Questões de Vestibular
Sobre urbanização brasileira em geografia
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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a urbanização brasileira, é correto afirmar:
O fenômeno da metropolização foi gerado pela concentração do capital e do mercado de trabalho no Brasil.
Esse fato
Embora as cidades sejam diversas em tamanho, integração à rede urbana, economia etc., apresentam, em comum, processos históricos que impõem desafios ao desenvolvimento urbano. Dentre eles, destacam-se:
I. Igualdade socioespacial na distribuição dos equipamentos e infraestrutura urbana, espaços públicos, arborização e áreas com muitas carências.
II. Dificuldade histórica de acesso à terra e à moradia pelas populações mais pobres, o que levou a um déficit habitacional, assim como à formação de assentamentos irregulares e à ocupação precária de espaços urbanos: cortiços, favelas, vilas e loteamentos clandestinos.
III. Ausência ou ineficiência dos sistemas de transporte e mobilidade urbana.
IV. Eficiência nos serviços de água e, principalmente esgoto, como também nos sistemas de coleta e tratamento de resíduos sólidos.
V. Ocupação de áreas ambientalmente frágeis e de áreas perigosas, resultando na formação de áreas de risco associadas a deslizamentos e enxurradas, estas muito em decorrência das deficiências dos sistemas de drenagem.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas:
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 3 ago. 2014.
Na Praça dos Três Poderes, está o símbolo daqueles que construíram e foram os primeiros habitantes de Brasília: a escultura Os guerreiros, mais conhecida como Os candangos, de Bruno Giorgi. Antes de se tornar cidade, o Cerrado foi uma oportunidade de trabalho para os candangos, como ficaram conhecidos os trabalhadores que ergueram a cidade planejada e que foi inaugurada em 21 de abril de 1960.
SANTOS, I. Candangos: sinônimo de coragem e perseverança. Disponível em: http://nominuto.com.
Acesso em: 2 ago. 2014 (adaptado).
Encravada ao lado do Morumbi, um dos bairros mais nobres de São Paulo, na zona sul, Paraisópolis é a segunda maior favela da capital paulista em termos habitacionais (tem cerca de 100.000 habitantes) e certamente a mais famosa do Estado – mesmo antes de estar diariamente na televisão dos brasileiros, com a novela “I Love Paraisópolis” (TV Globo), em 2015. Vizinha de mansões e prédios de luxo do Morumbi e um dos símbolos da desigualdade da cidade, sempre foi valorizada, sobretudo, pela proximidade com áreas como a Berrini e a Juscelino Kubitschek, onde multinacionais têm sede. Embora especialistas não sejam unânimes em apontar para a gentrificação da região, ouve-se pelas ruas uma queixa frequente: ficou mais caro morar por lá. Agora, seus moradores pretendem aproveitar o efeito novela para reivindicar que as melhorias no bairro alcancem o ritmo do aumento do custo de vida.
Fonte: Jornal El País, Espanha. Site: https://brasil.elpais.com/ brasil/2015/06/01/politica/1433185554_574794.html
Considerando o texto, é correto afirmar que o aprofundamento da desigualdade de condições de vida e moradia nas cidades brasileiras na segunda metade do século XX e no início do século XXI foi marcado
Responda à questão a partir da interpretação da letra da canção Despejo na Favela, de Adoniran Barbosa.
Quando o oficial de justiça chegou
Lá na favela
E, contra seu desejo
Entregou pra seu Narciso
Um aviso, uma ordem de despejo
Assinada, seu doutor
Assim dizia a ‘pedição’
“Dentro de dez dias
Quero a favela vazia
E os barracos todos no chão”
É uma ordem superior
Ô, ô, ô, ô, ô!, meu senhor! (...)
Não tem nada não
Amanhã mesmo vou deixar meu barracão
Não tem nada não, seu doutor
Vou sair daqui
Pra não ouvir o ronco do trator
Pra mim não tem ‘probrema’
Em qualquer canto eu me arrumo
De qualquer jeito eu me ajeito
Depois, o que eu tenho é tão pouco
Minha mudança é tão pequena
Que cabe no bolso de trás
Mas essa gente aí, hein?
Como é que faz? (...)
