Questões de Concurso Sobre sintaxe em português

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Q2154604 Português
Texto 1
Devemos ser poliglotas na nossa língua, afirma Bechara, 94, gramático da ABL
Para o professor, educação deve capacitar alunos a compreender o português em todas as variantes e valorizar norma-padrão 

Thaís Nicoleti de Camargo




Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/ 2022/07/devemos-ser-poliglotas-na-nossa-lingua-afirma-bechara94-gramatico-da-abl.shtml. Acesso em 06 fev. 2023. Adaptado. 

Segundo Bechara, “o fato de você sistematizar teoricamente a língua não significa que você seja um leitor, um bom escritor etc...” (Linhas 25-28). No trecho transcrito, o elemento sublinhado deve ser considerado
Alternativas
Q2154492 Português

                                

Em relação às ideias, ao vocabulário e à estrutura do texto, julgue o item abaixo.
Na expressão “processos seletivos” (linha 7), a palavra “seletivos” está no masculino e no plural para concordar com o substantivo “processos”.
Alternativas
Q2154385 Português
Estratégias para um estudo mais produtivo e realizador 

10.png (771×791)
Por Alfredo Freitas

(Disponível em: blog.ambra.education/beneficios-de-estudar/– texto adaptado especialmente para esta prova).
Na frase “Uma pessoa que se dedica aos estudos tem mais oportunidades, supera melhor as dificuldades do dia a dia e assume o controle do tempo útil”, caso o termo “pessoa” fosse flexionado no plural, quantas outras palavras precisariam ter a grafia modificada para assegurar a correta concordância verbo-nominal? 
Alternativas
Q2154383 Português
Estratégias para um estudo mais produtivo e realizador 

10.png (771×791)
Por Alfredo Freitas

(Disponível em: blog.ambra.education/beneficios-de-estudar/– texto adaptado especialmente para esta prova).
Na oração “Alimentação saudável e boas horas de sono são essenciais para um aprendizado eficiente”, o sujeito é:  
Alternativas
Q2154328 Português
TEXTO I
UTILIDADES DEMAIS

Flanando outro dia pela avenida Rio Branco, vi-me sem querer numa galeria formada por camelôs na cidade do Rio de Janeiro. E, como estava ali, caí na tentação de procurar um objeto: uma lanterninha, daquelas micro, de plástico, a pilha. O camelô me mostrou uma pequena peça, que acoplou a seu celular, e produziu um jatinho de luz. Agradeci e respondi que não me servia – “Não uso celular”, expliquei.

O camelô se escandalizou: “Não usa celular???”, perguntou, com vários pontos de interrogação e num volume que o fez ser ouvido por todo mundo em volta. A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, à medida que eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: “Não usa celular!!!”. Para eles, eu devia equivaler a alguém que ainda não tinha aderido ao banho quente ou à luz elétrica. Acho até que um camelô me fotografou, talvez para mostrar a algum amigo incrédulo – como pode haver, em 2017, quem não use celular?

Consciente de ser um anacronismo ambulante, confesso-me esta pessoa e me atrevo a dizer que o celular nunca me fez falta – e continua não fazendo. Para me comunicar, vivo hoje mais ou menos como em 1990, quando o treco ainda não existia e nem se pensava no assunto. 

Ninguém deixa de falar comigo por falta de telefone. Se estou em casa, atendo àquele aparelho que hoje chamam, com desprezo, de “fixo”. Se tiver de sair, faço as ligações de que preciso e vou alegremente para a rua. Se eu estiver fora e alguém me telefonar, paciência – se for importante, ligará de novo.

Por que não uso celular? Porque, com suas 1001 utilidades, tipo Bombril, ele é capaz de me escravizar. O único jeito é manter-me à distância – até o dia em que, com ou sem ele, provavelmente ficarei inviável de vez.

CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ruycastro/2017/07/1905766-utilidades-demais.shtml. Acesso em 03/01/2022. Adaptado.
Em “Se eu estiver fora e alguém me TELEFONAR, paciência – se FOR importante, LIGARÁ de novo” (4°§), a alteração da forma verbal “estiver” por “estivesse” acarreta alteração nas formas verbais destacadas, que passam a 
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Q2154327 Português
TEXTO I
UTILIDADES DEMAIS

Flanando outro dia pela avenida Rio Branco, vi-me sem querer numa galeria formada por camelôs na cidade do Rio de Janeiro. E, como estava ali, caí na tentação de procurar um objeto: uma lanterninha, daquelas micro, de plástico, a pilha. O camelô me mostrou uma pequena peça, que acoplou a seu celular, e produziu um jatinho de luz. Agradeci e respondi que não me servia – “Não uso celular”, expliquei.

