Questões de Concurso Sobre flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva) em português

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Q1027277 Português
Assinale a alternativa em que o trecho “Um ambiente de trabalho em que o mau humor domina” (l. 14) tenha sido corretamente reescrito na voz passiva, sem alteração do sentido original do texto.
Alternativas
Q1025729 Português

TEXTO 1

- Leia o texto abaixo e responda à questão..

EUCLIDES DA CUNHA

Autor de “Os sertões” era, antes de tudo, um órfão sem casa, um adolescente poeta e um cadete rebelde. Entenda como sua formação única contribuiu para a criação de um clássico.

      No dia 4 de novembro de 1888, um domingo, o ministro da Guerra de Dom Pedro II passava em revista as tropas da Escola Militar da Praia Vermelha quando um cadete tentou quebrar o próprio sabre e gritou: “Infames! A mocidade livre, cortejando um ministro da monarquia!” O rebelde republicano foi expulso, mas recebeu um convite para escrever no jornal “A província de São Paulo” (futuro “O Estado de S. Paulo”), onde ficaria célebre seu nome, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (1866-1909).

      Homenageado da 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa na quarta-feira (10/07/19), Euclides é autor de uma das mais potentes interpretações do Brasil: “Os sertões” (1902). Baseado em reportagens do autor, o livro narra o confronto entre soldados da jovem República e sertanejos monarquistas liderados pelo beato Antônio Conselheiro no interior da Bahia. Após quatro expedições, o exército dizimou o arraial de Canudos, onde viviam 25 mil pessoas.

      Misto de ensaio, tratado científico e análise social com caudalosa prosa poética, “Os sertões” é um livro que só Euclides poderia escrever, graças à sua trajetória e a interesses únicos. Como explica a crítica literária e professora emérita da USP Walnice Nogueira Galvão, estudiosa do autor:

      —Ele é um escritor de estilo naturalista com incrustações de parnasianismo, sobretudo nas descrições da paisagem. O romantismo é fortíssimo nele e vem de submersões literárias. É por isso que “Os sertões” é um livro tão apaixonado.

      UNIVERSIDADE NO QUARTEL

      —Nascido em Cantagalo, no interior do Rio, o menino Euclides pulou de casa em casa depois de perder a mãe, aos anos. Primeiro, morou com uma tia, em Teresópolis. Quando ela morreu, foi acolhido na fazenda de outra tia, em São Fidélis, onde iniciou os estudos no Instituto Colegial Fidelense. Aos 11 anos, morou com a avó paterna em Salvador.

      Euclides aportou no Rio em 1879, aos 13 anos, para viver com um tio. Matriculou-se no Colégio Aquino, onde teve Benjamin Constant como professor de matemática. Veterano da Guerra do Paraguai, republicano e positivista fervoroso, Constant colaboraria com o golpe que derrubou a monarquia e foi ministro da Guerra e da Instrução Pública no governo provisório. Suas lições transformaram Euclides num republicano irredutível. 

      Mas nem tudo era militância. No Aquino, Euclides leu os poetas românticos Fagundes Varela e Castro Alves. Seu pai, que era guarda-livros, publicara versos em homenagem ao poeta de “O navio negreiro”. Ainda adolescente, Euclides preencheu um caderno com poemas. Fã das imagens marítimas do francês Victor Hugo, deu-lhe o título de “Ondas”. Mais tarde, publicou poemas na revista editada pelos alunos da Praia Vermelha. Que fique claro: os versos nem de longe lembram a beleza da prosa de “Os sertões”:

      —Euclides era um bom avaliador dos próprios méritos e renegou sua poesia — conta Walnice Nogueira Galvão. As leituras românticas compensavam a aridez da ciência positivista.

      —Virou lugar-comum associá-lo ao positivismo, mas sua grande influência foi o romantismo —afirma Francisco Foot Hardman, professor da Unicamp. — Ele pensava num diálogo entre criação literária e conhecimento científico.

      Esse diálogo vinha da Escola Militar. No Brasil imperial e escravocrata, ela formava soldados comprometidos com a República, a abolição e a filosofia positivista. Um dos professores mais populares da Praia Vermelha era, novamente, Benjamin Constant.

