Questões de Vestibular de Português - Denotação e Conotação

Foram encontradas 110 questões

Ano: 2008 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2008 - UFC - Casas de Cultura Estrangeira - Segundo Semestre |
Q1391854 Português


BONFIM, João Bosco Bezerra. A fome no Brasil: o que se diz, o que se fez, o que fazer. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/web/conleg/artigos/especiais/AfomenoBrasil.pdf Acesso em:20 jun. 2008. 

Assinale a alternativa cuja frase tem sentido conotativo.
Alternativas
Ano: 2012 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2012 - ULBRA - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1378907 Português

Leia o fragmento de um dos poemas de cordel, da obra Vida e obra de Gonzagão, de Cacá Lopes, e o poema Asa Brancade Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e responda à questão . 



TEXTO 1 


Foi voando nas asas da Asa Branca

Que Gonzaga escreveu a sua história.


Dos acordes de um grande brasileiro,

Um intérprete da alma de seu povo,

Sai um canto que sempre será novo,

Amoroso, sincero, alvissareiro.

Entre os hinos do seu cancioneiro,

O que fala duma ave migratória

Conferiu a Luiz eterna glória

Para além desta vida que se estanca. 



http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2012/06/o-maiscompleto-cordel-sobre-o-rei-do_11.html. 




TEXTO 2  


Quando olhei a terra ardendo

Qual fogueira de São João

Eu perguntei a Deus do Céu, ai

Por que tamanha judiação


Que braseiro que fornalha

Nenhum pé de plantação

Por falta d’água perdi meu gado

Morreu de sede meu alazão


Inté mesmo a asa branca

Bateu asas do sertão

Então eu disse, adeus Rosinha

Guarda contigo meu coração


Hoje longe muitas léguas

Nessa triste solidão

Espero a chuva cair de novo

Pra mim voltar pro meu sertão


Quando o verde dos teus olhos

Se espalhar na plantação

Eu te asseguro não chore, não, viu

Que eu voltarei, viu, meu coração 



A linguagem conotativa, no poema, procura produzir efeitos fonéticos, sintáticos e semânticos. Sobre o texto 2, poema Asa Branca, marque a resposta correta.
Alternativas
Ano: 2012 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2012 - ULBRA - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1378893 Português

A questão está baseada no fragmento do conto O Alienista, da Machado de Assis, disponível no site: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf.


Assinale a única alternativa em que a expressão sublinhada no enunciado possui sentido conotativo.
Alternativas
Ano: 2011 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2011 - ULBRA - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1376718 Português
Assinale a única alternativa em que o termo sublinhado no enunciado está sendo empregado com sentido denotativo.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2017 - FAG - Vestibular - Primeiro Semestre - Medicina |
Q1376481 Português
Texto 1 - Repórter Policial