O camelô se escandalizou: “Não usa celular???”, perguntou, com vários pontos de interrogação e num volume que o fez ser ouvido por todo mundo em volta. A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, à medida que eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: “Não usa celular!!!”. Para eles, eu devia equivaler a alguém que ainda não tinha aderido ao banho quente ou à luz elétrica. Acho até que um camelô me fotografou, talvez para mostrar a algum amigo incrédulo – como pode haver, em 2017, quem não use celular?

Consciente de ser um anacronismo ambulante, confesso-me esta pessoa e me atrevo a dizer que o celular nunca me fez falta – e continua não fazendo. Para me comunicar, vivo hoje mais ou menos como em 1990, quando o treco ainda não existia e nem se pensava no assunto. 

Ninguém deixa de falar comigo por falta de telefone. Se estou em casa, atendo àquele aparelho que hoje chamam, com desprezo, de “fixo”. Se tiver de sair, faço as ligações de que preciso e vou alegremente para a rua. Se eu estiver fora e alguém me telefonar, paciência – se for importante, ligará de novo.

Por que não uso celular? Porque, com suas 1001 utilidades, tipo Bombril, ele é capaz de me escravizar. O único jeito é manter-me à distância – até o dia em que, com ou sem ele, provavelmente ficarei inviável de vez.

CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ruycastro/2017/07/1905766-utilidades-demais.shtml. Acesso em 03/01/2022. Adaptado.
Em “O camelô ME mostrou uma pequena peça” (1°§), o termo em destaque classificase morfossintaticamente como: 
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Q2154326 Português
TEXTO I
UTILIDADES DEMAIS

Flanando outro dia pela avenida Rio Branco, vi-me sem querer numa galeria formada por camelôs na cidade do Rio de Janeiro. E, como estava ali, caí na tentação de procurar um objeto: uma lanterninha, daquelas micro, de plástico, a pilha. O camelô me mostrou uma pequena peça, que acoplou a seu celular, e produziu um jatinho de luz. Agradeci e respondi que não me servia – “Não uso celular”, expliquei.

O camelô se escandalizou: “Não usa celular???”, perguntou, com vários pontos de interrogação e num volume que o fez ser ouvido por todo mundo em volta. A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, à medida que eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: “Não usa celular!!!”. Para eles, eu devia equivaler a alguém que ainda não tinha aderido ao banho quente ou à luz elétrica. Acho até que um camelô me fotografou, talvez para mostrar a algum amigo incrédulo – como pode haver, em 2017, quem não use celular?

Consciente de ser um anacronismo ambulante, confesso-me esta pessoa e me atrevo a dizer que o celular nunca me fez falta – e continua não fazendo. Para me comunicar, vivo hoje mais ou menos como em 1990, quando o treco ainda não existia e nem se pensava no assunto. 

Ninguém deixa de falar comigo por falta de telefone. Se estou em casa, atendo àquele aparelho que hoje chamam, com desprezo, de “fixo”. Se tiver de sair, faço as ligações de que preciso e vou alegremente para a rua. Se eu estiver fora e alguém me telefonar, paciência – se for importante, ligará de novo.

Por que não uso celular? Porque, com suas 1001 utilidades, tipo Bombril, ele é capaz de me escravizar. O único jeito é manter-me à distância – até o dia em que, com ou sem ele, provavelmente ficarei inviável de vez.

CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ruycastro/2017/07/1905766-utilidades-demais.shtml. Acesso em 03/01/2022. Adaptado.
Em “Ninguém deixa de falar comigo por falta de telefone” (4º§), o sujeito da oração é
Alternativas
Q2154323 Português
TEXTO I
UTILIDADES DEMAIS

Flanando outro dia pela avenida Rio Branco, vi-me sem querer numa galeria formada por camelôs na cidade do Rio de Janeiro. E, como estava ali, caí na tentação de procurar um objeto: uma lanterninha, daquelas micro, de plástico, a pilha. O camelô me mostrou uma pequena peça, que acoplou a seu celular, e produziu um jatinho de luz. Agradeci e respondi que não me servia – “Não uso celular”, expliquei.

