A MÁQUINA DO MUNDO E como eu palmilhasse vagamente uma est...
A MÁQUINA DO MUNDO
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
( ... )
O trecho ao lado integra um poema maior da
obra Claro Enigma, de Carlos Drummond de
Andrade. Considerando o poema como um todo,
NÃO É CORRETO afirmar que