Questões de Concurso
Sobre formação das palavras: composição, derivação, hibridismo, onomatopeia e abreviação em português
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“– Draco Malfoy – explicou Harry. – Ele me odeia. – Draco Malfoy? – perguntou Jorge, virando-se. – O filho de Lúcio Malfoy? – Deve ser, não é um nome muito comum, é? – Disse Harry. – Por quê? – Já ouvi papai falar nele. Era um grande seguidor de Você-Sabe-Quem. – E quando Você-Sabe-Quem desapareceu – acrescentou Fred, esticando-se para olhar para Harry –, Lúcio Malfoy voltou dizendo que nunca tivera intenção de fazer nada. Um monte de [...]... Papai acha que ele fazia parte do círculo íntimo de Você-Sabe-Quem.”
(ROWLING, J. K. Harry Potter e a câmara secreta. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. p. 31.)
O processo de formação de palavras que deu origem ao substantivo “Você-Sabe-Quem”, conforme se apresentam suas características, é a:
CIENTISTAS CHILENOS ENCONTRAM FÓSSIL DE UM PTEROSSAURO NO ATACAMA
Réptil voador habitou o planeta Terra no período jurássico há cerca de 160 milhões de anos atrás
Uma equipe de cientistas chilenos identificou pela primeira vez, no deserto do Atacama, restos fósseis de um pterossauro, um dragão voador que habitou esta região do norte do país durante o período Jurássico, há cerca de 160 milhões de anos, informou, nesta sexta-feira (10), a Universidade do Chile.
O grupo de pesquisadores da Universidade do Chile descobriu, durante uma expedição realizada em 2009, alguns restos fósseis muito bem preservados de uma espécie desconhecida, que podia ser um animal pré-histórico marinho do período Jurássico.
O fóssil foi encontrado na localidade de Cerritos Bayos, a 30 km da cidade de Calama, em pleno deserto do Atacama. O local tem sido uma região de importantes descobertas paleontológicas.
Mas análises posteriores determinaram que se tratava de um pterossauro perto da idade adulta, pertencente à subfamília Ramphorhynchinae, do qual foi encontrado o úmero esquerdo, uma possível vértebra dorsal e dois fragmentos de uma falange de asa, todos preservados em três dimensões.
Cerritos Bayos tem sido uma região de importantes descobertas paleontológicas. A mesma equipe descobriu em 2020 plesiossauros dos gêneros Muraenosaurus e Vinialesaurus e também os primeiros restos de pliossauros (parentes dos plesiossauros, mas com crânios grandes e pescoço curto), lembrou a Universidade do Chile.
Disponível em: https://noticias.r7.com/tecnologiae-ciencia/cientistas-chilenos-encontram- ossil-de-umpterossauro-no-atacama-10092021 (adaptado)
A era do petróleo e algumas de suas histórias
(Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/aspectos-historicoeconomicos – texto adaptado especialmente para esta prova).


I. Na derivação parassintética, ocorre a adjunção simultânea de prefixo e sufixo a um radical, de tal modo que a supressão de um ou de outro resulta necessariamente em uma forma existente na língua portuguesa.
II. São exemplos de adjetivos as seguintes palavras: bovino, carreata, insegurança, reagir e correição.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Um exemplo de que o numeral ordinal nunca se flexiona em relação ao substantivo pode ser visto na frase: “O erro está no capítulo segundo”.
II. A composição por aglutinação está presente nos seguintes exemplos: “pernilongo”, “planalto”, “boquiaberta”, “embora”, “fidalgo”.
Marque a alternativa CORRETA:
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
A lição da borboleta
Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta esforçando-se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças e ficou imóvel.
O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura, abriu o restante do casulo, e libertando-a imediatamente. Mas, seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la, esperando que as asas dela se abrissem e a qualquer momento ela levantasse voo. Contudo, nada disso aconteceu; na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas, incapaz de voar.
O que o homem - em sua gentileza e vontade de ajudar - não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura, foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas.
Algumas vezes, um esforço extra é justamente o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço no começo, ou quem tem uma ajuda errada, no término acaba sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino.
https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html - Adaptado
Instrução: A questão a abaixo refere-se ao texto.
I. A palavra foi formada pelo processo de derivação parassintética.
II. Trata-se de palavra polissílaba e oxítona.
III. Um sinônimo possível seria “desmoronamento”.
Quais estão corretas?
