Questões de Vestibular Sobre conhecimentos gerais
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Leia o texto a seguir.
Um dos atos fundadores da sociologia da arte, no início dos anos 1960, terá consistido em aplicar à frequentação aos museus de Belas-Artes os métodos de pesquisa estatística elaborados nos Estados Unidos, no período entre guerras, por Paul Lazarsfeld. Essas sondagens de opinião, até então reservadas ao marketing comercial ou político, revelaram-se instrumentos preciosos para mensurar a diferenciação das condutas em função das estratificações sociodemográficas – idade, sexo, origem geográfica, meio social, nível de estudos e financeiro – e, eventualmente, explicar as primeiras pelas segundas.
HEINICH, N. A sociologia da Arte, São Paulo: EDUSC, 2001,
p.72.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre cultura, considere as afirmativas a seguir.
I. Para Pierre Bourdieu, visitar museus indica gostos socialmente criados e incorporados pelos indivíduos ou grupos de indivíduos sob a forma de disposições duráveis denominadas habitus.
II. Enquanto nas Belas Artes o olhar volta-se para as regras formais estéticas e técnicas, na Arte Moderna passa a ser mais do que expressão e rompe com o academicismo.
III. Ao conferir um valor de mercado à obra de arte, a “indústria cultural” cria obstáculos para a contemplação, pois sua singularidade é despontenciada na forma mercadoria do objeto artístico.
IV. O Museu Nacional tem origem no Brasil com a fundação da Primeira República e expressou, na época de sua criação, a preocupação com pesquisas baseadas no modelo popular.
Assinale a alternativa correta.
Com base no texto, no quadro e nos conhecimentos sobre história contemporânea, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Em 24 horas, Notre Dame arrecadou entre 900% e 1.000% a mais do que o Museu Nacional em sete meses. ( ) O governo brasileiro destinou recursos imediatos e suficientes para a reconstrução do Museu Nacional, o que explica o baixo valor doado pela elite do país. ( ) Apesar de a renda média anual da faixa 0,1% mais alta brasileira ser maior que a sua equivalente francesa, o mesmo não ocorre com a faixa 50% mais baixa. ( ) Museus são instituições que podem expressar as bases organizacionais a partir das quais o poder é exercido. ( ) A renda média anual da faixa 0,01% mais alta francesa, por ser maior que a brasileira, predispôs à menor doação para o seu patrimônio nacional.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
(A) Retomada dos modelos clássicos, buscava a perfeição e a beleza por meio do uso de formas equilibradas, proporcionais e harmoniosas, que visavam à simetria e à ordem. Uso de arcos, abóbadas, cúpulas e colunas. (B) Valorização do passado histórico e baseada nos ideais iluministas, busca o racionalismo e o academicismo. Uso da proporção e da clareza, da simplicidade e do equilíbrio das formas, visando à harmonia e à beleza estética. (C) Uso de materiais de alta tecnologia, valorização da população usuária na elaboração dos projetos, contribuindo para uma arquitetura mais humana e ambiental, preocupada com a preservação de recursos naturais. (D) Mistura de várias tendências, utilizando formato irregular, incomum, pisos abertos, grandes dimensões e diversidade de materiais, privilegiando a funcionalidade, o conforto, o design orgânico e a economia verde.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Considere o enunciado a seguir e assinale a alternativa correta.
“A obsolescência tecnológica se dá na mesma velocidade em que se verificam as inovações. A exclusão também pode se dar pelo rápido processo de obsolescência que faz com que a atualização tecnológica seja dispendiosa para o indivíduo, para organizações de várias naturezas e para os Estados. Por outro lado tecnologias se tornam economicamente mais acessíveis na medida em que se desenvolvem, o que permite que aqueles que não poderiam ter esse acesso na fase inicial, quando ainda era estado da arte, terminam tê-lo quando se tornam estado da técnica”.
Disponível em: http://intranet.fainam.edu.br/acesso_site/fia/academos/revista2/6.pdf com acesso em 02/10/2017.
Sobre a atualidade marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas, e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) O Brasil vem, desde 2016, refutando as ideias do Consenso de Washington, receituário neoliberal que pregava mais abertura comercial e menos protecionismo, privatização de empresas estatais, desregulamentação das leis trabalhistas, além das reformas fiscais e tributária.
( ) A Guerra da Coreia (1950-1953) foi o início das tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, e a atual troca de ameaças entre os dois países reacende a tensão, deixando o mundo em polvorosa diante de um possível confronto nuclear.
( ) A Revolução Russa, o primeiro regime comunista da história e acontecimento significativo do século XX, completa em 2017 os 100 anos, muitos dos quais vivenciados na Guerra Fria, caracterizada por antagonismo político, econômico, ideológico e militar entre Estados Unidos e União Soviética.
( ) Em junho de 2017 os Estados Unidos, segundo poluidor do mundo atrás da China, decidiram sair do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, um tratado internacional para redução dos gases de efeito estufa.
( ) A queda do muro de Berlim em 1989 representou o fim das barreiras físicas entre os países, com exceção dos Estados Unidos que, contrariamente, desde Bush, Clinton, Obama e Trump, vêm aumentando a extensão do muro ao longo da fronteira com o México.
Atente para os excertos apresentados a seguir.