Adaptado de Adoniran Barbosa. Despejo na Favela. (1969)
O processo de mudança social no espaço urbano descrito na letra da canção pode ser associado ao contexto dos anos 60 e 70, que se caracterizou pela
I. migração do nordeste para o sudeste e pela autoconstrução de casas em áreas periféricas das grandes cidades.
II. resistência das classes populares às tentativas de modernização habitacional, com a implantação de equipamentos urbanos adequados à melhoria de sua qualidade de vida.
III. segregação residencial no espaço urbano, com expulsão das classes populares de áreas centrais e sua realocação em áreas distantes do centro da cidade.
IV. produção de vazios urbanos para a valorização dos terrenos centrais pelo mercado imobiliário, impedindo que a população de baixa renda tivesse acesso à moradia digna.
Estão corretas apenas as afirmativas
Analise o gráfico relacionando-o com o texto a seguir.
Entre 1940 e 1960, no espaço de apenas duas décadas, a população brasileira aumentou cerca de 70%, saltando de 41 para 70 milhões de habitantes. A composição da população sofreu grandes mudanças. Se no início da década de 40 a população urbana era de 31% do total, nos anos 60 ela chega aos 45% e ultrapassa a população rural ao longo dessa década (IBGE, 2000).
Todos os fatores apresentados a seguir contribuíram
para o deslocamento da população brasileira do espaço
rural para o urbano, EXCETO:
Em Barcelona, em 2012 e 2013, a cada 15 minutos uma família recebia ordem de despejo. Desde então, o panorama da habitação mudou totalmente. “(...) Estamos assistindo uma onda de especulação imobiliária (...) que agora se foca no aluguel”, explica Daniel Pardo da Associação de Moradores para um Turismo Sustentável. “Este fenômeno pôs em marcha um processo acelerado e violento de expulsão de inquilinos”, acrescenta. Onde a pressão da especulação imobiliária internacional e a indústria do turismo causaram um aumento substancial nos preços dos aluguéis, os catalães têm hoje de gastar mais de 46% dos seus salários com o aluguel. Para os jovens até os 35 anos, a taxa de esforço aumenta até os 65% (...). “Não queremos que os habitantes de Barcelona sejam substituídos por pessoas com maior poder de compra”, diz a porta‐voz do Sindicato dosInquilinos. Só emBarcelona, 15 fundos de investimento imobiliário possuem 3.000 apartamentos.
“Os habitantes querem a sua cidade de volta”. Reportagem de Ulrike Prinz para o Goethe‐Institut Madrid. Maio/2018. Adaptado.
Os conceitos que explicam as dinâmicas urbanas descritas no excerto são:
Carlos, A.F.A. São Paulo: do capital industrial ao capital financeiro. In: Carlos, A.F.A. e Oliveira. A.U. Geografias de São Paulo: a metrópole do século XXI. São Paulo. Adaptado.
Conjuntos comerciais verticais lançados no município de São Paulo de 1992 a 2015
Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio: Embraesp. 2015. Adaptado.
Com base no texto e no mapa, é correto afirmar que
FONTE: Projeto Modelar a Metrópole. Endereço eletrônico: https://www.modelarametropole.com.br/documentos/ Acesso em 21 de julho de 2018.
No Brasil, as regiões metropolitanas são unidades territoriais definidas por lei, que concentram parte expressiva da população nacional. Apesar da sua importância, muitos fatores reduzem a gestão sobre tais regiões no país como a
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza os censos demográficos e econômicos, e considera população urbana aquela residente no perímetro urbano de cada município.
Sobre a tabela acima e a urbanização brasileira é correto afirmar, exceto:
Observe as imagens.
As pinturas Paisagem de subúrbio, do artista plástico carioca Di Cavalcanti, e Morro da favela, da artista plástica paulista Tarsila do Amaral, retratam condições relacionadas à vida nas cidades brasileiras, onde se evidencia a
Leia o seguinte texto:
Embora muitos estudos tradicionais tenham afirmado que os mecanismos de mercado favorecem a concentração das atividades econômicas (ao menos nos estágios iniciais do processo de desenvolvimento de um país), e ainda que essa concepção esteja basicamente correta, a tese apriorística de que as reformas dos anos 1990 iriam bloquear ou mesmo reverter o processo de desconcentração por ampliarem o papel das "forças de mercado" nas decisões de localização de investimentos mostrou-se falha. Os dados mais atualizados revelam que o erro dos especialistas ao prever o "esgotamento"ou a "inflexão"do processo de desconcentração industrial brasileira se deveu principalmente à importância excessiva que conferiram a um pequeno número de fatores que intervêm na dinâmica espacial desse setor, sobretudo a crise de planejamento regional e as tendências de aglomeração associadas ao novo paradigma técnico e econômico em construção.
