Questões de Vestibular de Português - Denotação e Conotação
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BONFIM, João Bosco Bezerra. A fome no Brasil: o que se diz, o que se fez, o que fazer. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/web/conleg/artigos/especiais/AfomenoBrasil.pdf>
Leia o fragmento de um dos poemas de cordel, da obra Vida e obra de Gonzagão, de Cacá Lopes, e o poema Asa Brancade Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e responda à questão .
TEXTO 1
Foi voando nas asas da Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a sua história.
Dos acordes de um grande brasileiro,
Um intérprete da alma de seu povo,
Sai um canto que sempre será novo,
Amoroso, sincero, alvissareiro.
Entre os hinos do seu cancioneiro,
O que fala duma ave migratória
Conferiu a Luiz eterna glória
Para além desta vida que se estanca.
http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2012/06/o-maiscompleto-cordel-sobre-o-rei-do_11.html.
TEXTO 2
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do Céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro que fornalha
Nenhum pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore, não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração
A questão está baseada no fragmento do conto O Alienista, da Machado de Assis, disponível
no site: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf.
Do ponto de vista composicional e semântico, a
única afirmativa em desacordo com as
características do texto “Exaltação ao Nordeste” é
a explicitada na alternativa
(ABAURRE, M. L. M. et alii. Português: contexto, interlocução e sentido.São Paulo: Moderna, 2008, p. 236.)
A respeito da construção da peça publicitária, analise as afirmativas abaixo.
I - O produtor coloca em relevância o aspecto gráfico, utilizando palavras escritas com nuanças de cinza e letras com tipologias diferentes.
II - A escolha lexical, somada à maneira como são apresentadas as palavras, aumenta o efeito persuasivo do texto.
III - Um jogo de palavras cria duas possibilidades de leitura para o termo polígamo: uma denotativa – casar com mais de um elemento; e uma outra conotativa – ser usado de várias formas.
Está correto o que se afirma em
I – A palavra “zoar”, na primeira frase do último parágrafo, tem, entre outros, o sentido de “caçoar”.
II – A palavra “chute”, na primeira frase do segundo parágrafo, está usada em sentido conotativo.
III – A troca da palavra “estranhamento”, na última frase do segundo parágrafo, por “estranheza” não modificaria o significado da frase.
Está(ão) correta(s):
I – A expressão “monstrinho em gestação”, na segunda frase do primeiro parágrafo, está sendo usada em sentido denotativo.
II – A terceira frase do primeiro parágrafo não sofreria mudança no significado caso se trocasse a expressão “cúmplice da” por “o culpado pela”.
III – Na última frase do primeiro parágrafo, o autor compara a ação do governo com o caso de Kevin.
Está(ão) correta(s):
Texto 2
Nada cai do céu
O racionamento a que pode ser submetida boa parte da
população paulistana – e de outras cidades e estados
brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais
complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos
nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados.
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam
2014 como o ano mais quente da história. A temperatura
média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus,
superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é.
A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a
maior massa de água do Planeta, sofre variações de
temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal.
Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na
temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil,
diversos estados já sentem os impactos dessa alteração
climática. O verão passado foi um dos mais secos e
quentes, não apenas na região da capital paulista e seu
entorno, mas também em grande parte do Sudeste,
sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da
água que abastece a região metropolitana, por meio do
sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram
anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios
e represas que abastecem o sistema caíram aos menores
níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira
vem sofrendo com chuva abaixo do normal.
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da
Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá
esperar por uma chuva normal ou acima da média, para
uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito
mais educativo do que meteorológico. Desde o final de
2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário
crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há
pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um
planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado
por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela
nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população
precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não
forem tomadas medidas preventivas.
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente.
O que as nossas autoridades precisam entender é que não
dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É
preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito
a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a
água tem caído, ultimamente.
MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado.
Minha mãe me disse:
– Filho, vem cá!
5 Passou a mão em meus cabelos,
Olhou em meus olhos,
Começou falar:
– Por onde você for, eu sigo
10 Com meu pensamento,
Sempre onde estiver.
– Em minhas orações,
Eu vou pedir a Deus
15 Que ilumine os passos seus.
Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá.
