Questões de Concurso Sobre concordância verbal, concordância nominal em português

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Q34805 Português
A memória ajuda a definir quem somos. Na verdade, nada
é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que o
conjunto de experiências armazenadas em sua mente. E a
facilidade com que ela acessa esse arquivo é vital para que
possa interpretar o que está à sua volta e tomar decisões. Cada
vez que a memória decai, e conforme a idade isso ocorre em
maior ou menor grau, perde-se um pouco da interação com o
mundo. Mas a ciência vem avançando no conhecimento dos
mecanismos da memória e de como fazer para preservá-la.
Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que
será uma realidade a manipulação da mente humana. Isso já
está sendo feito em animais. Cientistas brasileiros e americanos
demonstraram ser possível apagar, em laboratório, certas
lembranças adquiridas por cobaias. Tudo indica que as mesmas
técnicas podem ser usadas também para conseguir o efeito
inverso: ampliar a capacidade de reter fatos e experiências na
mente. Há pouco tempo pesquisadores da Universidade da
Califórnia detalharam como as proteínas estão relacionadas ao
surgimento de novas lembranças nos neurônios e à modificação
das já existentes.
Como ocorreu com o DNA no século passado, os códigos
fisiológicos que regulam a memória estão sendo decifrados.
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados
Unidos, nada menos que um quinto do financiamento em pesquisas
médicas do governo federal vai para as tentativas de
compreender os mecanismos do cérebro. Os estudos sobre a
memória têm um lugar destacado nesse esforço científico.
Afinal de contas, mantê-la em perfeito funcionamento tornou-se
uma preocupação central nas sociedades modernas, em que
dois fenômenos a desafiam: o primeiro é a exposição a uma
carga excessiva de informações, que o cérebro precisa processar,
selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; o segundo
é o aumento da expectativa de vida, que se traduz numa
população mais vulnerável a distúrbios associados à perda de
memória.
Um dos caminhos investigados pelos cientistas para
deter as degenerações que resultam em perda mnemônica é
induzir a produção de novos neurônios - a neurogênese. Até
pouco tempo atrás, acreditava-se que as células do cérebro não
se regeneravam. Esse mito foi derrubado e hoje se sabe que
em algumas estruturas cerebrais o nascimento de células
nervosas é um fenômeno comum. O experimento indica que,
se os cientistas conseguirem estimular de maneira controlada a
neurogênese, poderão aplicar essa técnica tanto para
compensar a morte de células causada por uma doença
degenerativa como, em tese, para melhorar a capacidade de
memorização de uma pessoa saudável. Esse será, certamente,
um dia inesquecível.
(Diogo Schelp. Veja. 13 de janeiro de 2010, pp. 79-87, com
adaptações)


A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
Alternativas
Q34795 Português
O heroísmo é um dos últimos enigmas do comportamento
humano. Quando se trata de entendê-lo por meio de
explicações racionais, é tão incompreensível quanto sua gêmea
maligna, a brutalidade.
Os psicopatas são mais transparentes do que os heróis.
Pelo menos já descobrimos o que os torna perigosos: sua
incapacidade de sentir qualquer empatia pelos outros. Já o
heroísmo extremo é de difícil explicação científica. Trata-se de
um impulso ilógico que desafia a biologia, a psicologia e o bom
senso. Charles Darwin tinha dificuldades em explicar a ideia de
se expor para salvar a vida de um estranho. "Aquele disposto a
sacrificar a sua vida, como muitos selvagens o fazem, em vez
de trair seus companheiros, frequentemente não deixa
descendentes para herdar sua nobre natureza", observou ele,
que consequentemente não conseguia encaixar o heroísmo na
teoria da sobrevivência do mais forte.
Morrer pelos próprios filhos? Perfeitamente lógico. De
acordo com Darwin, nossa única razão de existir é passar
nossos genes para a próxima geração. Mas, e morrer pelos
outros? Contraproducente. Afinal, não importa quantos heróis
fossem gerados, bastaria uma besta egoísta atleticamente
sexual para minar toda a linhagem heroica. Os filhos dos
egoístas se multiplicariam, enquanto os filhos dos super-heróis
que seguissem o exemplo do superpai se sacrificariam até à
extinção. Não é difícil de entender por que o comportamento
heroico é raro.
Então, se todas as forças evolutivas e consequências
desvantajosas conspiram contra o heroísmo, por que tal comportamento
existe? Segundo o biólogo Lee Dugatkin, o heroísmo,
uma forma de altruísmo, provavelmente data da época em
que vivíamos em tribos nômades, onde as pessoas tinham entre
si alguma conexão familiar. Ao praticar um ato heroico, elas
estariam salvando uma parte de seu material genético.
Estamos cercados de situações que banalizam o mal.
Segundo Hannah Arendt, teórica política alemã, a brutalidade é
disseminada. Gostamos de pensar que a linha entre o bem e o
mal é impermeável, que as pessoas que cometem atrocidades
estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamais cruzaremos
a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos
construir circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente
nos corrompem: uma sociedade detentora de sistemas que
permitam a contestação, a crítica e a verdade. Quem sabe
assim não precisaremos de super-heróis para garantir direitos
básicos de cidadania.
(Andrea Kauffmann Zeh, O Estado de S. Paulo, Aliás, J7, 21 de
junho de 2009, com adaptações)
Substituindo-se os segmentos grifados pelas expressões entre parênteses subsequentes, o verbo deverá permanecer no singular em:
Alternativas
Q34254 Português
Imagem 003.jpg

