Questões de Vestibular de Literatura - Escolas Literárias
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“Triste ironia atroz que o senso humano irrita: – ele que doira a noite e ilumina a cidade, talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua crenças, religiões, amor, felicidade, como este acendedor de lampiões da rua!”
“Nero, com o manto grego ondeando ao ombro, assoma entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte, lira em punho, celebra a destruição de Roma”.
Observe a imagem e leia o texto a seguir para responder à questão.
AMARAL, Tarsila do. Os operários, 1931. Disponível em: <http://www.arteeartistas.com.br/operarios-tarsila-do-amaral/>. Acesso em: 01 out. 2018.
Mulher proletária – única fábrica que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
LIMA, Jorge de. Mulher proletária. In: Antologia poética. São Paulo: José Olympio, 1978, p. 21.
Observe a imagem e leia o fragmento a seguir para responder à questão.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à questão.
Aristocracia
O conde de Lautréamont
era tão conde quanto eu
que sendo o nobre Drummond
valho menos que um plebeu.