Questões de Vestibular
Sobre história geral em história
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O QUE É UMA NAÇÃO?
O homem não é escravo nem de sua raça, nem de sua língua, nem de sua religião, nem do curso dos rios, nem da direção das cadeias de montanhas. Um grande agrupamento de homens, de espírito sadio e coração ardoroso, cria uma consciência moral que se chama nação. Enquanto puder provar sua força através dos sacrifícios que exigem a abdicação dos indivíduos em prol de uma comunidade, essa consciência moral será legítima, terá o direito de existir. Se surgem dúvidas quanto a fronteiras, consultem-se as populações envolvidas. Elas têm bem o direito de ter uma opinião na questão.
ERNEST RENAN Conferência na Universidade de Sorbonne, 1882. revistas.usp.brAo longo do século XX, houve acontecimentos vinculados a projetos nacionalistas similares à concepção defendida pelo historiador Ernest Renan, em 1882.
Identifica-se como um desses acontecimentos a:
Leia o texto a seguir e responda a questão
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
A Rosa de Hiroshima.
Compositores: Vinícius de Moraes, Gerson Conrad, 1973.
Na Primeira Guerra Mundial, quando se confrontaram as potências imperialistas europeias, o mundo assistiu com horror o uso de uma tecnologia bélica de elevado poder destrutivo, desacreditando o discurso no qual se considerava que a Europa possuia uma cultura superior. Com o término da Primeira Guerra, buscou-se um reencantamento do mundo por meio de acordos de paz, logo superados pela Segunda Guerra, culminando com o ataque atômico ao Japão. Após esses episódios, vários outros conflitos se disseminaram pelo mundo até a atualidade.
Com base nos conhecimentos históricos sobre esses conflitos, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) A utilização de armas químicas foi regulamentada no decorrer da Segunda Guerra pelo tratado de Paz de Vestfalia.
( ) O projeto da arma nuclear foi desenvolvido nos EUA por uma equipe de cientistas sob o governo Truman, que autorizou o seu uso.
( ) No México, o Exército Zapatista de Libertação Nacional, orientado pela doutrina libertária, defende o direito dos povos nativos.
( ) O grupo Al Quaeda de libertação do Afeganistão teve sua organização ideológica fundamentada pelas doutrinas de Gramsci.
( ) O governo indiano acusa o Paquistão de fomentar grupos separatistas muçulmanos no seu território da Caxemira.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Durante as guerras entre os Persas e os Gregos, no mundo antigo, um conjunto de ações foi realizado, o que levou à produção de narrativas sobre esses episódios, com consequências também para os seus vizinhos macedônicos. Com base nos conhecimentos sobre esse processo histórico, considere as afirmativas a seguir.
I. A Liga do Peloponeso, criada por Esparta, uniu-se à Confederação de Delos, liderada por Atenas, e com essa unificação as esquadras dos gregos tornaram-se fortificadas com os grandes navios de combate.
II. A Confederação de Delos reuniu as cidades-estado gregas contra a invasão persa e, no decorrer dos conflitos, sua sede foi transferida para Atenas, com a função de unificar os tributos e a frota.
III. Na obra História da Guerra do Peloponeso, escrita pelo general ateniense Tucídides, foi descrito o flagelo da peste natural, que se abateu sobre eles, expondo as ilusões de seu mundo.
IV. Plutarco descreveu as habilidades de Alexandre Magno na conquista e unificação dos povos envolvidos no conflito, por meio da miscigenação e integração cultural e do incentivo às artes e às ciências.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
A modernidade [...] é um fenômeno de dois gumes. O desenvolvimento das instituições sociais modernas e sua difusão em escala mundial criaram oportunidades bem maiores para os seres humanos gozarem de uma existência segura e gratificante que qualquer tipo de sistema pré-moderno. Mas a modernidade tem também um lado sombrio.
GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991, 2ª reimpressão, p. 16.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o debate a respeito da modernidade, considere as afirmativas a seguir.
I. Para Marx, a modernidade identificava-se com o capitalismo, o qual continha, em suas origens industriais, dimensões sociais potencialmente revolucionárias.
II. No momento do surgimento do industrialismo, Durkheim identificou o lado sombrio da modernidade com a possibilidade dos fenômenos da anomia social.
III. Weber compreendia o mundo moderno como aquele no qual a racionalização implicava a expansão da burocracia e dos limites que o corpo de funcionários estabelecia à autonomia individual.