Acerca do vocabulário e das estruturas linguísticas empregados
no texto II, julgue C ou E.
Como o fato expresso pela forma verbal "coube" (l.20) pode ser atribuído aos dois núcleos do sujeito, relacionados por adição, a substituição dela por couberam seria gramaticalmente correta.
Alternativas
Q32543 Português
Cultura de massa e cultura popular

O poder econômico expansivo dos meios de
comunicação parece ter abolido, em vários momentos e
lugares, as manifestações da cultura popular, reduzindo-as à
função de folclore para turismo. Tal é a penetração de certos
programas de rádio e TV junto às classes pobres, tal é a
aparência de modernização que cobre a vida do povo em todo o
território brasileiro, que, à primeira vista, parece não ter sobrado
mais nenhum espaço próprio para os modos de ser, pensar e
falar, em suma, viver, tradicionais e populares.

A cultura de massa entra na casa do caboclo e do
trabalhador da periferia, ocupando-lhe as horas de lazer em que
poderia desenvolver alguma forma criativa de autoexpressão;
eis o seu primeiro tento. Em outro plano, a cultura de massa
aproveita-se dos aspectos diferenciados da vida popular e os
explora sob a categoria de reportagem popularesca e de
turismo. O vampirismo é assim duplo e crescente; destrói-se por
dentro o tempo próprio da cultura popular e exibe-se, para
consumo do telespectador, o que restou desse tempo, no
artesanato, nas festas, nos ritos. Poderíamos, aqui, configurar
com mais clareza uma relação de aparelhos econômicos
industriais e comerciais que exploram, e a cultura popular, que é
explorada. Não se pode, de resto, fugir à luta fundamental: é o
capital à procura de matéria-prima e de mão de obra para
manipular, elaborar e vender. A macumba na televisão, a escola
de samba no Carnaval estipendiado para o turista, são
exemplos de conhecimento geral.

No entanto, a dialética é uma verdade mais séria do que
supõe a nossa vã filosofia. A exploração, o uso abusivo que a
cultura de massa faz das manifestações populares não foi ainda
capaz de interromper para sempre o dinamismo lento, mas
seguro e poderoso da vida arcaico-popular, que se reproduz
quase organicamente em microescalas, no interior da rede
familiar e comunitária, apoiada pela socialização do parentesco,
do vicinato e dos grupos religiosos.

(Alfredo Bosi. Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia
das Letras, 1992, pp. 328-29)
Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a frase:
Alternativas
Q31970 Português
Administração da linguagem

Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se
sabe, prefeito da cidade alagoana de Palmeira dos Índios. Sua
gestão ficou marcada não exatamente por atos administrativos
ou decisões políticas, mas pelo relatório que o prefeito deixou,
terminado o mandato. A redação desse relatório é primorosa,
pela concisão, objetividade e clareza (hoje diríamos:
transparência), qualidades que vêm coerentemente combinadas
com a honestidade absoluta dos dados e da autoavaliação -
rigorosíssima, sem qualquer complacência - que faz o prefeito.
Com toda justiça, esse relatório costuma integrar sucessivas
edições da obra de Graciliano. É uma peça de estilo raro e de
espírito público incomum.

Tudo isso faz pensar na relação que se costuma promover
entre linguagens e ofícios. Diz-se que há o "economês", jargão
misterioso dos economistas, o "politiquês", estilo evasivo
dos políticos, o "acadêmico", com o cheiro de mofo dos baús da
velha retórica etc. etc. E há, por vezes, a linguagem processual,
vazada em arcaísmos, latinismos e tecnicalidades que a tornam
indevassável para um leigo. Há mesmo casos em que se pode
suspeitar de estarem os litigantes praticando - data venia - um
vernáculo estrito, reservado aos iniciados, espécie de senha
para especialistas.

Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos
específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar
um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir,
em suma, o vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o
exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem "tradução"
para a própria língua a que presumivelmente pertencem. O
exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propósito da comunicação
é honesto, quando se quer clareza e objetividade no que
se escreve, as palavras devem expor à luz, e não mascarar, a
mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano,
a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do
administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios
da honestidade e do respeito para com o outro.

(Tarcísio Viegas, inédito)
Quanto às normas de concordância verbal, a frase inteiramente correta é:
Alternativas
Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: DNOCS Prova: FCC - 2010 - DNOCS - Agente Administrativo |
Q31027 Português
O brasileiro tem elevado grau de consciência sobre
sustentabilidade, superior ao de moradores de países ricos
como Alemanha e Suécia. Ao mesmo tempo, tem grande
dificuldade em trazer o conceito para o seu dia a dia e para
suas decisões de consumo. Escassez de água e poluição
ambiental, por exemplo, figuram em terceiro lugar entre as
maiores preocupações de 61% da população e ficam atrás de
educação (68%) e violência (72%). Mudanças climáticas e
aquecimento global, por sua vez, são motivo de preocupação
para 49% dos brasileiros.

Quando a sociedade é questionada sobre suas ações
efetivas para proteger o meio ambiente, os números são mais
modestos: 27% dos brasileiros reciclam seus resíduos e fazem
uso de produtos recicláveis; 20% afirmam conservar árvores;
13% dizem proteger a natureza e apenas 5% controlam o
desperdício de água.

Esses dados constam de uma pesquisa atual, em que
foram ouvidas mais de 24 mil pessoas em dez países diferentes.
O estudo também aponta o brasileiro como um dos mais
atentos no mundo às práticas de sustentabilidade das empresas:
86% afirmam estar dispostos a recompensar companhias
com boas práticas e 80% dizem punir as que agem de forma
irresponsável nas questões socioambientais.

Há também ceticismo em relação à falsa propaganda
sobre as atitudes "verdes" das empresas. Para 64% dos brasileiros
elas só investem em sustentabilidade para melhorar sua
imagem pública. Outro obstáculo é que os produtos "verdes"
ainda são vistos como nichos de mercado e ficam restritos a
consumidores de maior poder aquisitivo.

O porta-voz do estudo no país acredita que o elevado
grau de consciência sobre sustentabilidade pode ser explicado
pela presença do tema na mídia e pela percepção de que os
recursos naturais são um diferencial no Brasil, considerado um
país rico nesse aspecto.

(Andrea Vialli. O Estado de S. Paulo, Vida & Sustentabilidade,
H6, Especial, 30 de outubro de 2009, com adaptações)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
Alternativas
Q30721 Português
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A partir da organização das estruturas linguísticas e das ideias do
texto, julgue os itens de 8 a 14.
O emprego do adjetivo "lucrativo" (L.2) no masculino deve-se à concordância desse termo com a oração "ser ético e socialmente responsável" (L.1-2).
Alternativas
Q30720 Português
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Julgue os itens de 1 a 7 a respeito da organização das estruturas
linguísticas no desenvolvimento do texto.
O desenvolvimento da argumentação no texto permite que a expressão "nos seus ambientes de trabalho" (L.17-18) seja empregada no singular - no seu ambiente de trabalho -; mas, como a opção pelo plural exige o uso do plural também em "São eles" (L.18), essa substituição exigiria alterações no último período do parágrafo.
Alternativas
Q30621 Português
Duas sociedades

Na formação histórica dos Estados Unidos, houve desde
cedo uma presença constritora da lei, religiosa e civil, que
plasmou os grupos e os indivíduos, delimitando os comportamentos
graças à força punitiva do castigo exterior e do
sentimento interior do pecado.

Esse endurecimento do grupo e do indivíduo confere a
ambos grande força de identidade e resistência, mas desumaniza
as relações com os outros, sobretudo os indivíduos de outros
grupos, que não pertençam à mesma lei e, portanto, podem
ser manipulados ao bel-prazer. A alienação torna-se ao mesmo
tempo marca de reprovação e castigo do réprobo; o duro modelo
bíblico do povo eleito, justificando a sua brutalidade com os
não eleitos, os outros, reaparece nessas comunidades de leitores
cotidianos da Bíblia. Ordem e liberdade - isto é, policiamentos
internos e externos, direito de arbítrio e de ação violenta
sobre o estranho - são formulações desse estado de coisas.

