Questões de Concurso Para engenheiro agrônomo

As plantas obtidas por sementes geralmente apresentam uma baixa variabilidade entre si, mesmo quando coletadas de plantas matrizes diferentes.

A alporquia, uma das formas de propagação vegetativa de plantas, é conhecida como o processo de juntar duas plantas ou partes da planta de tal maneira que elas possam se unir e continuar o seu crescimento, originando uma nova planta.

A enxertia, assim como qualquer outro método de propagação vegetativa, permite manter as características das plantas que estão sendo propagadas, mantendo o valor agronômico das mesmas e, consequentemente, produzindo plantas mais uniformes. Essa uniformidade está relacionada à floração, à frutificação e às características de crescimento, que, normalmente, não são mantidas quando propagadas por sementes.

Também chamada de enxertia por borbulhia em T invertido, esse é um método de enxertia dos mais simples. É necessário que o enxerto (garfo) e o porta-enxerto apresentem o mesmo diâmetro, ou muito semelhantes. A técnica consiste em fazer um corte em bisel no garfo e outro no porta-enxerto, os quais são colocados sobrepostos de modo que ambas as partes fiquem em perfeito contato.

A estaquia é um método de propagação pouco utilizado na multiplicação de plantas frutíferas. Na propagação comercial, a viabilidade do uso da estaquia é função da dificuldade de enraizamento de cada espécie ou cultivar, da qualidade do sistema radicular formado e do desenvolvimento posterior da planta na área de produção.

A maioria das hortaliças folhosas não são sensíveis à ação de etileno. A depender da espécie, a exposição ao etileno não induz danos, como alterações da aparência devido aos distúrbios fisiológicos, à degradação de clorofila e à abscisão foliar.

A condição ideal para a manutenção da qualidade pós-colheita das hortaliças folhosas é a combinação de altas temperaturas com alta umidade. Altas temperaturas reduzem a taxa respiratória, a perda de água por transpiração, a degradação de clorofila, o escurecimento dos tecidos danificados e o crescimento de microrganismos.

A colheita deve ser feita nas horas mais frescas do dia para evitar o aquecimento das hortaliças ou em período mais quente desde que a propriedade conte com um bom sistema de pré-resfriamento, que remova rapidamente o calor de campo.

Não é importante proporcionar ventilação às hortaliças colhidas para a remoção do calor produzido pela respiração. Quando em excesso, ela acelera apenas a transpiração, não interferindo na perda de água.

É importante considerar que muitos dos danos físicos causados durante a colheita aparecem imediatamente quando ocorrem, podendo ser descartadas as partes quando realizada uma análise criteriosa do que for comercializado. Assim, um produto com boa aparência na colheita vai apresentar também boa aparência quando chegar ao mercado. 

As armadilhas adesivas estão disponíveis comercialmente apenas na cor amarela, potencialmente atrativa para um maior grupo de insetos (vaquinhas, mosca-branca, pulgões, cigarrinhas, mosca-minadora, mosca-das-frutas e tripes).

A armadilha adesiva pode ser confeccionada de vários materiais, tais como papel-cartão, cartolina e etiquetas plásticas, sendo recoberta por cola para fixação dos insetos. São instaladas nos cultivos penduradas nas plantas ou em estruturas de sustentação e atraem insetos alados em função da coloração.

O frasco caça-mosca, também conhecido como McPhail, é muito usado em pomares para monitoramento populacional de moscas-das-frutas.

Além da coloração, a atração dos insetos é realizada pelos atrativos alimentares que são colocados no interior da armadilha, como suco de frutas – uva (1:4) ou pêssego (1:10), proteína hidrolisada a 5% ou melaço de cana-de-açúcar a 7%, sendo utilizados 300 mL da solução por armadilha.

Para estimar a densidade populacional da praga e verificar se a mesma atingiu ou não o nível de controle, torna-se fundamental realizar a amostragem, sendo a escolha adequada do método de monitoramento essencial para as decisões de manejo.

Algumas medidas simples podem ser adotadas para reduzir a exposição aos agrotóxicos, como, por exemplo, manusear os produtos com cuidado, observando todas as recomendações de utilização, usar os equipamentos de aplicação calibrados e em bom estado de conservação e sempre utilizar vestimentas de proteção adequadas. 

Ultimamente, tem sido bastante comum relacionar a segurança na aplicação de agrotóxicos somente ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), porém promover a segurança envolve o controle de risco em três fases: na fonte do processo, na trajetória e no indivíduo que está aplicando o produto.

Uma vez identificada a necessidade real da aplicação, condicionada ao controle de praga na lavoura, e que tenha atingido o nível de dano econômico na cultura, o controle deve ser feito seguindo a recomendação de um engenheiro agrônomo, por meio da prescrição, através de receituário agronômico, de um produto devidamente registrado para a cultura e alvo, bem como utilizando equipamento de pulverização em bom estado de conservação e funcionamento e a regulagem adequada do pulverizador. 

Os agrotóxicos são produtos exclusivamente químicos que têm diferentes graus de toxicidade. Como essa é uma característica de cada produto, os cuidados para reduzir o risco de contaminação ou intoxicação durante seu manuseio e aplicação devem ser direcionados para diminuir a exposição aos produtos. 

Para a aplicação e o manuseio dos agrotóxicos, podem ser usados os seguintes equipamentos de proteção individual: vestimentas (como calça, jaleco e touca/capuz), luvas, respiradores, viseira facial ou óculos de proteção, touca árabe, avental e botas.

No caso das cucurbitáceas, assume grande importância econômica, por danificar as plantas desde sua germinação até a época de colheita dos frutos. Os adultos consomem as folhas da abóbora, da abobrinha, da moranga e da melancia, deixando orifícios típicos de seu ataque, além de atuarem como vetores de algumas viroses nessas culturas.

No feijão-de-vagem, os danos mais severos são causados pelos adultos, já que ocorrem quando as plantas iniciam a emissão de folhas primárias, fase caracterizada pela pequena disponibilidade foliar.

A vaquinha, quando adulto, é um besouro de 5,5 mm a 7,3 mm de comprimento, geralmente de coloração verde e manchas amarelas, o que lhe confere o nome popular de “brasileirinho”.

A fase larval consiste em 3 ínstares, podendo atingir até 12 mm de comprimento e 1 mm de diâmetro, sendo seu formato vermiforme, com cabeça e extremidade do abdômen de coloração preta e restante do corpo esbranquiçado.

A duração de cada fase de vida não é influenciada pelo ambiente, sendo variável apenas na mudança da planta hospedeira, sendo as plantas de feijão um substrato que permite que essa praga produza até seis vezes mais ovos, e a fase larval seja mais curta do que quando se alimenta de milho, por exemplo.