Questões de Concurso Sobre variação linguística em português

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Q1026991 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Ao analisar a linguagem usada pela autora na construção do seu texto, verifica-se que
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FADESP Órgão: Prefeitura de Rurópolis - PA Provas: FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Analista Fiscal Tributário | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Pedagogo | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Terapeuta Ocupacional | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Odontólogo | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Nutricionista | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Fisioterapeuta | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Microscopista | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Médico Veterinário | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Médico - Todas as Especialidades | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Fonoaudiólogo | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Farmacêutico | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Engenheiro Florestal | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Engenheiro Civil | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Engenheiro Ambiental | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Engenheiro Agrônomo | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Enfermeiro | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Educador Físico | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Coordenador de Programa | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Biomédico | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Biólogo | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Assistente Social | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Professor - Educação Física | FADESP - 2019 - Prefeitura de Rurópolis - PA - Professor - Matemática |
Q1026685 Português
O trecho em que o termo grifado é típico da linguagem coloquial é
Alternativas
Q1020552 Português

Analise a tirinha a seguir.

Imagem associada para resolução da questão

                      


A respeito da linguagem utilizada nesse texto, é correto afirmar:

Alternativas
Q1020521 Português

Analise a imagem a seguir.


Imagem associada para resolução da questão


Sobre tal imagem, analise estas afirmativas.


I. Mimosa é um entre os vários nomes utilizados para identificar a fruta retratada na imagem.

II. A variação linguística regional registra nomes distintos para identificar o mesmo elemento e elege um deles como o correto, de acordo com a norma-padrão.

III. Avariação observada em Minas Gerais – mexerica – está incorreta, de acordo com a norma-padrão.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q1020380 Português
Leia o trecho a seguir.
“Fui introduzida ao trabalho por meio de uma fonte improvável – um cara que trabalhava com propaganda e largou o emprego para se tornar um ativista ambiental em tempo integral.” Disponível em:<www.vice.com>. . Acesso em: 23 jul. 2019.
Os termos destacados remetem a uma linguagem apropriada para situações comunicacionais
Alternativas
Q1018293 Português

Vício na Fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados

(Oswald de Andrade, Pau Brasil, Ed.Globo,)


Aponte a afirmativa CORRETA sobre esse poema em que o sujeito está indeterminado.

Alternativas
Q1017544 Português

Leia o texto a seguir e responda a questão.



Considerando a variedade linguística utilizada pela personagem do texto, analise as afirmativas a seguir, empregando (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.


(    ) Em “Eu, uma mulher assim fornida que nem o seu poliça tá vendo [...]” (linha 8) e em “Ele tava com a boquinha aberta [...]” (linha 13), há o uso da forma reduzida do verbo estar, que é frequentemente encontrada na fala de pessoas com maior ou menor grau de escolaridade.

(  ) No texto, há diversas construções sem as marcas de concordância nominal de número,principalmente, mas de gênero também. A ausência de concordância nominal e verbal na fala de pessoas de alto grau de escolaridade são passíveis de sofrer preconceito linguístico.

(   ) A variedade linguística explorada no texto é característica da variação diacrônica, que representa a variação no tempo, exemplificada pela expressão “Minha Nossa Senhora do Bom Parto!” (linha 2).


A sequência CORRETA de afirmativas verdadeiras (V) e falsas (F), de cima para baixo, é: 

Alternativas
Q1016333 Português
O uso de estruturas como “Deixa ela aí e venha cá com o papai’” (l. 12 e 13) e “Olha, eu vou apanhar ela” (l. 23) denota que:
Alternativas
Q1013798 Português

                 Notre-Dame de Paris, eu não vou dizer adeus


      Carga cultural e moral da catedral transcendeu em muito sua história factual


A Catedral de Notre-Dame em chamas é uma tragédia terrível, como a definiu a prefeita de Paris, Anne Hidalgo. A Notre-Dame é um patrimônio da Humanidade, uma herança gótica inestimável, cuja carga cultural e moral transcendeu em muito sua história factual. Virou o ícone épico de uma era, nas penas de Victor Hugo, em “Notre-Dame de Paris”. É quase uma visão no desenho de Marc Chagal, “Notre-Dame en gris”. Vista da calçada por Rafaelli ou estilizada por Utrilo, a catedral inspirou, enlevou, acolheu escritores, pintores, poetas, pessoas. Nenhum deixou jamais de se emocionar.

