Questões de Vestibular Sobre escolas literárias em literatura

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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298219 Literatura

Considere o texto abaixo.


    Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.


(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)

Integrando o que se pode considerar uma revolta sem método, como manifestação satírica de uma crítica ao estatuto colonia
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298218 Literatura

Considere o texto abaixo.


    Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.


(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)

A frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, se chegou a dar o tom a uma poesia melancólica e intimista dos primeiros momentos do Romantismo, foi afastada pelo esforço empenhado em novas lutas libertárias dos nossos últimos românticos. É o que sugere uma comparação estabelecida entre obras, respectivamente, dos poetas
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298215 Literatura

Considere o texto abaixo.


     Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do México em 1942 e logo depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: “Canto a Stalingrado”. O poema de Neruda não fala de vitória, e sim de resistência, além de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a União Soviética da pressão nazista. Já na “Carta a Stalingrado”, de Drummond, o núcleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado épico, que relaciona a vitória de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lírico, em que a batalha é vista a partir das suas ressonâncias no “eu”.


(MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo: Editora 34, 2016, p. 128)

Em mais de um momento, no livro A rosa do povo, o poeta Carlos Drummond de Andrade mostrou um aflito interesse no desenrolar das tragédias da Segunda Guerra. É o que se pode comprovar com estes versos:
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298214 Literatura

Considere o texto abaixo.


     Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do México em 1942 e logo depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: “Canto a Stalingrado”. O poema de Neruda não fala de vitória, e sim de resistência, além de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a União Soviética da pressão nazista. Já na “Carta a Stalingrado”, de Drummond, o núcleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado épico, que relaciona a vitória de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lírico, em que a batalha é vista a partir das suas ressonâncias no “eu”.


(MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo: Editora 34, 2016, p. 128)

Atente para as seguintes afirmações:


I. Diferentemente do entusiasmado poema de Pablo Neruda dedicado a Stalingrado, o de Drummond exprime com menor vigor o esforço ingente dos russos ao defenderem a cidade dos ataques nazistas.

II. O poema de Drummond “Carta a Stalingrado” pode ser visto, do ponto de vista do gênero, como uma combinação da vocação lírica do poeta com uma visada enérgica de um momento crucial da Segunda Guerra.

III. O poema “Canto a Stalingrado”, de Pablo Neruda, não deixava de expressar uma preocupação estratégica no momento em que os nazistas assediavam a cidade soviética.


Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 

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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298210 Literatura

Considere o texto abaixo.


     As Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, são um paradigma do que se pode chamar literatura de testemunho: nem pura ficção, nem pura historiografia. O fundo histórico é o da ditadura Vargas, mas o testemunho vive e elabora-se numa zona de fronteira: ao percorrer essas memórias somos levados tanto a reconstituir a fisionomia e os gestos de alguns companheiros de prisão de Graciliano, entre os quais líderes comunistas, como a contemplar a metamorfose dessa matéria objetiva em uma prosa una e única − a palavra do narrador.


(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 222.) 

Pelo que se pode deduzir do texto, sobretudo quando se considera o exemplo das Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, na literatura de testemunho
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298209 Literatura

Considere o texto abaixo.


    De um modo geral, todos esses movimentos da vanguarda europeia de fins do século XIX e início do século XX estavam sob o signo da desorganização do universo artístico de sua época. A diferença é que uns, como o futurismo e o dadaísmo, queriam a destruição do passado e a negação total dos valores estéticos presentes; e outros, como o expressionismo e o cubismo, viam na destruição a possibilidade de construção de uma nova ordem superior. No fundo eram, portanto, tendências também organizadoras de uma nova estrutura política e social.


(TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1972, p. 10)  

A poesia de Oswald de Andrade, voltada para a apresentação e consolidação de novas formas literárias, não é nem cubista, nem expressionista, nem futurista: é mais exato considerá-la como uma
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298208 Literatura

Considere o texto abaixo.


    De um modo geral, todos esses movimentos da vanguarda europeia de fins do século XIX e início do século XX estavam sob o signo da desorganização do universo artístico de sua época. A diferença é que uns, como o futurismo e o dadaísmo, queriam a destruição do passado e a negação total dos valores estéticos presentes; e outros, como o expressionismo e o cubismo, viam na destruição a possibilidade de construção de uma nova ordem superior. No fundo eram, portanto, tendências também organizadoras de uma nova estrutura política e social.


(TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1972, p. 10)  

Os primeiros escritos com espírito de renovação produzidos por Mário de Andrade acabaram por lhe render uma qualificação inexata: a de ser um
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298201 Literatura

Considere o texto abaixo.


     Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época.


(Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)

A evidência do culto da nacionalidade de que fala o texto pode ser comprovada no projeto de um copioso autor romântico, investido de seu papel de escritor brasileiro. Nesse projeto,
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298198 Literatura
Considere o texto abaixo.  

   Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a “domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa.

(GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 
A valorização da mestiçagem, como uma das marcas características da nossa formação cultural, é indicada por Euclides da Cunha numa formulação famosa, em que comparecem estas expressões:
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298197 Literatura
Considere o texto abaixo.  

   Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a “domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa.

(GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 
O seguinte trecho crítico alude à obra prima de Euclides da Cunha:
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Ano: 2016 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2016 - PUC - Campinas - Vestibular - Direito |
Q1298194 Literatura
Considere o texto abaixo. 

    Os homens reunidos em sociedade (relevem-me este tom meio pedante) estão virtual e tacitamente obrigados a obedecer às leis formuladas por eles mesmos para a conveniência comum. Há, porém, leis que eles não impuseram, que acharam feitas, que precederam as sociedades, e que se hão de cumprir não por uma determinação de jurisprudência humana, mas por uma necessidade divina e eterna. Entre essas, e antes de todas, figura a da luta pela vida (...)

(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 432) 
Um dos estilos de época marcantes do século XIX é aquele pelo qual se manifesta a convicção de que todos os atos humanos são determinados pela ação direta tanto do meio social quanto por injunções biológicas. Tal determinismo está presente, como característica fundamental,
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Ano: 2017 Banca: IFN-MG Órgão: IFN-MG Prova: IFN-MG - 2017 - IFN-MG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1298003 Literatura
Sobre a Obra Tenda dos Milagres, de Jorge Amado, só NÃO é correta a seguinte afirmativa.
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Ano: 2017 Banca: IFN-MG Órgão: IFN-MG Prova: IFN-MG - 2017 - IFN-MG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1298002 Literatura
Sobre a obra O bom Crioulo, de Adolfo Caminha, podemos afirmar que:
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Ano: 2017 Banca: IFN-MG Órgão: IFN-MG Prova: IFN-MG - 2017 - IFN-MG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1298001 Literatura
Leia o poema que se segue.

TEXTO 07

Assaltaram a gramática Assaltaram a gramática Assassinaram a lógica Meteram poesia na bagunça do dia a dia Sequestraram a fonética Violentaram a métrica Meteram poesia onde devia e não devia Lá vem o poeta com sua coroa de louro, Agrião, pimentão, boldo O poeta é a pimenta do planeta! (Malagueta!)

Waly Salomão

Fonte: http://portugues.uol.com.br/literatura/dez-poemas-geracao-mimeografo-ou-poesia-marginal.html. Acesso em: 12 de mar 2017.

Sobre o TEXTO 07 e ou sobre o poeta Waly Salomão, só NÃO é correta a seguinte afirmativa:

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Ano: 2017 Banca: IFN-MG Órgão: IFN-MG Prova: IFN-MG - 2017 - IFN-MG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1298000 Literatura

Leia o trecho do poema ―Navio Negreiro‖, de Castro Alves. 


TEXTO 06


Existe um povo que a bandeira empresta

Pra cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria!...

Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,

Que impudente na gávea tripudia?!...

Silêncio!... Musa! chora, chora tanto

Que o pavilhão se lave no teu pranto...

Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que a luz do sol encerra,

E as promessas divinas da esperança...

Tu, que da liberdade após a guerra,

Foste hasteado dos heróis na lança,

Antes te houvessem roto na batalha,



Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!

Extingue nesta hora o brigue imundo

O trilho que Colombo abriu na vaga,

Como um íris no pélago profundo!...

...Mas é infâmia de mais... Da etérea plaga

Levantai-vos, heróis do Novo Mundo...

Andrada! arranca este pendão dos ares!

Colombo! fecha a porta de teus mares!



Fonte: http://enemquiz.com.br/simulado/literatura/3a-geracao-castro-alves-social#.WQeRkNLyvIU. Acesso em: 23 de mar 2017.


Marque a opção CORRETA
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Ano: 2017 Banca: IFN-MG Órgão: IFN-MG Prova: IFN-MG - 2017 - IFN-MG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1297999 Literatura

Texto 05



Mãos dadas 


Carlos Drummond de Andrade



Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.



Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes,

a vida presente.(in: Sentimento de Mundo)


Fonte: https://www.letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/460648/. Acesso em: 17 mar 2017.