“(...) No Brasil atual, ainda se acredita que os amuletos estão associados a cultos afro-brasileiros, o que nem sempre é verdadeiro. Um caso clássico é o da figa. Vinculada a um passado escravista e, por isso, a uma origem africana, é um amuleto antiquíssimo, provavelmente da Europa mediterrânica, e que não teve só a função que hoje se conhece, de trazer sorte e proteger o usuário:(...) E mesmo vindo do Mediterrâneo, foi perfeitamente incorporado aos amuletos afro-brasileiros, evidenciando assim uma mistura de culturas”.
PAIVA, Eduardo França. Pequenos objetos, grandes
encantos. In: Revista Nossa História. Rio de Janeiro:
Biblioteca Nacional, ano 1, nº 10, agosto 2004. p.58-59
“(...) A abundância diversificada e o recrudescimento do devocionário privado no Brasil antigo explicam-se, antes de mais nada, pela multiplicidade dos estoques culturais presentes desde os primórdios da conquista e ocupação do novo mundo, onde centenas de etnias indígenas e africanas prestavam culto a panteões os mais diversos. Por se tratar de crenças e rituais condenados pelos donos do poder espiritual, tiveram de ocultar-se no recôndito das matas ou no secreto das casas”.
MOTT, Luiz. Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e
o calundu. in: História da vida privada no Brasil: Cotidiano
e vida privada na América portuguesa. São Paulo:
Companhia das Letras,1997, p.220.
A partir dos excertos acima, é correto afirmar que
Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Sustentabilidade Ambiental no Brasil: biodiversidade, economia e bem-estar humano. Livro 7. p.20. 2010. Brasília.
Lendo o excerto acima, observa-se a importância e a necessidade crucial da discussão das questões socioambientais na sociedade global nesse momento da história. Considerando essa premissa, é correto afirmar que as questões socioambientais precisam necessariamente ser tratadas
Leia a crônica publicada em um jornal no século XIX sobre o carnaval carioca:
O Carnaval de rua foi o que costuma ser todos os anos. Grupos de zé-pereiras a zabumbarem por aí além; dominós em quantidade e mudos como frades de pedra; homens vestidos de mulher; mulheres vestidas de homens; sujos a dar com o pau. Repetiu-se este ano a brincadeira de mau gosto que hoje quase faz parte integrante do Carnaval do Rio de Janeiro – a guerra às cartolas, da qual muitas vezes são vítimas os cidadãos que passeiam com suas famílias.
(In: CUNHA, M. C. P. Ecos da folia: uma história social do Carnaval carioca entre 1880 e 1920. SP: Companhia das Letras, 2001. p. 50.)
De acordo com imprensa carioca, o carnaval do Rio no século XIX
(Frei Beto. In: http://www.adital.com.br/SITE/noticia2.asp?lang=PT&cod=7063. Acesso em: 20 mar. 2010.)
De acordo com Frei Beto, uma relação baseada na alteridade exige
Leia o texto que problematiza a desigualdade no país:
Reconhecer que a igualdade de oportunidade entre os cidadãos — base de quase todas as democracias modernas — não será alcançada na prática, se o Estado e a sociedade não passarem a tratar de forma diferenciada, pelo menos temporariamente, aqueles que se encontram nos estratos menos favorecidos da população.
(www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u434.shtml. Acesso: 17/09/2011. Adaptado.)
A construção dos direitos civis, políticos e sociais na República brasileira tem sido discutida
para atender demandas sociais e jurídicas. Como são denominadas as ações necessárias
para resolver o problema da desigualdade no Brasil?
Os norte-americanos e europeus, quando se viram invadidos por povos não brancos, começaram a falar em diversidade étnica, em multiculturalismo. Nós, brasileiros, nascemos multiculturais e diversos. Isso não é uma questão para nós. Estamos 150 anos à frente do Primeiro Mundo. Eles estão preocupados com isso agora, nós estamos preocupados com isso desde sempre.
(Revista de História da Biblioteca Nacional, ago. 2012, n. 83. p. 55. Adaptado.)
O texto trata da questão do uso dos conceitos de diversidade étnica e multiculturalismo nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil. As informações apresentadas indicam que
A liberdade de manifestação de pensamento, de reunião, de profissão, a garantia de propriedade, tudo isso era parte da Constituição de 1824. No que se refere aos direitos civis, pouco foi acrescentado pela Constituição de 1891.
(CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. SP: Cia. das Letras,1989. p. 43.)
A comparação entre a Constituição Imperial de 1824 e a Constituição Republicana de 1891, feita pelo autor, indica que
Movimento operário
Bem antes da formação da Aliança Liberal, entretanto, importantes leis relativas a diferentes aspectos das relações de trabalho - como aposentadoria, férias, acidentes, trabalho “de menores”, etc - destinadas a categorias específicas ou ao conjunto dos trabalhadores, eram aprovadas pelo Congresso Nacional. No mesmo momento em que ocorriam as articulações de apoio à chapa eleitoral composta por Getúlio Vargas e João Pessoa, surgiram as primeiras greves pela aplicação incondicional da legislação estabelecida. Essa demanda, nova em um movimento paredista, se tornaria comum no pós-1930, quando a defasagem entre regulamentação estatal e realidade social viria a se acentuar.
(FORTES, A. Os direitos, a lei e a ordem. In: LARA, S. H.; MENDONÇA, J. M. Direitos e justiças no Brasil. Campinas: Unicamp, 2006. p. 355. Adaptado.)
Na década de 1920, alguns setores políticos alteraram sua posição diante das reivindicações operárias. Nessa época, o Estado brasileiro passou a