Questões de Concurso Sobre morfologia - pronomes em português

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Q1065255 Português
Os pronomes pessoais oblíquos são empregados nas orações como objeto direto ou indireto. A esse respeito, preencha corretamente as lacunas do texto a seguir quanto à colocação do pronome oblíquo átono.
Em __________ pondo o sol, entreguei- __________ o presente, porque não __________ veria em outra ocasião naquele ano.
A sequência que preenche CORRETAMENTE as lacunas do texto é:
Alternativas
Q1065248 Português
Leia a tirinha.
Imagem associada para resolução da questão
Disponível em: <HTTPS://ppavonts2.wordpress.com/2007/11/12/calvin-haroldo-avonts-001/>.
A respeito das classes de palavras e das funções sintáticas dos termos nas frases, avalie as afirmações a seguir.
I. Em um dos quadrinhos, um dos verbos está flexionado incorretamente.
II. No primeiro quadrinho, a expressão "de fome" é um complemento nominal.
III. No segundo quadrinho, a palavra "fome" exerce a função de sujeito da oração.
IV. No terceiro quadrinho, um dos adjuntos adnominais está representado por um pronome.
V. No último quadrinho, em um dos balões, identifica-se um período simples com uma oração absoluta.
Está CORRETO apenas o que se afirma em:
Alternativas
Q1065247 Português
Segundo Bechara (2009, p. 587), "o pronome átono pode assumir três posições em relação ao vocábulo tônico, donde a ênclise, próclise e mesóclise".
A esse respeito, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Há casos em que se pode usar indiferentemente a próclise ou a ênclise. Na frase "A crise migratória se intensificou em 2019", a próclise está bem empregada,
PORQUE
II. o sujeito está representado por um substantivo que aparece explícito no período; todavia, pode-se grafar também "A crise migratória intensificou-se em 2019", com o pronome enclítico.
Sobre essas duas assertivas, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q1065132 Português

                                    Falso mar, falso mundo


      O mundo anda cada vez mais complicado, o que não é bom. O frágil corpo humano não foi feito para competir com a máquina, conviver com a máquina e explorá-la. A cada adiantamento técnico-científico, o conflito fica mais duro para o nosso lado.

      Mas nesta semana vi na TV uma reportagem que me horrorizou como prova de que, a cada dia, mais renunciamos às nossas prerrogativas de seres vivos e nos tornamos robotizados. Foi a “praia artificial” no Japão (logo no Japão, arquipélago penetrado e cercado de mar por todos os lados!).

      É um galpão imenso, maior que qualquer aeroporto, coberto por uma espécie de cúpula oblonga, de plástico. E filas à entrada, lá dentro um guichê, o pessoal paga a entrada, que é cara, e some. Deve entrar no vestiário, ou antes, no despiário, pois surgem já convenientemente seminus, como se faz na praia. Pois que debaixo daquele imenso teto de plástico está um mar, com a sua praia. Mar que, na tela, aparece bem azul com ondas de verdade, coroadas de espuma branca; ondas tão fortes que chegam a derrubar as pessoas e sobre as quais jovens atletas surfam e rebolam. E um falso sol, de luz e calor graduáveis; e a praia é de areia composta por pedrinhas de mármore.

      Não sei se pelo comportamento dos figurantes, a gente tinha a impressão absoluta de que assistia a uma cena de animação figurada em computador. A única presença viva, destacando-se no elenco de bonecos, era a repórter, apresentadora do espetáculo. Já se viu! Se fosse uma honesta piscina de água morna, tudo bem. Mas fingir as ondas, falsificar um sol bronzeando, de trinta e cinco graus, e toda aquela gente se deitando com a simulação e depois voltando para a rua vestida nos seus casacos! Me deu pena, horror, sei lá. Aquilo não pode deixar de ser pecado. Falsificar com tanta impudência as criações da natureza, e pra quê!

(Adaptado de: QUEIROZ, Rachel. Melhores crônicas. São Paulo: Global Editora, 1994, edição digital) 

O frágil corpo humano não foi feito para competir com a máquina, conviver com a máquina e explorá-la. A cada adiantamento técnico-científico, o conflito fica mais duro para o nosso lado. (1° parágrafo)


Os elementos sublinhados acima constituem, respectivamente: 

Alternativas
Q1065085 Português

Considerando a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir.

Se o ser humano entendesse que cuidar do ambiente garante a própria sobrevivência, teria outro comportamento.