    [...] Assim como o locutor esportivo jamais chamou nada pelo nome comum, assim também o repórter policial é um entortado literário. Nessa classe, os que se prezam nunca chamariam um hospital de hospital. De jeito nenhum. É nosocômio. Nunca, em tempo algum, qualquer vítima de atropelamento, tentativa de morte, conflito, briga ou simples indisposição intestinal foi parar num hospital. Só vai para o nosocômio. E assim sucessivamente. Qualquer cidadão que vai à Polícia prestar declarações que possam ajudá-la numa diligência (apelido que eles puseram no ato de investigar), é logo apelidada de testemunha chave. Suspeito é Mister X, advogado é causídico, soldado é militar, marinheiro é naval, copeira é doméstica e, conforme esteja deitada, a vítima de um crime – de costas ou de barriga pra baixo – fica numa destas duas incômodas posições: decúbito dorsal ou decúbito ventral.
    Num crime descrito pela imprensa sangrenta, a vítima nunca se vestiu. A vítima trajava. Todo mundo se veste… mas, basta virar vítima de crime, que a rapaziada sadia ignora o verbo comum e mete lá: “A vítima traja terno azul e gravata do mesmo tom”. Eis, portanto, que é preciso estar acostumado ao “métier” para morar no noticiário policial. Como os locutores esportivos, a Delegacia do Imposto de Renda, os guardas de trânsito, as mulheres dos outros, os repórteres policiais nasceram para complicar a vida da gente. Se um porco morde a perna de um caixeiro de uma dessas casas da banha, por exemplo, é batata…a manchete no dia seguinte tá lá: “Suíno atacou comerciário”.
    Outro detalhezinho interessante: se a vítima de uma agressão morre, tá legal, mas se — ao contrário — em vez de morrer fica estendida no asfalto, está prostrada. Podia estar caída, derrubada ou mesmo derribada, mas um repórter de crime não vai trair a classe assim à toa. E castiga na página: "Naval prostrou desafeto com certeira facada." Desafeto — para os que são novos na turma — devemos explicar que é inimigo, adversário, etc. E mais: se morre na hora, tá certo; do contrário, morrerá invariavelmente ao dar entrada na sala de operações.
    De como vive a imprensa sangrenta, é fácil explicar. Vive da desgraça alheia, em fotos ampliadas. Um repórter de polícia, quando está sem notícia, fica na redação, telefonando pras delegacias distritais ou para os hospitais, perdão, para os nosocômios, onde sempre tem um cupincha de plantão. [...]
Fonte: STANISLAW, Ponte Preta. São Paulo: Moderna, 1986.
Ao ler atentamente o excerto da crônica, verificasse o uso da linguagem:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: IF-BA Órgão: IF-BA Prova: IF-BA - 2014 - IF-BA - Vestibular - CURSOS SUPERIORES - INGLÊS |
Q1370990 Português

Imagem associada para resolução da questão

Imagem associada para resolução da questão


Do ponto de vista composicional e semântico, a única afirmativa em desacordo com as características do texto “Exaltação ao Nordeste” é a explicitada na alternativa

Alternativas
Q1370411 Português
Em relação aos aspectos linguísticos presentes no texto I, é possível afirmar que
Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2008 - UFMT - Vestibular - UAB - Processo Seletivo Específico |
Q1369668 Português


(ABAURRE, M. L. M. et alii. Português: contexto, interlocução e sentido.São Paulo: Moderna, 2008, p. 236.)

A respeito da construção da peça publicitária, analise as afirmativas abaixo.


I - O produtor coloca em relevância o aspecto gráfico, utilizando palavras escritas com nuanças de cinza e letras com tipologias diferentes.

II - A escolha lexical, somada à maneira como são apresentadas as palavras, aumenta o efeito persuasivo do texto.

III - Um jogo de palavras cria duas possibilidades de leitura para o termo polígamo: uma denotativa – casar com mais de um elemento; e uma outra conotativa – ser usado de várias formas.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: FMP Prova: CESGRANRIO - 2014 - FMP - Vestibular - PROCESSO SELETIVO 2014/2 |
Q1368408 Português
TEXTO 2


    São muitos e variados os analistas do mundo virtual. Gente que lida com tecnologia acaba por tentar entender também de comportamentos. Explicam quase tudo o que você deve saber das redes sociais, do perfil de quem está no Facebook e do público que vai consumir a novidade do ...... que vem.

    Mas estão escassos os que vão além do chute e oferecem a compreensão de coisas do mundo real com a mesma capacidade de convencimento dos analistas do mundo virtual. Sei, você vai dizer que é tudo a mesma coisa, porque são as pessoas que fazem o mundo virtual. Pois então ...... os rolezinhos causam tanto estranhamento?

    Os jovens das periferias invadem shoppings para zoar. Circulam pelos corredores, se beijam, cantam, revoam. Inquietam, assustam, constrangem e também, claro, entusiasmam quem ...... o início de um fenômeno social com potencial transformador.


(Extraído do artigo intitulado “As nossas bolhas”, de Moisés Mendes, publicado no jornal Zero Hora de 19.1.2014, p.14.) 
Atente para as seguintes afirmativas referentes ao texto 2:

I – A palavra “zoar”, na primeira frase do último parágrafo, tem, entre outros, o sentido de “caçoar”.
II – A palavra “chute”, na primeira frase do segundo parágrafo, está usada em sentido conotativo.
III – A troca da palavra “estranhamento”, na última frase do segundo parágrafo, por “estranheza” não modificaria o significado da frase.