      —Os próprios alunos chamavam a Escola Militar de Tabernáculo da Ciência. Para eles, ciência era o positivismo de Comte e os evolucionismos e biologismos de Darwin, Spencer e Haeckel—diz o historiador José Murilo de Carvalho, autor de “Forças armadas e política no Brasil”, que tem um capítulo sobre o autor. — Era uma universidade dentro de um quartel.

      Um ano após aquele incidente dos gritos contra o ministro monarquista a República foi proclamada e, Euclides, reincorporado ao Exército. Em 1891, ingressou na Escola Superior de Guerra. Na imprensa, defendia a consolidação da República — mas não deixou de censurar o mestre Constant, que, ao ser nomeado ministro, distribuiu cargos a parentes. “Perdeu a auréola, desceu à vulgaridade de um político qualquer”, denunciou, em carta ao pai.

      —Euclides era um republicano puro. A realidade da política logo o levou a se desencantar com o novo regime e com o próprio Constant – diz Carvalho. — E o crime cometido em Canudos pelo Exército foi a gota d’água.

      REVENDO CONCEITOS

      Quando estourou a Guerra de Canudos, Euclides considerava os sertanejos inimigos da ordem e do progresso republicanos. Comparou o povo de Canudos aos camponeses rebeldes que se opuseram à Revolução Francesa.

      Mudou de opinião depois de assistir ao massacre dos sertanejos pelas forças republicanas. Em “Os sertões”, registrou ou últimos defensores de Canudos: “eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados”. 

      O sucesso de “Os sertões” possibilitou o ingresso em instituições que o credenciavam como homem da ciência e da arte: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e a Academia Brasileira de Letras (ABL). Passou a colaborar com revistas científicas e literárias e, entre 1904 e 1906, incursionou pela Amazônia como chefe da Comissão Mista Brasil-Peru.

      O sucesso, porém, durou pouco. Em 15 de agosto de 1909, Euclides invadiu a casa do tenente Dilermando de Assis, amante de sua mulher, Anna, para vingar sua honra. Acertou dois tiros no rival, que revidou e o matou imediatamente. Notícias da Tragédia da Piedade alastraram-se por todo o país. E o episódio virou até série da Globo. Agora, 110 anos depois, o próprio autor e sua obra ganham novos olhares.

GABRIEL, Ruan de Souza. O Globo, 06/07/2019, Segundo Caderno, p. 1.

Redigindo-se a oração: “Um ano após aquele incidente dos gritos contra o ministro monarquista a República foi proclamada” (11º §) na voz ativa, a redação será:
Alternativas
Q1024657 Português
Assinale a alternativa onde a voz verbal é reflexiva.
Alternativas
Q1022696 Português
Há ocorrência de forma verbal na voz passiva na seguinte frase adaptada do texto.
Alternativas
Q1022634 Português

                                      Disseminação da violência


      A violência não se administra nem admite negociação: é da sua natureza impor a força como método. Sua lógica final é a adoção da barbárie. As instituições humanas existem para regulamentar nossos ímpetos, disciplinar nossas ações, impedir que se chegue à supremacia da violência. São chamados justamente de “supremacistas” (um neologismo, para atender a uma necessidade de nossos tempos violentos) aqueles que querem se impor pela força bruta, alcançar um poder hegemônico. Apoiam-se eles em ideologias que cantam a superioridade de uma etnia, de uma cultura, de uma classe social, de uma seita religiosa. Acabam por fazer de sua brutalidade primitiva uma “instituição” organizada pelo princípio brutal da lei do mais forte.

      Talvez em nenhuma outra época foi tão premente a necessidade de se fortalecerem as instituições que de fato trabalham a favor do homem, da coletividade, do interesse público. A profusão e a difusão das chamadas redes sociais puseram a nu a violência que está em muitos e que já não se envergonha de si mesma, antes se proclama e se propaga com inaudito cinismo. Estamos todos diante de um grande espelho público e anônimo, onde se projeta o que se é ou o que se quer ser. Admirável como conquista tecnológica, a expansão da internet ainda não encontrou os meios necessários para canalizar acima de tudo os impulsos mais generosos, que devem reger nossa difícil caminhada civilizatória.

