Questões de Concurso Sobre problemas da língua culta em português

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Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN
Q1190819 Português
O item a seguir são excertos adaptados do texto A atividade operacional em benefício da segurança pública: o combate ao crime organizado (op. cit.). Julgue-o no que se refere à correção gramatical e à coerência das ideias.
A globalização do crime e as perspectivas de crescimento das organizações criminosas transnacionais com ampliação de redes de atuação e constantes inovações no modo de ação exige dos Estados nacionais atividades coordenadas a nível de segurança pública.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Riachuelo - SE
Q1183867 Português
Assinale a alternativa que se encontra de acordo com a norma culta da língua:
Alternativas
Q1183682 Português
Assinale a afirmativa grafada INCORRETAMENTE:
Alternativas
Q1172708 Português
A CULTURA DA REPETÊNCIA

     A promoção automática e os chamados ciclos viraram o bode expiatório do que está errado com a educação. Com Cândido Gomes, saí à busca de explicações.
    Alguns países desenvolvidos permitem a reprovação. Mas não é em massa, como prática pedagógica para incentivar a aprendizagem. Outros, como o Japão, têm promoção automática. Contudo, há enorme pressão da família, dos colegas e da sociedade. Nos Estados Unidos e no Reino Unido praticamente não há reprovação, porém há possibilidade de agrupar os alunos mais e menos "fortes" em turmas diferentes. A Espanha conseguiu bons resultados não reprovando no interior de cada ciclo e está mantendo a mesma política em seu projeto de reforma. Esses países aprenderam – não sem muito empenho – a fazer com que os alunos se esforcem, sem o terror da reprovação. Comparando os países que adotam e os que não adotam a reprovação, os testes internacionais não mostram nenhuma vantagem para a prática sistemática da reprovação. Uma pesquisa recente, nos Estados Unidos, mostrou que reprovar tende a ser pior do que aprovar quem não sabe. Exceto em casos de aproveitamento muito baixo, o aprovado sem saber aprende mais na série seguinte do que o repetente.
     De tempos idos, glorificamos no Brasil a "cultura da repetência", em que a marca do ensino sério era reprovar muitos alunos. Nos últimos anos, houve uma tentativa de erradicar essa prática, seja convencendo os professores de que é uma política equivocada, seja pela criação de ciclos de dois ou mais períodos, dentro dos quais não há reprovação. Obviamente, não há mágica, pois essas experiências não passam da ponta do iceberg de uma solução complexa. Não se trata somente de eliminar a reprovação, por súplica ou decreto. O que fará com que os alunos se dediquem aos estudos? Não devem nos surpreender as reclamações dos pais dos alunos de classe média, pois as ameaças de punições tenebrosas aos reprovados tinham bons resultados.
     Portanto, ensaiamos um primeiro passo ao criar os ciclos escolares e frear as reprovações. Mas há que substituir o medo da reprovação por mecanismos mais saudáveis de recompensas e punições. Para haver ganhos de aprendizagem, precisamos mexer na caixa-preta da sala de aula. Mas boas idéias e pregações não resolvem o problema.
    O balancete da não-reprovação no Brasil ainda está pouco claro, mas o que sabemos não permite condená-la, a priori. Um estudo cuidadoso do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), feito por Kaizo Beltrão e Ferrão, mostrou que "a penalização de reter o aluno na série é muito maior que a de ele estudar numa escola com o ensino organizado em ciclos". Todavia, deixar avançar um aluno não completamente alfabetizado pode ser uma péssima idéia.
      A maldição de tais medidas é ser uma solução "fácil", pois elas aumentam as conclusões e os custos se reduzem, sem o trabalho árduo de melhorar a sala de aula. Portanto, para mostrar melhores resultados, algumas autoridades "sugerem" que não se reprove. Mas tampouco podemos condenar uma idéia cuja implementação não se completou. Falta construir o sistema que vai substituir o medo da repetência por outros estímulos mais eficazes, sobretudo diante de alunos heterogêneos.
      Estamos diante de um dilema. A reprovação em massa é péssima. Para beneficiar os alunos de classe média, em que o medo da reprovação e das punições paternas faz milagres, não podemos voltar a um sistema de conseqüências sinistras para os mais pobres. Mas eliminar a reprovação sem melhorar a sala de aula é quase tão ruim. Escapar do dilema requer condições mínimas para o aprendizado, avaliação contínua e feedback ao aluno, com novos prêmios e sanções. Quem tropeça precisa de oportunidades concretas de recuperação paralela e atenção especial. As exigências e expectativas em relação ao aluno têm de ser realistas e sua auto-estima, tratada com carinho.
     Precisamos abandonar a discussão bolorenta da aprovação automática versus reprovação em massa. O desafio é melhorar a sala de aula, de tal forma que os alunos sejam aprovados porque sabem o que precisam saber.

