Questões de Concurso Para letras

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Q3070453 Português
Todos os fragmentos textuais a seguir são do tipo narrativo; o fragmento que mostra uma sucessão de acontecimentos e não de ações, é:
Alternativas
Q3070427 Português
Distância


    Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas; em outra há outros milhões: e as cidades são tão longe uma de outra que nesta é inverno quando naquela é verão. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas duas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo como plantinha de estufa, um amor à distância?

    Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam nunca; é tão caro, e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentia, na semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando –– “outra semana!” –– e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de-já-hoje quando se viu era mudado em agosto.

   Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz, mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência –– e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda –– e eu vos direi: amai para entendê-las!

    Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, a agora, o aqui –– e isso não há.

   Então a outra pessoa vira retratinho do bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, nada, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

   Cuidais amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de papéis escritos no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...

    Não ameis à distância, não ameis, não ameis!


(BRAGA, Rubem. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_rubem_braga/ Acesso em: outubro de 2024. Adaptado.)
Grafar as palavras de maneira correta é de suma importância para o desenvolvimento da competência de leitura e escrita, bem como para a compreensão de textos. Assinale a seguir a palavra que está escrita INCORRETAMENTE.
Alternativas
Q3070426 Português
Distância


    Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas; em outra há outros milhões: e as cidades são tão longe uma de outra que nesta é inverno quando naquela é verão. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas duas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo como plantinha de estufa, um amor à distância?

    Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam nunca; é tão caro, e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentia, na semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando –– “outra semana!” –– e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de-já-hoje quando se viu era mudado em agosto.

   Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz, mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência –– e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda –– e eu vos direi: amai para entendê-las!

    Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, a agora, o aqui –– e isso não há.

   Então a outra pessoa vira retratinho do bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, nada, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

   Cuidais amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de papéis escritos no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...

    Não ameis à distância, não ameis, não ameis!


(BRAGA, Rubem. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_rubem_braga/ Acesso em: outubro de 2024. Adaptado.)
O termo sublinhado em “[...] e essas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, [...]” (1º§) expressa sentido de:
Alternativas
Q3070425 Português
Distância


    Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas; em outra há outros milhões: e as cidades são tão longe uma de outra que nesta é inverno quando naquela é verão. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas duas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo como plantinha de estufa, um amor à distância?

    Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam nunca; é tão caro, e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentia, na semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando –– “outra semana!” –– e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de-já-hoje quando se viu era mudado em agosto.

   Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz, mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência –– e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda –– e eu vos direi: amai para entendê-las!

    Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, a agora, o aqui –– e isso não há.

   Então a outra pessoa vira retratinho do bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, nada, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

   Cuidais amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de papéis escritos no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...

    Não ameis à distância, não ameis, não ameis!


(BRAGA, Rubem. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_rubem_braga/ Acesso em: outubro de 2024. Adaptado.)
Após a leitura do texto de Rubem Braga, é possível afirmar que:
Alternativas
Q3070424 Português
Distância


    Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas; em outra há outros milhões: e as cidades são tão longe uma de outra que nesta é inverno quando naquela é verão. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas duas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo como plantinha de estufa, um amor à distância?

    Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam nunca; é tão caro, e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentia, na semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando –– “outra semana!” –– e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de-já-hoje quando se viu era mudado em agosto.

   Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz, mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência –– e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda –– e eu vos direi: amai para entendê-las!

    Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, a agora, o aqui –– e isso não há.

   Então a outra pessoa vira retratinho do bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, nada, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

   Cuidais amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de papéis escritos no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...

    Não ameis à distância, não ameis, não ameis!


(BRAGA, Rubem. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_rubem_braga/ Acesso em: outubro de 2024. Adaptado.)
Os trechos a seguir foram retirados do 2º§ do texto; assinale a alternativa que contém o sinônimo correto.
Alternativas
Q3070423 Português
Distância


    Em uma cidade há um milhão e meio de pessoas; em outra há outros milhões: e as cidades são tão longe uma de outra que nesta é inverno quando naquela é verão. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa; e essas duas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo como plantinha de estufa, um amor à distância?

    Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença constante e inumerável de olhos, vozes, notícias. Não se telefonam nunca; é tão caro, e além disso, que se diriam? Escrevem-se. Mas uma carta leva dias para chegar; ainda que venha vibrando, cálida, cheia de sentimento, quem sabe se no momento em que é lida já não poderia ter sido escrita? A carta não diz o que a outra pessoa está sentindo, diz o que sentia, na semana passada... e as semanas passam de maneira assustadora, os domingos se precipitam mal começam as noites de sábado, as segundas retornam com veemência gritando –– “outra semana!” –– e as quartas já têm um gosto de sexta, e o abril de-já-hoje quando se viu era mudado em agosto.

   Sim, há uma frase na carta cheia de calor, cheia de luz, mas a vida presente é traiçoeira e os astrônomos não dizem que muita vezes ficamos como patetas a ver uma linda estrela jurando pela sua existência –– e no entanto há séculos ela se apagou na escuridão do caos, sua luz é que custou a fazer a viagem? Direis que não importa a estrela em si mesma, e sim a luz que ela nos manda –– e eu vos direi: amai para entendê-las!

    Ao que ama o que lhe importa não é a luz nem o som, é a própria pessoa amada mesma, o seu vero cabelo, e o vero pelo, o osso de seu joelho, sua terna e úmida presença carnal, o imediato calor; é o de hoje, a agora, o aqui –– e isso não há.

   Então a outra pessoa vira retratinho do bolso, borboleta perdida no ar, brisa que a testa recebe na esquina, tudo o que for eco, sombra, imagem, nada, um pequeno fantasma, e nada mais. E a vida de todo dia vai gastando insensivelmente a outra pessoa, hoje lhe tira um modesto fio de cabelo, amanhã apenas passa a unha de leve fazendo um traço branco na sua coxa queimada pelo sol, de súbito a outra pessoa entra em fading um sábado inteiro, está se gastando, perdendo seu poder emissor à distância.

   Cuidais amar uma pessoa, e ao fim vosso amor é um maço de papéis escritos no fundo de uma gaveta que se abre cada vez menos...

    Não ameis à distância, não ameis, não ameis!


(BRAGA, Rubem. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_rubem_braga/ Acesso em: outubro de 2024. Adaptado.)
Assinale o vocábulo que se DIFERENCIA dos demais em relação à acentuação.
Alternativas
Q3070422 Português
A gulosa disfarçada


   Um homem casara com excelente mulher, dona de casa arranjadeira e honrada, mas muito gulosa. Para disfarçar seu apetite fingia-se sem vontade de alimentar-se sempre que o marido a convidava nas refeições. Apesar desse regime, engordava cada vez mais e o esposo admirava alguém poder viver com tão pouca comida. Uma manhã resolveu certificar-se se a mulher comia em sua ausência. Disse que ia para o trabalho e escondeu-se num lugar onde podia acompanhar os passos da esposa.

   No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas, deliciada. Na merenda, mastigou um sem-número de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar matou um capão, ensopou-o em molho espesso, saboreando-o. À ceia, devorou um prato de macaxeiras, enxutinhas, acompanhando-as com manteiga.

   Ao anoitecer, o marido apareceu, fingindo-se fatigado. Chovera o dia inteiro e o homem estava como se estivesse passado, como realmente passara, o dia à sombra. A mulher perguntou:

   – Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou?

   O marido respondeu:

   – Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.

   A mulher compreendeu que fora descoberta em seu disfarce e não mais escondeu o seu apetite ao marido.


