Questões de Vestibular
Comentadas sobre história do brasil em história
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Tendo os fragmentos de texto precedentes como referência inicial e considerando aspectos marcantes da República brasileira, julgue o item que se segue.
Pela generalização presente no segundo fragmento de texto,
percebe-se que é exagerada a menção aos “constantes golpes,
estados de sítio” que teriam marcado a história do Brasil,
dada a inexistência, na Primeira República (1889-1930), de
tentativas golpistas, não tendo sido sequer utilizada a
excepcionalidade do estado de sítio.
Em 2022, o Brasil celebra 200 anos de vida independente, sem projeto de nação e longe da grandeza anunciada em 1500 pela natureza exuberante e sonhada no século XIX pelos que lutaram por sua independência. A constatação é do historiador José Murilo de Carvalho, que avalia com desânimo o atual panorama nacional. Ele diz que o Brasil é um “país sem revolução”, no qual ocorreram movimentos apenas de “ajuste” entre as elites.
O Estado de S. Paulo, Aliás, 4/9/2022, p. C4 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à trajetória histórica do Brasil.
Segundo o historiador citado no texto antecedente, as poucas
revoluções que ocorreram na história brasileira restringem-se
àquela que deu origem à Independência do Brasil e àquela
que resultou na Proclamação da República.
Em 2022, o Brasil celebra 200 anos de vida independente, sem projeto de nação e longe da grandeza anunciada em 1500 pela natureza exuberante e sonhada no século XIX pelos que lutaram por sua independência. A constatação é do historiador José Murilo de Carvalho, que avalia com desânimo o atual panorama nacional. Ele diz que o Brasil é um “país sem revolução”, no qual ocorreram movimentos apenas de “ajuste” entre as elites.
O Estado de S. Paulo, Aliás, 4/9/2022, p. C4 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à trajetória histórica do Brasil.
A Independência do Brasil, ocorrida no contexto da era
revolucionária, que pôs fim ao antigo regime e ao antigo
sistema colonial, rompeu com as estruturas básicas do
período colonial, a exemplo da monocultura exportadora, do
latifúndio e da escravidão.
A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.
Na segunda metade do século XIX, o interesse pelos mitos
fundadores do Brasil apresentou-se na ficção romântica a
partir de uma revisão crítica e desmistificadora de grandes
eventos históricos, como revoluções, batalhas e gestos
políticos.
A história está em constante reconstrução. E não é diferente com o processo da Independência do Brasil no contexto de seu bicentenário. O que os holofotes dos historiadores trazem à luz é que, ao contrário do que diziam os antigos livros didáticos, o processo de separação do Brasil de Portugal foi múltiplo, extenso e repleto de violências. “Foi um processo muito mais complexo do que simplesmente D. Pedro I gritar ‘Independência ou Morte’, com muitas camadas e todas as guerras acontecendo naquele momento”, explica a historiadora Lucia Maria Bastos das Neves. Entre 1821 e 1824, foram inúmeros os levantes em lugares como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Cisplatina.
O Estado de S. Paulo, 16/8/2022, p. C6 (com adaptações).
Considerando os sentidos do texto precedente e sua inserção no contexto da Independência do Brasil, julgue o item subsequente.
Reação de tropas portuguesas à decisão de D. Pedro de
proclamar a Independência do Brasil levou a que, em vários
pontos do território, brasileiros, sobretudo populares,
pegassem em armas para garantir a emancipação do país,
como aconteceu, por exemplo, na batalha do Jenipapo, no
Piauí, e nas lutas ocorridas na Bahia.

Tereza de Benguela é um dos nomes esquecidos pela historiografia nacional. Nos últimos anos, passou a ser mais reconhecida, na busca de multiplicar as narrativas que revelam a formação sociopolítica brasileira. Tereza, que viveu no século XVIII, pode ter nascido no continente africano ou no Brasil. Ela chefiou o Quilombo do Quariterê, que se localizava na atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. O Quilombo resistiu até 1770, quando foi destruído. Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Adaptado de ufrb.edu.br.