(Claudio de Moura Castro - Revista Veja, 7 de janeiro de 2009)
_________ coordenadora do importante projeto que prevê _________ ampliação do acesso ao ensino superior salientou _________ importância do apoio da sociedade no combate _________ desigualdade educacional.
Aponte a seqüência que preenche adequadamente as lacunas acima.
Alternativas
Q1172362 Português
Assinale a alternativa que complete adequadamente as lacunas do fragmento abaixo: Os seus projetos são os ______ elaborados, por isso garantem verbas ______ para sua execução e evitam ______ - entendidos.
Alternativas
Q1155266 Português

O DEVER DA IMPOPULARIDADE


      Faz algum tempo, participei de uma mesa-redonda, tripulada por grandes figuras de nossas letras e intelectualidade. Na audiência, milhares de pessoas aplaudiam as frases bem esculpidas, as sínteses elegantes e as críticas virulentas. Um belo espetáculo de uso eloqüente da palavra.

      Mas fui para casa com um grande desconforto. Essas pessoas estavam traindo os deveres essenciais do intelectual: 1) dizer o que precisa ser dito de acordo com o julgamento próprio e não dizer o que traz aplauso; 2) mostrar o caminho percorrido e não a resposta pronta; 3) não falar sobre o que não entende, pois desvaloriza a própria atividade intelectual. Meus colegas de mesa haviam pecado.

      Falar mal do governo traz aplausos? Pois lancemos uma crítica fulminante. Qual é a bola da vez? Perdoemos talvez os políticos que precisam de votos ou que não tiveram tão burilada educação. Mas, se a liberdade de cátedra e a estabilidade funcional dos professores não lhes dão coragem o bastante para dizer o que pensam, para que servirão?

      Quantas vezes ouvimos professores de universidades públicas falando em privado contra os desmandos lá observados, mas sem ousar repeti-lo em público. Onde está a ousadia para reclamar dos colegas que não dão aulas ou não cumprem muitas outras regras, sendo seus salários pagos pelo contribuinte? Onde está a responsabilidade social para reclamar em público de quem denigre a reputação da universidade, pela preguiça, indolência ou desperdício? Onde estão nossos cientistas de primeira linha quando se arrastam greves sem inspiração?

      Aqueles que, à custa de enormes gastos do contribuinte receberam a mais primorosa educação têm o dever de educar os que não tiveram esse privilégio. Portanto, a frase feita com a resposta não é o que se espera. O que se espera é que mostrem o caminho que os leva a esta ou àquela conclusão. Afinal de contas, em ciência o que valida os resultados são a limpidez da lógica e o uso disciplinado das informações. É sua competência nessa manipulação simbólica e empírica que valida o resultado, não a extensão dos currículos ou o impacto político do que é dito. Não basta dizer que o governo é imbecil ou a oposição ridícula, a política daquele partido cretina ou que a globalização é uma trama diabólica. Repetir essas palavras está ao alcance de qualquer um. É preciso explicar, guiar, mostrar a lógica do raciocínio e as margens de erro contidas nas análises. É mais difícil, mais enfadonho, produz menos frases de efeito e poucas palmas. Mas é o que a sociedade deveria esperar.