20 Mas ela sabe que, depois que cresce,
O filho vira passarinho e quer voar.
Eu bem queria continuar ali,
Mas o destino quis me contrariar.
25
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei, chorando a me abençoar.
A minha mãe, naquele dia,
30 Me falou do mundo como ele é.
Parece que ela conhecia
Cada pedra em que eu iria pôr o pé.
35 E sempre ao lado do meu pai,
Da pequena cidade ela jamais saiu.
Ela me disse assim:
– Meu filho, vá com Deus,
40 Que este mundo inteiro é seu.
(...)
Os textos abaixo fazem parte da campanha publicitária de uma empresa fabricante de produtos eletrônicos.
TEXTO I
Noel querido,
No próximo dia 24 vou oferecer uma ceia para alguns amigos em minha casa, em petit comitê. Eu adoraria poder contar com a sua presença. E, se você quiser trazer um presente para a anfitriã, não vou me importar, pelo contrário, até dou uma sugestão: você já viu a nova linha de monitores de plasma da Gradiente? É um must! Design clean, tecnologia de última geração. Ficaria o máximo ao lado de minhas obras modernistas. Apenas um pedido, querido. Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados. Um beijo.
____________________
Seu nome
TEXTO II
E aí, Papai Noel, Belê?
A parada é a seguinte: eu, ___________________, tô muito a fim, a finzaço mesmo, de ter um Mini System Titanium da Gradiente no meu quarto, aquele que reproduz MP3 com 5.000 Watts de potência, tá ligado? Sabe como é: eu queimo uns CDs MP3, convido a mina para ouvir um som da hora, a gente troca umas idéias e aí, meu velho, você tá ligado, né? E então? Quebra essa pra mim, mano. O senhor, que já tá velhinho, não sabe como é difícil hoje em dia agradar a mulherada.
( ) A coloquialidade no texto I é marcada, por exemplo, pela busca de proximidade com o destinatário e por algumas escolhas lexicais; a norma padrão é predominante, como exemplifica o trecho Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados. ( ) A oralidade permeia o texto II de forma marcante, como mostram os trechos E aí, Papai Noel? Belê?, e aí, meu velho, você já ta ligado, né?, tô muito a fim, tô a finzaço mesmo. ( ) No texto II, o jovem não se dirige a Papai Noel de forma polida, respeitosa, pois utiliza gírias, como tá ligado, quebra essa e refere-se a ele como mano e meu velho. ( ) O uso, no texto I, de estrangeirismos – em petit comité, must – revela a imagem que a senhora pretende passar ao Papai Noel.
Assinale a seqüência correta.
Canção amiga
Eu preparo uma canção, em que minha mãe se reconheça todas as mães se reconheçam e que fale como dois olhos. [...] Aprendi novas palavras E tornei outras mais belas. Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças.
(ANDRADE, C. D. Novos Poemas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1948. Fragmento.)
I. É possível identificar que o texto tem como objetivo central a transmissão de uma orientação relevante ao leitor.
II. O exclusivo emprego de linguagem conotativa é elemento suficiente para a caracterização do texto como literário.
III. Sendo um texto literário, “Canção amiga” demonstra a exploração da capacidade significativa da língua para provocar determinada reação no leitor.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Texto
Gente diferenciada
Fernando de Barros e Silva
Vocabulário
gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.
(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião
A2)
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo.
“...o ‘churrascão’ marca o ápice de um caldo de
cultura novo...”.
Texto
Gente diferenciada
Fernando de Barros e Silva
Vocabulário
gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.
(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião
A2)
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo.
“...o aumento dos ônibus e o fechamento do
Belas Artes”.
Texto
Gente diferenciada
Fernando de Barros e Silva
Vocabulário
gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.
(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião
A2)
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo.
“O clima era festivo, performático”.
Texto
Gente diferenciada
Fernando de Barros e Silva
Vocabulário
gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.
(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião
A2)
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo.
“...no meio das pessoas que gritavam ‘é a elite
mais porca do Brasil’”.
Texto
Gente diferenciada
Fernando de Barros e Silva
Vocabulário
gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.
(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião
A2)
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo.
“A PM estava claramente orientada a não
contrariar os jovens”.