(CASCUDO, Luís da Câmara. A gulosa disfarçada. In: Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1986.)
“– Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.” (6º§) A expressão “como”, empregada de maneira recorrente no trecho anterior, dá ideia de:
Alternativas
Q3070421 Português
A gulosa disfarçada


   Um homem casara com excelente mulher, dona de casa arranjadeira e honrada, mas muito gulosa. Para disfarçar seu apetite fingia-se sem vontade de alimentar-se sempre que o marido a convidava nas refeições. Apesar desse regime, engordava cada vez mais e o esposo admirava alguém poder viver com tão pouca comida. Uma manhã resolveu certificar-se se a mulher comia em sua ausência. Disse que ia para o trabalho e escondeu-se num lugar onde podia acompanhar os passos da esposa.

   No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas, deliciada. Na merenda, mastigou um sem-número de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar matou um capão, ensopou-o em molho espesso, saboreando-o. À ceia, devorou um prato de macaxeiras, enxutinhas, acompanhando-as com manteiga.

   Ao anoitecer, o marido apareceu, fingindo-se fatigado. Chovera o dia inteiro e o homem estava como se estivesse passado, como realmente passara, o dia à sombra. A mulher perguntou:

   – Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou?

   O marido respondeu:

   – Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.

   A mulher compreendeu que fora descoberta em seu disfarce e não mais escondeu o seu apetite ao marido.


(CASCUDO, Luís da Câmara. A gulosa disfarçada. In: Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1986.)
Em “– Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou?” (4º§), o ponto de interrogação indica:
Alternativas
Q3070420 Português
A gulosa disfarçada


   Um homem casara com excelente mulher, dona de casa arranjadeira e honrada, mas muito gulosa. Para disfarçar seu apetite fingia-se sem vontade de alimentar-se sempre que o marido a convidava nas refeições. Apesar desse regime, engordava cada vez mais e o esposo admirava alguém poder viver com tão pouca comida. Uma manhã resolveu certificar-se se a mulher comia em sua ausência. Disse que ia para o trabalho e escondeu-se num lugar onde podia acompanhar os passos da esposa.

   No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas, deliciada. Na merenda, mastigou um sem-número de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar matou um capão, ensopou-o em molho espesso, saboreando-o. À ceia, devorou um prato de macaxeiras, enxutinhas, acompanhando-as com manteiga.

   Ao anoitecer, o marido apareceu, fingindo-se fatigado. Chovera o dia inteiro e o homem estava como se estivesse passado, como realmente passara, o dia à sombra. A mulher perguntou:

   – Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou?

   O marido respondeu:

   – Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.

   A mulher compreendeu que fora descoberta em seu disfarce e não mais escondeu o seu apetite ao marido.


(CASCUDO, Luís da Câmara. A gulosa disfarçada. In: Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1986.)
No fragmento “No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, [...]” (2º§), o termo “-a” estabelece uma ligação entre ideias separadas por pontuação. Podemos afirmar que tal termo retoma: 
Alternativas
Q3070419 Português
A gulosa disfarçada


   Um homem casara com excelente mulher, dona de casa arranjadeira e honrada, mas muito gulosa. Para disfarçar seu apetite fingia-se sem vontade de alimentar-se sempre que o marido a convidava nas refeições. Apesar desse regime, engordava cada vez mais e o esposo admirava alguém poder viver com tão pouca comida. Uma manhã resolveu certificar-se se a mulher comia em sua ausência. Disse que ia para o trabalho e escondeu-se num lugar onde podia acompanhar os passos da esposa.

   No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas, deliciada. Na merenda, mastigou um sem-número de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar matou um capão, ensopou-o em molho espesso, saboreando-o. À ceia, devorou um prato de macaxeiras, enxutinhas, acompanhando-as com manteiga.

   Ao anoitecer, o marido apareceu, fingindo-se fatigado. Chovera o dia inteiro e o homem estava como se estivesse passado, como realmente passara, o dia à sombra. A mulher perguntou:

   – Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou?

   O marido respondeu:

   – Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.

   A mulher compreendeu que fora descoberta em seu disfarce e não mais escondeu o seu apetite ao marido.