      A reputação na ciência e nas letras é conseguida à custa de dedicação e disciplina. Não vem do dia para a noite o domínio da profissão. Portanto, ao defrontar-se com um público e morrer de vontade de ser aplaudido, é preciso resistir à tentação de falar com leviandade sobre as ciências dos outros. Quem anda falando do Proer conhece a história dos bancos e do que já aconteceu em clima de pânico? Quem fala em renegar a dívida externa sabe o que aconteceu com todos os que tentaram fazê-lo? Sabem quanto aumentou o spread do juro ao Brasil quando um presidente deu uma única declaração de que não ia pagar a dívida? Melhorar a distribuição de renda? É preciso dizer como. Os não-economistas não podem ser alijados dessas discussões. Mas tampouco podem olimpicamente ignorar o conhecimento acumulado ao longo dos anos. Isso é tanto mais grave e imperdoável quando dito por pessoas cuja vida foi dedicada a dominar algum campo do saber e, por pura vaidade, desrespeitam outras áreas que requerem pelo menos tanto esforço para dominar.

      Nossos homens de ciências e de letras têm obrigações perante a sociedade. Sua ânsia de ser aplaudidos não pode obliterar esses deveres. Eles têm de criticar, mostrar problemas, participar da vida nacional. Mas o que deve falar é sua consciência, e não a vontade de ganhar palmas. Esperamos deles a coragem dos comunistas que denunciaram o stalinismo ou dos direitistas que denunciaram o macarthismo. O primeiro dever é o da impopularidade.

(Claudio de Moura Castro - Revista Veja, 7 de novembro, 2009)

Estava __________ a _________ da guerra, pois os terroristas _____________ nos erros do passado.


A alternativa que completa corretamente as lacunas é:

Alternativas
Q1155263 Português

O DEVER DA IMPOPULARIDADE


      Faz algum tempo, participei de uma mesa-redonda, tripulada por grandes figuras de nossas letras e intelectualidade. Na audiência, milhares de pessoas aplaudiam as frases bem esculpidas, as sínteses elegantes e as críticas virulentas. Um belo espetáculo de uso eloqüente da palavra.

      Mas fui para casa com um grande desconforto. Essas pessoas estavam traindo os deveres essenciais do intelectual: 1) dizer o que precisa ser dito de acordo com o julgamento próprio e não dizer o que traz aplauso; 2) mostrar o caminho percorrido e não a resposta pronta; 3) não falar sobre o que não entende, pois desvaloriza a própria atividade intelectual. Meus colegas de mesa haviam pecado.

      Falar mal do governo traz aplausos? Pois lancemos uma crítica fulminante. Qual é a bola da vez? Perdoemos talvez os políticos que precisam de votos ou que não tiveram tão burilada educação. Mas, se a liberdade de cátedra e a estabilidade funcional dos professores não lhes dão coragem o bastante para dizer o que pensam, para que servirão?

      Quantas vezes ouvimos professores de universidades públicas falando em privado contra os desmandos lá observados, mas sem ousar repeti-lo em público. Onde está a ousadia para reclamar dos colegas que não dão aulas ou não cumprem muitas outras regras, sendo seus salários pagos pelo contribuinte? Onde está a responsabilidade social para reclamar em público de quem denigre a reputação da universidade, pela preguiça, indolência ou desperdício? Onde estão nossos cientistas de primeira linha quando se arrastam greves sem inspiração?

      Aqueles que, à custa de enormes gastos do contribuinte receberam a mais primorosa educação têm o dever de educar os que não tiveram esse privilégio. Portanto, a frase feita com a resposta não é o que se espera. O que se espera é que mostrem o caminho que os leva a esta ou àquela conclusão. Afinal de contas, em ciência o que valida os resultados são a limpidez da lógica e o uso disciplinado das informações. É sua competência nessa manipulação simbólica e empírica que valida o resultado, não a extensão dos currículos ou o impacto político do que é dito. Não basta dizer que o governo é imbecil ou a oposição ridícula, a política daquele partido cretina ou que a globalização é uma trama diabólica. Repetir essas palavras está ao alcance de qualquer um. É preciso explicar, guiar, mostrar a lógica do raciocínio e as margens de erro contidas nas análises. É mais difícil, mais enfadonho, produz menos frases de efeito e poucas palmas. Mas é o que a sociedade deveria esperar.