Está(ão) correta(s):
Alternativas
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: FMP Prova: CESGRANRIO - 2014 - FMP - Vestibular - PROCESSO SELETIVO 2014/2 |
Q1368401 Português
TEXTO 1

    No filme Precisamos Falar sobre o Kevin, os pais ignoram por anos os sinais de sérios distúrbios psicológicos que o filho apresenta. Até o dia em que o monstrinho em gestação se encorpa ...... ponto de destroçar vidas inocentes e a própria família. O silêncio é cúmplice da desgraça. Os gastos sociais do governo são o nosso Kevin.

     Em um país com tanta pobreza, deixar o governo gastar ...... vontade parece ser a coisa certa a fazer – e, no campo das boas intenções, é mesmo. Como condenar um modelo de bem-estar social quando tantas crianças ainda passam fome? Como criticar maiores gastos com saúde e educação em um país com população tão carente?

     O problema é que as leis econômicas não distinguem ...... boas das más intenções. O resultado é que criamos um monstrengo estatal, inchado, corrupto e incompetente, incapaz de resolver ...... questões sociais apesar de já arrecadar quase 40% do PIB em impostos.


(Extraído do artigo “Precisamos Falar sobre Kevin”, de Rodrigo Constantino, publicado na revista Veja de 19.3.2014, p.29.)
Considere as afirmativas a seguir relativamente ao texto 1:

I – A expressão “monstrinho em gestação”, na segunda frase do primeiro parágrafo, está sendo usada em sentido denotativo.
II – A terceira frase do primeiro parágrafo não sofreria mudança no significado caso se trocasse a expressão “cúmplice da” por “o culpado pela”.
III – Na última frase do primeiro parágrafo, o autor compara a ação do governo com o caso de Kevin.

Está(ão) correta(s):
Alternativas
Ano: 2017 Banca: FPS Órgão: FPS Prova: FPS - 2017 - FPS - Vestibular - Segundo dia |
Q1363302 Português

Texto 2
Nada cai do céu


O racionamento a que pode ser submetida boa parte da população paulistana – e de outras cidades e estados brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados. 
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam 2014 como o ano mais quente da história. A temperatura média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus, superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é. A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a maior massa de água do Planeta, sofre variações de temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal. Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil, diversos estados já sentem os impactos dessa alteração climática. O verão passado foi um dos mais secos e quentes, não apenas na região da capital paulista e seu entorno, mas também em grande parte do Sudeste, sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da água que abastece a região metropolitana, por meio do sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios e represas que abastecem o sistema caíram aos menores níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira vem sofrendo com chuva abaixo do normal. 
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá esperar por uma chuva normal ou acima da média, para uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito mais educativo do que meteorológico. Desde o final de 2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não forem tomadas medidas preventivas. 
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente. O que as nossas autoridades precisam entender é que não dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a água tem caído, ultimamente. 


MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado. 

Analise a natureza da linguagem em uso no trecho: “É preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito a fazer e a investir. Porque nada cai do céu.” (6º parágrafo) Nesse trecho:
Alternativas
Q1362631 Português
TEXTO
No dia em que eu saí de casa
Intérpretes: Zezé Di Camargo e Luciano
      No dia em que eu saí de casa,
      Minha mãe me disse:
      – Filho, vem cá!

5    Passou a mão em meus cabelos,
      Olhou em meus olhos,
      Começou falar:

      – Por onde você for, eu sigo
10  Com meu pensamento,
      Sempre onde estiver.

      – Em minhas orações,
      Eu vou pedir a Deus
15  Que ilumine os passos seus.

      Eu sei que ela nunca compreendeu
      Os meus motivos de sair de lá.

