Questões de Vestibular
Sobre artigos em português
Foram encontradas 58 questões
A terceira parte de Um livro de instruções e desenhos de Yoko Ono, da artista plástica, compositora e escritora Yoko Ono (Tóquio, 1933-), é intitulada “Evento”. Nele, Yoko Ono fornece “instruções” para que seus leitores produzam eventos.
Texto 4:
Evento do cheiro I
Envie o cheiro da Lua.
Evento do cheiro II
Envie um cheiro para a Lua.
(ONO, Yoko. Grapefruit – A Book of Instruction and Drawings by Yoko Ono. Nova Iorque: Simon & Schuster, 2000[1964].).
No Texto 4, o Evento I tem um “cheiro” determinado, em contraposição ao Evento II. Sobre tal fato podemos dizer que:
TEXTO II:
Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho. Acessado em mar.2017)
Observe a tira a seguir e marque a
alternativa incorreta.
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social.
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar um contador na rede social.
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade dos participantes no 33.º dia, no 66.º e no último dia da abstinência.
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”.
(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)
Examine as passagens do primeiro parágrafo do texto:
• “Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio”
• “O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social.”
A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão
Texto 4
Leia a charge a seguir e responda à próxima questão.
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=charge+sobre+atividade+f%C3%ADsica&tbm=isch&imgil=WFt
4U_3LQ2efpM%253A%253BRHPY29Cleow3gM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fmovimentoc
cm.blogspot.com%25252Fp%25252Fcharges.html&source=iu&pf=m&fir=WFt4U_3LQ2efpM%253A%
252CRHPY29Cleow3gM%252C_&usg=__sYXZJOxy9utCcILX-jhg8vPaGs%3D&biw=1366&bih=662&ved=0ahUKEwicoous8PTAhVIW5AKHbTdAfwQyjcILw&ei=Oj4BWZydCci2wQS0u4fgDw#imgrc=FQLFvgngx8MfnM>
Acesso em: 26 abr 2017.
A presença ou ausência de determinada classe gramatical pode gerar diferentes efeitos de sentido numa frase como, por exemplo, o uso ou não do artigo definido posposto ao pronome indefinido “todo (a)”.
Em qual alternativa, o efeito de sentido é alterado pela presença INDEVIDA do artigo?
I. Em “Ia começar anotando nomes, endereço, telefone, e-mail” (linhas 2 e 3) as vírgulas foram usadas para separar termos com a mesma função sintática: objeto direto. II. Da estrutura verbal “e de que modo este alguém se evaporara” (linha 5), deduz-se que havia alguém com a moça assassinada, e que este passou a ser indiciado como o principal suspeito do suposto crime. III. No período “Chegou a equipe do Samu, o médico confirmou o que havia explicado” (linha 12) os vocábulos destacados são, na morfologia, sequencialmente, artigo definido, artigo definido e pronome demonstrativo. IV. O desfecho da obra mostra que o comissário tem as provas concretas para identificar o assassino, sendo que esse “nó”, na narrativa, consegue ser desatado. V. No período “O comissário pediu que o gerente o ajudasse” (linha 1), a oração destacada, em relação à primeira, quanto à sintaxe, é subordinada substantiva objetiva direta.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Manuel Bandeira, e ao Texto 1.
I. Nos versos “Será a idade que pareces” (verso 2) e “Tivesses a que tivesses” (verso 3) a
palavra destacada, em relação à morfossintaxe, classifica-se em artigo/adjunto adnominal
e pronome demonstrativo/objeto direto, sequencialmente.
II. No verso “Que exíguo o teu talhe! E penso” (verso 5) se as palavras destacadas forem
substituídas, respectivamente, por pequeno e porte o sentido e a coerência, no texto, são
mantidos.
III. O sinal de pontuação de reticências nos versos “Dão os dois uma mancheia...” (verso 10) e
“Faz cinza de desenganos...” (verso 12) é usado para reforçar o sentido dos termos
assinalados.
IV. O poema é marcado por elementos linguísticos como, reticências e interrogação, ponto de
exclamação, dois pontos, vocativo, para configurar a função que o autor deseja: registrar a
emoção, a expressividade por meio da expressão oral.
V. Nos versos “Que idade tens, Colombina” (verso 1) e “Perdão, perdão, Colombina” (verso
33) a palavra destacada, em relação à morfologia, é substantivo próprio nos dois versos e,
quanto à sintaxe, no verso 1 é vocativo e no verso 33, sujeito.
Assinale a alternativa correta.
Texto 1
O texto 1 desta prova é da autoria do intelectual cearense Gustavo Barroso, que nasceu em Fortaleza, no ano de 1888 e morreu no Rio de Janeiro, em 1959. Professor, jornalista, ensaísta, romancista, foi membro da Academia Brasileira de Letras. A obra À margem da história do Ceará, em dois volumes, foi seu último trabalho. É uma reunião de setenta e seis artigos e crônicas que falam exclusivamente sobre a história do Ceará entre 1608 e 1959. O texto transcrito abaixo foi extraído do segundo volume e, como vocês poderão ver, é um artigo sobre a obra do também cearense Manuel de Oliveira Paiva, Dona Guidinha do Poço. Servindo-se de uma pesquisa feita pelo historiador Ismael Pordeus, Gustavo Barroso fala do romance de Oliveira Paiva, mais especificamente, das relações entre essa obra literária e a verdade histórica que ela transfigura.
Gustavo Barroso. À margem da história do
Ceará. v. 2, 3 ed. p. 347-350. Texto adaptado.
Observe o que se diz sobre o período seguinte: “Na última década do século passado, entre os tipos populares da cidade de Fortaleza, capital do Ceará, minha terra natal, andava uma velha desgrenhada, farrapenta e suja, que a molecada perseguia com chufas, a que ela replicava com os piores doestos deste mundo.” (linhas 1-7).
I. A preposição “entre”, em “entre os tipos populares de Fortaleza”, poderia ser substituída por “em meio a”.
II. Em “capital do Ceará, minha terra natal”, há dois apostos. Podemos entender que os dois explicitam “cidade de Fortaleza”, ou que o segundo explicita “capital do Ceará”. No segundo caso, teremos um aposto dentro de outro aposto.
III. Dentro do contexto, poderíamos substituir o artigo indefinido uma, em “uma velha desgrenhada”, pelo artigo definido a.
Está correto o que se diz em
Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..
Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
(Essencial, 2011.)
“[...] os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida [...].” (3° parágrafo)
Os termos destacados constituem, respectivamente,
História da pintura, história do mundo
(BATISTA, Domenico, inédito)
A sequência do emprego dos artigos em “de um Brasil” e “do Brasil” representa uma relação de sentido entre as duas expressões, intimamente ligada a uma preocupação social por parte do autor do texto.
Essa relação de sentido pode ser definida como:
Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.
– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.
– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?
– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.
(José Lins do Rego, Fogo Morto)
As lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após criarem um sistema computacional capaz de analisar o genoma de uma planta e dar informações sobre os metabólitos.
Observe a charge abaixo e assinale a alternativa que contém assertivas verdadeiras.
I – Em “Devido à falta de médicos..." A crase está usada corretamente.
II – Em “... encaminhando a senhora a uma benzedeira..." nota- se que falta crase nas duas letras “a" grifadas.
III – Em “... vou estar encaminhando a senhora a uma benzedeira..." observa-se o uso inadequado do gerúndio, ou seja, o gerundismo.
[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122.