                                                                                                     (Aníbal Tolentino, inédito

Há ocorrência de voz passiva e correta articulação entre tempos e modos verbais na frase:
Alternativas
Q1022430 Português
Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo. 

Darwin nos trópicos

        Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito do mais reles animal.”
          O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil.

*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador prussiano.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 167/168) 
Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e observação das normas de concordância verbal na frase:
Alternativas
Q1022330 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

         O brasileiro gosta de pensar que o Brasil é uma nação acolhedora, que recebe imigrantes de braços abertos. Em termos de dados históricos e estatísticos, não é bem assim. Apesar da imigração maciça promovida por sucessivos governos durante o Império e o primeiro período republicano, sempre houve debates sobre o tipo de imigrante que seria mais desejável, passando pela rejeição explícita a determinados grupos. Na década de 1860, a questão da imigração de chineses atingiu proporções de grande controvérsia e chegou a ser debatida no parlamento. O consenso era de que devia ser impedida para evitar o suposto risco de degeneração racial. Pelo mesmo motivo, a pseudociência da época desaconselhava a entrada de mais africanos, para além dos milhões que já haviam ingressado escravizados no país. Em 1890, já sob a República, a entrada de asiáticos foi efetivamente barrada por decreto. [...]
        O imigrante ideal, para as autoridades brasileiras daquele tempo, era branco e católico. De preferência, com experiência em agricultura e disposto a se fixar nas zonas rurais. Braços para a lavoura, era o que se dizia, e uma injeção de material genético selecionado com o intuito de “melhorar a raça”. [...]. A preferência por imigrantes católicos seguia a premissa de que seriam de assimilação fácil e não ameaçariam a composição cultural da jovem nação. Aqueles no poder queriam que o brasileiro continuasse do jeitinho que era, só que mais branco. Seguindo as premissas eugênicas então em voga, acreditava-se que o sangue europeu, tido como mais forte, venceria o sangue africano e ameríndio, eliminando-os paulatinamente. Essa política de branqueamento já foi documentada, ad nauseam, por nossa historiografia. Ela é o pano de fundo ideológico para o crescimento da cidade de São Paulo, onde a porcentagem de italianos ficou acima de 30% entre as décadas de 1890 e 1910, período em que a população aumentou quase dez vezes.
         Os doutores daquela época não conseguiram o que almejavam, por três motivos. O primeiro, concreto, é que as doutrinas científicas em que acreditavam eram falsas. Não existe raça pura, em termos biológicos, muito menos a superioridade de uma sobre outra. O segundo, circunstancial, é que a fonte de imigrantes na Europa foi secando antes que a demanda por trabalhadores no Brasil se esgotasse. Quando o navio Kasato Maru atracou no porto de Santos em junho de 1908, com 165 famílias japonesas a bordo, era o reconhecimento implícito de que os interesses econômicos iriam prevalecer sobre a ideologia eugenista. A imigração em massa de japoneses para o Brasil, ao longo do século 20, não somente descarrilou o projeto de branqueamento como também quebrou o paradigma de que não católicos eram inassimiláveis. Os japoneses ficaram e se fixaram. Seus descendentes tornaram-se brasileiros, a despeito de muito preconceito e até perseguição. Conseguiram essa proeza, de início, porque se mantiveram isolados no interior do país. Longe da vista, como fizeram meus avós e bisavós.
         O terceiro motivo do fracasso do modelo de assimilabilidade católica é conceitual. Seus defensores partiam de um pressuposto falso: o de que a população brasileira era homogênea em termos de religião. [...] o mito do bom imigrante católico ignorava estrategicamente a presença de judeus, muçulmanos e protestantes no Brasil. Os três grupos estiveram presentes desde a época colonial e, cada um a seu modo, contribuíram para a formação do país.
(CARDOSO, Rafael. O Brasil é dos brasileiros. Revista Serrote, nº 27, pp. 45 e 47, 2018) 
Afirma-se com correção:
Alternativas
Q1020804 Português
O trecho “Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada”, se transposto para a voz ativa, será dado por:
Alternativas
Q1019374 Português

