Questões de Vestibular
Sobre segunda grande guerra – 1939-1945 em história
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Seria menor o horror do Holocausto se os historiadores concluíssem que exterminou não 6 milhões [...], mas 5 ou mesmo 4 milhões? (HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 50.)
Em relação à política eugenista praticada pelos nazistas, considere as afirmativas a seguir.
I. A política de seleção racial atingiu os prisioneiros russos que foram enviados aos campos de concentração e guetos. II. Judeus que apresentavam características físicas arianas foram poupados dos campos de concentração. III. O isolamento nos guetos somou-se aos campos de concentração como formas de extermínio da população não ariana. IV. Populações ciganas que viviam nos territórios ocupados pelos alemães foram enviadas aos campos de concentração.
Assinale a alternativa correta.
No preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, lê-se:
“[...] Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem [...]”. (grifo nosso)
A partir dos conhecimentos sobre o contexto histórico dessa declaração, assinale a alternativa que indica os eventos históricos em que ocorreram “atos de barbárie” no século XX, antes da publicação desse documento e que tiveram impacto na sua elaboração.
Leia o texto a seguir.
"Nesta etapa de concentração em guetos, o objetivo nazista era expulsar os judeus da Europa ocupada, tornar os territórios incorporados pela Alemanha “judenrein”. Mas, nas palavras de Heydrich, uma vez que todo o “problema judeu” era insolúvel pela imigração, era necessária agora uma “solução territorial final”. Himmler afirmou que queria “ver o conceito judaico totalmente extinto (na Europa” pela virtual possibilidade de uma grande emigração de todos os judeus para a África ou outra colônia”. Uma das ideias era deportá-los para uma região da Polônia próxima à fronteira com a URSS (Lublin, entre os rios Vístula e Bug) onde ficariam confinados em um protetorado, ou para alguma colônia europeia na África ou América, como a Guiana inglesa."
CYTRYNOWICZ, Roney. Memória da barbárie. São Paulo: Nova Stella; Ed. USP, 1990. p. 38.
O texto apresentado trata de um importante evento ocorrido, em escala global, durante o século
XX. Assinale a alternativa correta que apresenta este evento histórico:
O cartaz acima foi utilizado como instrumento de propaganda do Plano Marshall, principal iniciativa dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados após a Segunda Guerra Mundial.
Considerando a imagem e seu contexto histórico, um objetivo do governo estadunidense ao
implementar esse plano foi:
As afirmativas a seguir apresentam características da Segunda Guerra Mundial.
I. A “guerra-relâmpago” (Blitzkrieg) foi a estratégia utilizada pelo exército alemão para invadir a Polônia no início da guerra. Esta ação consistia na utilização de forças móveis em ataques com velocidade e surpresa, evitando com que as forças inimigas tivessem tempo de reação.
II. A exploração e assassinato de milhões de judeus e outras vítimas, nos campos de concentração nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, ocorreu sob o comando de Adolf Hitler. A ação dos nazistas foi considerada um dos maiores genocídios do século XX.
III. O desembarque dos aliados na costa da Normandia (França) passou a ser conhecido como o Dia D. No dia 6 de junho de 1944, aproximadamente, 100 mil soldados desembarcaram na costa, com apoio de 6 mil navios e 5 mil aviões, abrindo uma nova frente de combate.
IV. O lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki pelos norte-americanos, em agosto de 1945, quebrou a resistência do Japão, que em setembro do mesmo ano assinou sua rendição, fato que assinalou o fim da Segunda Guerra Mundial.
Estão CORRETAS:
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
No fim de 1944 estávamos em regime de ditadura no Brasil, como todos sabem. Uma ditadura que já se ia dissolvendo, porque o ditador de então começara a acertar o passo com as chamadas Potências do Eixo; mas quando os Estados Unidos entraram na guerra e pressionaram no mesmo sentido os seus dependentes, ele não só passou para o outro lado, como teve de concordar que o país interviesse efetivamente na luta, como aliás pedia a opinião pública, às vezes em manifestações de massa que foram as primeiras a quebrar a rotina disciplinada de tranquilidade aparente nas grandes cidades.