[...]

Mas será o fim? Em 1829, a Notre-Dame, transformada em fábrica de pólvora durante a Revolução Francesa, sofreu grande destruição. Pois não foi para conclamar a nova França a salvar a velha, expressa naquela catedral imorredoura, que Victor Hugo pôs-se a escrever? Seu romance, “Notre Dame de Paris”, renomeado posteriormente para “O Corcunda de Notre-Dame”, acolhido pelo povo, animou a mobilização dos esforços para a restauração da Notre-Dame.

Ela é o foco central do romance que teve seu nome como título original, e esta é a marca da maestria narrativa de Hugo. O enredo se constrói a partir da arquitetura da catedral e a força moral da Notre-Dame sobressai-se majestosa, mesmo diante de personagens inesquecíveis como Quasimodo, a jovem Esmeralda e o sinistro arcebispo de Paris, Claude Frollo. Daí haver mais que um laço íntimo entre Quasimodo e a igreja, “uma espécie de misteriosa e preexistente harmonia entre essa criatura e esse edifício”. Precisaremos de outro autor para mobilizar Paris e o mundo para salvar a Notre-Dame dos escombros?

Ou nos basta Victor Hugo com seu tamanho e sua imortalidade? Ainda hoje o Corcunda de Notre-Dame leva multidões ao teatro, quase esquecidas de que a Notre-Dame é um monumento plantado no coração de Paris e sua obra um romance-símbolo da História da França e sua Revolução.

[...]

A vitalidade da Notre-Dame, entretanto, não está na sua arquitetura esplêndida, ou na arte deslumbrante e abundante no seu interior, nos afrescos, nas pinturas, na escultura, nos vitrais. São destrutíveis e restauráveis. Está nos sentimentos poderosos que esta arte em nós provoca. Como escreveu Victor Hugo, “o que conta não é a reprodução dos acontecimentos reais, históricos, mas a das paixões humanas elementares, o medo, a coragem, a vontade de poder, a abnegação, o instinto de morte, o amor”.

Notre-Dame é o coração de Paris e é de todos nós, os que fomos a Paris e a amamos, e os que não foram, mas podem amá-la assim mesmo. Victor Hugo resumiu “o homem, o artista e o indivíduo se apagam nessas grandes construções sem nome de autor; a inteligência humana nelas se resume e se totaliza. O tempo é o arquiteto, o povo é o pedreiro.”

Disponível em: <https://oglobo.globo.com/mundo/artigo-notre-dame-de-paris-eu-nao-vou-dizer-adeus-23603712>. Acesso em: 18 abr. 2019 (Adaptação).

A respeito da linguagem predominante no texto em questão, é correto afirmar que se trata de um(a)
Alternativas
Q1012410 Português

     É verdade que o açaí é uma das frutas mais calóricas que existem?


      Não é, não. Só para comparar, 100 gramas da fruta têm em média 65 calorias. É o mesmo que 100 gramas de manga ou de maçã, e bem menos que 100 gramas de banana (105 calorias), de abacate (162 calorias) ou do supercalórico tamarindo (230 calorias). Mas de onde vem a má fama do açaí? “O que torna o açaí consumido nas lanchonetes bastante calórico é a adição de outros ingredientes no preparo da polpa, como açúcar e xarope de guaraná”, explica o químico Hervé Rogez, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e autor do livro Sabor Açaí.

      O famoso açaí “na tigela”, popular na Região Sudeste, é preparado justamente com essa polpa turbinada. E com uma agravante: muitas vezes, o açaí vem acompanhado de outras delícias, como banana e granola, que aumentam muito o total de calorias [...]. Mas não entre na neura de ficar contando calorias que nem louco. Vale a pena comer açaí de vez em quando, porque ele é supernutritivo. “Primeiro, o açaí tem ação antioxidante – ele é tão bom quanto o vinho para retardar o envelhecimento. Segundo, sua gordura é saudável, semelhante à do azeite de oliva, e faz bem ao sistema cardiovascular”, afirma a nutricionista Cynthia Antonaccio [...]. Sem contar que a fruta é rica em fibras, manganês, cobre, cálcio, magnésio, proteínas e potássio.

      Uma última curiosidade sobre a fruta é que seu modo de consumo no Norte e Nordeste do país é bem diferente. Nessas regiões, suco de açaí é misturado à farinha de mandioca ou tapioca. O produto final é um mingau meio doce, que os nortistas adoram comer com peixe frito.