                                      Estação de águas


      Esta poética designação – estação de águas – nada tem a ver, como eu imaginava quando menino, com alguma estação de trem onde chovesse muito e tudo se inundasse. Em criança a gente tende a entender tudo meio que literalmente. “Estação de águas”, soube depois, indica aqui a época, a temporada ou mesmo a estância em que as pessoas se dispõem a um lazer imperturbado ou a algum tratamento de saúde baseado nas específicas qualidades medicinais das águas de uma região. Água para se beber ou para se banhar, conforme o caso. Tais estâncias associam-se, por isso mesmo, a lugares atrativos, ao turismo de quem procura, além de melhor saúde, a tranquilidade e o repouso que via de regra elas oferecem a quem as visita ou nelas se hospeda.

      Em meio ao turbilhão da vida moderna ainda se encontra nessas paragens um oásis de sossego e descompromisso com o tempo. O desafio pode estar, justamente, em saber o que fazer com um longo dia de ócio, em despovoar a cabeça das imagens tumultuosas trazidas da cidade grande. Nessas pequenas estâncias, o relógio da matriz opera num ritmo lerdo e preguiçoso, em apoio à calmaria daquele mundo instituído para que nada de grave ou agitado aconteça. Os visitantes velhinhos dormitam no banco da praça, as velhinhas vão atrás de algum artesanato, os jovens se entediam, os turistas adultos se dividem entre absorver a paz reinante e planejar as tarefas da volta.

      Não se sabe quanto tempo ainda durará essa rara oportunidade de paz. As informações do mundo de hoje circulam o tempo todo pelos nervosos celulares, a velocidade da vida digital é implacável e não tolera espaços de vazio ou tempos vazios. Mas enquanto não morrer de todo o interesse de se cultuar a vida interior, experiência possível nessas estâncias sossegadas, não convém desprezar a sensação acolhedora de pertencer a um mundo sem pressa.

                                                                                 (Péricles Moura e Silva, inédito) 

Há ocorrência de voz passiva e respeito às normas de concordância verbal na frase:
Alternativas
Q1019247 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Qual dos seguintes verbos extraídos do texto pode ser empregado também na voz verbal reflexiva, caso se queira formular uma frase na qual o sujeito ao mesmo tempo executa e sofre a ação?
Alternativas
Q1018861 Português
Leia as orações a seguir: I. A aluna foi ajudada pela professora. II. Olhei-me no espelho. III. Ana Miranda escreveu muitos livros. IV. Vende-se carro. As orações acima estão, respectivamente na:
Alternativas
Q1018039 Português

Leia as assertivas:


I. A retórica da atenção primária à saúde como coordenadora do cuidado não resiste quando um médico de família que acompanha um paciente - e o conhece bem - indica internação hospitalar e, para conseguir um leito, é obrigado a encaminhar para outro serviço para que o leito seja garantido.

II. A retórica da atenção primária à saúde como coordenadora do cuidado não resistirá quando um médico de família que acompanhe um paciente - e o conheça bem - indique internação hospitalar e, para conseguir um leito, seja obrigado a encaminhar para outro serviço para que o leito seja garantido.

III. A retórica da atenção primária à saúde como coordenadora do cuidado não resistiu quando um médico de família que acompanhou um paciente - e o conheceu bem - indicou internação hospitalar e, para conseguir um leito, foi obrigado a encaminhar para outro serviço para que o leito fosse garantido.

IV. A retórica da atenção primária à saúde como coordenadora do cuidado não teria resistido se um médico de família que tivesse acompanhado um paciente - e o tivesse conhecido bem - tivesse indicado internação hospitalar e, para conseguir um leito, tivesse sido obrigado a encaminhar para outro serviço para que o leito tivesse sido garantido.

