Questões de Vestibular
Sobre coesão e coerência em português
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Texto
Homo conectus
Roberto Pompeu de Toledo
(Texto adaptado da Revista Veja. São Paulo: Abril, ano
45, n. 6, 08 fev. 2012, p. 126)
Assinale a alternativa correta com relação à função textual dos vocábulos no texto.
O artigo definido “a”, na expressão “a mulher”
(linha 17), é utilizado para determinar o termo
“mulher” já mencionado no texto.
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. A Malquerida Liberdade de Imprensa: O
equívoco de uma nova lei de imprensa. Disponível em:
“É quase inacreditável que jornais e jornalistas se unam para pedir que o Estado seja dotado de instrumentos para cercear sua liberdade. Ainda mais porque tudo isso é inútil, já que aqui, como em todo lugar, o que de fato garante a liberdade de expressão não é a existência ou inexistência de leis, mas a maneira como se expressa a dinâmica social”. (l. 38-44)
Analise os aspectos linguísticos do fragmento em evidência e assinale V para as proposições verdadeiras e F, para as proposições falsas.
( ) “inacreditável” é um atributo do sujeito oracional, constituído de uma derivação, cujo prefixo apresenta ideia de negação, independente da expressa pelo sufixo.
( ) “que o Estado seja dotado de instrumentos” completa o sentido da forma verbal “pedir”, apresentando o comportamento dos jornais e jornalistas quanto à sua própria liberdade de expressão.
( ) “para”, em “para pedir”, e “para”, em “para cercear”, apresentam semânticas diversas.
( ) “já que” introduz uma consequência da falta de eficácia da Lei de Imprensa.
( ) “como”, em “como se expressa a dinâmica social”, retoma a palavra “maneira”, denotando uma circunstância de modo.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. A Malquerida Liberdade de Imprensa: O
equívoco de uma nova lei de imprensa. Disponível em:
TEXTO 1
A leitura como tratamento para diversas doenças
(2) Quem garante esse poder medicamentoso das ficções são as inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que acabam de publicar no Brasil Farmácia Literária ( Verus) Redigida no estilo de manual médico, a obra reúne cerca de 200 males divididos em ordem alfabética. Para cada um, há dicas de leituras.
(3) As autoras se conheceram enquanto estudavam literatura na Universidade de Cambridge. Entre um debate sobre um romance e outro, criaram um serviço de biblioterapia, em que apontam exemplares para indivíduos que procuram assistência.
(4) O método é tão sério que virou política de saúde pública no Reino Unido. Desde 2013, pacientes com doenças psiquiátricas recebem indicações do que devem ler diretamente do especialista. Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.
(5) A iniciativa britânica foi implementada com base numa série de pesquisas recentes, cujos resultados mostraram que pessoas com o hábito de reservar um tempo às letras costumam ter maior empatia, ou seja, uma capacidade ampliada de entender e se colocar no lugar do próximo. “É difícil lembrar-se de uma condição que não tenha sido retratada em alguma narrativa”, esclarece Susan.
(6) As autoras acreditam que é possível tirar lições valiosas do que fazer e do que evitar a partir da trajetória de heróis e vilões. “Ler sobre personagens que experime mesmas coisas que vivencio agora auxilia, inspira e apresenta perspectivas distintas”, completam. As sugestões de leituras percorrem praticamente todas as épocas e movimentos literários da humanidade.
(7) Disponível em 20 países, cada edição de Farmácia Literária é adaptada para a cultura local, com a inclusão de verbetes e de literatos nacionais. No caso do Brasil, foram inseridos os principais textos de Machado de Assis, Guimarães Rosa e Milton Hatoum, que fazem companhia aos portugueses, Eça de Queirós e José Saramago.
2) recorre a retomadas de partes anteriores do texto, como em: “Quem garante esse poder medicamentoso das ficções são as inglesas...”.
3) usa a repetição de palavras-chaves, do ponto de vista do tema tratado, como: ‘ler, ‘leitura’, ‘literário’, ‘literatos’.
4) usa expressões distintas, mas que funcionam como equivalentes do ponto de vista do sentido, como em ‘manual médico’ e ‘a obra’.