Diniz, L. L. F. Para onde irão as indústrias? A nova geografia da industrialização brasileira.
In: Albuquerque, E. S. de (org.) Que país é esse? Pensando o Brasil contemporâneo. São Paulo: Globo, 2005, p. 286-287
Entre as afirmações abaixo, assinale aquela que é coerente com os argumentos apresentados no texto.
Si o senhor não está lembrado Da licença de conta Que aqui onde agora está Esse adifício alto Era uma casa velha um palacete assobradado Foi aqui seu moço Que eu, Mato Grosso e o Joca Construímos nossa maloca Mais um dia nem quero lembrá Veio os homens com as ferramentas o dono mandô derrubá [...] E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim E pra esquecê nóis cantemos assim: Saudosa maloca, maloca querida
(Saudosa Maloca. Composição do paulista Adoniran Barbosa, 1951. Disponível em: https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/43969/. Acesso em: 26 fev. 2019, às 09h30.)
São Paulo é recordista no ranking do déficit habitacional: faltam 1,3 milhão de residências. Completam a lista Minas Gerais (575 mil), Bahia (461 mil), Rio de Janeiro (460 mil) e Maranhão (392 mil). No DF, há uma carência de 132 mil moradias. Ao todo, cerca de 33 milhões de brasileiros não têm onde morar, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. Mesmo com iniciativas do governo federal, como o programa Minha Casa, Minha Vida, o problema tem se acentuado. Especialistas em habitação traduzem os números: a falta de moradia aumenta o número de invasões e de população favelada — o índice chegou a 11,4 milhões, segundo o Censo 2010 do IBGE.
(AUGUSTO, Otávio. 33 milhões de brasileiros não têm onde morar, aponta levantamento da ONU. Publicado em 03 mai. 2018. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/05/03/interna-brasil, 678056/deficit-de-moradias-no-brasil-chega-a-6-3-milhoes-sp-tem-a-maior-defa.shtml. Acesso em: 26 fev. 2019, às 09h00.)
A análise dos excertos e dos períodos retratados nos permite assinalar como correta (s) a (s) seguinte (s) afirmativa (s): I. O problema de falta de moradia não é uma novidade no Brasil, sendo São Paulo o Estado recordista. A partir da consolidação da industrialização nos anos 1950, a região atrai pessoas de todo o país, em busca de melhores condições de vida. II. Programas como o Minha Casa, Minha Vida, têm solucionado, apenas nos Estados mais pobres do Brasil, o problema do déficit habitacional, uma vez que não são aplicados nas regiões mais ricas do país. III. O aumento do número de favelas no Brasil, bem como o de invasões a imóveis abandonados pela população sem teto, está diretamente ligado à falta de moradias.
Está (ão) correta (s):
Eugênio Neves é um ilustrador brasileiro, gaúcho de Porto Alegre. Sua obra é marcada por críticas sociais contundentes. É dele a charge a seguir:
Fonte:http://poavive.files.wordpress.com/2011/01/charge_
eugenio_catador.jpg
Acessado em 14-09-2013
A análise da imagem permite concluir que, para Eugênio Neves:
( ) Concentração da população e da pobreza. ( ) Dispersão geográfica das classes médias. ( ) Rarefação da população rural. ( ) Surgimento de metrópoles regionais.
I – Todas as regiões do território brasileiro apresentaram aumento do grau de urbanização em relação aos períodos demonstrados.
II – O incremento do grau de urbanização foi causado pelo crescimento vegetativo nas áreas urbanas além das migrações com destino urbano.
III – As regiões Norte e Nordeste são as menos urbanizadas, com pouco mais de 25% de suas populações vivendo em áreas rurais no ano de 2010.