20  Mas ela sabe que, depois que cresce,
      O filho vira passarinho e quer voar.

      Eu bem queria continuar ali,
      Mas o destino quis me contrariar.
25
      E o olhar de minha mãe na porta
      Eu deixei, chorando a me abençoar.

      A minha mãe, naquele dia,
30  Me falou do mundo como ele é.

      Parece que ela conhecia
      Cada pedra em que eu iria pôr o pé.

35  E sempre ao lado do meu pai,
      Da pequena cidade ela jamais saiu.

      Ela me disse assim:
      – Meu filho, vá com Deus,
40  Que este mundo inteiro é seu.
                                        (...)

(Texto adaptado. Disponível em <http://zeze-di-camargo-eluciano.musicas.mus.br/letras/85384>. Acesso em 28/05/2013.)

Sobre o texto, assinale a alternativa correta.
Em “– Por onde você for, eu sigo/ Com meu pensamento,/ Sempre onde estiver” (linhas 9- 11), o autor faz uso da conotação, para expressar a fala da mãe, ao ampliar o sentido próprio das palavras.
Alternativas
Ano: 2006 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2006 - UFMT - Vestibular - Primeira Fase |
Q1353366 Português

Os textos abaixo fazem parte da campanha publicitária de uma empresa fabricante de produtos eletrônicos.


TEXTO I


Noel querido,


No próximo dia 24 vou oferecer uma ceia para alguns amigos em minha casa, em petit comitê. Eu adoraria poder contar com a sua presença. E, se você quiser trazer um presente para a anfitriã, não vou me importar, pelo contrário, até dou uma sugestão: você já viu a nova linha de monitores de plasma da Gradiente? É um must! Design clean, tecnologia de última geração. Ficaria o máximo ao lado de minhas obras modernistas. Apenas um pedido, querido. Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados. Um beijo.


____________________

Seu nome


TEXTO II


E aí, Papai Noel, Belê?


A parada é a seguinte: eu, ___________________, tô muito a fim, a finzaço mesmo, de ter um Mini System Titanium da Gradiente no meu quarto, aquele que reproduz MP3 com 5.000 Watts de potência, tá ligado? Sabe como é: eu queimo uns CDs MP3, convido a mina para ouvir um som da hora, a gente troca umas idéias e aí, meu velho, você tá ligado, né? E então? Quebra essa pra mim, mano. O senhor, que já tá velhinho, não sabe como é difícil hoje em dia agradar a mulherada.


(VEJA, dezembro de 2003.) 

Sobre a linguagem utilizada nos textos I e II, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) A coloquialidade no texto I é marcada, por exemplo, pela busca de proximidade com o destinatário e por algumas escolhas lexicais; a norma padrão é predominante, como exemplifica o trecho Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados. ( ) A oralidade permeia o texto II de forma marcante, como mostram os trechos E aí, Papai Noel? Belê?, e aí, meu velho, você já ta ligado, né?, tô muito a fim, tô a finzaço mesmo. ( ) No texto II, o jovem não se dirige a Papai Noel de forma polida, respeitosa, pois utiliza gírias, como tá ligado, quebra essa e refere-se a ele como mano e meu velho. ( ) O uso, no texto I, de estrangeirismos – em petit comité, must – revela a imagem que a senhora pretende passar ao Papai Noel.

Assinale a seqüência correta.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: Instituto Consulplan Órgão: FMO Prova: Instituto Consulplan - 2019 - FMO - Vestibular - 2º DIA DE PROVA - MEDICINA - TIPO 04 - AZUL |
Q1351812 Português
Após a leitura do poema a seguir, analise as assertivas que estão corretamente relacionadas a ele de acordo com as características apresentadas.
Canção amiga
Eu preparo uma canção, em que minha mãe se reconheça todas as mães se reconheçam e que fale como dois olhos. [...] Aprendi novas palavras E tornei outras mais belas. Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças.
(ANDRADE, C. D. Novos Poemas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1948. Fragmento.)