(Adaptado de Coelho Neto, G.C., Antunes, V.H., &Oliveira, A..(2019). A prática da Medicina de Família e Comunidade no Brasil: contexto e perspectivas. Cad. Saúde Pública, 35 (1).https://doi.org/10.1590/0102-311X00170917)


De acordo com as normas de flexão, e uso correto de vozes e pessoas, assinale a alternativa que se aplica:

Alternativas
Q1016338 Português
Este trecho “A mãe lhe prometeu um carrinho” (l. 06) está na voz ativa. Se tal trecho for colocado na voz passiva analítica, mantendo-se a mesma estrutura morfossemântica, tem-se qual período simples?
Alternativas
Q1013505 Português

                                    Educação familiar


    A família cumpre cada vez menos a sua função de instituição de aprendizagem e educação. Ouve-se dizer hoje, repetidamente, o mesmo a respeito dos filhos de famílias das camadas superiores da sociedade, “nada trouxeram de casa”. Os professores universitários comprovam até que ponto é escassa a formação substancial, realmente experimentada pelos jovens, que possa ser considerada como pré-adquirida.

    Mas isso depende do fato de que a formação cultural perdeu a sua utilidade prática. Mesmo que a família ainda se esforçasse por transmiti-la, a tentativa estaria condenada ao fracasso porque, com a certeza dos bens familiares hereditários, esvaziaram-se alguns motivos de insegurança e sentimento de desproteção. Por parte dos filhos, a tendência atual consiste em furtarem-se a essa educação, que se apresenta como uma introversão inoportuna, e em orientarem-se, de preferência, pelas exigências da chamada “vida real”.

    O momento específico da renúncia pessoal, que hoje mutila os indivíduos, impedindo a individuação, não é a proibição familiar, ou não o é inteiramente, mas a frieza, a indiferença tanto mais penetrante quanto mais desagregada e vulnerável a família se torna.

(Adaptado de: HORKHEIMER, Max, e ADORNO, Theodor (orgs.). Temas básicos da Sociologia. São Paulo: Cultrix, 1973, p. 143) 

Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às regras de concordância na frase:
Alternativas
Q1012416 Português

Leia a afirmativa a seguir.


O barulho do bonde cortava o silêncio da noite.


Marque a opção que indica como seria essa oração na voz passiva. O silencia da noite

Alternativas
Q1012360 Português
Está INCORRETA a afirmação sobre verbo.
Alternativas
Q1010790 Português

                                               TEXTO I

         POLÍTICA É PRINCIPAL ASSUNTO DAS FAKE NEWS NO WHATSAPP

Troca de notícias falsas em aplicativo aumenta significativamente em períodos próximos às eleições, diz pesquisa.


      Após analisar por um ano 120 grupos de WhatsApp, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriram que as correntes de mensagens que continham fake news sobre política atingiam mais usuários do que as conversas com desinformação de outros assuntos. O conteúdo enganoso de política também suscitou discussões mais longas e mais duradouras no aplicativo.

      Os autores da pesquisa identificaram ainda um aumento significativo nas conversas políticas com dados falsos perto das eleições. "Teve um pico enorme. O momento político favoreceu a discussão com fake news no WhatsApp", disse um dos coautores do estudo, Josemar Alves, pesquisador de Ciência da Computação da UFMG.

      Estudos sobre desinformação no WhatsApp ainda são raros por causa da natureza privada do aplicativo. As mensagens enviadas são criptografadas de ponta a ponta, o que quer dizer que não podem ser lidas por terceiros. Para driblar essa dificuldade, os pesquisadores selecionaram aleatoriamente na internet links de grupos públicos - aqueles em que qualquer um pode participar com uma URL de convite.

      Os autores de "Caracterizando cascatas de atenção em grupos de WhatsApp" coletaram 1,7 milhão de mensagens trocadas por 30,7 mil usuários nesses grupos entre outubro de 2017 e novembro de 2018. A maioria tinha discussão com temática política: 78 dos 120 grupos. Estes espaços virtuais foram monitorados de outubro de 2017 a novembro de 2018.

      Os pesquisadores perceberam que, em grupos de WhatsApp, a função de responder diretamente a uma mensagem criava um encadeamento nas conversas. Eles chamaram essas correntes de mensagens de "cascatas de atenção". Durante o período de análise, os autores identificaram mais de 150 mil discussões desse tipo.

