Questões de Vestibular Sobre conceitos filosóficos em filosofia

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Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2024 - UFPR - 1ª Fase - Prova de Conhecimentos Gerais |
Q3271529 Filosofia
“A tarefa […] é elaborar um conceito amplo de justiça que consiga acomodar tanto as reivindicações defensáveis de igualdade social quanto as reivindicações defensáveis de reconhecimento da diferença.”
Fraser, N. Reconhecimento sem ética?, Lua Nova, São Paulo, 70, p. 103, 2007.

De acordo com Nancy Fraser no artigo “Reconhecimento sem ética?”, políticas de reconhecimento são necessárias para:
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Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2024 - UFPR - 1ª Fase - Prova de Conhecimentos Gerais |
Q3271527 Filosofia
“Quando nós falamos que nosso rio é sagrado, as pessoas dizem: ‘Isso é algum folclore deles’.”
Krenak, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. p. 49.

Na obra Ideias para adiar o fim do mundo, Ailton Krenak sustenta que a filosofia indígena se estrutura a partir:
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Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2024 - UFPR - 1ª Fase - Prova de Conhecimentos Gerais |
Q3271526 Filosofia
“Podemos dizer que a democracia propicia, pelo modo mesmo do seu enraizamento, uma cultura da cidadania à medida que só é possível a sua realização através do cultivo dos cidadãos. Se podemos pensar numa cidadania cultural, podemos ter certeza de que ela só é possível através de uma cultura da cidadania, viável apenas numa democracia.”

Chaui, M. Cultura e democracia, Crítica y emancipación: Revista latino-americana de Ciencias Sociales, n. 1, 2008, p. 75.

Cultura é um termo polissêmico, assumindo diferentes significados ao longo do tempo. Em “Cultura e democracia”, Marilena Chaui considera que a cultura se democratiza quando:
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Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2024 - UFPR - 1ª Fase - Prova de Conhecimentos Gerais |
Q3271525 Filosofia
“A maioria dos eticistas concorda que existem dois critérios principais para determinar se uma criatura viva possui a capacidade de sofrer e, assim, possui interesses genuínos que podemos ou não ter o dever moral de levar em conta. Um deles se relaciona ao hardware neurológico requerido para a experiência da dor com que o animal vem equipado — nociceptores, prostaglandinas, neurorreceptores de opioides etc. O outro critério é se o animal demonstra algum comportamento associado à dor.”

Wallace, D. F. Pense na lagosta. Uma incursão num mundo de exageros, mau gosto, prazeres e crueldade, Revista Piauí, ed. 72, set. 2012.

No texto “Pense na lagosta”, David Foster Wallace defende que:
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Q3248360 Filosofia
“As porcarias culturais que costumam ser atribuídas à época desprovida de estilo e que são criticadas no plano estético não são expressão do mau gosto de uma época, mas apenas produtos de um elemento extra-artístico: a falsa racionalidade da indústria governada pelo lucro. Ao mobilizar para os seus fins o que lhe parece serem os momentos irracionais da arte, o capital destrói esta última.”
ADORNO, Theodor. Teoria estética. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 232. – Adaptado.

Segundo diz o filósofo alemão T. Adorno na passagem acima, o baixo nível artístico-cultural da época dominada pela indústria cultural, deve-se
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Q3248359 Filosofia
Imagine uma situação em que é válido: “Se P, então Q”. Isto é o mesmo que afirmar:
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Q3247959 Filosofia
“Onde se afirma que a filosofia só se faz em alemão, Lélia [González (1935-1994)] afirma o pretuguês e o complexo não de Édipo, mas do alemão, como modo de subverter e rir, por que não, do que a norma culta cultua, pretensamente erudita, porque eurodita. Nessa ‘chamada América Latina que, na verdade, é muito mais ameríndia e amefricana do que outra coisa’ (Gonzalez, 1988), como saca Lélia, negrita-se o necessário compromisso de aproximar-se de outros referenciais para forjar uma filosofia capaz de pensar as questões que nos afetam desde as experiências situadas de reexistência da práxis negro-indígena, historicamente anuladas e deslegitimadas.”

REIS, Diego dos Santos. Lélia Gonzalez, Por uma Filosofia Amefricana. Anais do IV Congresso de Pesquisadores/as Negros/as, 2023.

Segundo Diego dos Santos Reis, para a filósofa Lélia González,
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Q3247957 Filosofia
“Tudo é Deus pensando. Assim, Farias Brito conclui com sua ‘concepção fundamental’ – ‘o mundo é uma atividade intelectual, pois é Deus pensando, e nós, homens, como elementos que somos do mecanismo do mundo, fazemos também parte do pensamento de Deus, e somos, por conseguinte, no mais rigoroso sentido da palavra, ideias divinas.”

NOGUEIRA, Francisco Alcântara. Farias Brito e a Filosofia do Espírito. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos S/A, 1962., p. 45.