Sobre o poema “Mãos dadas” e sobre a estética de Carlos Drummond de Andrade, TEXTO 05, NÃO É CORRETA a seguinte afirmativa:


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Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2019 - UNESP - Vestibular |
Q1281747 Literatura

    Tal movimento distingue-se pela atenuação do sentimentalismo e da melancolia, a ausência quase completa de interesse político no contexto da obra (embora não na conduta) e (como os modelos franceses) pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. O mito da pureza da língua, do casticismo vernacular abonado pela autoridade dos autores clássicos, empolgou toda essa fase da cultura brasileira e foi um critério de excelência. É possível mesmo perguntar se a visão luxuosa dos autores desse movimento não representava para as classes dominantes uma espécie de correlativo da prosperidade material e, para o comum dos leitores, uma miragem compensadora que dava conforto.


(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)



O texto refere-se ao movimento denominado 

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Q1275773 Literatura
Mario de Andrade assumiu uma perfeita “atitude antropofágica” sem estar completamente integrado no movimento de Oswald de Andrade. Encontrando a antropofagia na mitologia do índio, acolhe-a no romance, dá-lhe função simbólica, mas não a transforma na razão norteadora. A diferença básica e mais importante entre o livro e o filme é, portanto, que o canibalismo é a “razão norteadora” do filme, não, porém, do livro. Seria mais preciso dizer que o filme é Mário de Andrade e Oswald de Andrade “revistos” por Joaquim Pedro de Andrade à luz da situação sócio-econômica e política enfrentada pelo Brasil nos anos 60.
JOHNSON. R. Cinema e literatura. Macunaíma: do modernismo na literatura ao cinema novo. São Paulo: T.A.Queiroz, 1987 (adaptado).
Com base no fragmento acima do crítico de cinema Randal Johnson sobre o filme Macunaíma, NÃO é verdadeiro afirmar:
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Q1275772 Literatura
Quando se compara literatura e cinema, o primeiro fato que ocorre ao estudioso é o do enorme fosso semiótico que separa, aparentemente de modo inconciliável, essas duas formas de expressão, fundadas, cada uma, em espécies de signos e códigos tão diferentes. A literatura, acredita-se, não vai ter nunca a mobilidade plástica do cinema, e este, por sua vez, nunca o nível de abstração da literatura. Por outro lado, por grande e intransponível que seja esse fosso, há um número considerável de semelhanças que podem ser apontadas e que mantêm literatura e cinema numa espécie de estado sincrônico de compatibilidade permanente.
BRITO. J.B. Literatura no cinema. São Paulo: Unimarco, 2006.

Os diálogos entre literatura e cinema, frutos da reflexão de diversos pensadores, como o crítico de cinema paraibano João Batista de Brito, e da prática artística de inúmeros escritores e diretores, NÃO permitem concluir que
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Q1275770 Literatura
O nome da rapsódia é Macunaíma, mas não é só Macunaíma. Mario de Andrade quis dizer alguma coisa do seu protagonista e acrescentou ao título um atributo paradoxal: O herói sem nenhum caráter. O nome, Macunaíma, centro da rapsódia. O epíteto, herói. A diferença está na cauda de cada proposição: no começo, sem nenhum caráter; no fim, de nossa gente. O que se pode inferir é a presença viva, no autor, de duas motivações tão fortes que se converteram em molas da composição da obra: a) por um lado, o desejo de contar e cantar episódios em torno de uma figura lendária que o fascinara pelos mais diversos motivos e que trazia em si os atributos do herói, entendido no senso mais lato possível de um ser entre humano e mítico, que desempenha certos papéis, vai em busca de um bem essencial, arrosta perigos, sofre mudanças extraordinárias, enfim, vence ou malogra. b) por outro lado, o desejo não menos imperioso de pensar o povo brasileiro, nossa gente, percorrendo as trilhas cruzadas ou superpostas da sua existência selvagem, colonial e moderna, à procura de uma identidade que, de tão plural que é, beira a surpresa e a indeterminação; daí ser o herói sem nenhum caráter. Compreender Macunaíma é sondar ambas as motivações: a de narrar, que é lúdica e estética; a de interpretar, que é histórica e ideológica.
BOSI. A. Situação de Macunaíma. In: ANDRADE. M. Macunaíma. São Paulo: Scipione Cultural, 1997 (adaptado).
Com base no fragmento acima do crítico literário Alfredo Bosi é possível inferir que o Macunaíma de Mário de Andrade
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Respostas
701: B
702: A
703: E
704: C
705: D
706: E
707: C
708: A
709: A
710: B
711: A
712: B
713: A
714: C
715: D
716: A
717: C
718: A
719: B
720: D