Questões de Vestibular
Sobre coesão e coerência em português
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Texto para a questão
Mário Quintana, As cem melhores crônicas brasileiras.
*Glossário:
estremunhado: mal acordado.
chiru: que ou aquele que tem pele morena, traços acaboclados
(regionalismo: Sul do Brasil).
( ) O ano de 1902, marcado pela publicação de Os Sertões, de Euclides da Cunha, foi decisivo para a liberdade intelectual brasileira. Essa obra foi importante porque lançou, de um só golpe, a realidade brasileira até então disfarçada. Isso mantinha os escritores da época presos à visão europeia, em razão de sentimentos de inferioridade, motivados pelo status colonial vivenciado. ( ) O Futurismo, um dos movimentos de vanguarda, foi lançado por Marinetti. Tal movimento estético caracterizou-se mais por manifestos que por obras; assim, os futuristas exaltavam a vida moderna, cultuavam a máquina e a velocidade. ( ) Os romances de Lima Barreto têm muito de crônica, pois neles se encontram cenas do cotidiano, de jornal, sobre a vida burocrática, tudo numa linguagem fluente e sem muitas ambições. Isso pode ser percebido no seguinte trecho de sua obra Recordações do Escrivão Isaías Caminha: “Almocei, saí até à cidade próxima para fazer as minhas despedidas, jantei e, sempre, aquela visão doutoral que me não deixava”. ( ) Augusto dos Anjos é um poeta eloquente; assim, encontram-se, em sua obra, palavras do jargão científico e termos técnicos, que não podem ser ignorados, porque tais palavras fazem parte do contexto de produção do poeta. Pode-se conferir isso no seguinte trecho de seu poema A ideia: “Vem do encéfalo absconso que a constringe, / Chega em seguida às cordas do laringe, / Tísica, tênue, mínima, raquítica ...” ( ) A Semana de 22 ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. A ideia da Semana era a de destruir, escandalizar e, especialmente, criticar. Acerca dessa postura, Aníbal Machado diz a seguinte frase: “Não sabemos definir o que queremos, mas sabemos discernir o que não queremos”.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
TEXTO 4
NO MEIO DO CAMINHO
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do caminho. Disponível em: http://www.algumapoesia.com.br/drummond/ drummond04.htm. Acesso: 12 out. 2017.
TEXTO 5
POEMA DE SETE FACES
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu
coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me
abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma
solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como
o diabo.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poema de sete faces. Disponível em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/poema-das-sete-faces-carlos-drummond-de-andrade/. Acesso: 12 out. 2017
O TEXTO 5 é literário e, portanto, possui uma linguagem carregada de significados, possibilitada pelo uso de figuras de linguagem e outras estratégias. Considerando isso, analise as proposições a seguir e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
I. No terceiro verso da primeira estrofe do TEXTO 5, percebemos a inserção do poeta quando ele dá seu próprio nome ao eu-lírico.
II. A terceira estrofe do TEXTO 5 revela a massificação das pessoas, refletida no transporte que “passa cheio de pernas”. Neste mesmo verso, o poeta faz uso de metonímia ao trocar “pessoas” por “pernas”.
III.A inexistência de pontuação no interior de alguns versos do TEXTO 5 está ligada à liberdade de expressão e à licença poética do Modernismo brasileiro.
IV.As “pernas brancas pretas amarelas”, mencionadas na terceira estrofe do TEXTO 5, ilustram a diversidade de raças que compõem o povo brasileiro.
V. Na penúltima estrofe do TEXTO 5, através de uma metalinguagem, Drummond reflete sobre a composição das rimas do poema.
Estão CORRETAS as proposições
Disponível em: http://www.a12.com/redacaoa12/opiniao/doses-de-altruismo. Acesso: 10 out. 2017.
Releia o trecho abaixo, que corresponde à parte do diálogo presente no TEXTO 3, analise as proposições seguintes e assinale a alternativa CORRETA.
“-Quando o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.”
I. À medida que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.
II. Quanto mais o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.
III. Logo que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.
IV. Sempre que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.
V. Assim que o frio chegar, vou renovar meu guarda-roupa de inverno.
O sentido do trecho está preservado, apenas, em
TEXTO 2
“O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E MANIPULAÇÃO
(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando vê o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.
(2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o direito de retirar do outro o direito de ser quem ele é. Quer recíproca, similaridade, espelhamento de atitudes. Vê injustiça na troca, acha que faz mais e recebe menos. “Trouxa, agora está aí cultivando mágoas. Da próxima vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se passou.