Com base na apresentação de Alcântara Nogueira, é correto afirmar que a compreensão de Farias Brito sobre Deus é uma espécie de
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Q3247956 Filosofia
Assinale a opção que corresponde a um exemplo de silogismo válido aplicado ao contexto da pandemia de COVID-19.
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Ano: 2024 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2024 - UNICAMP - Vestibular |
Q3107206 Filosofia
Mary Wollstonecraft abre sua obra, Reivindicações dos direitos da mulher (1792), com uma carta ao Sr. Talleyrand-Périgord, antigo bispo de Autun e político ativo durante a Revolução Francesa. O bispo propõe nova Constituição, o que foi apresentado e discutido na Assembleia revolucionária. Nessa carta, Wollstonecraft afirma:
“Mas, se as mulheres devem ser excluídas, sem voz, da participação dos direitos naturais da humanidade, prove antes, para afastar a acusação de injustiça e inconsistência, que elas são desprovidas de razão; de outro modo, essa falha em sua NOVA CONSTITUIÇÃO sempre mostrará que o homem deve de alguma forma agir como um tirano, e a tirania, quando mostra sua face despudorada em qualquer parte da sociedade, sempre solapa a moralidade”.
(WOLLSTONECRAFT, M. Reivindicações dos direitos da mulher. São Paulo: Boitempo Editorial, p. 20, 2016.)

Assinale a opção que melhor sintetiza a crítica de Wollstonecraft apresentada no excerto.
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Q3248257 Filosofia
Leia com atenção o texto abaixo.

“[...] jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; [...] evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida”.

René Descartes. Discurso do método, I. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 37.

Defender a evidência, a clareza e a distinção ao próprio espírito (à própria razão) como primeiro critério do conhecimento verdadeiro expressam uma posição
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Q3248256 Filosofia
Em sua Suma Teológica (Questão 57, Art. 2º, citação adaptada), Tomás de Aquino afirma:

“[...] o que é direito ou que é o justo implica uma obra adequada a outra por algum modo de igualdade. Ora, de dois modos pode uma coisa ser adequada a um homem:
- de um modo, pela natureza mesma da coisa; por exemplo, quando alguém dá tanto para receber tanto.
- de outro modo, uma coisa é adequada ou proporcionada a outra, em virtude de uma convenção ou de comum acordo; [...] por convenção pública, por exemplo, quando todo o povo consente que uma coisa seja tida como que adequada e proporcionada a outra; ou quando o príncipe, que governa o povo e o representa, assim o ordena”.

Esses dois modos de direito ou de justiça são, respectivamente, denominados
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Q3247809 Filosofia

“O capitalismo é um sistema econômico eminentemente expansionista. O crescimento econômico é uma condição necessária do seu funcionamento e existência, à medida que sua lógica é usar o dinheiro para ganhar mais e mais dinheiro, às custas da exploração da força de trabalho e da espoliação da natureza. Uma contradição inevitável desse sistema é a acumulação de riqueza nas mãos de um punhado cada vez menor de capitalistas ao lado da exclusão de amplas massas da riqueza produzida a partir de seu próprio trabalho. Mas [...] além dessa contradição interna, o sistema capitalista rapidamente faria emergir, com toda força, uma outra, ainda mais incontornável: o seu antagonismo com o próprio ‘Sistema Terra’”.


COSTA, Alexandre Araújo. A declaração de guerra do

capital contra a natureza: a Grande Aceleração. Correio

da Cidadania, 25/06/2019.


Na citação acima, o cientista do clima Alexandre Araújo Costa se apoia em um importante conceito filosófico: o de contradição. Pertencente à tradição filosófica dialética, esse conceito possibilita, na passagem citada acima, a compreensão da seguinte tese:

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Q3247808 Filosofia

“Suponhamos que ontem de manhã uma criança avistou Pedro pela primeira vez; Paulo, ao meio-dia, e Simão, à tarde. Essa mesma criança avistou Pedro outra vez hoje de manhã. Amanhã, ao avistar os primeiros raios de sol, ela imaginará imediatamente, que verá Pedro, pois é manhã; ao meio dia, imaginará que verá Paulo; e à tarde, ela imaginará que verá Simão. Essa sua imaginação será tanto mais constante quanto maior tiver sido a frequência com que os tiver avistado nesses horários e nessa ordem.”


SPINOZA, Benedictus de. Ética. Belo Horizonte: Autêntica,

2008. – Adaptado.


De acordo com o fragmento acima, quando a criança imagina que sempre às manhãs verá Pedro, aos meios-dias verá Paulo e, às tardes, Simão, significa que ela tem

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Q3247807 Filosofia

Em junho de 1996, organizações não governamentais reuniram-se em Barcelona (Espanha), sob o patrocínio da UNESCO, e elaboraram a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Em sua Introdução, esse documento estabelece, como uma das considerações que lhe serve de base, que “a invasão, a colonização e a ocupação, assim como outros casos de subordinação política, econômica ou social, implicam frequentemente a imposição direta de uma língua estrangeira ou a distorção da percepção do valor das línguas e o aparecimento de atitudes linguísticas hierarquizantes que afetam a lealdade linguística dos falantes”.


UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Linguísticos, 1996.


Desse modo, é correto afirmar que a hierarquia entre línguas, bem como a desvalorização cultural de línguas minoritárias — como as línguas indígenas, as de ciganos, as de sinais, entre outras — pela hegemonia de línguas majoritárias significa

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Q3247806 Filosofia

Atente para o seguinte excerto, que se refere a uma querela entre duas concepções puras do Direito:


“A descoberta da natureza ou da distinção fundamental entre natureza e convenção é a condição necessária para o aparecimento da ideia de direito natural. Mas não é condição suficiente: todo o direito poderia ser convencional”.


STRAUSS, Leo. Direito Natural e história. Lisboa:

Ed.70, 2009, p. 81.



Assinale a opção que corresponde a essas duas concepções.

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Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070937 Filosofia
“O medo é a causa que origina, conserva e alimenta a superstição. Poderíamos acrescentar muitos exemplos que provam com toda a clareza o seguinte: os homens só se deixam dominar pela superstição enquanto têm medo; todas essas coisas que alguma vez foram inutilmente objeto de culto religioso não são mais do que fantasmas e delírios de um ânimo triste e amedrontado; finalmente, é quando o Estado se encontra em maiores dificuldades que os adivinhos detêm o maior poder sobre a plebe e são mais temidos pelos seus reis”.
SPINOZA, B. Tratado teológico-político. Tradução de Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Casa da moeda, 2004, p. 126. (Texto adaptado)
Conforme Spinoza, o sentimento de medo conduz o homem à superstição. Por isso, os momentos em que os adivinhos têm grande influência sobre a população e os governos são aqueles de grandes dificuldades. A superstição é uma incerteza dos bens desejados, e se desenvolve na  
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Q2064853 Filosofia
No Discurso do método (1637), o filósofo racionalista René Descartes (1596-1650) estabelece para si o seguinte critério.
“[...] jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida”.
DESCARTES, René. Discurso do método, II, 7. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Em se tratando de um filósofo racionalista, podemos entender que os critérios de evidência, clareza e distinção
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Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021218 Filosofia
       Na tradição canônica do Ocidente, o corpo foi encarado como uma materialidade desvinculada da mente e inferior a esta. Conhecer é visto como um ato superior a operar; contemplar e compreender o mundo é superior a agir sobre ele. Nas reflexões platônicas, a perfeição não pode ser atingida em virtude do corpo. A matéria imprime um grau de imperfeição que impossibilita a existência de um universo absolutamente perfeito.

       A estruturação do cristianismo, especialmente com Paulo de Tarso, desenvolve-se a partir de certa tradição judaica em que a busca da salvação impõe o exercício cotidiano de uma austeridade expressa no controle do corpo. Já Descartes, no século XVII, elabora a mais radical reflexão sobre o dualismo entre mente e matéria, compreendendo a natureza a partir de uma divisão entre reinos independentes: o da mente (res cogitans) e o da matéria (res extensa). O corpo é matéria incapaz de compreender o mundo, tarefa só realizável pelo intelecto.

      Ao contrário disso, as tradições afroindígenas não percebem o ser humano como cindido, e sim como resultado da interdependência entre todas as coisas. A corporeidade, para esses saberes, não engloba só a motricidade (entendida como corpo e movimento), mas também envolve dimensões afetivas, intelectuais, sociais e espirituais do ser humano.


Luiz Antonio Simas. Umbandas: uma história do Brasil. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2022, p.42-3 (com adaptações). 

Considerando os múltiplos aspectos históricos relacionados ao texto anterior, julgue o item.


Tal como ocorria na tradição filosófica do Ocidente, as tradições afroindígenas, em geral, defendem a dualidade como característica do ser humano, entendimento que embasa o permanente embate entre matéria e espírito.

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Ano: 2022 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2022 - USP - Vestibular - 1ª Fase |
Q1994344 Filosofia
“Todos os homens, por natureza, tendem ao saber. Sinal disso é o amor pelas sensações. De fato, eles amam as sensações por si mesmas, independentemente de sua utilidade e amam, acima de todas, a sensação da visão. Com efeito, não só em vista da ação, mas mesmo sem nenhuma intenção de agir, nós preferimos o ver, em certo sentido, a todas as outras sensações. E o motivo está no fato de que a visão nos proporciona mais conhecimento do que todas as outras sensações e nos torna manifestas numerosas diferenças entre as coisas”.
Aristóteles. Metafísica, São Paulo: Loyola, 2002. 
Nessa passagem, a tese principal apresentada por Aristóteles é a de que “todos os homens, por natureza, tendem ao saber”. Com base na construção do argumento, descrever a sensação da visão tem, como função principal, a seguinte tarefa:
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Respostas
1: A
2: D
3: C
4: B
5: C
6: D
7: B
8: A
9: D
10: D
11: C
12: B
13: C
14: A
15: B
16: C
17: A
18: A
19: E
20: E