Questões de Concurso
Para psiquiatria
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“Medicalização é o processo pelo qual o modo de vida dos homens é apropriado pela medicina e que interfere na construção de conceitos, regras de higiene, normas de moral e costumes prescritos – sexuais, alimentares, de habitação – e de comportamentos sociais. Este processo está intimamente articulado à ideia de que não se pode separar o saber - produzido cientificamente em uma estrutura social - de suas propostas de intervenção na sociedade, de suas proposições políticas implícitas. Amedicalização tem, como objetivo, a intervenção política no corpo social. Outro uso frequente do termo é “medicalização do social”, expressão que possui um campo semântico amplo, podendo se referir a uma série diferenciada de fenômenos, o que impõe especificarmos alguns aspectos que podem ser a ele associados. Essa expressão pode ser entendida como a forma pela qual a evolução tecnológica vem modificando a prática da medicina, por meio de inovações dos métodos de diagnóstico e terapêutico, da indústria farmacêutica e de equipamentos médicos; por outro lado, pode ser usado numa referência às consequências que acarreta para o jogo de interesses envolvidos na produção do ato médico. Embora estes e outros sejam fatores reais que propiciam a reprodução do processo de medicalização, não é diretamente deste conjunto de fenômenos que iremos tratar. O fenômeno da medicalização social surge e se desenvolve, historicamente, no contexto das sociedades disciplinares, tal como foi analisado por Foucault, em vários de seus estudos. Esse fenômeno promoveu a ampliação do campo de função da medicina, estendendo-o ao plano político. Razão médica e ciência moderna são focos dos estudos de Madel Luz, que continuam se ampliando no Instituto de Medicina Social da UERJ, no grupo de pesquisa sobre Racionalidades Médicas, produzindo matriz teórica para muitos trabalhos já publicados e outros em andamento, dentre eles teses e dissertações.” Cf. LUZ, Madel Therezinha. Natural, racional, social: razão médica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro, Campus, 1988; LUZ, Madel Terezinha. Racionalidades médicas: diagnose e terapêutica: médicos e pacientes no dia-a-dia institucional. (Relatório técnico final da segunda fase do projeto Racionalidades Médicas). Rio de Janeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde, Instituto de Medicina Social, UERJ, 1997. Cf. também, a série de relatórios, seminários e trabalhos produzidos para o Projeto Racionalidades Médicas, arquivados na biblioteca do IMS/UERJ. Fonte: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_medicalizacao.htm
“O termo violência, de natureza polissêmica, é utilizado em muitos contextos sociais. Como exemplo, podemos pensar que o termo violência pode ser empregado tanto para um homicídio quanto para maus-tratos emocionais, verbais e psicológicos. Na esfera conjugal manifesta-se com frequência através dos maus-tratos; ao submeter a mulher a práticas sexuais contra a sua vontade; maus-tratos físicos, isolamento social; ao proibir o uso de meios de comunicação e o acesso aos cuidados de saúde; a intimidação. No ambiente profissional observa-se a presença de assédio moral. Aviolência foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) como o 'uso intencional da força ou poder em uma forma de ameaça ou efetivamente, contra si mesmo, outra pessoa ou grupo ou comunidade, que ocasiona ou tem grandes probabilidades de ocasionar lesão, morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações'. A violência é uma questão social e, portanto, não é objeto próprio de nenhum setor específico. Segundo Minayo (2004), ela se torna um tema mais ligado à saúde por estar associada à qualidade de vida; pelas lesões físicas, psíquicas e morais que acarreta e pelas exigências de atenção e cuidados dos serviços médico-hospitalares e, também, pela concepção ampliada do conceito de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde seria o completo bem – estar físico, mental, social e espiritual dos indivíduos.” (Lívia de Tartari e Sacramento; Manuel Morgado Rezende, “Violências: lembrando alguns conceitos”, in Aletheia n.24 Canoas dez. 2006). Fonte http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000300009)
Com relação ao transtorno somatoforme, julgue o item a seguir.
Vulnerabilidade genética e biológica estão entre os fatores
que podem contribuir para o surgimento de transtorno de
sintomas somáticos e transtornos relacionados, cujas
apresentações somáticas podem ser vistas como expressões
de sofrimento pessoal, mas não inseridas em um contexto
cultural e social.
Julgue o próximo item, acerca dos transtornos comportamentais.
Os níveis de gravidade da deficiência intelectual,
anteriormente chamada de retardo mental, são determinados
no DSM-V com base no desempenho adaptativo, e não na
pontuação de QI, incluindo-se a avaliação do desempenho
em um domínio conceitual (por exemplo, habilidades
acadêmicas), um domínio social (por exemplo,
relacionamentos) e um domínio prático (por exemplo,
higiene pessoal).
Julgue o próximo item, acerca dos transtornos comportamentais.
Dependência comportamental é entendida como um impulso
ou compulsão habitual para repetir um comportamento,
mesmo sem impacto negativo no bem-estar do indivíduo.
Julgue o próximo item, acerca dos transtornos comportamentais.
Cientistas do comportamento consideram o uso compulsivo
de Internet, telefone celular ou smarthphone, jogos, compras
e também o comer compulsivo como comportamentos que
causam dependência e alertam quanto a seu risco em
crianças e adolescentes.
Julgue o próximo item, acerca dos transtornos comportamentais.
Indivíduos com transtorno de adaptação e de estresse
pós-traumático (TEPT) apresentam sintomas em três
domínios: sintomas intrusivos após o trauma, evitação de
estímulos associados ao trauma e experiência de sintomas de
aumento da excitação autonômica. Os sintomas de excitação
aumentada incluem insônia, irritabilidade, hipervigilância e
sobressalto exagerado.