                                                         

         Disponível em http://mundoestranho

Analise os períodos a seguir. Qual dos períodos tem linguagem informal, popular?


I. O produto final é um mingau meio doce, que os nortistas adoram comer com peixe frito.

II. Uma última curiosidade sobre a fruta é que seu modo de consumo no Norte e Nordeste...

III. ... sua gordura é saudável, semelhante à do azeite de oliva, e faz bem ao sistema cardiovascular...

IV. ...seu modo de consumo no Norte e Nordeste do país é bem diferente.

V. Mas não entre na neura de ficar contando calorias que nem louco.

Alternativas
Q1008026 Português

Imagem associada para resolução da questão


A respeito da tira, analise as afirmativas.


I. Chico Bento, personagem-aluno advindo do meio rural, emprega uma linguagem diretamente ligada ao seu grupo social e ao seu grau de instrução, o que muitas vezes leva ao preconceito linguístico.

II. A postura corporal e a expressão facial de Chico Bento são as mesmas nos dois quadrinhos, pois ele tenta não sofrer castigo possível de ser infringido pela professora.

III. Na conversa com a professora, Chico Bento tem um objetivo específico: contar a ela que não conseguiu fazer a lição de casa, mas, para não ser repreendido, antecipou o compromisso da professora em não repreendê-lo.

IV. A fala de Chico no segundo quadrinho, na variedade culta da linguagem, seria: Ainda bem, professora, porque eu não fiz a lição de casa hoje.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q1007301 Português

                                         As formigas


      Quando minha prima e eu descemos do táxi, já era quase noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas ovaladas, iguais a dois olhos tristes, um deles vazado por uma pedrada. Descansei a mala no chão e apertei o braço da prima.

      — É sinistro.

      Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um preço melhor a duas pobres estudantes com liberdade de usar o fogareiro no quarto, a dona nos avisara por telefone que podíamos fazer refeições ligeiras com a condição de não provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando a creolina.

      — Pelo menos não vi sinal de barata — disse minha prima.

      A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a asa da graúna. Vestia um desbotado pijama de seda japonesa e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de esmalte vermelho-escuro, descascado nas pontas encardidas. Acendeu um charutinho. — É você que estuda medicina? — perguntou soprando a fumaça na minha direção.

      — Estudo direito. Medicina é ela.

      A mulher nos examinou com indiferença. Devia estar pensando em outra coisa quando soltou uma baforada tão densa que precisei desviar a cara. A saleta era escura, atulhada de móveis velhos, desparelhados. No sofá de palhinha furada no assento, duas almofadas que pareciam ter sido feitas com os restos de um antigo vestido, os bordados salpicados de vidrilho.

      Vou mostrar o quarto, fica no sótão — disse ela em meio a um acesso de tosse. Fez um sinal para que a seguíssemos. 

      — O inquilino antes de vocês também estudava medicina, tinha um caixotinho de ossos que esqueceu aqui, estava sempre mexendo neles.

      Minha prima voltou-se:

      — Um caixote de ossos?

      A mulher não respondeu, concentrada no esforço de subir a estreita escada de caracol que ia dar no quarto. Acendeu a luz. O quarto não podia ser menor, com o teto em declive tão acentuado que nesse trecho teríamos que entrar de gatinhas. Duas camas, dois armários e uma cadeira de palhinha pintada de dourado. No ângulo onde o teto quase se encontrava com o assoalho, estava um caixotinho coberto com um pedaço de plástico. Minha prima largou a mala e, pondo-se de joelhos, puxou o caixotinho pela alça de corda. Levantou o plástico. Parecia fascinada.

      — Mas que ossos tão miudinhos! São de criança?

      — Ele disse que eram de adulto. De um anão.

      — De um anão? é mesmo, a gente vê que já estão formados… Mas que maravilha, é raro a beça esqueleto de anão. E tão limpo, olha aí — admirou-se ela. Trouxe na ponta dos dedos um pequeno crânio de uma brancura de cal. — Tão perfeito, todos os dentinhos!

      — Eu ia jogar tudo no lixo, mas se você se interessa pode ficar com ele. O banheiro é aqui ao lado, só vocês é que vão usar, tenho o meu lá embaixo. Banho quente extra. Telefone também. Café das sete às nove, deixo a mesa posta na cozinha com a garrafa térmica, fechem bem a garrafa recomendou coçando a cabeça. A peruca se deslocou ligeiramente. Soltou uma baforada final: — Não deixem a porta aberta senão meu gato foge.