No Brasil, nunca os grupos ou os indivíduos encontraram
efetivamente tais formas; nunca tiveram a obsessão da ordem
senão como princípio abstrato, nem da liberdade senão como
capricho. As formas espontâneas de sociabilidade atuaram com
maior desafogo e por isso abrandaram os choques entre a
norma e a conduta, tornando menos dramáticos os conflitos de
consciência.

As duas situações diversas se ligam ao mecanismo das
respectivas sociedades: uma que, sob alegação de enganadora
fraternidade, visava a criar e manter um grupo idealmente
monorracial e monorreligioso; outra que incorpora de fato o
pluralismo étnico e depois religioso à sua natureza mais íntima.
Não querendo constituir um grupo homogêneo e, em consequência,
não precisando defendê-lo asperamente, a sociedade
brasileira se abriu com maior largueza à penetração de grupos
dominados ou estranhos. E ganhou em flexibilidade o que perdeu
em inteireza e coerência.

(Adaptado de Antonio Candido, Dialética da malandragem)
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
Alternativas
Q30408 Português
Entrevista: Marina Silva
Protagonismo feminino na Amazônia é muito forte
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Tendo em vista as informações veiculadas no texto, além de seus
aspectos gramaticais e textuais, julgue os itens seguintes.
Seria mantida a concordância verbal no trecho "As mulheres, em todo o mundo, têm de passar por muitos obstáculos" (L.1-2) retirando-se o acento circunflexo da forma verbal "têm".
Alternativas
Q30279 Português
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Considerando o texto I, julgue os itens a seguir, relativos a aspectos
de correção gramatical.
Em "O Ginkgo biloba é a única espécie ainda existente da família Ginkgoaceae, e por isso tem sido chamada de fóssil vivo" (L. 1-3), há incorreção gramatical devido à falta de concordância entre "O Ginkgo biloba " e "tem sido chamada
Alternativas
Q30143 Português
Nova infância?

Até onde posso avaliar, parece que já não existem mais
crianças como as de antigamente - o que equivale a dizer que
talvez seja preciso redefinir o que vem a ser infância. Quem
viveu no tempo em que a rua era o espaço natural de todos os
jogos e brincadeiras, palco das conversas e das piadas, cenário
da vida coletiva, lamentará o quanto as crianças de hoje vivem
reclusas nas casas e nos apartamentos. Seja por questão de
segurança (medo da rua), seja pela avalanche das novidades
tecnológicas e dos brinquedos eletrônicos, o sedentarismo
infantil é um fenômeno que se alastra por toda parte.

Trata-se de uma anomalia cruel: as crianças, seres
naturalmente carregados de energia e vitalidade, estão vivendo
longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade.
Diante das telas e dos monitores, satisfazem-se com o movimento
virtual, com a investigação a distância, com a experiência
imaginária. O prazer do convívio vem sendo perigosamente
substituído pelo sentimento de autossuficiência. Que tipo de
sociedade estamos constituindo?

(Herculano Menezes, inédito)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:
Alternativas
Q30007 Português
O século XX escolheu a democracia como forma predominante
de governo e, para legitimá-la, as eleições pelo voto
da maioria. O momento eleitoral passou a mobilizar as energias
da política e trazer ao debate as questões públicas relevantes.
No entanto, demagogias de campanha e mandatos mal cumpridos
foram aos poucos empanando a festa de cidadania do
sufrágio universal.

Pierre Rosanvallon propõe como um dos critérios para
avaliar o grau de legitimidade de uma instituição a sua capacidade
de encarnar valores e princípios que sejam percebidos
pela sociedade como tais. Assim como a confiança entre pessoas,
legitimidade é uma entidade invisível. Mas ela contribui
para a formação da própria essência da democracia, levando à
adesão dos cidadãos. Afinal, a democracia repousa sobre a
ficção de transformar a maioria em unanimidade, gerando uma
legitimidade sempre imperfeita. O consentimento de todos seria
a única garantia indiscutível do respeito a cada um.