Coronavírus expõe a nossa desinformação sobre a China,
o maior fenômeno econômico dos nossos tempos
Não é a primeira vez que a China passa por uma crise epidêmica. A história das doenças contagiosas que espalham medo é longa. Também é longa a história de como as autoridades chinesas, com seus erros e acertos, contornaram suas próprias crises, como no surto de cólera de 1949 e a varíola em 1950.
A mais recente e marcante epidemia foi a Síndrome Respiratória Aguda Severa, a Sars, na sigla em inglês. Como pontuaram os sinólogos Arthur Kleinman e James Watson, no livro “Sars in China: prelude to pandemic?”, a Sars em 2003 provocou uma das mais sérias crises de saúde de nossos tempos. Kleinman, que tem cinco décadas de experiência em intervenção em saúde pública na China, acredita que a epidemia foi uma espécie de prelúdio de novas catástrofes de saúde que viriam acontecer no século 21. Ainda que o número de mortes tenha sido de aproximadamente 1.000 pessoas — pequeno, comparado a outras epidemias —, a Sars mobilizou inseguranças, medos e preconceitos sobre o país. Os Estados Unidos não pouparam os boatos de que se estaria espalhando bioterror em seu território. O impacto sobre as vidas humanas na China e sobre a economia global foi tremendo, desvelando a fragilidade do mundo globalizado.
Passada a Sars, hoje a notícia do coronavírus se espalha por meio de uma onda de pânico moral que mistura fake news, desinformação, racismo e estereótipos tolos. Notícias falsas gravíssimas percorrem o WhatsApp. A mais debatida nas redes sociais foi a de que o vírus teria tido origem na sopa de morcegos, o que fez com que brasileiros — que vivem no país em que se come coração de galinha e tripa de boi — ficassem escandalizados. Um vídeo no Twitter mostrava uma cena grotesca de um jovem chinês comendo um pássaro vivo, como a prova cabal de que era por isso que o vírus se espalha.
Na apuração de informações para esta coluna, descobri, com a ajuda do professor David Nemer, da Universidade de Virgínia (EUA), que grupos no WhatsApp foram inundados de boatos, em forma de “breaking news”, que diziam que os chineses estavam morrendo caídos nas ruas, que pais abandonaram filhos no aeroporto ao saberem da contaminação e que 23 milhões de pessoas estavam em quarentena e 112 mil haviam morrido. Essa é a narrativa apocalíptica — ou a doutrina do choque, como diria a escritora Naomi Klein — sempre muito bem manipulada para fins políticos.
Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.
Tudo isso repete o antigo imaginário euro-estadunidense que procura associar a China à impureza simbólica e concreta. Há pelo menos 30 anos, a imprensa liberal ocidental, quando aborda a produção de manufaturas baratas, recorre sistematicamente à expressão “infestação” do mundo de mercadorias chinesas. Os chineses estão sempre contaminando o mundo de alguma forma.
É evidente que a manchete do hospital tem uma intenção positiva, que é mostrar uma China dinâmica, com tecnologia de ponta e vontade governamental para resolver seus problemas internos. Mas não deixa de ser o estereótipo do outro extremo, que reatualiza o eterno retorno da mítica chinesa acerca de suas grandiosas construções.
Autores como historiador búlgaro Tzvetan Todorov e o antropólogo francês François Laplantine mostraram que a imagem do Brasil pelos missionários europeus no século 16 era ambivalente: entre o mau e o bom selvagem, paraíso ou inferno. Os maus selvagens eram os indígenas rudes, sem roupa, sem pelo, sem alma. Os bons selvagens eram os nativos de alma pura, que não conheciam a malícia e a maldade.
No caso dos morcegos e desinformação, vê-se um etnocentrismo cru que desumaniza o outro. No caso do hospital, cai-se em idealização também estereotipada.
É importante frisar que não estou fazendo uma crítica a quem compartilhou a notícia. Eu mesma compartilhei. A construção rápida de um hospital mostra pragmatismo diante da calamidade. Além disso, a notícia tem um papel político para se opor à fantasia acerca dos morcegos, que fixam os chineses em um lugar bárbaro e exótico.