___________ as mudanças climáticas não ________ .

Alternativas
Q1065084 Português
Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes obedece à norma-padrão da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q1062780 Português
No texto CB1A1-I, a forma pronominal presente na contração “nisso” (l.24) refere-se a
Alternativas
Q1061559 Português
“Encontrarei ele mais tarde”, esta frase não está adequada à norma culta na modalidade escrita. Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1061513 Português
A questão diz respeito ao trecho do poema Morte do leiteiro de Carlos Drummond de Andrade, importante poeta brasileiro. Leia-o atentamente antes de respondê-la. 

"Mas este acordou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber."
Em “Os tiros na madrugada liquidaram meu leiteiro.”, acerca dos seus conhecimentos sobre colocação pronominal, assinale a alternativa correta quanto à posição do pronome “meu” no verso citado:
Alternativas
Q1060030 Português
Observe os períodos abaixo e assinale a alternativa INCORRETA quanto ao emprego do pronome oblíquo.
Alternativas
Q1059841 Português
    “Viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A Lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua coma de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.
    Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, tirilando.”
O cortiço, Aluísio de Azevedo.
A respeito do trecho “[...] num requebrado luxurioso que a punha ofegante [...]”, é correto afirmar que:
Alternativas
Q1057755 Português
Leia o texto para responder à questão.

    Uma comparação que ajuda a entender o ponto de vista de quem critica a meritocracia como sistema de seleção e também por que ela tem relação com a desigualdade é que o mercado de trabalho funciona como uma competição para a qual o participante começa a se preparar desde a infância. As pessoas acumulam capital humano, termo usado por economistas para denominar o conjunto de capacidades, competências e atributos de personalidade que favorecem a produção de trabalho. Para isso, contam com três recursos: os privados, os públicos e seus próprios talentos – daí a importância da educação. Como os recursos públicos e, principalmente, os privados não são os mesmos para todos, ao observar somente o final da corrida, vê-se que o sistema privilegia poucos.

(Marília Marasciulo, “Como a meritocracia contribui para a desigualdade”. Galileu. https://revistagalileu.globo.com. Adaptado)
Na passagem “Para isso, contam com três recursos...”, o pronome em destaque retoma a seguinte informação:
Alternativas
Q1057663 Português
Leia o texto para responder à questão.

    Houve um tempo em que o jornalismo investigativo vivia de entrevistas confidenciais que pessoas bem informadas sobre algum assunto de interesse davam a repórteres em que confiavam, em troca de não terem sua identidade revelada.
    Eram tempos em que uma caneta, um bloquinho e uma agenda de telefones privilegiada constituíam todo o básico de investigação de qualquer jornalista. Um profissional sério desprezava até os gravadores de fita cassete, que, em geral, intimidavam os entrevistados. A palavra gravada precisava ser cuidadosamente medida e calculada. Em off, a conversa corria mais solta. Assim nasciam os grandes furos.
    Por óbvio, naquele tempo já havia pequenos aparelhos desenvolvidos pelas agências de espionagem internacionais que permitiam instalar dispositivos de gravação e filmagem disfarçados de abajures, canetas, óculos e até botões de roupa. Nada disso, porém, era de fácil acesso às pessoas comuns – o que só mudaria com o advento dos smartphones, a partir do final da década de 1990.
    A cumplicidade entre internet e dispositivos móveis de captação de som, imagem e informação, com a possibilidade de retransmissão instantânea do material captado, alterou de vez a relação entre o homem moderno e seu ambiente social. Começava, nesse momento, a grande derrocada da privacidade como a conhecemos um dia.
    A primeira rede social via internet nos moldes atuais, a Classmates, surgiu em 1995, nos Estados Unidos e Canadá. Era voltada para a troca de informações entre estudantes universitários. Desde então, as redes se multiplicaram e acabaram por se transformar nos principais polos de disseminação de informação do planeta. A maior rede disponível hoje, o Facebook, foi criada em 2004 por estudantes de Harvard e reúne mais de 2,2 bilhões de usuários, entre pessoas reais, perfis falsos e robôs.
    Por meio das redes, a indústria e o comércio sabem o que mais consumimos, presidentes são eleitos e derrubados, e os pecados que gostaríamos de ver escondidos são tornados públicos.
    O onipresente olho nos acompanha a cada passo que damos, reconhecendo-nos quando circulamos, pretensamente anônimos, em meio às multidões dos blocos carnavalescos.
(Luiza Pastor. Redes sociais destruíram ideia de privacidade, diz pesquisadora. www1.folha.uol.com.br, 28.06.2019. Adaptado
Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua, quanto ao emprego e à colocação dos pronomes, a seguinte frase:
Alternativas
Q1057537 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Piscina