O camelô se escandalizou: “Não usa celular???”, perguntou, com vários pontos de interrogação e num volume que o fez ser ouvido por todo mundo em volta. A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, à medida que eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: “Não usa celular!!!”. Para eles, eu devia equivaler a alguém que ainda não tinha aderido ao banho quente ou à luz elétrica. Acho até que um camelô me fotografou, talvez para mostrar a algum amigo incrédulo – como pode haver, em 2017, quem não use celular?

Consciente de ser um anacronismo ambulante, confesso-me esta pessoa e me atrevo a dizer que o celular nunca me fez falta – e continua não fazendo. Para me comunicar, vivo hoje mais ou menos como em 1990, quando o treco ainda não existia e nem se pensava no assunto. 

Ninguém deixa de falar comigo por falta de telefone. Se estou em casa, atendo àquele aparelho que hoje chamam, com desprezo, de “fixo”. Se tiver de sair, faço as ligações de que preciso e vou alegremente para a rua. Se eu estiver fora e alguém me telefonar, paciência – se for importante, ligará de novo.

Por que não uso celular? Porque, com suas 1001 utilidades, tipo Bombril, ele é capaz de me escravizar. O único jeito é manter-me à distância – até o dia em que, com ou sem ele, provavelmente ficarei inviável de vez.

CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ruycastro/2017/07/1905766-utilidades-demais.shtml. Acesso em 03/01/2022. Adaptado.
Em “Se estou em casa, atendo àquele aparelho que hoje chamam, com desprezo, de ‘fixo’” (4°§), o acento indicativo de crase se deve à exigência da preposição “A” por parte da: 
Alternativas
Q2154322 Português
TEXTO I
UTILIDADES DEMAIS

Flanando outro dia pela avenida Rio Branco, vi-me sem querer numa galeria formada por camelôs na cidade do Rio de Janeiro. E, como estava ali, caí na tentação de procurar um objeto: uma lanterninha, daquelas micro, de plástico, a pilha. O camelô me mostrou uma pequena peça, que acoplou a seu celular, e produziu um jatinho de luz. Agradeci e respondi que não me servia – “Não uso celular”, expliquei.

O camelô se escandalizou: “Não usa celular???”, perguntou, com vários pontos de interrogação e num volume que o fez ser ouvido por todo mundo em volta. A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, à medida que eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: “Não usa celular!!!”. Para eles, eu devia equivaler a alguém que ainda não tinha aderido ao banho quente ou à luz elétrica. Acho até que um camelô me fotografou, talvez para mostrar a algum amigo incrédulo – como pode haver, em 2017, quem não use celular?

Consciente de ser um anacronismo ambulante, confesso-me esta pessoa e me atrevo a dizer que o celular nunca me fez falta – e continua não fazendo. Para me comunicar, vivo hoje mais ou menos como em 1990, quando o treco ainda não existia e nem se pensava no assunto. 

Ninguém deixa de falar comigo por falta de telefone. Se estou em casa, atendo àquele aparelho que hoje chamam, com desprezo, de “fixo”. Se tiver de sair, faço as ligações de que preciso e vou alegremente para a rua. Se eu estiver fora e alguém me telefonar, paciência – se for importante, ligará de novo.

Por que não uso celular? Porque, com suas 1001 utilidades, tipo Bombril, ele é capaz de me escravizar. O único jeito é manter-me à distância – até o dia em que, com ou sem ele, provavelmente ficarei inviável de vez.

CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ruycastro/2017/07/1905766-utilidades-demais.shtml. Acesso em 03/01/2022. Adaptado.
Leia: “A frase se espalhou pelos demais camelôs e, em segundos, À MEDIDA QUE eu passava pelo corredor humano, podia sentir os dedos apontados para mim e a frase: ‘Não usa celular!!!’”. (2°§) 
No trecho acima, a locução conjuntiva em destaque, além de unir as orações, estabelece entre os períodos relação semântica de
Alternativas
Q2154281 Português
A poluição nossa de cada dia 

00_40 .png (374×634)
00_55.png (371×275)
00_95.png (372×629)


(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
Mas, graças à sua coragem e persistência, revalidou o diploma universitário e, mesmo quase vencida pela burocracia, fez a vida e conquistou espaço em uma universidade de ponta do país. (L.3-6)
No período acima, o segmento sublinhado apresenta valor semântico de  
Alternativas
Q2154280 Português
A poluição nossa de cada dia 

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(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
O ISS (Instituto Saúde e Sustentabilidade) vem revelando há muito tempo que 4.700 pessoas morrem por doenças respiratórias na cidade de São Paulo a cada ano. (L.20-22) 
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. O período é composto por quatro orações. II. O período é composto por coordenação e subordinação. III. Nele, há um exemplo de objeto indireto.
Assinale 
Alternativas
Q2154278 Português
A poluição nossa de cada dia 

