e Ana Maria Gonçalves, na 15ª edição do evento, realizada em 2017. Leia-o e responda à questão proposta a seguir.
“A escrevivência de Conceição Evaristo e a visibilidade negra na literatura
Atravessada por falas de afeto e resistência, Ana Maria perguntou a Conceição como amar em tempos tão difíceis, especialmente para os negros. ‘Tem um projeto histórico de nos apartarmos uns dos outros. […] Os laços afetivos nos permitem sobreviver nessa sociedade. Amamos e nos damos, nos damos e amamos.’
Em dado momento, pontuou a dificuldade das mulheres negras de publicar livros. ‘Nunca nos dão a competência da arte literária. Há um imaginário de que dançamos, cozinhamos, cuidamos bem de uma casa. Somos, sim, capazes de lavar, de passar, mas também de dar aula, de exercer a medicina, de sermos políticas, de sermos professoras, de sermos escritoras’, ressaltou ela, que inclusive trabalhou como educadora no bairro do Caju (RJ), na década de 1970.
Termo criado por Conceição, escrevivências define a escrita marcada por suas experiências como mulher negra. E acrescentou: ‘Quero escrever um texto que se aproxime o máximo possível de uma linguagem oralizada, aproximá-lo da língua viva do cotidiano’.”
Construir sobre a fachada do luar das nossas terras
Um mundo novo onde o amor campeia, unindo os homens de todas as terras
Por sobre os recalques, os ódios e as incompreensões, as torturas de todas as eras.
É um longo caminho a percorrer no mundo dos homens.
É difícil, sim, percorrer este longo caminho
De longe de toda a África martirizada.
Crucificada todos os dias na alma dos seus filhos.
(…)
Fragmento do poema CONSTRUIR, de Alda do Espírito Santo (1926, São Tomé e Príncipe – 2010, Luanda, Angola).
Leia o trecho a seguir:
“Um mundo novo onde o amor campeia, unindo os homens de todas as terras”.
Esses versos, destacados do poema dado, se
estruturam num período:
Pra que discutir com madame?
De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)
Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz que o samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça,
Mistura de raça, mistura de cor.
Madame diz que o samba democrata,
é música barata sem nenhum valor,
Vamos acabar com o samba,
Madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame?
No carnaval que vem também concorro,
Meu bloco de morro vai cantar ópera,
E na avenida, entre mil apertos,
Vocês vão ver gente cantando concerto
Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.
Pra que discutir com madame?
De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)
Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz que o samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça,
Mistura de raça, mistura de cor.
Madame diz que o samba democrata,
é música barata sem nenhum valor,
Vamos acabar com o samba,
Madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame?
No carnaval que vem também concorro,
Meu bloco de morro vai cantar ópera,
E na avenida, entre mil apertos,
Vocês vão ver gente cantando concerto
Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.
No trecho a seguir:
“Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!”
Esses versos são exemplos de linguagem informal. Marque a alternativa que NÃO apresenta
uma característica desse tipo de uso da língua.
Pra que discutir com madame?
De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)
Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz que o samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça,
Mistura de raça, mistura de cor.
Madame diz que o samba democrata,
é música barata sem nenhum valor,
Vamos acabar com o samba,
Madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame?
No carnaval que vem também concorro,
Meu bloco de morro vai cantar ópera,
E na avenida, entre mil apertos,
Vocês vão ver gente cantando concerto
Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror!
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.
Assinale a alternativa que apresenta uma oposição NÃO abordada na letra de “Pra que discutir com Madame?”.
“(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”
Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma”
Lima Barreto. p. 19.
“(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”
Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma”
Lima Barreto. p. 19.