Questões de Vestibular de Geografia - Industrialização
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O Brasil pode abrigar mais nove fábricas de automóveis, caso os projetos anunciados na edição de 2012 do Salão do Automóvel de São Paulo se confirmem. A lista é composta, em sua maioria, por tradicionais marcas europeias e asiáticas que estão de olho no crescente mercado brasileiro que, de acordo com analistas, poderá tornar-se o terceiro maior do mundo. Muitas delas tinham intenção de chegar apenas via importação, mas o programa anunciado pelo governo em outubro de 2012 coloca o carro estrangeiro em desvantagem competitiva. “Com o novo decreto do governo, quem quiser vender carro no Brasil terá de produzir aqui ou se limitar a uma cota de até 4800 carros ao ano”, diz um fabricante. Para os importados fora da cota, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será 30 pontos percentuais maior, o que torna muito difícil a concorrência.
(http://goo.gl/jzzUV. Acesso: 25/10/2012. Adaptado.)
As novas fábricas de automóveis a se instalarem no Brasil foram atraídas por uma combinação entre
Governo publica regras do novo regime automotivo
O Brasil dará incentivos fiscais para montadoras com fábricas no país que invistam em inovação e produzam modelos de carros mais baratos, eficientes e ecológicos, segundo o novo regime automotivo anunciado em outubro de 2012. As novas regras estarão em vigor de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, e preveem que o governo cobrará um imposto menor sobre os veículos com um mínimo de 65% de peças nacionais, que consumam menos combustível, que emitam menos gases poluentes, que sejam fruto de projetos de inovação no Brasil e que sejam mais baratos para o consumidor. As empresas que não atenderem os requisitos terão que pagar um imposto de pelo menos 30%, o mesmo cobrado das que importam automóveis de países que não fazem parte do Mercosul.
(http://goo.gl/SWbHc. Acesso: 05/10/2012. Adaptado.)
O novo regime automotivo reflete uma mudança na relação entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e as empresas privadas após a crise global de 2008, uma vez que
Os tecnopolos (...) constituem os pontos de interconexão dos fluxos mundiais de conhecimento e informações, sendo interligados por uma densa rede de telecomunicações e computadores. São também os centros irradiadores das inovações tecnológicas.
Geralmente, situam-se em cidades pequenas e médias, longe dos antigos centros de industrialização, porém próximo das cidades mais importantes do mundo. Muitos localizamse na região metropolitana das cidades globais, como Tóquio, Londres, Paris, Los Angeles, São Francisco, etc. Dependem da infra-estrutura de transportes e telecomunicações dessas cidades, além de sua estrutura administrativa e financeira.
Neles encontram-se as indústrias da economia informacional, fortemente baseadas na microeletrônica: semicondutores (chips para computadores), informática (equipamentos e sistemas), robótica, telecomunicações e biotecnologia. Esses setores compõem a nova economia.
(MOREIRA, J.C. e SENE, E. Geografia para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2002, p 311 e 312 . Adaptado.)
Os tecnopolos se constituem em novas regiões industriais de tecnologia de ponta e exigem reordenamentos espaciais nas áreas onde se localizam, pois
Além de terem nascido com mais força no Sudeste, as atividades industriais tenderam à concentração espacial nessa região, devido a dois fatores: à complementaridade industrial – as indústrias de autopeças tendem a se localizar próximo às automobilísticas, às petroquímicas, próximo às refinarias, e à concentração de investimentos públicos de infra-estrutura industrial. Atualmente, seguindo uma tendência de descentralização já verificada nos países desenvolvidos, assiste-se a um processo de deslocamento das indústrias em direção às cidades médias do interior.
(SENE, E. e MOREIRA, J. C. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.)
Qual é o principal motivo que explica a migração dessas indústrias para o interior?
As fábricas Andorinhas
Cada vez mais, as multinacionais de marca – IBM e a General Motors – insistem que são apenas como qualquer um de nós: caçadores de pechinchas em busca do melhor negócio no shopping global. Elas são consumidores muito exigentes, com instruções específicas relacionadas com projeto sob encomenda, matéria-prima, prazos de entrega e, mais importante, a necessidade dos preços mais baixos possíveis. Mas o que não interessa a eles é a onerosa logística de como esses preços caem tanto; construir fábricas, comprar maquinaria e orçar a mão-de-obra têm sido operações rebatidas diretamente para a quadra de terceiros.
(KLEIN, Naomi. Sem Logo: A Tirania das Marcas em um Planeta Vendido. Disponível em: Acesso em: 24/05/2007)
Na atualidade, as indústrias de alta tecnologia estão imprimindo um novo ordenamento no espaço em busca em maiores lucros. Na “busca do melhor negócio no shopping global”, as indústrias de alta tecnologia