Questões de Concurso
Para técnico de planejamento e pesquisa - economia e relações internacionais
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A problemática da subsunção do trabalho é, portanto, crucial, e a expropriação recorrente do conhecimento produzido pela classe trabalhadora faz parte, de uma ou de outra forma, dessa problemática, desde o início. A sua acumulação primitiva, primeiro, é que permite, de fato, o real domínio do capital sobre processos de trabalho que ele próprio não inventou, mas herdou do artesanato, aperfeiçoando-os, ao adicionar-lhes o trabalho de mecânicos, engenheiros e outros intelectuais. Essa reorganização dos processos de trabalho tinha como objetivo ampliar a produtividade e redundou, com a Primeira Revolução Industrial, na desqualificação generalizada da classe trabalhadora e a decorrente concentração do conhecimento no interior do capital. A isto Marx chama subsunção real do trabalho no capital, e a Segunda Revolução Industrial é definida por ele como a extensão desse processo ao setor produtor das próprias máquinas, com o que as potências do trabalho, a serviço da acumulação capitalista, ampliam- -se de forma exponencial. [...] O significado último do desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), vinculadas à Terceira Revolução Industrial, reside justamente na subsunção desse trabalho intelectual, o que vem acompanhado de uma intelectualização geral de todos os processos de trabalho convencionais e do consumo, de modo que o conjunto das relações de produção e das relações sociais em geral se altera para adequar-se às novas exigências da acumulação capitalista.
BOLAÑO, C. Trabalho, comunicação e desenvolvimento. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v.3, n.1, mar. 2007, p.33-42. Disponível em: http://www.ibict.br/liinc. Acesso em: 20 dez. 2023. Adaptado.
O ponto central discutido no texto é a(o)
Na década passada, se formou relativo consenso entre as diferentes correntes da economia política internacional de que a globalização financeira reforçou a posição hegemônica dos EUA no topo da hierarquia internacional de poder.
De acordo com a teoria convencional, que se apóia na hipótese dos mercados eficientes, a expansão dos fluxos de capitais para os países em desenvolvimento culmina em severas crises internacionais, em razão dos desequilíbrios macroeconômicos e(ou) institucionais dos países receptores.
Com a globalização financeira, as economias avançadas e em desenvolvimento ficaram mais vulneráveis à instabilidade intrínseca da economia capitalista, pois, ao ser deixado livre, o mercado financeiro tende a acentuar movimentos de valorização ou depreciação dos ativos.
Com a globalização financeira, as crises nas décadas de 80 e 90 do século passado ocorreram simultaneamente em um ou mais segmentos do mercado financeiro e no sistema bancário, ao que se denominou crises gêmeas.
A trindade impossível identificada por Mundell refere-se à impossibilidade de combinar livre mobilidade de capital, taxa de câmbio flutuante e política monetária autônoma.
No modelo IS/LM/BP, os agentes tomam suas decisões levando em consideração comportamento futuro da taxa de câmbio e de juros.
No modelo keynesiano simples, a condição Mashall-Lerner pressupõe, ceteris paribus, que a desvalorização do câmbio real só aumenta o saldo comercial se a soma absoluta das elasticidades-preço das demandas por exportação e por importação for menor que 1.
Acerca dos modelos teóricos de macroeconomia aberta, julgue o próximo item.
O enfoque monetário do balanço de pagamento e o modelo
Mundell-Fleming pressupõem que os ativos financeiros,
domésticos e os externos podem ser substituídos um pelo
outro.
Desde a ruptura do Acordo de Bretton Woods, o mundo tem um “não-sistema” monetário internacional, no qual as taxas de câmbio e os preços dos principais ativos financeiros flutuam livremente em mercados cada vez mais profundos e integrados internacionalmente.
A política de desvalorização do dólar do governo Nixon, no início dos anos 70 do século passado, para fazer face às despesas crescentes com a guerra do Vietnã ficou conhecida como política de negligência benigna.
A cláusula da moeda escassa que autorizava a adoção de restrições à importação dos países com grandes excedentes em transações correntes foi invocada inúmeras vezes pelos países-membros do Fundo Monetário Internacional.
A posição do dólar como moeda-chave do sistema criava um dilema e acentuava as contradições da ordem monetária internacional, ao mesmo tempo em que gerava privilégios para os EUA.
Uma das principais diferenças entre os planos White e Keynes na conferência de Bretton Woods refere-se à idéia, defendida pelo primeiro, da criação de uma moeda supranacional.
Ao contrário do padrão internacional do ouro clássico, sob hegemonia britânica, Bretton Woods representou um compromisso, ainda que ambíguo, entre os princípios do multilateralismo e o intervencionismo doméstico.
A teoria nacionalista do comércio preconiza uma política comercial que estimule a preservação e o desenvolvimento da indústria nacional, mediante subsídios, tarifas, cotas e barreiras não-tarifárias, entre outras formas de proteção.