(3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral, emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por uma debilidade de caráter: a vida se mantém a partir de trocas, tudo só existe em relação.
(4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente, inconscientemente esperamos alguma contrapartida: reconhecimento, carinho, atenção, prestígio, escuta, aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos e validados naquilo que somos, mas não cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com os problemas dos que estão próximos – a quem poderão cobrar pela generosidade?
(5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que encontram equivalência entre dois valores tão díspares, mas deixam as intenções às claras. Só nos sentimos enganados quando não deixamos às claras o preço das nossas atitudes.
(6) A generosidade é uma das formas mais primitivas de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará submetido à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que povoam nossa alma.
(7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo desestrutural, seja para o abusador ou para o abusado. Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma atitude abusiva.
(8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância. Mas a partilha saudável é aquela que se dá em acordo, de forma pura. Se não consegue, melhor não ser generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior: emitir faturas para guardá-las na gaveta, à espera da melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que lotam o inferno.
TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”: generosidade e manipulação. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o-bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).
Releia o seguinte trecho, extraído do TEXTO 2, reflita sobre questões de coerência e coesão textuais e assinale a alternativa CORRETA.
“(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando vê o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.” (1º parágrafo).
TEXTO:
O FIM DO EMPREGO
O futuro do trabalho no mundo globalizado
“adentramos um mundo em que o emprego, aquele vínculo entre empresa e empregado, que dá ao funcionário uma forte sensação de estabilidade associada a fatores, como os benefícios trabalhistas, e, principalmente, o salário mensal, está dando lugar ao conceito de trabalho. (l. 48-54)
Há uma afirmação correta sobre fatos gramaticais presentes nesse trecho em
I. O período é composto por coordenação. II. “está dando lugar” se refere a “o emprego”. III. “aquele vínculo entre empresa e empregado” constitui um aposto. IV. Há duas ocorrências do conectivo que, como conjunção integrante. V. “ao funcionário” tem a função de complemento nominal.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
TEXTO:
O FIM DO EMPREGO
O futuro do trabalho no mundo globalizado
( ) carreiras duradouras – rotatividade nos empregos. ( ) estabilidade e benefícios trabalhistas – vínculo efêmero e supressão de benefícios. ( ) salários estáveis – honorários variáveis. ( ) custos mínimos com pessoal – máxima produtividade. ( ) valorização da competência – valorização da qualificação profissional.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
I. Em “A inteligência do herói estava muito perturbada”, na primeira linha do texto, “muito perturbada”, funciona como predicativo do sujeito. II. Em “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, “um respeito cheio de inveja” funciona como objeto direto da forma verbal “tomou”. III.No trecho “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, o pronome oblíquo em “Tomou-o” é um elemento catafórico que se remete à expressão “o herói”, no início do segundo parágrafo. IV.No período “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada”, a expressão “numa cisma assombrada”, sintaticamente, funciona como adjunto adverbial. V. Em “A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto”, a forma verbal gostava possui dois objetos indiretos, respectivamente, “deus” e “distintivos femininos”.
Estão CORRETAS apenas as proposições
Em relação à partícula “que” em “Eu estou fazendo uma coisa que amo” e “eu digo que estou no período fetal”, considere as afirmativas a seguir.
I. O primeiro “que” é um pronome relativo e retoma o termo “coisa”.
II. O segundo “que” é uma conjunção subordinativa substantiva objetiva direta.
III. O primeiro “que” inicia uma oração subordinada adverbial causal.
IV. O segundo “que” é um pronome relativo e retoma a forma verbal “estou”.
Assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.
Mais que farinha, água e sal
De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.
“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.
O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.
Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.
Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.
(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.)
Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.
Mais que farinha, água e sal
De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.
“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.
O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.
Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.
Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.
(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.)
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.
Mais que farinha, água e sal
De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.
“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.
O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.
Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.
Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.
(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.)
Leia o trecho a seguir.
“Um dia o padeiro faltou e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão”.
Com base no trecho, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o referente do pronome oblíquo
átono sublinhado.
LEIA o texto, abaixo, para responder à questão.
Veja, 7/1/2004
Quanto à construção da mensagem do texto publicitário, acima, verifica-se
LEIA a tira abaixo para responder ao que se pede.
Disponível em HTTP:tirinhasdografield.bogspot.com.br
O pronome demonstrativo usado por uma das personagens, no segundo quadrinho, é um
elemento de coesão textual que se refere