Questões de Concurso
Sobre figuras de linguagem em português
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Texto 1
CUIDEM DOS GAROTOS
- O problema de Bruno está resolvido. Rapidamente, mas não poderia se diferente: raras vezes um comportamento criminoso é identificado e provado em pouco tempo com tanta abundância de provas, tanta escassez de atenuantes. O ex-goleiro e ex-ídolo do Flamengo mostrou ser tudo que um atleta popular não pode ser.
- Seus ex-patrões, e não falo só do flamengo, bem que poderiam fazer um exame de consciência e perguntar a si mesmos se, antes de matar a companheira com repugnantes requintes de violência, Bruno já não teria dado sinais ou mesmo provas de que alguma coisa estava errada com ele.
- Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma política preventiva a respeito dos jogadores.
- Profissionais do futebol não são funcionários comuns de uma empresa.Ao assinarem contrato com o clube, passam a ser parte de sua história e de sua imagem, o que significa tanto compromisso como honra – e implica responsabilidades especiais, dentro das quatro linhas e fora delas.
- A condição de ídolo popular tem tantas responsabilidades quanto prazeres. Sei que estou apenas citando lugares-comuns, o que pode ser cansativo para o leitor, mas peço um pouco de paciência: eles só ficam comuns por serem verdadeiros e resistirem ao tempo.
- O Flamengo agiu com rapidez e eficiência, tanto quanto a polícia, no caso do Bruno, mas o torcedor tem o direito de perguntar: o que o clube e os outros estão dispostos a fazer, não para reagir a episódios semelhantes, mas simplesmente para evitá-los?
- É comum, e absolutamente desejável, que rapazes, muitos ainda adolescentes, mostrem nos gramados um grau de excelência no exercício da profissão prematuro e incomum em outras profissões. As leis da concorrência mandam que sejam regiamente pagos por isso, mas o sucesso antes da maturidade tem riscos óbvios. Talvez deva partir dos clubes, tanto por razões éticas como em defesa de sua própria imagem, a iniciativa de preparar suas jovens estrelas para a administração correta do sucesso. Dá trabalho, com certeza, mas, em prazo não muito longo, trata-se da defesa de seus interesses e de seu patrimônio, sem falar no aspecto ético de uma política nesse sentido.
- O caso de Bruno é, obviamente, uma aberração. Não conheço outro craque assassino, mas não faltam exemplos de bons jogadores que jogaram fora suas carreiras e não foram cidadãos exemplares – ou pelo menos cidadãos comuns – por absoluta incompetência na administração do êxito. Principalmente porque o sucesso no esporte costuma chegar muito antes do que acontece com outras profissões.
- Bruno não foi formado no Flamengo. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O que fez de sua vida não é culpa do clube, mas serve como advertência para todos os clubes,
- Cartolas, cuidem de seu patrimônio, cuidem de seus garotos.
- Luiz Garcia – Cronista do Jornal O Globo
Falecido em abril de 2018
“Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma POLÍTICA preventiva a respeito dos jogadores”.
“O brasileiro espera que a POLÍTICA no Brasil, siga os caminhos da ética”.
Ao observar a palavra destacada nos trechos acima, pode-se dizer que se trata de:
O problema de Bruno está resolvido. Rapidamente, mas não poderia se diferente: raras vezes um comportamento criminoso é identificado e provado em pouco tempo com tanta abundância de provas, tanta escassez de atenuantes. O ex-goleiro e ex-ídolo do Flamengo mostrou ser tudo que um atleta popular não pode ser.
“Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma POLÍTICA preventiva a respeito dos jogadores”.
“O brasileiro espera que a POLÍTICA no Brasil, siga os caminhos da ética”.
Ao observar a palavra destacada nos trechos acima, pode-se dizer que se trata de:
Leia a tirinha a seguir:
Das alternativas a seguir a que melhor descreve o balão do terceiro quadrinho é:
Poema de Cruz e Souza (1861-1898):
“Vozes veladas, veludosas vozes.
Volúpias de violões, vozes veladas.
Vagam nos velhos vórtices velozes.
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas”.
A figura de linguagem utilizada no poema é:
Há exemplos de marcas que ficaram tão famosas que substituem o nome do produto que representam. Por exemplo, é comum ouvirmos, em algumas situações comunicacionais, alguém dizer: “Fiz um doce com Leite Ninho.” ou, ainda, “Comi um Miojo.”, quando o objetivo seria referir-se, respectivamente, a leite em pó e a macarrão instantâneo.
Na língua portuguesa, essa substituição de um nome pelo outro, tal como exemplificada, denomina-se
Leia as tirinhas 1 e 2 abaixo e responda a questão.
Leia as tirinhas 1 e 2 abaixo e responda a questão.
Leia as afirmativas a seguir:
I. Em uma perspectiva atitudinal, o trabalho do professor em sala de aula deve privilegiar a construção de uma visão crítica do educando sobre a própria realidade. Para isso, o ensino dos conteúdos deve ser visto como a ação recíproca entre a matéria, o ensino e o conhecimento prévio dos alunos. O conteúdo de ensino a ser transmitido pelo professor tolhe as possibilidades de aprendizado por parte dos alunos, limitando e prejudicando o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
II. A catacrese é uma figura de linguagem que consiste em dar um novo sentido a uma palavra, fazendo com que ela passe a dar nome a outro ser semelhante. Um exemplo de catacrese pode ser visto no seguinte exemplo: João sentou-se no braço da poltrona para repousar.