(CÂNDIDO, Antonio. Teresina etc. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, p. 107-108)
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Retrato do Brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira, de Paulo Prado (escritor a quem Mário de Andrade dedicou Macunaíma), é hoje um livro quase esquecido. Quando saiu, porém, alcançou êxito excepcional: quatro edições entre 1928 e 1931. O momento era propício para tentar explicações do Brasil, país que se via a si mesmo como um ponto de interrogação. Terra tropical e mestiça condenada ao atraso ou promessa de um eldorado sul-americano?
(BOSI, Alfredo. Céu, Inferno. São Paulo: Ática, 1988, p. 137)
A charge de J. Carlos na capa da revista Careta representa a ofensiva dos aliados, em julho de 1944, que delineou os rumos da Segunda Guerra Mundial.
No que se refere às relações internacionais, a vitória dos aliados provocou mudanças que tiveram
como um dos seus efeitos:
Enquanto os franceses e os britânicos tinham emergido da Primeira Guerra Mundial com um profundo trauma dos horrores da guerra e a convicção de que um novo conflito deveria, se possível, ser evitado, na Alemanha só ocorreria algo parecido depois da Segunda Guerra Mundial. Os acontecimentos de 1945 levaram a uma profunda mudança na cultura popular e política da parte ocidental da Alemanha. Aos olhos desses alemães, a extrema violência de 1945 fez da Segunda Guerra Mundial “a guerra para acabar com todas as guerras”.
(Richard Bessel. Alemanha, 1945, 2010. Adaptado.)
TEXTO 5
NA VIRADA DO SÉCULO, o biólogo Roosmarc conheceu o ápice da fama ao descobrir um novo gênero de primata: o sagui-anão-de-coroa-preta. Foi considerado pela revista Time o grande herói do planeta. Entre os mais de 500 primatas no mundo, Roosmarc descobrira o Callibella humilis, o macaquinho mais saltitante e alegre, anãozinho, com aquela coroa preta. Enquanto outros primatólogos matavam os animais para descrevê-los, dissecando-os em laboratórios, longe da Amazônia, ele criava macacos em sua casa. Esperava que morressem de forma natural e, aí sim, dissecava-os.
O sagui-anão-de-coroa-preta foi a sensação mundial. Então, ele viveu o ápice da glória. As publicações científicas não se cansaram de elogiá-lo. Quase todos os dias, jornais e revistas estampavam: “Protetor dos animais”, “O bandeirantes da Amazônia”, “O último primatólogo”. De Manaus para o mundo. Os ribeirinhos o saudavam; os políticos o pajeavam; os estudantes de biologia o veneravam. Sim, Roosmarc era visto e considerado como herói do planeta.
Vida simples, com suas vestes quase sempre largas cobrindo o corpo magro e alto, enfiado semanas na floresta, nunca quisera dinheiro, jamais almejara fortuna. O verdadeiro cientista, dizia, quer, antes de tudo, reconhecimento. Não havia prêmio maior do que isso. Sequer gastava o que ganhava. Aprendera com os bichos que, na vida, não se precisa de muitas coisas...
Nascera no sul da Holanda e, aos 17 anos, mudou-se para Amsterdã. Queria estudar biologia. Nos fins do ano 60, a cidade fervilhava, era a capital da contestação. John Lennon e Yoko Ono haviam escolhido a cidade para protestar contra a Guerra do Vietnã. Os rebeldes desfilavam pelas ruas, enquanto John Lennon e Yoko Ono incitavam a quebra de valores deitados uma semana num hotel da cidade, consumindo droga e criando suas canções. O gosto pela contracultura crescia, agigantava-se. Rebelde, Roosmarc desfilava pelas ruas, gritando pela paz, também queimando maconha e outras ervas.
