Questões de Vestibular de Literatura - Escolas Literárias
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Considere o texto abaixo.
A década de 1960 também representou um período de grande renovação no âmbito da literatura latino-americana. Foram os chamados anos do boom, quando uma safra de escritores ganhou projeção internacional, especialmente em virtude de obras que exploram o gênero do realismo mágico (...) A Revolução Cubana, sobretudo em seus primeiros tempos, irradiou ideais e conquistou simpatias (...)
(PRADO, Maria Ligia e PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 192; 194)
São versos do poeta Ferreira Gullar, no poema “Cantada”:
Você é mais bonita que uma bola prateada
de papel de cigarro.
Você é mais bonita que uma poça d’água
límpida
num lugar escondido
(...)
Olha,
você é tão bonita quanto o Rio de Janeiro
em maio
e quase tão bonita
quanto a Revolução Cubana
Atente para as seguintes afirmações sobre esses versos:
I. O esquema métrico e o rímico atestam que se trata de um poeta representativo da geração de 1945.
II. Há um efeito de humor, resultante da comparação entre contextos a princípio incomparáveis.
III. Depreende-se a posição política do autor diante da revolução ocorrida em Cuba.
Está correto o que se afirma em
Considere o texto abaixo.
A década de 1960 também representou um período de grande renovação no âmbito da literatura latino-americana. Foram os chamados anos do boom, quando uma safra de escritores ganhou projeção internacional, especialmente em virtude de obras que exploram o gênero do realismo mágico (...) A Revolução Cubana, sobretudo em seus primeiros tempos, irradiou ideais e conquistou simpatias (...)
(PRADO, Maria Ligia e PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 192; 194)
Considere o texto abaixo.
Se a Grande Guerra representa ruptura na história das relações culturais entre a Europa e a América Latina, bem mais do que rompê-las brutalmente ela as reconfigura e leva a afirmações identitárias complexas (...). As referências europeias subsistem (...) mas são agora apenas parte de um todo identitário que bebe em fontes variadas para definir os caracteres da nacionalidade. Deste ponto de vista, a metáfora proposta por Oswald de Andrade em seu Manifesto antropofágico, de 1928, é a mais eficaz (...). “Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.”
(COMPAGNON, Olivier. O adeus à Europa. A América Latina e a Grande Guerra (Argentina e Brasil, 1914-1939). Trad. Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Rocco, 2014, p. 303-304)
Considere o texto abaixo.
Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)
Considere o texto abaixo.
Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)