      Ficamos nos olhando e rindo enquanto ouvíamos o barulho dos seus chinelos de salto na escada. E a tosse encatarrada.

      Esvaziei a mala, dependurei a blusa amarrotada num cabide que enfiei num vão da veneziana, prendi na parede, com durex, uma gravura de Grassmann e sentei meu urso de pelúcia em cima do travesseiro. Fiquei vendo minha prima subir na cadeira, desatarraxar a lâmpada fraquíssima que pendia de um fio solitário no meio do teto e no lugar atarraxar uma lâmpada de duzentas velas que tirou da sacola. O quarto ficou mais alegre. Em compensação, agora a gente podia ver que a roupa de cama não era tão alva assim, alva era a pequena tíbia que ela tirou de dentro do caixotinho. Examinou-a. Tirou uma vértebra e olhou pelo buraco tão reduzido como o aro de um anel. Guardou-as com a delicadeza com que se amontoam ovos numa caixa.

      — Um anão. Raríssimo, entende? E acho que não falta nenhum ossinho, vou trazer as ligaduras, quero ver se no fim da semana começo a montar ele.

      Abrimos uma lata de sardinha que comemos com pão, minha prima tinha sempre alguma lata escondida, costumava estudar até de madrugada e depois fazia sua ceia. Quando acabou o pão, abriu um pacote de bolacha Maria.

      — De onde vem esse cheiro? — perguntei farejando. Fui até o caixotinho, voltei, cheirei o assoalho. — Você não está sentindo um cheiro meio ardido?

      — É de bolor. A casa inteira cheira assim — ela disse. E puxou o caixotinho para debaixo da cama.

      No sonho, um anão louro de colete xadrez e cabelo repartido no meio entrou no quarto fumando charuto. Sentou-se na cama da minha prima, cruzou as perninhas e ali ficou muito sério, vendo-a dormir. Eu quis gritar, tem um anão no quarto! mas acordei antes. A luz estava acesa. Ajoelhada no chão, ainda vestida, minha prima olhava fixamente algum ponto do assoalho.

      — Que é que você está fazendo aí? — perguntei.

      — Essas formigas. Apareceram de repente, já enturmadas. Tão decididas, está vendo?

      Levantei e dei com as formigas pequenas e ruivas que entravam em trilha espessa pela fresta debaixo da porta, atravessavam o quarto, subiam pela parede do caixotinho de ossos e desembocavam lá dentro, disciplinadas como um exército em marcha exemplar.

      — São milhares, nunca vi tanta formiga assim. E não tem trilha de volta, só de ida — estranhei.

      — Só de ida.

      Contei-lhe meu pesadelo com o anão sentado em sua cama.

      — Está debaixo dela — disse minha prima e puxou para fora o caixotinho. Levantou o plástico.

      — Preto de formiga. Me dá o vidro de álcool.

      — Deve ter sobrado alguma coisa aí nesses ossos e elas descobriram, formiga descobre tudo. Se eu fosse você, levava isso lá pra fora.

      — Mas os ossos estão completamente limpos, eu já disse. Não ficou nem um fiapo de cartilagem, limpíssimos. Queria saber o que essas bandidas vêm fuçar aqui.

      Respingou fartamente o álcool em todo o caixote. Em seguida, calçou os sapatos e como uma equilibrista andando no fio de arame, foi pisando firme, um pé diante do outro na trilha de formigas. Foi e voltou duas vezes. Apagou o cigarro. Puxou a cadeira. E ficou olhando dentro do caixotinho.

      — Esquisito. Muito esquisito.

      — O quê?

      — Me lembro que botei o crânio em cima da pilha, me lembro que até calcei ele com as omoplatas para não rolar. E agora ele está aí no chão do caixote, com uma omoplata de cada lado. Por acaso você mexeu aqui?

      — Deus me livre, tenho nojo de osso. Ainda mais de anão.