Mas a unanimidade dos votos é irrealizável. Por isso a
regra majoritária foi introduzida como uma prática necessária.
Na democracia os conflitos são inevitáveis, porque governar é
cada vez mais administrar os desejos das várias minorias em
busca de consensos que formem maiorias sempre provisórias.
Há, assim, uma contradição inevitável entre a legitimidade dos
conflitos e a necessidade de buscar consensos. Fazer política
na democracia implica escolher um campo, tomar partido.
Quanto mais marcadas por divisões sociais e por
incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam
de lideranças que busquem consensos. Como o papel do
Poder Executivo é agir com prontidão, não lhe é possível gerir a
democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas. Mas
também não há democracia sem o Poder Judiciário, encarregado
de nos lembrar e impor um sistema legal que deve expressar
o interesse geral momentâneo; igualmente ela não existe sem
as burocracias públicas encarregadas de fazer com que as
rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas
com certa eficiência e autonomia.

(Gilberto Dupas. O Estado de S. Paulo, A2, 17 de janeiro
de 2009, com adaptações)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
Alternativas
Q29934 Português
Sociedade do espetáculo: mal de uma época

"Nosso tempo prefere a imagem à coisa, a cópia ao original,
a representação à realidade, a aparência ao ser. O cúmulo
da ilusão é também o cúmulo do sagrado." Essas palavras do
filósofo Feurbach nos dizem algo fundamental sobre nossa época.
Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições
modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação
de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se esvai
na fumaça da representação. As imagens fluem desligadas de
cada aspecto da vida e fundem-se num curso comum, de forma
que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida.
O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a
própria sociedade e seu instrumento de unificação. Como parte
da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência.
Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da
falsa consciência. O espetáculo não é um conjunto de imagens,
mas uma relação entre pessoas, mediatizadas por imagens.
A alienação do espectador em proveito do objeto contemplado
exprime-se assim: quanto mais contempla, menos
vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes,
menos ele compreende a sua própria existência e o seu
próprio desejo. O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos aparentes, apresenta-se
como algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível.
A exterioridade do espetáculo em relação ao homem que
deveria agir como um sujeito real aparece no fato de que os
seus próprios gestos já não são seus, mas de um outro que os
apresenta a ele. Eis por que o espectador não se sente em casa
em parte alguma, porque o espetáculo está em toda parte. Eis
por que nossos valores mais profundos têm dificuldade de
sobreviver em uma sociedade do espetáculo, porque a verdade
e a transparência, que tornam a vida realmente humana, dela
são banidas e os valores, enterrados sob o escombro das
aparências e da mentira, que nos separam, em vez de nos unir.

(Adaptado de Maria Clara Luccheti Bingemer, revista Adital)
Estão inteiramente respeitadas as normas de concordância verbal em:
Alternativas
Q29764 Português
Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão destacada no texto abaixo que foi empregada de acordo com as regras de concordância.

Como nunca antes, a ordem e a cultura do capital mostram inequivocamente o seu rosto inumano, revelam a lógica perversa que as(1) dominam(2) internamente e que, antes, podiam ser escamoteadas(3) a pretexto do confronto com o socialismo: criam, por um lado, grande riqueza e concentração de poder à custa da devastação da natureza, da exaustão da força de trabalho e de uma estarrecedora pobreza. A utilização crescente da informatização e da robotização criam(4), ao dispensar o trabalho humano, os desempregados estruturais, hoje, totalmente descartáveis. E soma-se(5) aos milhões só nos países do Primeiro Mundo.

(Adaptado de Leonardo Boff. Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p.41.)
Alternativas
Q29762 Português
Os trechos a seguir compõem, sequencialmente, um texto adaptado do Editorial do Correio Braziliense de 17/01/2010.

Assinale a opção que está gramaticalmente correta.
Alternativas
Q29761 Português
O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o único trecho que atende plenamente às prescrições gramaticais.
Alternativas
Q29758 Português
Com base na norma gramatical da língua escrita, analise as propostas de alteração do texto abaixo e, a seguir, assinale a opção incorreta.

Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q29395 Português
Clima alentador
China e EUA anunciam metas para combater o
aquecimento global e revivem expectativa de acordo
em Copenhague.
Imagem 001.jpg
A imprensa internacional foi convidada para assistir os debates em Copenhague. De acordo com a norma escrita padrão da língua, na frase acima há um DESVIO de
Alternativas
Q27079 Português
Para responder à questão, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Ele ...... que lhe ...... dificuldades, mas ...... ajuda financeira para as pesquisas sobre o clima.
Alternativas
Respostas
9501: D
9502: D
9503: C
9504: B
9505: D
9506: C
9507: C
9508: E
9509: B
9510: E
9511: E
9512: A
9513: A
9514: D
9515: A
9516: A
9517: D
9518: B
9519: B
9520: C