Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q2294124 Português

Leia o texto.


TEXTO I


   Era uma vez uma cidadezinha, dessas muito antigas. Pequena, mal tinha umas cinco ruas meio tortas e desencontradas. As casas, nessas ruas, eram quase todas baixinhas. No meio delas uns dois sobrados, o casarão da escola e o outro casarão muito feio, com janelas gradeadas, onde ficava a cadeia.

   Mas a graça daquela cidadezinha era a igreja, que a gente até poderia chamar de igrejinha. Ficava no alto do morro, toda branca, de portas azuis, parecia leve, muito linda. Talvez por causa da igrejinha do morro, a cidade ganhou o nome de Morro Lindo. A igrejinha é que era linda, mas o morro ficou com a fama. E não era dessas igrejas importantes, paredes de pedra, com as torres apontando para o céu. Tinha as paredes caiadas, era muito simples, quadradinha, com uma torre também quadrada. E, bem debaixo do telhado da torre, no campanário, ficava o sino.

(QUEIROZ, Rachel de. Andira.  São Paulo: Siciliano, 1992. p.3.)

Marque a alternativa que apresenta um sinônimo adequado para a palavra ‘desencontradas’ no trecho “...cinco ruas meio tortas e desencontradas”.
Alternativas
Q2293835 Português
A quantidade de horas que você precisa dormir pode estar nos seus genes

E pode ser graças a uma mutação ligada ao cérebro que aquele
seu amigo pilhado precisa de menos de 6 horas de sono.

            Para ter uma passagem saudável pela Terra, a maioria das pessoas precisa ficar um terço da vida dormindo.
        Das 24 horas de um dia, o ideal é que 8 delas sejam passadas na cama. É claro que muita gente não cumpre a recomendação – e a tendência vista por médicos e cientistas é que estamos dormindo cada vez menos. Para a maioria das pessoas, isso não poderia ser pior. Uma pessoa normal não fica nada bem dormindo repetidamente por menos de 7 horas. Ela fica mais burra, literalmente – o prejuízo cognitivo é equivalente à de uma noite de bebedeira.
      Noites mal dormidas levam a alterações de humor, prejuízos à memória e aprendizado, redução da atenção, enfraquecimento do sistema imune e até riscos aumentados de desenvolver doenças psiquiátricas.
            Apesar das 8 horas serem o consenso médico… Isso oficialmente não vale para todo mundo. Muito provavelmente você tem aquele amigo que dorme 4 horas por dia e sempre está uma pilha, enquanto você, que tenta dormir ao menos 6, está sempre cansado.
            Neurologistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco (UCSF), podem ter finalmente descoberto o motivo: genes impactam diretamente no quanto alguém precisa dormir.
         Na verdade, essa associação não é nova, começou em 2009. Naquele ano, a mesma equipe de pesquisadores descobriu que pessoas que haviam herdado uma mutação específica em um gene chamado DEC2 precisavam, em média, de apenas 6,25 horas de sono por noite para estarem plenamente bem no outro dia. Enquanto isso, pessoas normais, sem essa mutação, precisavam em média de 8,06 horas.
            A descoberta de 2009 foi curiosa, mas até aí os próprios autores acreditavam que a mutação não passava de casualidade. Até agora, quando descobriram um novo gene relacionado ao sono.
               Esse segundo achado reforça a ideia de que as variações genéticas estão diretamente ligadas às quantidades de horas de sono que o organismo precisa – e que são elas que podem explicar porque as pessoas relatam ter necessidades radicalmente diferente umas das outras quando o assunto é sono.
                No novo estudo, divulgado no periódico Neuron, a equipe investigou uma família de sono naturalmente curto – todos os parentes dizem ficar muito bem com 6 horas de sono. O interessante é que nenhum deles apresentava a primeira mutação, no gene DEC2.
            Foi aí que eles tentaram procurar outra explicação – e encontraram uma coisa que todos os membros da família tinham em comum no DNA: uma mutação em um gene chamado ADRB1, que é responsável pelos níveis de atividade dos neurônios que ficam no tronco encefálico – mais especificamente na região dorsal dos núcleos da rafe, área conhecida por controlar os estágios do sono.
            Para testar se essa mutação tinha o mesmo efeito fora da família acordadinha, os cientistas desenvolveram uma série de testes em camundongos geneticamente modificados com a variante mutada do ADRB1. Não deu outra: eles dormiram em média 55 minutos a menos do que os camundongos comuns – o que sugere que, sim, esse gene está relacionado à falta de sono. A atividade dos neurônios da região era aumentada nos ratos com genes mutantes, o que pode estar mediando o comportamento do sono curto.