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(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
Susto, angústia, tosse, tosse, tosse, consternação familiar e, mais uma vez, a constatação de que não podemos adiar (1) o que desejamos na vida (2). (L.17-19)

As orações (1) e (2) do período acima se classificam, respectivamente, como 
Alternativas
Q2154277 Português
A poluição nossa de cada dia 

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00_55.png (371×275)
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(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
As filhas e o marido ficaram respirando saudade enquanto a poluição da cidade seguia incólume na busca de novas vítimas. (L.74-76) 
A conjunção sublinhada no período acima apresenta relação semântica, entre as orações, de
Alternativas
Q2154271 Português
A poluição nossa de cada dia 

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(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
Foi então que chegou a notícia, a mesma que, com variações, cedo ou tarde, chegará para todos nós: o anúncio de um tumor no pulmão, mesmo sem nunca ter colocado um cigarro na boca. (L.13-16)

O trecho sublinhado no período acima, em relação ao segmento anterior, apresenta uma
Alternativas
Q2154046 Português
Assinale a alternativa em que a concordância verbal está em conformidade com os preceitos da norma padrão da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q2154045 Português
Leia este texto.
Piscina vem de peixe. Na sua origem, piscina é um “viveiro de peixes”. É um reservatório de água onde era comum criar peixes. Hoje em dia, designa também um tanque artificial para natação. [...] Além da piscina, é bom que nós nos lembremos de outras palavras derivadas de peixe: pisciano (quem nasce sob signo de Peixes); piscicultura (arte de criar e multiplicar peixes); pisciforme (que tem forma de peixe); piscoso (lugar em que há muito peixe).
NORONHA, Sérgio. Dicas de Português. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/.Acesso em: 20 out. 2022.
Na construção desse texto, o autor utiliza como recurso a elipse do sujeito em:
Alternativas
Q2154039 Português
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o texto 1.

Texto 1

      Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. 

        As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural [...] está fadado à extinção?

VIARO, Mário Eduardo. Palavras jogadas fora. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012, p. 52. [Fragmento].
Com base nos exemplos apresentados nas linhas 2 e 3 do texto, “pinchar” classifica-se como um verbo
Alternativas
Q2145155 Português
Coisas antigas

    Já tive muitas capas e infinitos guarda‐chuvas, mas acabei me cansando de tê‐los e perdê‐los; há anos vivo sem nenhum desses abrigos, e também, como toda gente, sem chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida, me plantado debaixo de muita marquise, mas resistido. Como geralmente chove à tarde, mais de uma vez me coloquei sob a proteção espiritual dos irmãos Marinho, e fiz de O Globo meu paraguas de emergência.
    Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três pontos diferentes de meu bairro. Quando o moço de recados veio apanhar a crônica para o jornal, pedi‐lhe que me comprasse um chapéu‐de‐chuva que não fosse vagabundo demais, mas também não muito caro. Ele me comprou um de pouco mais de trezentos cruzeiros, objeto que me parece bem digno da pequena classe média, a que pertenço (uma vez tive um delírio de grandeza em Roma e adquiri a mais fina e soberba umbrella da Via Condotti; abandonou‐me no primeiro bar em que entramos; não era coisa para mim).
    Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pendurei o guarda‐chuva a um canto e me pus a contemplá‐lo. Senti então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor contra guarda‐chuvas cedeu lugar a um estranho carinho, e eu mesmo fiquei curioso de saber qual era a origem desse carinho.
    Pensando bem, ele talvez derive do fato, creio que já notado por outras pessoas, de ser o guarda‐chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. Sou apenas um quarentão, e praticamente nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva. De máquinas como telefone, automóvel etc., nem é bom falar. Mil pequenos objetos de uso mudaram de forma, de cor, de material; em alguns casos, é verdade, para melhor; mas mudaram.
    O guarda‐chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas. De junco fino ou pinho vulgar, de algodão ou de seda animal, pobre ou rico, ele se tem mantido digno.
    Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre, essa pequena barraca ambulante.
    Já na minha infância era um objeto de ares antiquados, que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas características era ser muito usado em enterros. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou faça sol, apesar dos motejos alheios; a estes, respeita. O freguês vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para fugir.  
    Nada disso, entretanto, lhe tira o ar honrado. Ali está ele, meio aberto, ainda molhado, choroso; descansa com uma espécie de humildade ou paciência humana; se tivesse liberdade de movimentos não duvido que iria para cima do telhado quentar sol, como fazem os urubus.
    Entrou calmamente pela era atômica, e olha com ironia a arquitetura e os móveis chamados funcionais: ele já era funcional muito antes de se usar esse adjetivo; e tanto que a fantasia, a inquietação e a ânsia de variedade do homem não conseguiram modificá‐lo em coisa alguma. Não sei há quantos anos existe a Casa Loubet, na Rua Sete de Setembro. Também não sei se seus guarda‐chuvas são melhores ou piores que os outros; são bons; meu pai os comprava lá, sempre que vinha ao Rio, herdei esse hábito.
    Há um certo conforto íntimo em seguir um hábito paterno; uma certa segurança e uma certa doçura. Estou pensando agora se quando ficar um pouco mais velho não comprarei uma cadeira de balanço austríaca. É outra coisa antiga que tem resistido, embora muito discretamente. Os mobiliadores e decoradores modernos a ignoram; já se inventaram dela mil versões modificadas, mas ela ainda existe na sua graça e leveza original. É respeitável como um guarda‐chuva me convém para resguardo da cabeça encanecida, e talvez o embalo de uma cadeira de balanço dê uma cadência mais sossegada aos meus pensamentos, e uma velha doçura familiar aos sonhos de senhor só.