    Era uma esplêndida residência, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina. Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem.
    Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça. De vez em quando surgia sobre a grade a carinha de uma criança, olhos grandes e atentos, espiando o jardim. Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham e ficavam olhando.
   Naquela manhã de sábado ele tomava seu gim-tônica no terraço, e a mulher um banho de sol, estirada de maiô à beira da piscina, quando perceberam que alguém os observava pelo portão entreaberto.
    Era um ser encardido, cujos molambos em forma de saia não bastavam para defini-la como mulher. Segurava uma lata na mão, e estava parada, à espreita, silenciosa como um bicho. Por um instante as duas mulheres se olharam, separadas pela piscina.
    De súbito pareceu à dona da casa que a estranha criatura se esgueirava, portão adentro, sem tirar dela os olhos. Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo, e viu com terror que ela se aproximava lentamente: já transpusera o gramado, atingia a piscina, agachava-se junto à borda de azulejos, sempre a olhá-la, em desafio, e agora colhia água com a lata. Depois, sem uma palavra, iniciou uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça – e em pouco sumia-se pelo portão.
    Lá no terraço o marido, fascinado, viu toda a cena. Não durou mais de um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate.
    Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.
(Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o pronome destacado expressa a noção de posse.
Alternativas
Q1057536 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Piscina

    Era uma esplêndida residência, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina. Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem.
    Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça. De vez em quando surgia sobre a grade a carinha de uma criança, olhos grandes e atentos, espiando o jardim. Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham e ficavam olhando.
   Naquela manhã de sábado ele tomava seu gim-tônica no terraço, e a mulher um banho de sol, estirada de maiô à beira da piscina, quando perceberam que alguém os observava pelo portão entreaberto.
    Era um ser encardido, cujos molambos em forma de saia não bastavam para defini-la como mulher. Segurava uma lata na mão, e estava parada, à espreita, silenciosa como um bicho. Por um instante as duas mulheres se olharam, separadas pela piscina.
    De súbito pareceu à dona da casa que a estranha criatura se esgueirava, portão adentro, sem tirar dela os olhos. Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo, e viu com terror que ela se aproximava lentamente: já transpusera o gramado, atingia a piscina, agachava-se junto à borda de azulejos, sempre a olhá-la, em desafio, e agora colhia água com a lata. Depois, sem uma palavra, iniciou uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça – e em pouco sumia-se pelo portão.
    Lá no terraço o marido, fascinado, viu toda a cena. Não durou mais de um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate.
    Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.
(Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)
Num contexto em que as expressões destacadas fossem expressas por pronomes, a forma entre colchetes de acordo com a norma-padrão seria:
Alternativas
Q1056935 Português
Leia o texto para responder à questão.

Cientistas estudam forma de "curar" o envelhecimento

    Um dos mitos da Grécia Antiga, que remonta a 700 a.C., conta a história de amor de Eos, a deusa do amanhecer, e Titono, irmão mais velho do rei de Troia. Eos se apaixonou por Titono e pediu ao deus Zeus que concedesse a ele a imortalidade dos deuses. Mas se esqueceu de pedir eterna juventude. Titono viveu por anos a fio, definhando, esquecido pela própria Eos, que o trancou em um quarto escuro até que, finalmente, ele se transformou em uma cigarra.
    Alguns milênios depois, a longa busca da humanidade pela vida e juventude eternas ganha contornos científicos. O primeiro laboratório biomédico dos Estados Unidos dedicado inteiramente a pesquisar o envelhecimento foi criado em 1999 em São Francisco, a poucos quilômetros do Vale do Silício, com a missão de acabar com as doenças relacionadas à passagem do tempo.
    Mas é a Fundação SENS, criada em 2009 pelo cientista da computação inglês Aubrey de Grey, entre outros nomes, que desperta as maiores polêmicas na comunidade científica. Na visão de Grey, o envelhecimento deve ser tratado como um fenômeno simples, e nosso corpo visto como uma máquina ou uma engenhoca que pode ser consertada. “O motivo de termos carros que ainda rodam após cem anos é o fato de eliminarmos os estragos antes mesmo de as portas caírem. O mesmo vale para o corpo humano”, afirma o britânico.
    Para desenvolver seu modelo de pesquisa, Aubrey de Grey olhou para os principais processos que levam ao envelhecimento conhecidos hoje, como perda e degeneração das células. Para ele. basta tratá-los e pronto: nossos problemas de saúde que surgem com a idade acabariam. “Não haveria limite, assim como não há limite para os carros funcionarem. Morreríamos somente de causas que não têm a ver com quanto tempo atrás nascemos. Impactos de asteroides, acidentes etc.”, diz.
(Marília Marasciulo. Galileu. https://revistagalileu.globo.com , 30.07.2019. Adaptado)
Considere as passagens do texto:
• Mas se esqueceu de pedir eterna juventude. (1o parágrafo) • O primeiro laboratório biomédico dos Estados Unidos dedicado inteiramente a pesquisar o envelhecimento... (2o parágrafo)
Ao substituir as expressões nominais por pronomes, conforme a norma-padrão da língua, os trechos destacados devem ser reescritos, respectivamente, da seguinte maneira:
Alternativas
Q1056705 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Memória das coisas 