      A reputação na ciência e nas letras é conseguida à custa de dedicação e disciplina. Não vem do dia para a noite o domínio da profissão. Portanto, ao defrontar-se com um público e morrer de vontade de ser aplaudido, é preciso resistir à tentação de falar com leviandade sobre as ciências dos outros. Quem anda falando do Proer conhece a história dos bancos e do que já aconteceu em clima de pânico? Quem fala em renegar a dívida externa sabe o que aconteceu com todos os que tentaram fazê-lo? Sabem quanto aumentou o spread do juro ao Brasil quando um presidente deu uma única declaração de que não ia pagar a dívida? Melhorar a distribuição de renda? É preciso dizer como. Os não-economistas não podem ser alijados dessas discussões. Mas tampouco podem olimpicamente ignorar o conhecimento acumulado ao longo dos anos. Isso é tanto mais grave e imperdoável quando dito por pessoas cuja vida foi dedicada a dominar algum campo do saber e, por pura vaidade, desrespeitam outras áreas que requerem pelo menos tanto esforço para dominar.

      Nossos homens de ciências e de letras têm obrigações perante a sociedade. Sua ânsia de ser aplaudidos não pode obliterar esses deveres. Eles têm de criticar, mostrar problemas, participar da vida nacional. Mas o que deve falar é sua consciência, e não a vontade de ganhar palmas. Esperamos deles a coragem dos comunistas que denunciaram o stalinismo ou dos direitistas que denunciaram o macarthismo. O primeiro dever é o da impopularidade.

(Claudio de Moura Castro - Revista Veja, 7 de novembro, 2009)

Preencha as lacunas com as formas adequadas dos verbos entre parênteses.


Se ele ___________ (manter) a palavra e ___________ (vir) na próxima semana, tudo estará resolvido.


Selecione a seqüência correta.

Alternativas
Q1155123 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Qual das alternativas a seguir obedece completamente aos padrões da norma culta?
Alternativas
Q1155122 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Com relação ao uso apropriado dos vocábulos sublinhados, qual das frases a seguir necessita de correção?
Alternativas
Ano: 2010 Banca: CEPUERJ Órgão: UERJ Prova: CEPUERJ - 2010 - UERJ - Técnico de Enfermagem |
Q935395 Português

TEXTO 3:

XXXXXX

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Solução oral (gotas): embalagens com 1 e 25 frascos de 15 ml

USO PEDIÁTRICO OU ADULTO

(...)

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

·· Ação esperada do medicamento: XXXXXX é utilizado como analgésico e antipirético,

ou seja, no combate à dor e à febre. Sua ação analgésica se faz sentir cerca de 30 minutos

após a administração e se prolonga por 4 a 6 horas. ·· Cuidados de armazenamento:

Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz.

·· Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação, o que pode ser verificado na

embalagem externa do produto. Não use o medicamento se o prazo de validade estiver

vencido.

Gravidez e lactação: Embora seja permitido o uso de XXXXXX durante a gravidez, sua

administração deve ser restrita aos casos necessários e por curto período. Informe seu

médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe

também se está amamentando.

· Cuidados de administração: Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os

horários, as doses e a duração do tratamento. No caso de persistência dos sintomas, procure

orientação médica.

· Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu

médico.

· Reações adversas: Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.

“TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.”

·· Ingestão concomitante com outras substâncias: Evite ingerir o medicamento juntamente

com alimentos, pois sua absorção ficará mais lenta. Evite também ingerir álcool durante o

tratamento, pois o uso de XXXXXX com álcool é tóxico para o fígado.

·· Contra- indicações e Precauções: Pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico (aspirina)

devem ter cuidado ao usar o XXXXXX

Caso surja durante o uso de XXXXXX qualquer reação inesperada, o tratamento deve ser

descontinuado e seu médico deve ser informado.

Siga rigorosamente a dose recomendada. No caso de ingestão acidental de dose excessiva

ou suspeita de que isto tenha ocorrido, procure imediatamente um serviço médico de urgência.

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou

durante o tratamento.

“NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.”

(...)

INDICAÇÕES

Como analgésico- antipirético. O XXXXXX está indicado para aliviar dores leves ou moderadas

e para reduzir a febre. Só proporciona alívio sintomático; quando for necessário, deve-se

administrar uma terapia adicional para tratar a causa da dor ou da febre. O XXXXXX pode

ser utilizado quando a terapia com ácido acetilsalicílico não for aconselhável ou for contraindicada,

por exemplo, em pacientes que recebem anticoagulantes ou uricosúricos,

hemofílicos ou pacientes com outros problemas hemorrágicos e naqueles com enfermidade

do trato gastrointestinal superior.

