Questões de Vestibular
Sobre conceitos filosóficos em filosofia
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Texto I
O tempo nada mais é que a forma da nossa intuição interna. Se a condição particular da nossa sensibilidade lhe for suprimida, desaparece também o conceito de tempo, que não adere aos próprios objetos, mas apenas ao sujeito que os intui.
(KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo Baldur Moosburguer. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.47. Coleção Os Pensadores.)
Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício, composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”. (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10)
Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”. (WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).
Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.
“Somos como navegantes em mar aberto que têm de reconstruir seu navio, mas nunca podem recomeçar desde o princípio. Quando uma viga é retirada, uma nova tem de ser imediatamente recolocada em seu lugar e, para tanto, o restante do navio é usado de apoio. Desse modo, com vigas velhas e troncos flutuantes, o navio pode ser completamente refeito, mas apenas por reconstrução gradual.” (Otto Neurath, Empirismo e sociologia)
A imagem do navio de Neurath ilustra o antifundacionalismo do autor. Embora o pensamento antifundacional seja bastante diverso e diferentes ideias sejam articuladas por seus defensores, esses, de modo geral, ...
Na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant apresenta uma formulação do imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 129)
Em relação ao pensamento de Kant, é CORRETO afirmar.
“É com boa razão, diz Sancho ao cavaleiro narigudo, que pretendo julgar de vinhos: esta é uma qualidade hereditária em nossa família. Dois de meus parentes foram certa vez chamados a opinar sobre um barril de vinho supostamente excelente, pois era antigo e de boa safra. Um deles o saboreia, considera e, após madura reflexão, declara que o vinho é bom, não fosse por um ressaibo de couro que percebera nele. O outro, depois de usar as mesmas precauções, também dá veredicto favorável ao vinho, com a ressalva de um gosto de ferro que facilmente distinguira ali. Não pode imaginar o quanto ambos foram ridicularizados por seus juízos. Mas quem riu por último? Esvaziado o barril, encontrou-se no fundo dele uma velha chave de ferro presa a uma correia de couro.” (HUME, 2011, p. 180)
Assinale a alternativa que mais se aproxima da ideia exposta no texto acima.
A frase de Hume sintetiza uma tese da sua teoria do conhecimento. A posição sustentada pelo filósofo
Assinale a alternativa que justifica o pensamento como a verdade primeira da filosofia de Descartes.
O conceito de modernização refere-se a um feixe de processos cumulativos que se reforçam mutuamente: a formação de capital e a mobilização de recursos, o desenvolvimento das forças produtivas e o aumento da produtividade do trabalho, o estabelecimento de poderes políticos centralizados e a formação de identidades nacionais, a expansão de direitos de participação política, de formas urbanas de vida e de formação escolar formal, a secularização de valores e normas.
(HABERMAS, J. O Discurso Filosófico da Modernidade. Trad. de Ana Maria Bernardo et al. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998. p.14.)
Sobre o conceito de secularização na constituição da modernização, considere as afirmativas a seguir.
I. Alude-se à presença da orientação religiosa nos desígnios desconhecidos que o homem passa a trilhar. II. Infere-se a preservação dos direitos subjetivos à luz dos direitos eternos firmados pela religião. III. Refere-se ao deslocamento dos preceitos normativos religiosos para a subjetividade das pessoas. IV. Trata-se da autonomia que as esferas sociais passaram a ocupar diante dos ditames impostos pela religião.
Assinale a alternativa correta.
O imperativo não admite hipóteses (“se... então”) nem condições que fariam valer em certas situações e não valer em outras, mas vale incondicionalmente e sem exceções para todas as circunstâncias de todas as ações morais. Por isso, o dever é um imperativo categórico.
(CHAUI, M. Convite à Filosofia. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000. p.346.)
Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre a formulação do Imperativo Categórico na moral kantiana, segundo seus objetivos, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Servir de critério racional para a discriminação das máximas de ação. ( ) Orientar a ação humana de forma objetiva com a pretensão de validar universalmente sua prática. ( ) Determinar o conteúdo valorativo do ato humano a partir do lastro cultural e religioso. ( ) Conservar um princípio formal e procedimental como condição orientadora da ação humana. ( ) Adequar a vontade humana aos preceitos de fé manifestados no interior da consciência moral.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Com efeito, relativamente à natureza, a experiência dá-nos a regra e é a fonte da verdade; no que toca a leis morais, a experiência é (infelizmente!) a madre da aparência e é altamente reprovável extrair as leis acerca do que devo fazer daquilo que se faz ou querer reduzi-las ao que é feito.
(Adaptado de: KANT, I. Crítica da Razão Pura. Trad. de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 3.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. p.312.)
Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre o comparativo entre conhecimento e ação em Kant, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) A verdade e a moral se confundem, visto que ambas buscam a realização da justiça natural. ( ) O contexto do dever-ser se realiza pautado pela disposição natural de como as coisas são. ( ) O conhecimento deve ser alcançado a partir da experiência, e a ação moral a ela não se limita. ( ) Demonstra haver uma dicotomia entre razão teórica (conhecimento) e razão prática (ação). ( ) A objetividade da moral se alcança em parâmetros racionais distante da necessidade natural.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Os versos de Asa Branca mostram a realidade típica da região
nordeste do Brasil, qual seja: a seca. Desse modo, a arte
poética, a ciência e a filosofia, apesar de suas diferenças,
possuem um veículo comum para expressar a visão de mundo.
Esse veículo é conhecido como