Fonte: VILELA, Daniel. Memória das coisas. Disponível em: <https://vidasimples.com/conviver/memoria-das-coisas/ >. Acesso em: 20 jun. 2019.
Embora o texto tenha sido escrito predominantemente em registro formal, verificam-se nele marcas de uso do registro informal. Assinale a alternativa em que se verifica um exemplo de uma dessas marcas em relação à colocação pronominal.
Alternativas
Q1056131 Português
Embora o texto tenha sido escrito predominantemente em registro formal, verificam-se nele marcas de uso do registro informal. Assinale a alternativa em que se verifica um exemplo de uma dessas marcas em relação à colocação pronominal.
Alternativas
Q1055768 Português


    

                                                                                 

Quanto à correção gramatical e à coerência das substituições  propostas  para  vocábulos  e  trechos  destacados  do  texto,  julgue o item.


“têm‐se mostrado” (linha 29) por têm mostrado‐se

Alternativas
Q1054397 Português

Texto IV: Uso, crença e atitudes na variação na primeira pessoa do plural no Português Brasileiro

      A construção da crença linguística de uma comunidade letrada, pelo menos na sociedade ocidental, é regida por instrumentos normativos: gramáticas, compêndios e livros didáticos. Se nas gramáticas norteadas em abordagens descritivas a forma a gente já é incluída no paradigma pronominal do português (Castilho & Elias 2011, Bagno 2012), nas norteadas pela tradição gramatical (Bechara 2009, Azeredo 2008) – que são as fontes que perpassam os livros didáticos –, a gente entra como uma observação de uso no português falado no Brasil, em situações coloquiais.

      Os livros didáticos adotados nas escolas públicas brasileiras passam por uma avaliação do Programa Nacional do Livro Didático. Para ser selecionado, o livro didático de Língua Portuguesa precisa apresentar atividades que propiciem ao aluno “o domínio das normas urbanas de prestígio, especialmente em sua modalidade escrita monitorada, mas também nas situações orais públicas formais em que seu uso é socialmente requerido” (Brasil 2011:52). Embora os estudos sociolinguísticos venham evidenciando a tendência crescente ao uso de a gente, inclusive na modalidade escrita e em situação de maior formalidade, os livros didáticos de maneira geral ainda não o incluem no paradigma pronominal (Brandão & Vieira 2011), o que certamente tem influência nas crenças e atitudes dos informantes.

      Se a inserção de a gente é tabu, a concordância nós -0 em livro didático é caso de comoção nacional. Foi o que aconteceu em 2012, com o livro didático Por uma vida melhor (Ramos 2011), selecionado pela avaliação do PNLD para a educação de jovens e adultos, em uma seção intitulada “Escrever é diferente de falar”, exemplificou a concordância verbal naquilo que foi definido como fala popular com a frase “Nós pega o peixe”.

      A não presença de a gente nos instrumentos normativos que chegam à escola poderia, por hipótese, atuar como um refreador da mudança, mas não é nessa direção que os dados apontam. E, em relação aos padrões de covariação de pronome e concordância nós -0 e a gente -mos, ainda que as atitudes subjacentes a piadas e memes sugiram que sejam estigmatizados ou restritos a um perfil social, estes padrões emergem em situações de reação subjetiva em espaço escolar e, em menor escala, na fala de informantes mais escolarizados.

Raquel Meister Ko. Freitag

DELTA: Documentação e Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, v. 32, n. 4,

mar. 2017. (Excerto)

A controvérsia discutida no primeiro parágrafo, a respeito das diferentes abordagens gramaticais, se refere a:
Alternativas
Respostas
5941: B
5942: B
5943: A
5944: C
5945: E
5946: B
5947: A
5948: C
5949: D
5950: C
5951: D
5952: B
5953: E
5954: E
5955: A
5956: A
5957: A
5958: A
5959: E
5960: B