Questões de Vestibular
Sobre escolas literárias em literatura
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I Vinícius de Moraes, em suas poesias, inclina-se para uma temática comprometida exclusivamente com os dramas sociais, desenha-os objetivamente e sem inspirações românticas.
II Carlos Drummond de Andrade direciona sua obra para a idealização da mulher, identificando-a com um demônio familiar.
III Guimarães Rosa abordou o sentimento de honra e a valentia do índio.
IV João Simões Lopes Neto, além da linguagem renovadora e áspera, evidencia um grande domínio das questões metafísicas.
I. Em “[...] Abraçados, como um casal de noivos em plena luxúria da primeira coabitação... Ao pensar nisso, Bom-Crioulo sentia uma febre extraordinária de erotismo, um delírio invencível de gozo pederasta... Agora compreendia nitidamente que só no homem, no próprio homem, ele podia encontrar aquilo que debalde procurara nas mulheres” (Bom-Crioulo, capítulo IV), é possível dizer que, além de uma identidade não totalmente formada, mas em processo, esse herói problemático, Amaro, sofre também a intolerância social porque “nunca se apercebera de semelhante anomalia”.
II. A anomalia de que fala o narrador da ficção, referindo-se ao comportamento homoafetivo de Amaro por Aleixo, restringe a prática ou o exercício cultural da sexualidade a apenas um modelo ou experiência da relação a dois: o heterossexual, valor que corrobora o universo da ficção naturalista, expositora dos “modelos” e dos “desvios” ou “transgressões” das “normas”.
III. Amaro não pode ser considerado um herói problemático porque ele supera os preconceitos com os quais convive, relacionando-se afetivamente com o seu companheiro, Aleixo, vencendo todas as batalhas culturais que poderiam interpretá-lo como menor, inferior, doente, anormal, como sugere o discurso presente nesta ficção ou conforme era interpretado o gay na sociedade do século XIX.
Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões)
I. A fala de D. Carolina em “negro é raça do diabo, raça maldita, que não sabe perdoar, que não sabe esquecer...Aleixo bem conhecia o gênio de Bom-Crioulo. De resto, o caso do bilhete era uma tolice em que ninguém devia pensar: – Coisas de negro...” (Bom-Crioulo, capítulo X) expressa uma “opinião” negativa sobre o grupo étnico afro-descendente representado nesta ficção.
II. A fala de Amaro em “– Atrás dos apedrejados, vêm as pedras...Uma pessoa, no fim das contas, era obrigada a tornar-se ruim, a fazer tantas loucuras” (Bom-Crioulo, capítulo XI) corrobora uma tese bastante defendida pelos escritores naturalistas: a de que o homem é produto do meio, da raça e do momento histórico, tese de H. Taine.
III. A fala do narrador em “Ninguém se importava com o ‘outro’, com o negro, que lá ia, rua abaixo, triste e desolado, entre baionetas, à luz quente da manhã: todos, porém, todos queriam ‘ver o cadáver’, analisar o ferimento, meter o nariz na chaga” (Bom-Crioulo, capítulo XII) expressa uma tese negativa sobre os afro-descendentes, representados na figura de Amaro.
Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões)
I. E agora, como é que não tinha forças para resistir aos impulsos do sangue? Como é que se compreendia o amor, o desejo da posse animal entre duas pessoas do mesmo sexo, entre dois homens? (Bom-Crioulo, capítulo III).
II. Ela, de ordinário tão meiga, tão comedida, tão escrupolosa mesmo, aparecia-lhe agora como um animal formidável, cheio de sensualidade, como uma vaca do campo extraordinariamente excitada, que se atira ao macho antes que ele prepare o bote. (Bom-Crioulo, capítulo VI).
III. O olhar azul de Aleixo tinha sobre ela um poder maravilhoso, uma fascinação irresistível: penetrava o fundo de sua alma, dominando-a, transformando-a num pobre animal sem vontade, queimando-a como uma brasa ardente, impelindo-a para todos os sacrifícios. (Bom- Crioulo, capítulo X)
Reforça(m) a “tendência” naturalista de tratar como “animais” personagens de estratos sociais menos favorecidos ou diferentes cujos comportamentos violam o código sociocultural vigente
I Extraindo do urbano a matéria para a elaboração de uma obra que questiona o próprio sentido da vida, Guimarães Rosa revigorou a literatura regionalista brasileira.
II Na elaboração do estilo de sua obra, Guimarães Rosa utilizou-se de vários processos: exploração dos aspectos sonoros, criação de palavras, aproveitamento do linguajar regionalista, adaptação de termos e expressões extraídos de várias línguas modernas, além de recorrer ao grego e ao latim.
III Riobaldo, ex-jagunço e chefe de bando, transformado no presente em pacato fazendeiro, reaparece em "O burrinho pedrês".
A seqüência correta é
I Lobo da Costa, descrente da vida, incapaz de superar as adversidades, canta os sentimentos e os sonhos frustrados.
II O processo íntimo do desengano em sua obra poética alia-se a uma subjetividade afeta à melancolia, à autocomiseração e ao doloroso lamento pelo abandono e pela separação, que se converte, às vezes, em desejos de desforra.
III Sua escrita poética traz fortes marcas de oralidade, da língua viva dos campos e das cidades, habilmente combinadas com as formas vernáculas e eruditas.
A seqüência correta é
informações contidas nas obras indicadas para leitura prévia.
informações contidas nas obras indicadas para leitura prévia.
informações contidas nas obras indicadas para leitura prévia.
informações contidas nas obras indicadas para leitura prévia.
informações contidas nas obras indicadas para leitura prévia.
Assinale a alternativa em que o par de idéias conflitantes NÃO se entrelaça, na narrativa, aos choques entre Aurélia e Seixas.
informações contidas nas obras indicadas para leitura prévia.
ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: DCL, 2005. p. 96. (Grandes Nomes da Literatura)
Considerando-se o personagem referido – Fernando, o marido de Aurélia –, é CORRETO afirmar que a passagem transcrita contém a imagem
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
Na frase, os espaços devem ser preenchidos por