      O próximo passo do estudo foi comparar as mensagens enviadas nessas cascatas a textos de seis sites de fact checking brasileiros - incluindo o Comprova, coalizão de 24 veículos de mídia da qual faz parte o jornal O Estado de São Paulo. Os autores encontraram 666 discussões com conteúdo comprovadamente falsos, 92% delas com teor político.

      Os resultados seguem a mesma linha de descoberta de outros trabalhos sobre desinformação, segundo o professor da UFMG Virgílio Almeida, coautor do estudo e associado ao Berkman Klein Center for Internet & Society, da Universidade de Harvard.

      Uma pesquisa publicada em 2018 na revista americana Science mostrou que, no Twitter, a desinformação, especialmente sobre política, viaja mais rápido e atinge mais usuários que qualquer outra categoria de informação.

      O estudo americano também mostrou que conteúdo falso inspirava medo, nojo e surpresa em seus consumidores. Almeida diz que essa característica pode apontar para uma possível interpretação dos dados levantados pela UFMG. "Uma conjectura é a situação polarizada do país, a situação política refletindo no mundo online. O que alguns estudos de interpretação dessa questão têm mostrado é que as pessoas aparentemente têm a atenção mais chamada por sentimentos negativos e falsidades que expressam essas questões".

      O que a pesquisa brasileira tem de novidade é principalmente a ambientação no WhatsApp. Diferentemente do Twitter, Facebook e outras redes sociais, o aplicativo não tem algoritmos que influenciam o que os usuários veem primeiro. A ordem de leitura das mensagens é cronológica; é o próprio usuário que define o que quer discutir e o que chama mais sua atenção - o que lhe dá papel fundamental na propagação das fake news. "O conteúdo daquela fake news está de acordo com o que a pessoa acredita e faz com que ela passe para frente aquele conteúdo", disse Josemar Alves.

      O fato de o WhatsApp ser fechado também pode facilitar a disseminação de conteúdo falso. Outro estudo citado pelos pesquisadores brasileiros indica que um "custo social" maior de compartilhar uma falsidade pode fazer o usuário esperar e observar o grupo antes de repassar algo.

      O WhatsApp poderia tomar algumas medidas para elevar o custo de repassar fake news no aplicativo. Alves diz que a plataforma poderia criar uma função para que moderadores ou usuários denunciassem pessoas que enviassem conteúdo indevido ou falsificado.

      Recentemente, a empresa dificultou o encaminhamento de mensagens, limitando o número de repasses que podem ser feitos de uma só vez. 

      Agora, os pesquisadores da UFMG dizem que vão continuar a fazer pesquisas sobre desinformação no WhatsApp, voltando a atenção também para entender como o discurso de ódio se propaga no aplicativo. Alves ressalta que são necessários outros estudos para comparar resultados.

      "É fundamental entender como o WhatsApp é usado pelas pessoas e como ela impacta a sociedade e questões da sociedade e política. Tem poucos trabalhos na literatura pela questão da criptografia e também por ser uma ferramenta mais nova", diz ele.

      Além de Alves e Almeida, o estudo também é assinado por Gabriel Magno, pesquisador de Ciência da Computação da UFMG, Marcos Gonçalves e Jussara Almeida, professores de Ciência da Computação da UFMG, e Humberto Marques-Neto, professor de Ciência da Computação da Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-Minas). 

(FONTE: Alessandra Monnerat, O Estado de S.Paulo - 12 de maio de 2019 - disponível em: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,politica-e-principal-assunto-das-fake-news-no-whatsapp,70002825358)

Marque a opção que indica ocorrência de voz passiva:
Alternativas
Q1008205 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. 



Assinale a alternativa que apresenta a correta transposição para a voz passiva do trecho: “O filósofo ostentava cabeleira e barba indomáveis” retirado do texto.
Alternativas
Q1007115 Português
A mesma voz verbal de “cortou-se a sintaxe desse rio” pode ser encontrada em
Alternativas
Q1006504 Português
Dentre as frases abaixo, apenas uma admite a passagem da voz ativa para a passiva. Assinale-a.
Alternativas
Respostas
701: C
702: A
703: B
704: C
705: C
706: A
707: E
708: E
709: A
710: B
711: C
712: D
713: D
714: B
715: E
716: A
717: D
718: A
719: A
720: A