O problema, portanto, não é nossa ação individual, mas precisamente o desalentadorfato de que, entre o morcego e o hospital, não sobra quase nada. Caímos sempre na armadilha do dualismo “tradição-modernidade”. Se a gente olha esse debate de longe, estruturalmente, o que concluímos é que não saímos do mesmo lugar de narrativas extremas e caricatas sobre o maior fenômeno econômico mundial dos nossos tempos. Sabemos muito pouco sobre o país mais populoso do mundo, com quase 1,4 bilhão de pessoas. [...]
MACHADO, Rosana. Disponível em: www.theintercept.
com/2020/01/28/coronavirus-desinformacao-china.
Acesso em: 27 out. 2021.
INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir para responder à questão.
TEXTO III
Certas coisas figadais
Millôr Fernandes
Quando Tongo Tango, interrogado por Jango Lomango sobre a morte de seu pai, respondeu que ele tinha morrido depois de comer patê de foagrá (pasta feita com fígado de ganso), Lomango se espantou:
– Como? O fígado estava podre?
– Não – explicou Tongo Tango –, estava bom. Mas todos sabem que não se deve comer fígado de ganso, porque é uma coisa terrivelmente tóxica. Mortal.
– Que bobagem mais boba! – riu-se Lomango. – Se o fígado de ganso fosse tóxico, os gansos não andariam por aí, lampeiros. Não resistiriam ao próprio fígado.
– Resistem – concordou Tongo –, mas resistem pouco. Os gansos vivem 2% do que vive o ser humano exatamente por causa do fígado.
Lomango calou-se, abalado. E como ele próprio possuía um ganso, nessa noite, na surdina, pegou um facão, foi ao quintal, abriu o ganso e lhe tirou o fígado. E ao ver que o ganso morria, concluiu sabiamente:
– Tongo tem toda razão. Se o fígado fora do ganso lhe faz tanto mal, imagina se permanecesse mais tempo lá dentro.
MORAL: Toda lógica é mortal.
FERNANDES, Millôr. 100 Fábulas fabulosas.
Rio de Janeiro: Record, 2003.
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
Quarentena de afeto
O Brasil tem passado por uma recessão, reflexo do quadro social e sanitário. Ainda assim, segundo Nelo Marraccini, do IPB, mesmo com as dificuldades impostas pela crise que veio junto da pandemia, muitas famílias não deixam de cuidar de seu pet.
O abandono aumentou, mas as buscas por adoção subiram 400% de acordo com a União Internacional Protetora dos Animais (Uipa).
Entre os que assumiram as “alegrias e agruras” de um animalzinho no período da pandemia, está o casal Marina e Renan Malta do Rio de Janeiro. “Em março do ano passado, quatro meses depois de casados, nós nos vimos trabalhando em home office, sem poder sair de casa. Então resolvemos realizar um sonho e adotar a Lily, um filhote vira-lata de 32 dias. Todo mundo nos dizia que cuidar de um animal dá muito trabalho, mas que compensa, o que é verdade. A gente só não contava que ela apresentasse problemas comportamentais”, conta Marina.
“Além de roer quase todos os móveis com seus dentinhos afiados, Lily passou a se sentir a dona da casa entre três e quatro meses, mostrando-se reativa e agressiva. Nesse momento, eu precisei pesquisar tudo sobre o mercado pet e descobri vários serviços e produtos. Contratamos, então, o primeiro adestrador e a colocamos na creche para ajustar a rotina e a socialização. Também conheci os mordedores naturais, que estimulam o instinto do cão e são importantes na preservação do meio ambiente. Assim, ela extravasa toda energia e não rói mais os móveis.”
(Revista Proteste)
Disponível em: <tirasarmandinho>. Acesso em 18 de outubro de 2021.
I. As representações de sons ou ruídos são _______________. Exemplos: atchim, blá-blá-blá, snif, buá.
II. As ____________ se formam pela junção das letras iniciais de um conjunto de palavras. Exemplos: Enem (de Exame Nacional do Ensino Médio).
III. Chama-se _________ uma nova palavra criada geralmente em situação informal e na modalidade falada, que expressa a identidade de um grupo de falantes.
IV. O __________ é um vocabulário técnico ligado a um ramo de atividade. Exemplo: o uso das palavras goleada e bicicleta no futebol.
Marque a alternativa que completa respectivamente as lacunas de forma CORRETA.