(CASCUDO, Luís da Câmara. A gulosa disfarçada. In: Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1986.)
A alternativa em que o significado da palavra está INCORRETAMENTE indicado é:
Alternativas
Q3070418 Português
A gulosa disfarçada


   Um homem casara com excelente mulher, dona de casa arranjadeira e honrada, mas muito gulosa. Para disfarçar seu apetite fingia-se sem vontade de alimentar-se sempre que o marido a convidava nas refeições. Apesar desse regime, engordava cada vez mais e o esposo admirava alguém poder viver com tão pouca comida. Uma manhã resolveu certificar-se se a mulher comia em sua ausência. Disse que ia para o trabalho e escondeu-se num lugar onde podia acompanhar os passos da esposa.

   No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas, deliciada. Na merenda, mastigou um sem-número de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar matou um capão, ensopou-o em molho espesso, saboreando-o. À ceia, devorou um prato de macaxeiras, enxutinhas, acompanhando-as com manteiga.

   Ao anoitecer, o marido apareceu, fingindo-se fatigado. Chovera o dia inteiro e o homem estava como se estivesse passado, como realmente passara, o dia à sombra. A mulher perguntou:

   – Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou?

   O marido respondeu:

   – Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.

   A mulher compreendeu que fora descoberta em seu disfarce e não mais escondeu o seu apetite ao marido.


(CASCUDO, Luís da Câmara. A gulosa disfarçada. In: Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1986.)
Os contos populares refletem os valores e a cultura de determinada sociedade. São uma forma importante de expressão cultural que reflete a sociedade em que foram criados. São características do conto “A gulosa disfarçada”, EXCETO:
Alternativas
Q3070407 Inglês

Text IV


Diversity and Inclusive Teaching


    Teaching to engage diversity, to include all learners, and to seek equity is essential for preparing civically engaged adults and for creating a campus and society that recognizes the contributions of all people. Teaching for diversity refers to acknowledging a range of differences in the classroom. Teaching for inclusion signifies embracing difference. Teaching for equity allows the differences to transform the way we think, teach, learn and act such that all experiences and ways of being are handled with fairness and justice. These ideas complement each other and enhance educational opportunities for all students when simultaneously engaged. […]


    Inclusive teaching strategies are intended to ensure that all students feel supported such that they freely learn and explore new ideas, feel safe to express their views in a civil manner, and are respected as individuals and members of groups. Intentionally incorporating inclusive teaching strategies helps students view themselves as people who belong to the community of learners in a classroom and university.


Adapted from https://ctal.udel.edu/resources-2/inclusive-teaching/

The word “fairness”(2nd paragraph) is formed by:
Alternativas
Q3070406 Inglês

Text IV


Diversity and Inclusive Teaching


    Teaching to engage diversity, to include all learners, and to seek equity is essential for preparing civically engaged adults and for creating a campus and society that recognizes the contributions of all people. Teaching for diversity refers to acknowledging a range of differences in the classroom. Teaching for inclusion signifies embracing difference. Teaching for equity allows the differences to transform the way we think, teach, learn and act such that all experiences and ways of being are handled with fairness and justice. These ideas complement each other and enhance educational opportunities for all students when simultaneously engaged. […]


    Inclusive teaching strategies are intended to ensure that all students feel supported such that they freely learn and explore new ideas, feel safe to express their views in a civil manner, and are respected as individuals and members of groups. Intentionally incorporating inclusive teaching strategies helps students view themselves as people who belong to the community of learners in a classroom and university.


Adapted from https://ctal.udel.edu/resources-2/inclusive-teaching/

The stressed syllable in the word “equity” (1st paragraph) is the same as in:
Alternativas
Q3070405 Inglês

Text IV


Diversity and Inclusive Teaching


    Teaching to engage diversity, to include all learners, and to seek equity is essential for preparing civically engaged adults and for creating a campus and society that recognizes the contributions of all people. Teaching for diversity refers to acknowledging a range of differences in the classroom. Teaching for inclusion signifies embracing difference. Teaching for equity allows the differences to transform the way we think, teach, learn and act such that all experiences and ways of being are handled with fairness and justice. These ideas complement each other and enhance educational opportunities for all students when simultaneously engaged. […]


    Inclusive teaching strategies are intended to ensure that all students feel supported such that they freely learn and explore new ideas, feel safe to express their views in a civil manner, and are respected as individuals and members of groups. Intentionally incorporating inclusive teaching strategies helps students view themselves as people who belong to the community of learners in a classroom and university.


