Questões de Vestibular de Filosofia

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Ano: 2022 Banca: UEMA Órgão: UEMA Prova: UEMA - 2022 - UEMA - Vestibular |
Q2076462 Filosofia

O filósofo camaronês, Achille Mbembe, descreve que o avanço do neoliberalismo produz o fim do trabalho, criando o sujeito sem trabalho (“Já não há trabalhadores propriamente dito”) que gera uma “humanidade supérflua”, um ser totalmente abandonado, inútil para o sistema capitalista. De modo que os indivíduos se veem diante de uma “vida psíquica”, prisioneira de uma patologia de sintomas como memória artificial e modelados pela neurociência e neuroeconomia, originando um novo sujeito humano que só tem uma possibilidade, o sujeito “empreendedor de si mesmo”. A pessoa neoliberal se caracteriza por ser um “sujeito do mercado e da dívida”, ou seja, uma “forma abstrata já pronta”. Ele fica puramente dependente de elaborar uma reconstrução de sua “vida íntima” para se ofertar ao mercado como uma mercadoria. Por isso, o homem novo é composto de capitalismo e animalismo, conceitos cindidos em outros tempos, agora motivados a se conectarem.

MEMBE, A.. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1, 2018. Adaptado.


Segundo Achille Mbembe, o racismo, no neoliberalismo, 

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Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070939 Filosofia
“Consideramos que o saber e o entender são mais próprios da técnica do que da experiência, e julgamos os que possuem a técnica mais sábios do que os que só possuem a experiência. E isso porque os primeiros conhecem a causa, enquanto os outros não a conhecem...”
ARISTÓTELES. Metafísica, 981a25. Tradução do italiano por Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002.
Em diálogo com a citação acima, é correto afirmar que  
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Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070938 Filosofia
“A relação que constatamos entre o nascimento do filósofo e o aparecimento do cidadão não é para nos surpreender. A Cidade (pólis) realiza no plano das formas sociais uma separação entre a sociedade e a natureza; e essa separação pressupõe, no plano das formas mentais, o exercício de um pensamento racional. Com a Cidade, a ordem política se separou da organização cósmica; a Cidade aparece como objeto de uma constante indagação e reflexão, de uma discussão apaixonada e, ao mesmo tempo, argumentada”.
VERNANT, J.-P. A formação do pensamento positivo na Grécia arcaica. In: Mito e pensamento entre os gregos. Tradução de Haiganuch Sarian. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 462-263. (Texto adaptado)
Com base na citação anterior, é correto afirmar que a filosofia grega nasceu
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Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070937 Filosofia
“O medo é a causa que origina, conserva e alimenta a superstição. Poderíamos acrescentar muitos exemplos que provam com toda a clareza o seguinte: os homens só se deixam dominar pela superstição enquanto têm medo; todas essas coisas que alguma vez foram inutilmente objeto de culto religioso não são mais do que fantasmas e delírios de um ânimo triste e amedrontado; finalmente, é quando o Estado se encontra em maiores dificuldades que os adivinhos detêm o maior poder sobre a plebe e são mais temidos pelos seus reis”.
SPINOZA, B. Tratado teológico-político. Tradução de Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Casa da moeda, 2004, p. 126. (Texto adaptado)
Conforme Spinoza, o sentimento de medo conduz o homem à superstição. Por isso, os momentos em que os adivinhos têm grande influência sobre a população e os governos são aqueles de grandes dificuldades. A superstição é uma incerteza dos bens desejados, e se desenvolve na  
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Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2022 - UECE - Prova de Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2070936 Filosofia
“A explicação de que foi a ‘ideia’ de independência que constituiu a força propulsora da renovação que se operava no seio da colônia parece, no mínimo, arriscada. Mais coerente com os acontecimentos é que as várias ideias de ‘se livrar’ do português comerciante ou taberneiro, bem como outras que também se agitavam, embora fossem menos faladas, tais como a libertação dos escravos, a supressão das barreiras de cor e de classe, não fossem mais que reflexos, no pensamento dos indivíduos, de situações objetivas, exteriores a seu cérebro, situações que estão nos fatos, nas relações e oposições dos indivíduos entre si: o senhor de engenho ou fazendeiro devedor que é perseguido pelo comerciante português credor; o pés-descalço que o comerciante português não quer como vendedor; o mulato que o branco exclui da maior parte das funções e o despreza, o humilha; o agricultor pobre que se sente espoliado pelo senhor de engenho que mói sua cana; o escravo que se quer libertar...”  
PRADO JUNIOR, C. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2000, p. 387 (Texto adaptado)
A orientação filosófica dessa interpretação do filósofo e historiador brasileiro Caio Prado Junior (1907-1990) acerca da declaração formal da independência brasileira, em 1822, é
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Respostas
11: E
12: D
13: A
14: A
15: B