5) segue as regras da norma padrão; ou seja, evita infringir as regras da concordância verbal e nominal.
Estão corretas as alternativas:
TEXTO 1
A leitura como tratamento para diversas doenças
(2) Quem garante esse poder medicamentoso das ficções são as inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que acabam de publicar no Brasil Farmácia Literária ( Verus) Redigida no estilo de manual médico, a obra reúne cerca de 200 males divididos em ordem alfabética. Para cada um, há dicas de leituras.
(3) As autoras se conheceram enquanto estudavam literatura na Universidade de Cambridge. Entre um debate sobre um romance e outro, criaram um serviço de biblioterapia, em que apontam exemplares para indivíduos que procuram assistência.
(4) O método é tão sério que virou política de saúde pública no Reino Unido. Desde 2013, pacientes com doenças psiquiátricas recebem indicações do que devem ler diretamente do especialista. Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.
(5) A iniciativa britânica foi implementada com base numa série de pesquisas recentes, cujos resultados mostraram que pessoas com o hábito de reservar um tempo às letras costumam ter maior empatia, ou seja, uma capacidade ampliada de entender e se colocar no lugar do próximo. “É difícil lembrar-se de uma condição que não tenha sido retratada em alguma narrativa”, esclarece Susan.
(6) As autoras acreditam que é possível tirar lições valiosas do que fazer e do que evitar a partir da trajetória de heróis e vilões. “Ler sobre personagens que experime mesmas coisas que vivencio agora auxilia, inspira e apresenta perspectivas distintas”, completam. As sugestões de leituras percorrem praticamente todas as épocas e movimentos literários da humanidade.
(7) Disponível em 20 países, cada edição de Farmácia Literária é adaptada para a cultura local, com a inclusão de verbetes e de literatos nacionais. No caso do Brasil, foram inseridos os principais textos de Machado de Assis, Guimarães Rosa e Milton Hatoum, que fazem companhia aos portugueses, Eça de Queirós e José Saramago.
Texto 2
Nada cai do céu
O racionamento a que pode ser submetida boa parte da
população paulistana – e de outras cidades e estados
brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais
complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos
nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados.
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam
2014 como o ano mais quente da história. A temperatura
média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus,
superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é.
A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a
maior massa de água do Planeta, sofre variações de
temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal.
Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na
temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil,
diversos estados já sentem os impactos dessa alteração
climática. O verão passado foi um dos mais secos e
quentes, não apenas na região da capital paulista e seu
entorno, mas também em grande parte do Sudeste,
sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da
água que abastece a região metropolitana, por meio do
sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram
anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios
e represas que abastecem o sistema caíram aos menores
níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira
vem sofrendo com chuva abaixo do normal.
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da
Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá
esperar por uma chuva normal ou acima da média, para
uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito
mais educativo do que meteorológico. Desde o final de
2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário
crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há
pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um
planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado
por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela
nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população
precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não
forem tomadas medidas preventivas.
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente.
O que as nossas autoridades precisam entender é que não
dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É
preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito
a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a
água tem caído, ultimamente.
MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado.
Analise o seguinte trecho: “A importância dos avanços tecnológicos para a área da saúde se dá das mais diversas formas. Seja por meio de equipamentos cada vez mais modernos, que permitem a realização de exames, para o tratamento do câncer, antes impensáveis, como o PET-CT, seja pela possibilidade da descoberta de novas vacinas e curas para inúmeras moléstias, como é o caso das vacinas contra a AIDS.” Nesse trecho, merece destacar que as expressões sublinhadas:
TEXTO 1
SAÚDE
A definição de saúde mais difundida – com implicações legais, sociais e econômicas dos estados de saúde e doença – é a definição encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS): saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
Quando a OMS foi criada, pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial, havia uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde, que incluiria fatores como alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saúde etc. O "bem-estar social" da definição veio de uma preocupação com a devastação causada pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial. A OMS foi ainda a primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela saúde mental, e não apenas pela saúde do corpo.
A definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras críticas desde então. Definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a saúde seja algo ideal, inatingível, e assim a definição não pode ser usada como meta pelos serviços de saúde. Por outro lado, a definição utópica de saúde é útil como um horizonte para os serviços de saúde por estimular a priorização das ações.
Christopher Boorse definiu, em 1977, a saúde como a simples ausência de doença. Em 1981, Leon Kass incluiu, no campo da saúde, "o bem-funcionar de um organismo como um todo", ou ainda "uma atividade do organismo vivo de acordo com suas excelências específicas”. Lennart Nordenfelt definiu, em 2001, a saúde como um estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias.
As definições acima têm seus méritos, mas, provavelmente, a segunda definição mais citada é da OMS, mais especificamente do Escritório Regional Europeu: A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceito positivo.
Essa visão funcional da saúde interessa muito aos profissionais de saúde púbica, incluindo-se aí os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e os engenheiros sanitaristas, e de atenção primária à saúde, pois pode ser usada de forma a melhorar a equidade dos serviços de saúde e de saneamento básico, ou seja, prover cuidados de acordo com as necessidades de cada indivíduo ou grupo.
Existem, assim, quatro determinantes gerais de saúde: biologia humana, ambiente, estilo de vida e assistência médica. Dessa forma, a saúde é mantida e melhorada, não só através da promoção e aplicação da ciência da saúde, mas também através dos esforços e opções de vida inteligentes do indivíduo e da sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os principais determinantes da saúde incluem o ambiente social e econômico, o ambiente físico e as características e comportamentos individuais da pessoa. Em geral, o contexto em que um indivíduo vive é de grande importância na sua qualidade de vida e em seu estado de saúde.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde). (Adaptado.)
1) contém um duplo argumento a favor da afirmação anteriormente feita. 2) é marcado pelo correlação entre os termos ‘não só’ / ‘mas também’. 3) expressa um sentido de oposição, para o que o conectivo ‘mas’ recobre toda relevância. 4) teve a sua coesão prejudicada pela falta de paralelismo entre seus termos constituintes.
Estão corretas:
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “No fim, o círculo virtuoso se transforma num círculo infernal” (linhas 24-25), há um pleonasmo.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “sair do círculo infernal da criação ilimitada de necessidade e de produtos e da frustração crescente que esta acarreta” (linhas 57-60), a palavra grifada é um pronome demonstrativo que se apresenta no feminino e no singular, porque retoma “criação ilimitada”, com que deve concordar em gênero e em número.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
a palavra grifada, em “o Ocidente moderno o transformou em sua religião” (linhas 7-8), é um elemento coesivo que retoma a palavra “crescimento” (linha 7), cuja função morfossintática é de objeto direto.
Sair ou não sair, eis a questão!
Sair ou não sair, eis a questão!
A questão têm como base a charge abaixo:
http://tirasdemafalda.tumblr.com/
A questão têm como base a charge abaixo.
I. Em “um caminho diferente do da boiada” (linhas 22 e 23), o pronome presente na contração “do” retoma a palavra “caminho”. II. A retomada não ocorre por meio de processo de pronominalização em “como a de mudar o rumo da minha vida se preciso fosse” (linha 19). III. Na linha 4, o pronome “lhe” refere-se a “homem que amou” (linha 3), termo que lhe dá sentido e que esse pronome substitui na oração adjetiva. IV. Em “abandonar um país que não atende nossos anseios” (linhas 21 e 22), o pronome “que” tem a função de recuperar um elemento já introduzido no texto.
Está correto somente o que se afirma em
NETO, Torquato. Cogito. In: Os cem melhores poemas do século. Ítalo
Mariconi (Org). Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 269.
BITTENCOURT, Renato Nunes. O advento do homem-massa. Disponível
em: < http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/52/o-adventodo-homem-massa-na-decadente-conjuntura-da-degradacao-cultural187560-1.asp>. Acesso em: nov. 2010. Adaptado.
“É importante destacar que a configuração valorativa do ‘homem-massa’ não segue parâmetros sociais ou econômicos específicos, mas a análise da existência ou não de uma nobreza de espírito interior.” (l. 21-24)
Sobre o fragmento em evidência, é verdadeiro o que se afirma em