Questões de Vestibular de Literatura - Modernismo
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A MÁQUINA DO MUNDO
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
( ... )
O trecho ao lado integra um poema maior da
obra Claro Enigma, de Carlos Drummond de
Andrade. Considerando o poema como um todo,
NÃO É CORRETO afirmar que
Se, na Europa, este movimento é um protesto cultural, se o “mal do século”, a saudade do paraíso perdido são as consequências da industrialização e da ascensão da burguesia; no Brasil, onde a sociedade do Império compreende apenas grandes proprietários escravocratas e uma burguesia nascente, o movimento, produto de importação, corresponde a uma afirmação nacionalista.
(Paul Teyssier. Dicionário de literatura brasileira, 2003. Adaptado.)
O movimento a que o texto se refere é o
(Em Floresta, Pernambuco, água potável só chega com os caminhões-pipa. 08/03/2018. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/as-marcas-da-seca-no-nordeste.)
Dentre os principais autores que abordaram a referida temática estão:
“[...] É um solavanco único, assombroso, atirando, de pancada, por diante, revoltos, misturando-os embolados, em vertiginosos disparos, aqueles maciços corpos tão normalmente tardos e morosos.
E lá se vão: não há mais contê-los ou alcançá-los. Acamam-se as caatingas, árvores dobradas, partidas, estalando em lascas e gravetos; desbordam de repente as baixadas num marulho de chifres; estrepitam, britando e esfarelando as pedras, torrentes de cascos pelos tombadores; rola surdamente pelos tabuleiros ruído soturno e longo de trovão longínquo...”
CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. 2.ed. São Paulo: Ateliê Editorial/Imprensa Oficial do Estado, Arquivo do Estado, 2001.
Sabendo-se que a obra “Os sertões” retrata a campanha do Exército brasileiro contra o arraial de Canudos, ou seja, a “Guerra de Canudos”; o que a torna – a princípio de caráter documental – uma obra literária?