CONTRA-INDICAÇÕES

Pacientes reconhecidamente hipersensíveis ao XXXXXX ou aos outros componentes da

fórmula.

PRECAUÇÕES

Ocorrendo reação de hipersensibilidade ao XXXXXX, a administração do medicamento

deve ser suspensa. Gravidez: Não se têm descrito problemas em humanos. Embora não

tenham sido realizados estudos controlados, demonstrou- se que o XXXXXX atravessa a

placenta. É admitido seu uso durante a gravidez; entretanto, deve ser sempre considerado

o risco potencial de qualquer medicamento causar dano ao feto. Seu uso deve ser restrito

aos casos necessários e deve ser por curto período.

Sensibilidade Cruzada e/ou Problemas Associados: Os pacientes com intolerância ao

ácido acetilsalicílico podem não apresentá- la em relação ao XXXXXX ; no entanto, têm sido

descritas ligeiras reações broncoespasmódicas com paracetamol em alguns asmáticos

sensíveis ao ácido acetilsalicílico (menos de 5% dos ensaiados).

Problemas Médicos: A relação risco/benefício da terapêutica com XXXXXX deve ser avaliada
nas seguintes situações clínicas: alcoolismo (o xxxxxx pode causar hepatotoxidade grave
em alcóolatras crônicos, mesmo quando utilizado em doses terapêuticas), enfermidade
hepática, hepatite viral (aumenta o risco de hepatotoxicidade), disfunção renal severa (o
uso prolongado de doses elevadas pode aumentar o risco de aparecimento de efeitos renais
adversos).
Pacientes Diabéticos: Deve haver cautela na interpretação dos resultados laboratoriais de
glicemia, pois o uso de XXXXXX interfere com alguns testes laboratoriais para determinação
da glicose, gerando valores falsamente diminuídos.
(...)
 ( Obs.: O nome do medicamento foi propositadamente omitido)

(http://m.bulas.med.br/index.pl?C=A&V=66506F737449443D3130383434266163743D70:adaptado)
A alternativa em que o plural da palavra sublinhada está registrado entre parênteses de acordo com a norma da língua padrão é:
Alternativas
Ano: 2010 Banca: CEPUERJ Órgão: UERJ Prova: CEPUERJ - 2010 - UERJ - Técnico de Enfermagem |
Q935378 Português

“Chegando à vila, tive más notícias do coronel...” (l.1)

No trecho acima, o verbo chegar está empregado de acordo com o registro da língua padrão. O mesmo procedimento ocorre em:

Alternativas
Q875323 Português
Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com a norma culta:
Alternativas
Q875318 Português

Vícios de linguagem são desvios das normas gramaticais. Assinale o número correspondente aos barbarismos cometidos nas frases abaixo. “Comprei maizena para fazer um bolo de siriguela. Porém, que fustação a minha, meu time foi rebaixado. No carramanchão, junto às largatixas, chorei”.

Alternativas
Q875310 Português

O TEXTO a seguir é um trecho de uma circular, datada de 1794, aos funcionários públicos da França.  Leia-o e responda a questão.


TEXTO


O funcionário público, acima de tudo, deve desfazer-se da roupagem antiga e abandonar a polidez forçada, tão inconsistente com a postura dos homens livres, e que é uma relíquia do tempo em que alguns homens eram ministros e outros, seus escravos. Sabemos que as velhas formas de governo já desapareceram: devemos até esquecer como eram. As maneiras simples e naturais devem substituir a dignidade artificial que frequentemente constituía a única virtude de um chefe de departamento ou outro funcionário graduado. Decência e genuína seriedade são os requisitos exigidos de homens dedicados à coisa pública. A qualidade essencial do Homem na Natureza consiste em ficar de pé. O jargão ininteligível dos velhos ministérios deve dar lugar ao estilo claro, conciso, isento de expressões de servilismo, de formas obsequiosas, indiretas e pedantes, ou de qualquer insinuação no sentido de que existe autoridade superior à razão e à ordem estabelecida pelas leis - um estilo que adote atitude natural em relação às autoridades subalternas. Não deve haver frases convencionais, nem desperdício de palavras.


Apud LASSWELL, Harold e KAPLAN,

Abraham. A linguagem da política.

Brasília. EUB, 1979. p.43.