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. As figuras de linguagem podem relacionar-se com aspectos semânticos, fonológicos ou sintáticos das palavras afetadas. A comparação, por exemplo, é uma figura de linguagem que faz a ligação do significado de dois ou mais elementos com uso de termos comparativos: “como”, “assim como”, “tal que” , “que nem” etc.
II. A derivação parassintética, consiste na derivação através do uso de um prefixo e um sufixo, em uma mesma raiz. Ou seja, na derivação parassintética ocorre a adjunção simultânea de prefixo e sufixo a um radical, de tal modo que a supressão de um ou de outro resulta necessariamente em uma forma existente na língua portuguesa.
Marque a alternativa CORRETA:
Analise as frases a seguir e em seguida assinale a alternativa que descreva correta e respectivamente as Figuras de Linguagens empregadas nas orações.
“Eu nasci, há dez mil anos atrás.”
“Hoje teremos uma Live ao vivo.”
“Vou comemorar meu aniversário em um Pub em São Paulo.”
“Quando vou conhecer o gato do seu irmão?”
Ela canta, pobre ceifeira,
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anônima viuvez,
Ondula como um canto de ave
No ar limpo como um limiar,
E há curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.
Ouvi-la alegra e entristece,
Na sua voz há o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razões p’ra cantar que a vida.
Ah, canta, canta sem razão!
O que em mim sente ’stá pensando.
Derrama no meu coração
A tua incerta voz ondeando!
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência,
E a consciência disso! Ó céu!
Ó campo! Ó canção! A ciência
Pesa tanto e a vida é tão breve!
Entrai por mim dentro! Tornai
Minha alma a vossa sombra leve!
Depois, levando-me, passai!
(PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 144
Ela canta, pobre ceifeira,
Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e anônima viuvez,
Ondula como um canto de ave
No ar limpo como um limiar,
E há curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.
Ouvi-la alegra e entristece,
Na sua voz há o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razões p’ra cantar que a vida.
Ah, canta, canta sem razão!
O que em mim sente ’stá pensando.
Derrama no meu coração
A tua incerta voz ondeando!
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência,
E a consciência disso! Ó céu!
Ó campo! Ó canção! A ciência
Pesa tanto e a vida é tão breve!
Entrai por mim dentro! Tornai
Minha alma a vossa sombra leve!
Depois, levando-me, passai!
(PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 144
Desde aquela história de Jó contada no Antigo Testamento, Deus e o Diabo não apostavam sobre os seres humanos, com o que a eternidade já estava ficando meio monótona. O Maligno resolveu, então, provocar o Senhor: que tal uma nova aposta? Deus, na sua infinita paciência, topou.
Dessa vez, contudo, o Diabo estava decidido a não perder. Para começar, escolheu cuidadosamente o lugar onde procuraria sua vítima: um país chamado Brasil no qual, segundo seus assessores ministeriais, a diferença entre pobres e ricos chegava ao nível da obscenidade. Os mesmos assessores tinham sugerido que se concentrasse em aposentados, pessoas que sabidamente ganham pouco.
O Diabo pôs-se em ação. Foi-lhe fácil induzir um erro no sistema de pagamento de aposentadorias, com o qual um aposentado recebeu, de uma só vez, mais de R$ 6 milhões. E aí tanto o céu como o inferno pararam: anjos, santos e demônios, todos queriam ver o que o homem faria com o dinheiro. O Diabo, naturalmente, esperava que ele se entregasse a uma vida de deboches: festas espantosas, passeios em iates luxuosos, rios de champanhe fluindo diariamente.
Não foi nada disto que aconteceu. Ao constatar a existência do depósito milionário, o aposentado simplesmente devolveu o dinheiro. Eu não conseguiria dormir, disse, à guisa de explicação.
O Diabo ficou indignado com o que lhe parecia uma extrema burrice. Mas então teve a ideia de verificar o quanto o homem recebia de aposentadoria por mês: menos de R$ 600. Deu-se conta então de seu erro: a desproporção entre a quantia e os R$ 6 milhões da tentação tinha sido grande demais.
Mas o Diabo aprendeu a lição. Pretende desafiar de novo o Senhor. Desta vez, porém, escolherá um milionário, alguém familiarizado com o excesso de grana. Ou então um pobre. Mas neste acaso fornecerá, além de muito dinheiro, um frasco de pílulas para dormir. A insônia dos justos tira o sono de qualquer diabo.
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002, p. 71-72)
I- “Meus pais me trincam de orgulho” – é um exemplo de eufemismo; II- “Embarcaremos em junho rumo à Bahia” – é um exemplo de catacrese; III- “Caramba! Faz mil anos que não te vejo!” – é um exemplo de hipérbole; IV- “Eu amo brócolis, ele, pizza” – é um exemplo de elipse.
Dos itens acima:
O poema abaixo “A onda” de Manuel Bandeira diz respeito à questão. Leia-o atentamente antes de respondê-la.
A ONDA
a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda anda?
(Manuel Bandeira)