      Ela cobriu o caixotinho com o plástico, empurrou-o com o pé e levou o fogareiro para a mesa, era a hora do seu chá. No chão, a trilha de formigas mortas era agora uma fita escura que encolheu. Uma formiguinha que escapou da matança passou perto do meu pé, já ia esmagá-la quando vi que levava as mãos à cabeça, como uma pessoa desesperada. Deixei-a sumir numa fresta do assoalho.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. In: STEEN, Edla van. O conto da mulher brasileira. 3 ed. São Paulo: Global, 2007. p. 91-94. Fragmento.

“— Me lembro que botei o crânio em cima da pilha, me lembro que até calcei ele com as omoplatas para não rolar.”


Nesse trecho, há construções em desacordo com a norma-padrão no que diz respeito à

Alternativas
Q1007240 Português

“Ler, escrever e refletir sobre a língua. Essas três tarefas – que no fundo são uma só: desenvolver o letramento – constituem toda a missão da escola no que diz respeito à educação em língua materna. Não há tempo a perder com outras práticas que já se comprovaram absolutamente irrelevantes e inúteis para se cumprir essa missão”

(BAGNO, M. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2013).


De acordo com o excerto acima, há práticas pedagógicas que se mostraram ineficazes para a educação em língua materna, ou seja, que não levam a desenvolver a leitura, escrita e reflexão sobre a língua. Assinale a alternativa que apresenta atividades dessa natureza.

Alternativas
Q1007238 Português

Marcuschi assume que, de acordo com as diferentes posições existentes, pode-se ver a língua:

i) como forma ou estrutura – um sistema de regras que defende a autonomia do sistema diante das condições de produção;

ii) como instrumento – transmissor de informações, sistema de codificação;

iii) como atividade cognitiva – ato de criação e expressão do pensamento típica da espécie humana;

iv) como atividade sociointerativa situada – a perspectiva sociointeracionista relaciona os aspectos históricos e discursivos.

(adaptado de: MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Cortez, 2008).


Considerando as diferentes correntes apresentadas por Marcuschi, assinale aquela que representa a concepção de língua como atividade sociointerativa:

Alternativas
Q1007100 Português
A passagem “A língua que o aluno traz para a escola.” (linha 31) reflete uma ideia de gramática por meio de descrição do fenômeno natural de aquisição gramatical, o que se denomina de gramática descritiva ou de linguística descritiva. Um dos principais pesquisadores brasileiros sobre neste assunto, tendo-se como base a gramática escrita por ele (ela), é
Alternativas
Q1007099 Português
Sobre o trecho “que mostram que a reflexão sobre uma língua natural ensina o método científico, auxilia no ensino de ciências e matemática e desenvolve as capacidades de leitura e escrita.” (linhas 8 a 9), um dos assuntos estudados que mais inter-relaciona linguística com conhecimentos matemáticos é
Alternativas
Q1007098 Português
No trecho, “Contrariamente ao senso comum, que acredita haver uma única língua no Brasil, há muitas línguas no Brasil, somos multilíngues.” (linhas 41 e 42), pode-se depreender fala que faz uma análise
Alternativas
Q1007095 Português
Em razão da escolha da citação do educador brasileiro Paulo Freire, pode-se inferir que há um “alerta” das autoras acerca da necessidade de que se evitem os autoritarismos (imposições) em relação ao ensino de língua no Brasil, com o objetivo de que a aprendizagem linguística não cause traumas ao educando, bem como não o afaste da língua “que é dele”. Uma obra de linguística brasileira que trabalha, por meio da sociolinguística, a relação do falante com os falares, de modo a ter como um dos principais objetivos demonstrar que não há apenas uma gramática, mas sim, “gramáticas” e que não pode haver estigmatização linguística é
Alternativas
Q1007093 Português
No trecho “As aulas de língua portuguesa podem não apenas versar sobre o português e suas variedades, elas podem ser uma oportunidade para se conhecer outras línguas, compará-las.” (linhas 16 a 18), pode-se inferir que as autoras pretenderam validar a lógica da
Alternativas
Q1007092 Português
Acerca do trecho “(..) são também uma intervenção na sociedade, não apenas para desmistificar muitos dos preconceitos que a sociedade brasileira ainda tem quanto à língua, mas principalmente para formar cidadãos críticos, que sabem avaliar um argumento.” (linhas 21 a 23), uma forma de confrontá-lo é
Alternativas
Respostas
841: B
842: A
843: D
844: A
845: B
846: C
847: A
848: C
849: B
850: E
851: A
852: B
853: C
854: B
855: A
856: A
857: A
858: D
859: A
860: A