O reconhecimento de Tereza de Benguela e a celebração do dia 25 de julho indicam uma mudança com o intuito de multiplicar narrativas sobre a formação social brasileira. Essa mudança tem como objetivo:
Um aspecto comum dessas ações governamentais é:
O AI-5 concedeu ao Executivo plenos poderes para prender qualquer cidadão brasileiro e para cassar-lhe os direitos políticos.
Os direitos estabelecidos no AI-5 serviram como base para a formulação do art. 5.º da Constituição Federal de 1988.
Pedro de Magalhães Gandavo. Tratado da terra do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2008, p. 53 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência, julgue o seguinte item, acerca da política indigenista na América portuguesa.
Alguns costumes indígenas eram tolerados dentro dos aldeamentos missionários, a exemplo da bigamia.
Pedro de Magalhães Gandavo. Tratado da terra do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2008, p. 53 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência, julgue o seguinte item, acerca da política indigenista na América portuguesa.
Os aldeamentos agrupavam indígenas de diferentes etnias em um mesmo espaço físico sob a tutela espiritual das ordens religiosas.
Pedro de Magalhães Gandavo. Tratado da terra do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2008, p. 53 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência, julgue o seguinte item, acerca da política indigenista na América portuguesa.
Apesar da violência do contato com os colonizadores e dos prejuízos culturais, os indígenas utilizaram os aldeamentos como espaços de reelaboração identitária, resistindo à colonização.
Pedro de Magalhães Gandavo. Tratado da terra do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2008, p. 53 (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência, julgue o seguinte item, acerca da política indigenista na América portuguesa.
A guerra justa legitimava a escravidão dos indígenas que permanecessem hostis aos portugueses em suas aldeias.
A prática da guerra justa levou ao extermínio e à escravização de diversos povos tupis que habitavam o litoral da América.
Os primeiros núcleos urbanos surgiram com a produção pastoril, que adentrou a oeste do país.
Na década de 1920, a sociedade brasileira viveu um período de grande efervescência e profundas transformações. Mergulhado numa crise cujos sintomas se manifestaram nos mais variados planos, o país experimentou uma fase de transição cujas rupturas mais drásticas se concretizaram a partir do movimento de 1930.
FERREIRA, Marieta de Moraes e PINTO, Surama Conde Sá.
“A crise dos anos 1920 e a Revolução de 1930”.
In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília. O Brasil republicano.
Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Duas das transformações socioeconômicas que contribuíram para a ruptura mais drástica indicada foram:
A noção de ditadura variou ao longo da História e dependeu das características políticas de cada sociedade.
A esse respeito, assinale a alternativa correta:
Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu.
Caio Prado Jr. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2011, p. 29.
Sobre o sentido da colonização do Brasil, é correto afirmar:
Antônio Vicente Mendes Maciel, Conselheiro de alcunha, (...) era cearense e nasceu (...) a 13 de março de 1830. (...) Aprendeu a ler, escrever e contar. (...) Andou estudando latim, enxertando frases da língua de Horácio nos seus longos "conselhos", geralmente baseados na Bíblia sagrada, que conhecia razoavelmente. (...) Era apenas um peregrino, acompanhado de numeroso séquito; pequenos agricultores, negros 13 de Maio, caboclos de aldeamentos, gente sem recursos, doentes. (...)
Em 1893 (...) Antônio Vicente se estabeleceu em Canudos (...). Rebatizou a localidade, dando-lhe o nome de Belo Monte. Criou um clima de tranquilidade local. Respeitavam-no. Seu monarquismo era utopia.
De vários pontos do sertão apareciam os conselheiristas (...). Caminhavam para lá movidos pela fé. Queriam morar ali, sem pensar em conquistar novas terras. Nem restaurar a monarquia. Cá de fora, não entenderam assim. Interesses políticos e patrimoniais deram novos rumos e destino sangrento ao sertão do Conselheiro. (...)
José Calazans. “O Bom Jesus do sertão”. Caderno Mais, Folha de S. Paulo. São Paulo, 21/09/1997.
O texto sugere que Antonio Conselheiro