Questões de Vestibular
Sobre urbanização brasileira em geografia
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(Ronaldo Silva/Photopress/Estadão Conteúdo. https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/ prefeitura-faz-moradores-de-rua-desmontarem-barracas-durante-o-dia/ – Acesso em 18/06/2023.)
Nas grandes cidades de todo o planeta, com maior ou menor intensidade, cresce o número de pessoas em situação de rua. No caso brasileiro, todavia, essa é uma realidade urbana perene, agravada em momentos de crise. Segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2022, existiam 281.472 pessoas em situação de rua no Brasil.
(MONTFERRE, H., População em situação de rua supera 281,4 mil pessoas no Brasil. IPEA, 08/12/2022)
O fenômeno descrito no excerto, e reportado na imagem, se constituiu historicamente nas cidades brasileiras em função
AVENIDA BRASIL - TUDO PASSA, QUEM NÃO VIU? (1994)
De lá pra cá, daqui pra lá
Eu vou
Com meu amor, vou viajando
Nessa Avenida
Pela faixa seletiva
No sufoco dessa vida
Tudo passa, quem não viu?
Uma confusão de coisas
Assim é a Avenida Brasil
Linha Vermelha vem cortando a Maré
É a bailarina da cidade
Ziguezagueando eu vou
Outra vez com a Mocidade
Do importado à carroça
O contraste social
Nesse rio de asfalto
O dinheiro fala alto
É a filosofia nacional
Sou passageiro da alegria
O meu destino é o prazer
Passo por ela todo dia
E hoje ela passa por você
(...)
DIOGO DA VIOLA, JEFINHO e JORGE GANNEM
galeriadosamba.com.br
Analisar o território da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, é analisar uma cidade de contrastes e seus caminhos, os sentidos de sua ocupação. Desde sua inauguração, na década de 1940, houve momentos de aceleração e inércia, tal como acontece no percurso das pessoas que por ali transitam de trem, de ônibus, de van, de mototáxi, automóveis ou, até mesmo, carroças. Cumprindo o papel estratégico para o qual foi traçada, a Avenida facilitou o tráfego rumo ao “centro da cidade”, ou para “fora” dela, para os subúrbios, para outras cidades do Grande Rio, ou para outros destinos. Assim, funcionou como importante eixo impulsionador da ocupação da área por indústrias, estabelecimentos e negócios urbanos nos anos 1940/1950.
Adaptado de TORRES, Pedro. “Avenida Brasil − tudo passa, quem não viu?”: formação e ocupação do subúrbio rodoviário no Rio de Janeiro
(1930-1960). Revista Brasileira de Estudos Urbanos Regionais, São Paulo, 2018.
Tanto o samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel quanto o trecho do artigo acadêmico registram algumas mudanças ocorridas no território da Avenida Brasil ao longo dos anos. Tais mudanças se relacionam com o processo de urbanização da então capital da República.
Um objetivo e um impacto socioeconômico associados à construção e à expansão da Avenida
Brasil, nos anos 1940 e 1950, estão indicados, respectivamente, em:
Ponta de areia Ponto final Da Bahia-Minas Estrada natural Que ligava Minas Ao porto, ao mar Caminho de ferro Mandaram arrancar Velho maquinista Com seu boné Lembra o povo alegre Que vinha cortejar Maria-fumaça Não canta mais Para a moça, as flores Janelas e quintais Na praça vazia Um grito, um ai Casas esquecidas Viúvas nos portais
Escrita em 1975, a canção trata das transformações pelas quais a região em destaque passava. Ao interpretá-la à luz da Geografia, assinale a alternativa correta.
Ideias para adiar o fim do mundo
Se a taxa de crescimento de 2012 a 2013 permanecesse a mesma observada de 2011 a 2012, a quantidade de famílias a mais beneficiadas pelo programa em 2013 seria de:
A atividade mineradora contribuiu para o processo de urbanização no Brasil durante o século XIX.
Leia atentamente o seguinte excerto atinente à urbanização brasileira e ao seu centro de gravitação econômico-financeira:
“No passado, [esta cidade] sempre esteve presente no país todo: presente no Rio um dia depois, em Salvador três dias depois, em Belém dez dias depois, em Manaus trinta dias depois. Hoje [esta cidade] está presente em todos os pontos do território informatizado brasileiro ao mesmo tempo e imediatamente”.
Milton Santos. A urbanização brasileira. 5ª ed. São Paulo: Edusp, 2008, p. 103.
A partir da leitura do excerto acima, compreende-se que a “metrópole onipresente”, em questão, é
I. A urbanização brasileira caracteriza-se por um gradiente socioeconômico marcado por profundas desigualdades e disparidades socioespaciais, com verdadeiros abismos sociais entre a camada mais pobre e a mais rica da população. II. A lógica da desordem espacial reflete a histórica falta de planejamento urbano e/ou inadequada execução da política urbana, o que resulta em cidades mal providas de infraestruturas, mobilidade urbana, meios de consumo coletivos e equipamentos sociais. III. A história da habitação no país só tem conhecido, até o presente momento, dois grandes programas habitacionais: o Banco Nacional da Habitação (BNH) e o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), e em que pesem suas limitações, contradições e problemas, foram programas que conseguiram sanar o déficit habitacional entre as camadas mais pobres da população. IV. O encarecimento do preço da terra, a valorização desigual do espaço urbano, a periferização da população de baixa renda, a baixa remuneração da classe trabalhadora e o descaso com políticas habitacionais e urbanas de cunho social por parte dos governantes agravaram os componentes do déficit habitacional, expondo as mazelas históricas da urbanização brasileira em pleno século XXI.
Está correto o que se afirma em
Sobre o processo de modernização das cidades brasileiras nos primeiros trinta anos do século XX, assinale a alternativa CORRETA:
O crescimento desse tipo de empreendimento imobiliário deve-se sobretudo
(www.raquelrolnik.wordpress.com)
Considerando os espaços urbano e rural no Brasil, a situação adequada aos domicílios corresponde ao acesso, entre outros,
O quadro descrito acima levou a um importante processo presente na urbanização de países pobres denominado:
I. Nas capitais brasileiras, o desenvolvimento tecnológico permitiu que os habitantes consumissem menor quantidade de recursos naturais, reduzindo os custos com o tratamento de resíduos sólidos e com o reaproveitamento do lixo urbano. II. Nos grandes centros urbanos brasileiros, o aumento da degradação ambiental é consequência exclusiva da ação dos indivíduos pertencentes aos grupos mais pobres da sociedade, que poluem rios e lagoas com efluentes domésticos e lançam seus resíduos sólidos indiscriminadamente sobre ruas ou terrenos abandonados. III. Em duas décadas, a motorização individual se ampliou consideravelmente nas pequenas, médias e grandes cidades do Brasil, e isso justifica o aumento dos congestionamentos e a redução da qualidade no transporte urbano.
Está correto o que se afirma somente em
A urbanização brasileira (%)
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE (Rio de Janeiro, RJ). 2007. Censo demográfico
1940-2000. Adaptado.)
O Brasil tornou-se urbano no século XX, sendo que, até então, a maior parte de sua
população vivia na zona rural, ligada à economia agrária. Os dados do quadro, conjugados
com as transformações ocorridas no Brasil no período identificado acima, demonstram que,
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