IV. Para Giddens, a atual fase da modernidade, ao reduzir as possibilidades de autodestruição social, eliminou a existência da chamada “sociedade de risco”.
Assinale a alternativa correta.
Leia o fragmento a seguir:
“Então, quando o cabo do braçalote gemeu, encapelando-se no Cais da verga até os cotovelos do horizonte sem fim, sua memória também rangeu com os dentes da catraca, e pôde lembrar-se de quando estourara a notícia da prisão [...]: o outrora arguto Conde de Oeiras fora considerado traidor e condenado à morte. Subira ao trono [...] e com ela todo o desencanto com a monarquia.”
Fonte: BARRETO, Antônio. A barca dos amantes. 4ª ed. Belo Horizonte[MG]: Lê, p. 27. 2018. [Fragmento: Adaptado]
O fragmento de Antônio Barreto, na obra “A barca dos amantes”, em suas lacunas, retrata personagens históricos como, EXCETO:
“Esclarecimento [Iluminismo] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo [...] A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens [...] continuem [...] de bom grado menores durante toda a vida. São também as causas que explicam por que é tão fácil que os outros se constituam em tutores deles. É tão cômodo ser menor [...] Que, porém, um público se esclareça a si mesmo é perfeitamente possível; mais que isso, se lhe for dada a liberdade, é quase inevitável. Pois, encontrar-se-ão sempre alguns indivíduos capazes de pensamento próprio, até entre os tutores estabelecidos da grande massa, que, depois de terem sacudido de si mesmos o jugo da menoridade, espalharão em redor de si o espírito de uma avaliação racional do próprio valor e da vocação de cada homem em pensar por si mesmo.”
KANT, Immanuel. Que é esclarecimento? Disponível em: coral.ufsm.br/ gpforma/2senafe/PDF/b47.pdf. Acessado em 02/09/2018.
O trecho acima foi extraído do artigo Que é o Esclarecimento?, publicado em 1783 pelo filósofo prussiano Immanuel Kant. Neste texto, Kant apresentou uma explicação sobre o que caracterizava o Iluminismo. A partir do excerto citado, o Iluminismo pode ser compreendido como:
"Estabelecida na passagem do século XVI11 para o século XIX, a Revolução Industrial representou uma profunda alteração social que incidiu sobre os tradicionais ritmos da vida coletiva. Encerrou séculos de domínio do mundo rural e liberou o potencial produtivo das sociedades humanas, permitindo, assim, a multiplicação acelerada e ilimitada de homens, mercadorias e serviço”.
(Fonte: Campos, F. & Et. Al. Oficina de História. Vol.3. 2. Ed. São Paulo: Leya, 2016. p.16.)
Sobre a Revolução Industrial, é CORRETO afirmar que:
(Annette Wieviorka. Auschwitz explicado à minha filha, 2000. Adaptado.)
Ao tratar da atitude dos alemães frente à perseguição nazista aos judeus, o texto defende a ideia de que
O mapa representa a divisão da África no final do século XIX.
Essa divisão
Um homem transporta o fio metálico, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto aguça a extremidade, um quinto prepara a extremidade superior para receber a cabeça; para fazer a cabeça são precisas duas ou três operações distintas; colocá-la constitui também uma tarefa específica, branquear o alfinete, outra; colocar os alfinetes sobre o papel da embalagem é também uma tarefa independente. [...] Tive ocasião de ver uma pequena fábrica deste tipo, em que só estavam empregados dez homens, e onde alguns deles, consequentemente, realizavam duas ou três operações diferentes. Mas, apesar de serem muito pobres, e possuindo apenas a maquinaria estritamente necessária, [...] conseguiam produzir mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Se dividirmos esse trabalho pelo número de trabalhadores, poderemos considerar que cada um deles produz quatro mil e oitocentos alfinetes por dia; mas se trabalhassem separadamente uns dos outros, e sem terem sido educados para este ramo particular de produção, não conseguiriam produzir vinte alfinetes, nem talvez mesmo um único alfinete por dia.
(Adam Smith. Investigação sobre a natureza
e as causas da riqueza das nações, 1984.)
O texto, originalmente publicado em 1776, demonstra
(Georges Duby. Damas do século XII:
a lembrança das ancestrais, 1997. Adaptado.)
O texto trata de relações desenvolvidas num meio social específico, durante a Idade Média ocidental. Nele,
– São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...]
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade?
(Platão. A República, 1987.)
O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C.,
caracteriza