(BRAGA, Rubem. 1913‐1990. 200 crônicas escolhidas – 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)
No período “Nada disso, entretanto, lhe tira o ar honrado.” (8º§), a coerência textual seria prejudicada caso a expressão em destaque fosse substituída por, EXCETO: 
Alternativas
Q2144955 Português
Assinale a frase em que a regência verbal está adequada à norma padrão da língua portuguesa. 
Alternativas
Q2144665 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O que é inflamação e como atua o sistema imunológico

As inflamações estão associadas à dor de uma lesão ou às doenças que ela pode causar, mas elas são parte importante da reação imunológica.

De forma geral, o termo "inflamação" designa todas as atividades do sistema imunológico que ocorrem quando o corpo tenta combater infecções reais ou potenciais, eliminando moléculas tóxicas ou recuperando-se de lesões físicas.

Existem cinco sinais físicos clássicos da inflamação aguda: calor, dor, vermelhidão, inchaço e perda da função. Inflamações fracas podem nem mesmo produzir sintomas perceptíveis, mas o processo celular subjacente é o mesmo.

Vejamos o caso de uma picada de abelha por exemplo. O sistema imunológico age como uma brigada militar com uma ampla variedade de armas no seu arsenal.

Depois de detectar as toxinas, as bactérias e a lesão física causada pela picada, o sistema imunológico envia diversos tipos de células imunológicas para o local atacado pela abelha. Estas incluem as células T, células B, macrófagos e neutrófilos, entre outras.

As células B produzem anticorpos. Esses anticorpos matam as bactérias da ferida e neutralizam as toxinas da picada. Já os macrófagos e neutrófilos envolvem-nas e as destroem. E as células T não produzem anticorpos, mas matarão células infectadas por vírus para evitar a difusão viral.

Além disso, essas células imunológicas produzem centenas de tipos de moléculas denominadas citocinas, que ajudam a combater ameaças e reparar danos do corpo. Mas, como em um ataque militar, as inflamações trazem efeitos colaterais.

Os mediadores que ajudam a matar as bactérias também matam células saudáveis. Outras moléculas mediadoras similares causam vazamento dos vasos sanguíneos, gerando acúmulo de fluidos e o fluxo de mais células imunológicas.

Esses danos colaterais são o motivo do desenvolvimento de inchaços, vermelhidão e dores em volta de uma picada de abelha ou de uma injeção.

Quando o sistema imunológico elimina uma infecção ou invasor externo, diferentes partes da reação inflamatória assumem e ajudam a reparar o tecido lesionado.

Depois de alguns dias, o corpo neutraliza o veneno da picada, elimina eventuais bactérias invasoras e cura qualquer tecido que tenha sido afetado.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-63901846. Adaptado.
Além disso, essas células imunológicas produzem centenas de tipos de moléculas denominadas citocinas.
O predicado da frase é a expressão: 
Alternativas
Respostas
8521: C
8522: C
8523: E
8524: B
8525: E
8526: D
8527: B
8528: A
8529: C
8530: B
8531: D
8532: A
8533: E
8534: D
8535: C
8536: D
8537: C
8538: D
8539: C
8540: C