I. É possível identificar que o texto tem como objetivo central a transmissão de uma orientação relevante ao leitor.
II. O exclusivo emprego de linguagem conotativa é elemento suficiente para a caracterização do texto como literário.
III. Sendo um texto literário, “Canção amiga” demonstra a exploração da capacidade significativa da língua para provocar determinada reação no leitor.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Q1351580 Português
Leia o trecho do conto “A igreja do Diabo”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.

   Uma vez na terra, o Diabo não perdeu um minuto. Deu-se pressa em enfiar a cogula¹ beneditina, como hábito de boa fama, e entrou a espalhar uma doutrina nova e extraordinária, com uma voz que reboava nas entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites mais íntimos. Confessava que era o Diabo; mas confessava-o para retificar a noção que os homens tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito contavam as velhas beatas.
   – Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil e airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu desdouro², fazei dele um troféu e um lábaro³ , e eu vos darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo...
   Era assim que falava, a princípio, para excitar o entusiasmo, espertar os indiferentes, congregar, em suma, as multidões ao pé de si. E elas vieram; e logo que vieram, o Diabo passou a definir a doutrina. A doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da forma, era umas vezes sutil, outras cínica e deslavada.
   Clamava ele que as virtudes aceitas deviam ser substituídas por outras, que eram as naturais e legítimas. A soberba, a luxúria, a preguiça foram reabilitadas, e assim também a avareza, que declarou não ser mais do que a mãe da economia, com a diferença que a mãe era robusta, e a filha uma esgalgada4 . A ira tinha a melhor defesa na existência de Homero; sem o furor de Aquiles, não haveria a Ilíada: “Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu”... [...] Pela sua parte o Diabo prometia substituir a vinha do Senhor, expressão metafórica, pela vinha do Diabo, locução direta e verdadeira, pois não faltaria nunca aos seus com o fruto das mais belas cepas do mundo. Quanto à inveja, pregou friamente que era a virtude principal, origem de prosperidades infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas as outras, e ao próprio talento.
   As turbas corriam atrás dele entusiasmadas. O Diabo incutia-lhes, a grandes golpes de eloquência, toda a nova ordem de coisas, trocando a noção delas, fazendo amar as perversas e detestar as sãs.
  Nada mais curioso, por exemplo, do que a definição que ele dava da fraude. Chamava-lhe o braço esquerdo do homem; o braço direito era a força; e concluía: Muitos homens são canhotos, eis tudo. Ora, ele não exigia que todos fossem canhotos; não era exclusivista. Que uns fossem canhotos, outros destros; aceitava a todos, menos os que não fossem nada. A demonstração, porém, mais rigorosa e profunda, foi a da venalidade5 . Um casuísta6 do tempo chegou a confessar que era um monumento de lógica. A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, coisas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, coisas que são mais do que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres que vendem os cabelos? não pode um homem vender uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? e o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente.

(Contos: uma antologia, 1998.)

1cogula: espécie de túnica larga, sem mangas, usada por certos religiosos.
2desdouro: descrédito, desonra.
3lábaro: estandarte, bandeira.
4esgalgado: comprido e estreito.
5venalidade: condição ou qualidade do que pode ser vendido.
6casuísta: pessoa que pratica o casuísmo (argumento fundamentado em raciocínio enganador ou falso).
Estão empregados em sentido figurado os termos destacados nos seguintes trechos:
Alternativas
Q1350220 Português

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“...o ‘churrascão’ marca o ápice de um caldo de cultura novo...”. 

Alternativas
Q1350219 Português

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“...o aumento dos ônibus e o fechamento do Belas Artes”. 

Alternativas
Q1350218 Português

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“O clima era festivo, performático”. 

Alternativas
Q1350217 Português

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“...no meio das pessoas que gritavam ‘é a elite mais porca do Brasil’”.  

Alternativas
Q1350216 Português

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“A PM estava claramente orientada a não contrariar os jovens”. 

Alternativas
Respostas
21: B
22: B
23: E
24: D
25: D
26: D
27: D
28: A
29: D
30: E
31: C
32: C
33: B
34: C
35: E
36: C
37: C
38: C
39: C
40: E