(Ingrid Luisa. Editora Abril. Em: 19/08/2019. Fragmento.)
O sentido das palavras é determinado pelo contexto que elas estão inseridas. Assim, assinale a alternativa em que o termo sublinhado pode ser substituído corretamente pela palavra indicada.
Alternativas
Q2293795 Português
Escolas precisam compreender que o letramento é mais amplo que a alfabetização

        No Brasil, tanto as escolas públicas, como as particulares e as políticas públicas ainda partem da alfabetização para o letramento. Em suas pesquisas sobre o diálogo entre educação e linguística, Filomena Elaine Paiva Assolini alerta há alguns anos que o trabalho deveria ser feito de maneira inversa para, assim, considerar os saberes adquiridos fora da escola. Ela é pós-doutora pela Unicamp e docente desde 2005 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.
       “Os educadores precisam ter em mente é que o letramento é mais amplo que a alfabetização, sendo ela um dos aspectos do letramento. Quando consideramos o letramento, que é coletivo, entende-se que o sujeito possui saberes sobre a escrita independentemente do contexto escolar e da educação formal, porque ele está inserido em uma sociedade letrada. Então se a escola partisse do letramento, ela conseguiria se aproximar mais dos alunos e teria condições favoráveis para que eles expusessem os seus saberes sobre a escrita e sobre as diferentes linguagens”, explica a professora.
        Elaine complementa que a escola ainda insiste em trabalhar com o método silábico e com o método fonético de maneira descontextualizada. “Ainda há o entendimento de que a psicogênese da língua escrita é o que há de mais novo, mais recente e melhor para o entendimento do processo de alfabetização, mas, com todo respeito às contribuições de Emília Ferreiro, Ana Teberosky e Telma Weisz, já são ultrapassadas, serviram para aquele momento. Hoje entende-se que as fases pelas quais o sujeito passa não são tão lineares, redondinhas. Bom se fossem.”
      O posicionamento de Elaine conversa com as pesquisas e livros da grande Magda Soares, que frisou em vida a importância de olhar para os vários métodos e respeitar o conhecimento que a realidade individual e/ou local do estudante traz. Outro ponto da professora da USP é que as escolas tendem a considerar apenas a fase inicial da alfabetização, com isso, restringindo esse papel a apenas um professor. “Não se considera o que a criança traz: suas experiências e linguagens com as quais ela pode ter convivido antes de entrar na escola.”
        Um caminho que a escola pode adotar é trazer na produção linguística oral ou escrita a subjetividade do educando e assim permitir falar de si, das dores, angústias, desejos e acontecimentos, sugere Elaine, que também é coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre Alfabetização, Leitura e Letramento, (GEPALLE), regulamentado no CNPq. As atividades lúdicas, indica, também são outra possibilidade para o educador. “Só que elas ainda encontram resistência em algumas escolas sustentadas pelos pilares conteudistas, livrescos e avaliativos.”
        No século 21, com a internet presente cada vez mais no dia a dia, Elaine reforça que a sociedade é multiletrada e isso precisa ser considerado no processo de ensino e aprendizagem.
        “Alfabetizar não é codificar. Crer o contrário é ultrapassado, medieval e não serve mais para a criança de hoje, que vive em uma sociedade multissemiótica. Qualquer videozinho do TikTok de 10 segundos mostra isso: tem a linguagem escrita da legenda, a linguagem musical, a linguagem icônica. Então ser alfabetizado envolve sim conhecer o código escrito, mas envolve também saber compreender e saber interpretar. E um dos graves problemas é que o brasileiro não sabe interpretar. As crianças brasileiras têm muita dificuldade em lidar com poesia, com metáforas, basta você ver as análises, as provas. Seria um grande salto promover a compreensão textual, mas ir além e interpretar também.”
        Com as fake news a todo vapor, essa interpretação se torna ainda mais fundamental para o educando não cair na manipulação e ter a sua tão falada autonomia fortalecida. Elaine Paiva diz observar por meio de suas pesquisas que uma escola quando é boa,seja pública ou particular, o aluno aprende a compreender. Mas é preciso ir além.
        “A sociedade contemporânea exige um sujeito que saiba interpretar. Para isso, ele precisa entender que os acontecimentos e os dizeres das palavras possuem outros modos de interpretação, sendo que alguns predominam e ele também precisa entender o motivo de um e outro predominarem… Eu não posso interpretar desconsiderando que somos sujeitos socio-históricos, que estamos inseridos em uma cultura que tem suas ideologias, preferências e características. Porque falamos a partir desse lugar social que ocupamos. Então eu não posso sair interpretando da maneira como eu quero.”
         As orientações de Elaine Paiva tendem a ser propícias, inclusive, para detectar questões de saúde mental e problema familiar, já que o professor é um interlocutor privilegiado dos seus alunos. “Já dei aula na educação infantil, fundamental e médio. Os alunos me contavam coisas por meio de textos que nunca contaram para o pai, mamãe, irmão.”

