Pantanal
Se, quando pensa em Pantanal, o que vem à sua
mente são cenas de peões montados a cavalo, rebanhos
enormes, descampados alagados e fazendas a perder de
vista, não está totalmente errado. É possível, sim, encontrar
cenas como as mostradas na novela transmitida em rede
nacional na década de 90. Mas a região pantaneira não se
resume a apenas isso.
Com 210 mil km², o bioma ocupa um espaço
equivalente à soma das áreas de Bélgica, Suíça, Portugal e
Holanda. A graça da região é justamente o efeito surpresa. O
cenário muda a todo tempo e o que você vai encontrar
depende do momento em que chegar lá. A região mistura
um pouquinho de Amazônia, de Cerrado, de Mata Atlântica,
de Chaco paraguaio… Mas quem manda mesmo na
paisagem é o sobe e desce dos rios.
A partir de novembro chove mais e o nível das águas
vai subindo, subindo e subindo, até encharcar o solo, alagar
as regiões mais planas e cobrir a vegetação. É só depois de
março que as águas começam a baixar de novo e os animais
voltam a dar as caras, zanzando sem muita preocupação nas
margens dos rios e nas estradas.
O espetáculo da natureza se revela com jacarés,
capivaras, lobinhos, tucanos, veados e tuiuiús, entre outras
mais de 900 espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
O Pantanal não apenas encanta pelos cenários em constante
transformação, mas também pela riqueza da sua
biodiversidade, proporcionando uma experiência única e
fascinante para aqueles que têm o privilégio de explorar
essa imensidão.
Revista Azul, nº 101. Adaptado