Mas foi, nesta época, que ele se interessou pelos primatas. Depois que terminou a universidade, fez amizade com uma estudante, que também saboreava a contracultura, o desprezo a normas e procedimentos, e com ela, vivendo um romance apaixonado, deu volta ao mundo, como se fosse o famigerado navegante português Vasco da Gama. Estudante de artes plásticas, Marie tinha sede por aventuras: o novo lhe apetecia; o velho não era mais do que um mundo cinzento. A Europa, com seus prédios cinzentos e frios, uma população resignada, não lhe apetecia. Queria quebrar barreiras, outras fronteiras. Não queria apodrecer naquelas cidadezinhas holandesas, onde as mulheres envelheciam rapidamente e só cuidavam de casa. Não queria se transformar num símbolo de cama, fogão e igreja. Menosprezava o título “rainha do lar”, que os pastores tanto veneravam entre a população fiel. Tinha horror ao ver sua mãe de lenço na cabeça e avental cobrindo a gordura da barriga. Se ficasse numa daquelas cidadezinhas, em poucos anos estaria como a mãe – brigava constantemente com o seu pai, saía de casa aos domingos para assistir a mesmice do partor Simeão, e que, rapidamente, voltava para casa para preparar o almoço para os filhos. Que destino! A liberdade a chamava. Não era o que dizia a canção de John Lennon? Ao conhecer Roosmarc, o desejo por aventuras avivou como brasa viva. Quando convidada para segui-lo, e ela queria produzir desenhos e aquarelas jamais vistas no mundo, não titubeou, como se a oportunidade fosse um cavalo encilhado. E cavalo encilhado passa por nós somente uma vez ...
(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 200-201.Adaptado.)
TEXTO 2
XX
Os Homens
nesta manhã de sangrenta primavera
parecem não mais saber
o que nunca souberam,
que a Vida é para sempre
sã ou demente
tão de repente
tão de repente!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 108.)
Sobre as razões que envolveram alguns dos países participantes das duas guerras mundiais, considere as afirmações a seguir:
I. Rússia: entrou em guerra contra o Império Austro-Húngaro no primeiro conflito, devido à disputa por terras e áreas de influência. No segundo a URSS de Stálin e a Alemanha de Hitler haviam firmado um Pacto de Não-Agressão, o qual foi quebrado pelos nazistas ao invadirem território soviético, forçando a entrada de Stálin na guerra.
II. Estados Unidos: no ano de 1914 entraram na guerra ao lado da Entente. Devido ao rápido fortalecimento da indústria alemã viram sua hegemonia econômica ser ameaçada. Durante o segundo conflito mantiveram-se afastados do combate, até que a base militar de Pearl Harbor foi bombardeada pelo Japão, fazendo os Estados Unidos declararem guerra ao Eixo.
III. Alemanha: não satisfeita com a partilha colonial e crescendo como potência industrial rapidamente, acaba por gerar tensões com seus rivais, quadro que unido à corrida armamentista e à formação de alianças, levou-a ao conflito. Durante a década de 30, a crise generalizada, a humilhação, a política de fortalecimento militar e de expansão de terras formaram a base para os nazistas iniciarem um novo conflito.
IV. Itália: na primeira guerra ingressou ao lado das forças inglesas para conquistar colônias e, devido a sua derrota nesse conflito, mais uma vez entrou em guerra contra as potências para anexar terras a partir de 1939.
Estão corretas SOMENTE:
Henry E. Sigerist, Civilização e doença.
São Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.
O correto entendimento do texto acima permite afirmar que
Gunter Grass. Meu século. Rio de Janeiro:
O trecho acima, extraído de uma obra literária, alude a um acontecimento diretamente relacionado
A Segunda Guerra Mundial trouxe a hegemonia do império americano no campo econômico, no militar e no político, uma vez que o dólar passou a ser a moeda universal e os Estados Unidos o grande credor do mundo ocidental.