(Laura Rachid. Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2023/05/09/letramento-e-alfabetizacao-bett/. Acesso em: 03/07/2023. Fragmento.)
“Quando consideramos o letramento, que é coletivo, entende-se que o sujeito possui saberes sobre a escrita independentemente do contexto escolar e da educação formal, porque ele está inserido em uma sociedade letrada.” (2º§) De acordo com o contexto, assinale a afirmativa que apresenta o significado adequado para “sociedade letrada”.
Alternativas
Q2293712 Português
Texto 1





Disponível:
https://jornaleirotalisandrade.wordpress.com/2015/06/03/papa-
francisco-a-faltaou-a-perda-do-trabalho-ou-a-sua-forte-
precariedade-incidem-de-forma-muito-pesada-sobre-avida-
familiar/ Acesso em 24/04/2023.
O termo ‘sem’, no contexto apresentado, expressa um sentido de:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Esperança do Sul - RS Provas: OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Procurador | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Odontólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Nutricionista | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Médico Veterinário | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Fisioterapeuta | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Assistente Social | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Contador | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Psicólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Português | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Artes | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Engenheiro Agrônomo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Ciências | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Educação Especial | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Educação Física | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Educação Infantil e Anos Iniciais | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Geografia | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – História | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor – Inglês |
Q2293148 Português
Consequências do trabalho infantil


   As consequências do trabalho infantil na vida de crianças e adolescentes são inúmeras. Além de muitas vezes reproduzir o ciclo de pobreza da família, o trabalho infantil prejudica a aprendizagem da criança, quando não a tira da escola e a torna vulnerável em diversos aspectos, incluindo a saúde, a exposição à violência, o assédio sexual, os esforços físicos intensos, os acidentes com máquinas e animais no meio rural, entre outros.
    A vivência plena da infância é essencial para o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social das crianças, impactando diretamente na construção de uma vida adulta saudável. O que acontece nesta etapa do desenvolvimento pode gerar traumas irreversíveis.
    Além de serem privadas de uma infância plena, com sonhos, brincadeiras e educação, as crianças que trabalham carregam graves consequências para a vida adulta, como impactos físicos, psicológicos e econômicos, além da perpetuação do ciclo da pobreza, repetido de geração a geração.
     A criança e o adolescente que trabalham estão altamente expostos a situações de risco, acidentes e problemas de saúde relacionados ao trabalho. O cansaço, os distúrbios de sono, a irritabilidade, a alergia e os problemas respiratórios também estão na lista das consequências físicas do trabalho infantil, pois alguns deles exigem esforço físico extremo, como carregar objetos pesados ou adotar posições que prejudicam o crescimento, ocasionando lesões na coluna e produzindo deformidades.
    Quando a criança é responsável por uma parte significativa da renda familiar, há uma inversão de papéis, o que pode dificultar a inserção dela em outros grupos sociais da mesma faixa etária, porque os assuntos e responsabilidades vão além da idade adequada. Outras consequências do trabalho infantil são os abusos físico, sexual e emocional sofridos por crianças e adolescentes que interferem não apenas na saúde, mas também no âmbito emocional, ocasionando o desenvolvimento de doenças psicológicas.
     Os trabalhos que se enquadram na categoria de piores formas podem causar consequências ainda mais graves, no caso de trabalhos relacionados ao tráfico e exploração sexual, trazendo consequências negativas de ordem psicológica e de autoestima.
    O Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador aponta que quanto mais precoce é a entrada no mercado de trabalho, menor é a renda obtida ao longo da vida adulta. Esse sistema mantém os altos graus de desigualdade social.
    O trabalho afeta a capacidade da criança para frequentar a escola e aprender, tirando dela a oportunidade de realizar plenamente seus direitos à educação, ao lazer e ao desenvolvimento. Uma vida saudável ajuda na transição para uma vida adulta bem-sucedida, com trabalho digno, após a conclusão da escolaridade.
     Com poucas oportunidades de estudar, a criança que trabalha geralmente reproduz o perfil de outras gerações da família, que também trabalharam na infância. Sem a conscientização e o direito a novas oportunidades, que deveria ser garantido por meio de políticas públicas, dificilmente as crianças com esse perfil conseguem romper o ciclo da pobreza e miséria de suas famílias.

(Fonte: Criança Livre de Trabalho Infantil — adaptado.)
 Observar as frases retiradas do texto: “[...] as crianças que trabalham carregam graves consequências para a vida adulta [...]” e “O cansaço, os distúrbios de sono, a irritabilidade, a alergia e os problemas respiratórios também estão na lista das consequências físicas do trabalho infantil, pois alguns deles exigem esforço físico extremo, como carregar objetos pesados […]”. O verbo “carregar” expressa, respectivamente, os seguintes significados:
Alternativas
Respostas
1591: D
1592: C
1593: D
1594: B
1595: A