Assinale a alternativa que NÃO altera o sentido da frase e nem desobedece à norma culta: “Não deve haver frases convencionais...”
Alternativas
Q861554 Português
Assinale a opção em que ocorre ERRO de grafia.
Alternativas
Q728323 Português

TEXTO:

Palavras e ideias

    Há alguns anos, o Dr. Johnson O’Connor, do Laboratório de Engenharia Humana, de Boston, e do Instituto de Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, submeteu a um teste de vocabulário cem alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais (industrial executives), os executivos. Cinco anos mais tarde, verificou que os dez por cento que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de direção, ao passo que dos vinte e cinco por cento mais “fracos” nenhum alcançara igual posição.

    Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta ter um bom vocabulário; outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias. Mas parece não restar dúvida de que, dispondo de palavras suficientes e adequadas à expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo léxico seja insuficiente ou medíocre para a tarefa vital de comunicação.

    Pensamento e expressão são interdependentes, tanto é certo que as palavras são o revestimento das ideias e que, sem elas, é praticamente impossível pensar. Como pensar que “amanhã tenho uma aula às 8 horas”, se não prefiguro mentalmente essa atividade por meio dessas ou de outras palavras equivalentes? Não se pensa in vácuo. A própria clareza das ideias (se é que as temos sem palavras) está intimamente relacionada com clareza e a precisão das expressões que as traduzem. As próprias impressões colhidas em contato com o mundo físico, através da experiência sensível, são tanto mais vivas quanto mais capazes de serem traduzidas em palavras – e sem impressões vivas não haverá expressão eficaz. É um círculo vicioso, sem dúvida: “... nossos hábitos linguísticos afetam e são igualmente afetados pelo nosso comportamento, pelos nossos hábitos físicos e mentais normais, tais como a observação, a percepção, os sentimentos, a emoção, a imaginação”. De que forma que um vocabulário escasso e inadequado, incapaz de veicular impressões e concepções, mina o próprio desenvolvimento mental, tolhe a imaginação e o poder criador, limitando a capacidade de observar, compreender e até mesmo de sentir. “Não se diz nenhuma novidade ao afirmar que as palavras, ao mesmo tempo que veiculam o pensamento, lhe condicionam a formação. Há século e meio, Herder já proclamava que um povo não podia ter uma ideia sem que para ela possuísse uma palavra”, testemunha Paulo Rónai em artigo publicado no Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, e mais tarde transcrito na 2ª edição de Enriqueça seu vocabulário (Rio, Civilização Brasileira, 1965), de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.

    Portanto, quanto mais variado e ativo o vocabulário disponível, tanto mais claro, tanto mais profundo e acurado é o processo mental da reflexão. Reciprocamente, quanto mais escasso e impreciso, tanto mais dependentes estamos do grunhido, do grito ou do gesto, formas rudimentares de comunicação capazes de traduzir apenas expansões instintivas dos primitivos, dos infantes e... dos irracionais.

(GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. 8. Ed. Rio de Janeiro, FGV, 1980. p. 155-6)

Assinale a alternativa que contém uma expressão coloquial:
Alternativas
Q648484 Português
O termo destacado na frase não é um advérbio em:
Alternativas
Q582265 Português

              

A frase Há exceções, mas estamos tratando da regra geral está de acordo com as regras de concordância verbal do padrão escrito culto. Isso NÃO ocorre no item:
Alternativas
Q570284 Português
Porque a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento atingiram níveis altos, as temperaturas globais têm subido num ritmo mais rápido do que em qualquer época, desde que começaram a ser medidas nos anos 1850. (L.43-47)

No trecho acima, empregou-se corretamente a forma PORQUE. Assinale a alternativa em que NÃO se tenha obedecido às regras de seu emprego

Alternativas
Q562083 Português
O período E talvez não sejam apenas os nomes no futebol que estão mudando. (Texto II - l. 42) apresenta uma construção muito comum na língua falada.

Indique a redação que corresponde ao uso da norma culta. 
Alternativas
Respostas
3201: E
3202: A
3203: C
3204: A
3205: B
3206: B
3207: B
3208: A
3209: B
3210: B
3211: C
3212: D
3213: A
3214: D
3215: B
3216: B
3217: B
3218: B
3219: A
3220: C