Adapted from https://ctal.udel.edu/resources-2/inclusive-teaching/

The verb “seek” (1st paragraph) presents the base form, the simple past and the past participle in the same way as in:
Alternativas
Q3070404 Inglês

Text IV


Diversity and Inclusive Teaching


    Teaching to engage diversity, to include all learners, and to seek equity is essential for preparing civically engaged adults and for creating a campus and society that recognizes the contributions of all people. Teaching for diversity refers to acknowledging a range of differences in the classroom. Teaching for inclusion signifies embracing difference. Teaching for equity allows the differences to transform the way we think, teach, learn and act such that all experiences and ways of being are handled with fairness and justice. These ideas complement each other and enhance educational opportunities for all students when simultaneously engaged. […]


    Inclusive teaching strategies are intended to ensure that all students feel supported such that they freely learn and explore new ideas, feel safe to express their views in a civil manner, and are respected as individuals and members of groups. Intentionally incorporating inclusive teaching strategies helps students view themselves as people who belong to the community of learners in a classroom and university.


Adapted from https://ctal.udel.edu/resources-2/inclusive-teaching/

When the text states that “students feel supported” (2nd paragraph), it is meant that they feel:
Alternativas
Q3070403 Inglês

Text IV


Diversity and Inclusive Teaching


    Teaching to engage diversity, to include all learners, and to seek equity is essential for preparing civically engaged adults and for creating a campus and society that recognizes the contributions of all people. Teaching for diversity refers to acknowledging a range of differences in the classroom. Teaching for inclusion signifies embracing difference. Teaching for equity allows the differences to transform the way we think, teach, learn and act such that all experiences and ways of being are handled with fairness and justice. These ideas complement each other and enhance educational opportunities for all students when simultaneously engaged. […]


    Inclusive teaching strategies are intended to ensure that all students feel supported such that they freely learn and explore new ideas, feel safe to express their views in a civil manner, and are respected as individuals and members of groups. Intentionally incorporating inclusive teaching strategies helps students view themselves as people who belong to the community of learners in a classroom and university.


Adapted from https://ctal.udel.edu/resources-2/inclusive-teaching/

Analyse the assertions below based on Text IV:

I. The concepts discussed in the text must not be combined. II. Polite self-expression is encouraged by inclusive teaching. III. Inclusion is a target that should be met.

Choose the correct answer:
Alternativas
Q3070402 Inglês

Text III



Q48_55.png (408×211)

From: https://streetlibrary.org.au/reading-in-the-garden-tom-gauld-cartoon/

The adverb “now” indicates: 
Alternativas
Q3070401 Inglês

Text III



Q48_55.png (408×211)

From: https://streetlibrary.org.au/reading-in-the-garden-tom-gauld-cartoon/

“Exceedingly long” in “exceedingly long novel” can be replaced without change in meaning by:
Alternativas
Q3070400 Inglês

Text III



Q48_55.png (408×211)

From: https://streetlibrary.org.au/reading-in-the-garden-tom-gauld-cartoon/

The opposite of the quantifier in “a few pages” (1st panel) is:
Alternativas
Q3070399 Inglês

Text III



Q48_55.png (408×211)

From: https://streetlibrary.org.au/reading-in-the-garden-tom-gauld-cartoon/

In the last panel, “might as well” indicates a(n):
Alternativas
Respostas
661: B
662: C
663: D
664: B
665: C
666: D
667: D
668: A
669: A
670: A
671: C
672: C
673: B
674: E
675: B
676: E
677: E
678: B
679: E
680: A